“Foi no Estratégia que consegui criar uma base forte nas disciplinas específicas e em algumas disciplinas básicas também. A equipe de professores de Tecnologia da Informação é muito boa e sempre esteve presente para tirar minhas dúvidas e para preparar materiais de alta qualidade na minha área.”

Confira nossa entrevista com Artur Câncio, aprovado em 1° lugar no concurso ALECE para o cargo de Analista Legislativo na área de Informática:

Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?

Artur Bruno: Sou formado em Gestão de Tecnologia da Informação, tenho 28 anos e sou da cidade de Horizonte, no Ceará. Sou casado e moro em Fortaleza.

Atualmente sou Técnico de Tecnologia da Informação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, mas o concurso que prestei foi para Universidade Federal da Bahia, em Salvador, onde fiquei por mais de dois anos, conseguindo depois uma redistribuição para o meu estado. Além desse concurso eu já havia sido nomeado para outros dois cargos de nível médio, mas não os assumi.

Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?

Artur: O benefício da estabilidade e o fato de poder realizar atividades importantes na sociedade. Eu acredito de verdade que o serviço público pode ser algo transformador para a sociedade e me vejo como agente dessa mudança. Já sou servidor público e em toda a minha atuação percebi o quanto é importante ter isso em mente para prestar serviços de qualidade e que atendam de fato as demandas dos usuários.

Estratégia: Por que a área legislativa? Você tinha alguém na família que o inspirou, gostava de processo legislativo, o que te fez estudar para concursos do legislativo?

Artur: Na verdade, eu comecei a me interessar pela área legislativa logo após a publicação do edital da ALECE. Assim, no decorrer da preparação eu fui conhecendo melhor a estrutura do órgão e as atividades desempenhadas e me identifiquei bastante com as possibilidades de trabalho presentes dentro da Assembleia. O Plano de Cargos e Carreiras do órgão foi algo importantíssimo que me permitiu focar quase que exclusivamente para esse concurso. Eu tenho um desejo de fazer Mestrado e a carreira valoriza bastante isso, permitindo com que eu possa me aproximar mais do final da carreira, além de contribuir diretamente com o processo legislativo do Ceará. 

Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?

Artur: Como já sou servidor público tive que conciliar os estudos com o trabalho. Com o início da pandemia eu tive que me adaptar a uma nova rotina, já que a área de TI do órgão que eu estava foi muito demandada durante a fase de implantação das aulas remotas para os alunos da universidade. Entretanto, embora no início tenha sido difícil, eu fui me adaptando e conseguindo dedicar mais tempo durante o dia para os estudos. Dessa forma, conseguia estudar pela manhã e pela tarde quase diariamente. Eu tinha em mente que assim que eu acordasse eu faria duas ou três sessões de estudos de 1 hora cada. Assim, independente do que acontecesse para resolver do trabalho ou da vida pessoal pelo resto do dia, eu já havia feito uma boa quantidade de horas líquidas.

Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado?

Artur: Já fui nomeado em 3 concursos. O primeiro foi assim que saí do ensino médio, para Técnico de Informática na prefeitura da minha cidade, mas não o assumi. Também fui nomeado para o cargo de Assistente em Administração na UFBA, mas como eu havia passado no cargo de Técnico de TI também na UFBA, acabei assumindo esse cargo, que é o que estou agora, só que no IFCE. O concurso da UFBA foi o último concurso que realizei de fato, ficando na primeira posição como Técnico de TI. Atualmente estou no IFCE porque consegui ser redistribuído para o meu estado há pouco mais de 1 ano.

Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social? 

Artur: Como grande parte da minha preparação para o concurso da ALECE foi durante a pandemia, o isolamento social não me deu outra escolha a não ser ficar em casa, sem contato com muitas pessoas e focado quase 100% a esse concurso. De certa forma isso me ajudou a avançar bem pelas disciplinas, pois a parte específica do edital veio bem densa e com vários conteúdos que considero difíceis.

Estratégia: Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma? 

Artur: Sou casado e não tenho filhos. Moro apenas com minha esposa, que foi a pessoa que mais me apoiou ao longo dessa trajetória. Desde que éramos namorados ela sempre me deu forças para prestar os concursos que eu me interessava. Lá no início, há mais ou menos 6 anos, ela chegou a pagar minhas inscrições e até cursinhos presenciais para que eu pudesse ter uma preparação melhor. Para se ter uma ideia, no concurso da UFBA (o último que fiz e que passei em 1º lugar), a prova foi adiada dias antes e nós havíamos comprado a passagem de avião parcelada no cartão no máximo de vezes possível. Nesse tempo, a única renda que eu tinha era uma ajuda de custo para alimentação da universidade pública que eu estudava, que girava em torno dos 250 reais mensais e ela tinha uma bolsa de 400 reais, também da universidade. Assim, quando soubemos que a prova havia sido adiada em uma semana ficamos desesperados, pois remarcar o voo sairia mais caro do que comprar uma passagem nova. Nesse momento eu pensei em desistir, pois não tinha como pagar uma outra passagem, mas minha esposa, que na época era namorada, disse que eu não poderia deixar de ir, já que havia me dedicado muito para esse concurso. Dessa forma, ela pegou o cartão de crédito e parcelamos em muitas vezes novamente, sem saber nem como iríamos pagar. Resumindo: eu acabei indo pra Salvador em dois finais de semana seguidos, com a primeira passagem, que não valia a pena ser cancelada, e com a segunda passagem, para o final de semana em que a prova iria ocorrer. Certamente o apoio dela foi fundamental para que hoje eu estivesse aqui, falando sobre essa nova aprovação que é tão significativa pra nós dois.

Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso em que foi aprovado? Qual foi o segredo de manter a disciplina durante todo o período?

Artur: Estudei durante quase 2 anos para esse concurso. Acredito que o grande diferencial para a minha aprovação foi permanecer focado apenas nessa prova. Como no início da minha preparação eu ainda estava morando em Salvador então eu vi que esse concurso da Assembleia era uma ótima oportunidade de voltar para o meu estado, já que o meu processo de redistribuição era algo bem incerto. Assim, como a parte específica de TI do edital era muito densa, eu me dediquei quase que exclusivamente a cobrir todo o conteúdo programático, pois grande parte dos assuntos eu não havia estudado ainda ou tinha uma base relativamente fraca.

Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?

Artur: Através da internet e de amigos. Sempre vi relatos de que o Estratégia possuía os melhores materiais e professores e que era o curso que mais aprovava. Assim, ficou fácil escolhê-lo.

Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?

Artur: Sim. O que mais me incomodava era a falta de didática. É muito ruim ler ou assistir aulas e não entender quase nada por conta da falta de estratégias que facilitem a compreensão do conteúdo, principalmente os conteúdos mais complexos. Somado a isso, a falta de preocupação em atender às especificidades de cada edital era uma coisa que gerava muitas dificuldades na preparação, pois em muitos casos as questões trazidas nos materiais não continham nenhuma questão da banca organizadora do certame.

Estratégia: O concurseiro já se dedica tanto hoje para ser aprovado e investe bastante! Imagine chegar na prova e ver questões que abordam assuntos que o professor nem abordou nas videoaulas ou no material em PDF. Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado? 

Artur: Sim, fiz algumas provas e consegui algumas aprovações em concursos de nível médio, mas quando comecei a focar em concursos de nível superior eu percebi que precisava de um material de maior qualidade.

Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação?

Artur: Com certeza! Foi no Estratégia que consegui criar uma base forte nas disciplinas específicas e em algumas disciplinas básicas também. A equipe de professores de Tecnologia da Informação é muito boa e sempre esteve presente para tirar minhas dúvidas e para preparar materiais de alta qualidade na minha área. Utilizei muito do grupo de TI do Telegram para sanar dúvidas e visualizar os debates. Isso me ajudou bastante.

Outra ferramenta que utilizei muito foi o Estratégia Cast, principalmente em momentos onde eu não podia estar com o material em PDF ou impresso. Escutei tanto algumas aulas de TI que sei quase decoradas as falas dos professores.

O diferencial dos materiais do Estratégia é a didática dos seus professores, tanto nos PDFs, nas videoaulas e no Estratégia Cast. Isso ajudou muito no meu processo de absolvição dos conteúdos, principalmente os mais complexos.

Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um? 

Artur: Utilizei PDFs em grande parte da preparação, pois conseguia avançar mais nas disciplinas através deles e isso otimizava o meu tempo de estudos, além de conseguir resolver várias questões sobre o assunto no mesmo lugar.

Só que quando eu sentia dificuldade em alguma disciplina ou assunto, recorria às videoaulas para construir um entendimento básico. Assim, para não tomar tanto o meu tempo eu assistia todas as aulas na velocidade 2, pois me acostumei com isso ao longo dos estudos e até achava estranho quando o vídeo começava e eu não havia habilitado a ferramenta de velocidade.

Outro recurso disponibilizado pelo Estratégia que utilizei diariamente foi o Estratégia Cast. Sempre que possível eu ouvia as aulas, principalmente as de TI. Aproveitei muito bem os momentos de deslocamento, de lavagem de louças, filas, etc.

Além disso tudo, eu recorrentemente fazia resumos digitais com minhas próprias palavras, utilizando o aplicativo Evernote, que me ajudava a estar sempre em contato com o que era mais importante em cada disciplina, independente do lugar que eu estivesse.

Estratégia: Como montou seu plano de estudos?

Artur: Como o edital de conhecimentos específicos da ALECE englobava disciplinas de quase todas as áreas de TI (Governança, Infraestrutura e Desenvolvimento), eu adotei a estratégia de focar num primeiro momento em matérias que eu havia tido pouco ou nenhum contato. Dessa forma, procurei estudar uma disciplina por dia, pois precisava formar uma base para entender conteúdos mais complexos, principalmente relacionados a Desenvolvimento de Software, que foi a disciplina mais densa de todo o edital e a que eu mais tinha dificuldade em TI.

Assim, no início, procurei dividir os dias da semana alocando tempo para uma disciplina de TI por dia, com resolução de muitos exercícios sobre os assuntos, mesmo sobre assuntos que eu ainda não me sentia seguro, pois acreditava ser importante estar em constante contato com a forma que a banca cobrava as coisas. Já durante o final de semana, eu procurava revisar tudo que havia estudado e resolver sobre todos os assuntos, durante muitas horas, como se estivesse no dia da prova. Além disso, procurava estudar as disciplinas de conhecimentos gerais no final de semana e à medida que eu ia percebendo que estava melhorando nas específicas, começava a separar dias da semana para estudar uma disciplina de conhecimentos gerais por vez, pois já tinha experiência em estudar a maioria delas e isso se tornou mais tranquilo de ser feito. 

Já no final da preparação eu conseguia fazer revisões sobre várias disciplinas no mesmo dia, mas sem o peso de estar cumprindo um ciclo de estudos pré-definido, já que procurava revisar aquilo que mais tinha dificuldade e que mais errava nas questões. No geral, considerando toda a preparação, fazia uma média de 3 horas líquidas/dia, mas em alguns dias eu chegava a fazer 6 horas.

Estratégia: Como fazia revisões? Costumava fazer resumos, simulados ou algo mais?

Artur: Fiz muitos resumos em meio digital utilizando o aplicativo Evernote, que me possibilitava acessar tudo em qualquer lugar. Também utilizei vários mapas mentais disponibilizados pelo Estratégia em seus cursos, tanto de conhecimentos gerais quanto de conhecimentos específicos. Além disso, revisei bastante através dos áudios do Estratégia Cast e de gravações de voz que eu mesmo realizava explicando o conteúdo da minha forma.

Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?

Artur: Na minha opinião, resolver exercícios é fundamental para o acompanhamento da sua evolução. Eu gosto muito de usar métricas para ter uma noção de como estou em determinadas disciplinas. Então, eu sabia que era natural que no início do estudo de uma disciplina o meu índice de acertos fosse baixo, mas sabia que a medida em que eu ia resolvendo questões sobre o assunto o meu nível ia aumentando. Admito que para algumas matérias é muito difícil e lento a evolução, mas é a resolução de milhares de exercícios que faz a “mágica” acontecer. 

Ao longo da minha caminhada estudando exclusivamente para o concurso da ALECE eu respondi mais de 20 mil questões, sem contar com os exercícios dos PDFs. A minha meta, principalmente após criar uma base em cada disciplina, era ficar acima dos 80%, principalmente nas disciplinas específicas de TI, que valeram 2 pontos cada na prova.

Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma disciplina? Como você fez para superar estas dificuldades?

Artur: A minha maior dificuldade sempre foi em Português, principalmente em gramática. Essa foi a única disciplina em que eu precisei assistir todas as videoaulas para conseguir criar uma base, pois se eu fosse direto pro PDF sentia muita dificuldade em acompanhar. E o problema não era o PDF em si, mas a minha dificuldade com a disciplina mesmo. Assim, como eu sabia que Português poderia ser um diferencial, já que muitos candidatos o deixam de lado, eu resolvi tirar alguns dias de preparação para construir a base necessária para avançar na disciplina e isso me ajudou muito, pois focar nos pontos fracos e insistir até desenrolar a disciplina foi fundamental para que eu pudesse conseguir aumentar o meu nível de acertos nas questões.

Estratégia: Você fez alguma tabelinha com prazos, datas, quóruns, para auxiliar na memorização de tanta informação? Pregou post it no quarto, algo do tipo?

Artur: Sim. Abusei dos resumos digitais, com tabelas, esquemas e tudo que achava interessante para memorização. Isso me ajudava a revisar os assuntos mais importantes de maneira rápida.

Outra ferramenta que utilizei bastante foi o Anki, com os cards que eu criava sempre que finalizava uma disciplina. Assim, consegui memorizar várias decorebas que foram importantíssimas no dia da prova.

Além disso, eu imprimia muitos esquemas e colava nas paredes do quarto que estudava e ia implementando-os com post its e informações que julgava necessárias para memorização. Como na Tecnologia da Informação existem vários frameworks com boas práticas e diversos processos, era importante estar constantemente olhando para eles, pois sabia que isso poderia ser um diferencial em algumas questões da prova.

Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?

Artur: Uma semana antes da prova eu pisei no freio. Precisava muito disso, pois estava vindo em um ritmo muito forte nas semanas anteriores. Assim, decidi que faria revisões bem tranquilas sobre tudo que achava mais importante. Procurei rever meus resumos digitais que fiz no Evernote e dormir melhor, além de ouvir algumas aulas no Estratégia Cast. Acredito que isso foi muito importante para que eu chegasse mais tranquilo e descansado na prova, permitindo que meu rendimento fosse muito bom no dia mais importante.

Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?

Artur: Eu decidi pagar um curso de discursivas com correção, pois como essa prova valeu 70 pontos eu sabia que seria um diferencial para me colocar dentro das vagas. Eu lembro que já deixei de passar em um concurso por conta de um descuido meu na prova discursiva, então eu tinha em mente que não poderia cometer os mesmos erros dessa vez. 

Além disso, como a discursiva foi uma redação dissertativa sobre tópicos da atualidade, eu senti que precisava ficar por dentro de todos os possíveis temas que poderiam ser cobrados. Assim, organizei pastas no meu computador com cada mês do ano, colocando todas as notícias que julguei ser importantes dentro delas, dos mais variados veículos de comunicação, principalmente dos que mais têm textos retirados pela CEBRASPE.

Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação, quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?

Artur: Errei em ter demandado muito tempo tentando acompanhar ciclos de estudos para estudar disciplinas que eu ainda não tinha domínio. Não que eu ache que essa estratégia seja errada ou ineficiente, mas comigo não deu certo, embora eu tenha insistido demais nisso. Por muitas vezes me achei inferior aos outros por não conseguir estudar várias disciplinas no mesmo dia, sentia que não ia alcançar meus objetivos porque não estava fazendo o que grande parte das pessoas faz e diz ser o certo. Depois de insistir tanto e me frustrar com os resultados que estava tendo eu decidi começar a estudar uma disciplina por dia, de maneira focada e tentando absorver os conteúdos de uma forma que achei que era mais eficiente pra mim. E isso deu super certo! Comecei a evoluir no índice de acertos e até no total de horas líquidas, pois me sentia mais motivado para continuar seguindo um caminho que considero mais lógico em cada matéria, com começo, meio e fim.

Óbvio que quando eu adquiria uma maturidade maior nos assuntos ficava mais fácil revisá-los no mesmo dia, mas nunca atrelado a um ciclo de estudos fechado, já quem em meu planejamento eu separava alguns momentos para revisão e acabava revisando vários assuntos de diferentes disciplinas na mesma sessão de estudos de uma hora cada.

Outra coisa que considero positiva na minha preparação foi me manter em constante contato com o conteúdo programático, das mais diversas formas possíveis, fosse por meio do Estratégia Cast, dos resumos digitais, das colagens nas paredes do quarto e até de áudios que eu mesmo gravava explicando os assuntos que considerava mais difíceis, além dos flashcards para decorebas.

Além disso eu dividia os dias para resolver alguns filtros de questões, como por exemplo, na segunda eu procurava resolver questões de todos os assuntos de Governança de TI junto com Direito Administrativo e Regimento Interno da ALECE, na terça eu dedicava a resolver questões de Engenharia de Software, Português e Direito Constitucional e assim por diante, até englobar todas as disciplinas entre a segunda e a sexta-feira. E isso não se encaixa no conceito de ciclo de estudos, na minha opinião, já que eu acabava fazendo mini simulados sobre vários assuntos durante algumas sessões de estudos. Para complementar, o final de semana era dedicado para resolver questões de todas as disciplinas, como se eu estivesse no dia da prova.

Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?

Artur: Sim, várias vezes! Como me preparei para esse concurso por mais ou menos 1 ano e 8 meses e por muito tempo a prova ficou sem data marcada, em alguns momentos eu me sentia esgotado e não conseguia visualizar como seria o final dessa preparação toda. Isso me deixava extremamente ansioso, afetando até o meu sono.

Mas nesses momentos difíceis eu tive força para entender os meus limites e respeitá-los. Se em alguns dias não estava dando certo e o cansaço e o desânimo batiam forte, eu sabia que teria dias bem melhores e mais produtivos pela frente. Então eu descansava, fazia algo diferente para ocupar a mente e depois retomava com muita força.

Além disso, o apoio da minha esposa foi essencial para enfrentar esses momentos turbulentos. É sempre importante ter alguém que acredita na gente mesmo quando parece que tudo está perdido. Ela foi essa pessoa.

A minha principal motivação no início dessa jornada para a ALECE foi o retorno ao meu estado em um cargo que eu considerava que merecia ocupar, já que eu ainda morava em Salvador. Assim, depois que voltei ao Ceará eu já estava completamente envolvido com o órgão e decidi focar somente nessa prova, pois como dito anteriormente, o Plano de Cargos e Carreiras me interessou muito, casando com os objetivos que tenho em minha vida.

Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!

Artur: Nenhum estudo é em vão. No início da minha jornada nos concursos eu reprovei muito, aprendi com os erros e essa bagagem, além é claro do estudo intenso nos últimos anos, me fizeram ter mais maturidade para aprender conteúdos que eu considerava impossíveis de aprender.

Assim, se você só tem uma horinha ou até alguns minutos por dia para estudar, estude! É melhor ir caminhando aos poucos do que ficar parado. A constância e a disciplina foram muito importantes pra mim.

Além disso tudo, é importante se conhecer e se respeitar. Estar bem consigo mesmo amplifica as chances de aprovação. Caso a preparação esteja desgastante demais e a pressão te sufoque, pare, respeite seus limites e tire um tempo para relaxar, pois além da aprovação você precisa estar compromissado com a pessoa mais importante nisso tudo: você!