“Acho que o melhor conselho é não parar de estudar, que por mais que você ache que demore um pouco pra conseguir, no final aquele que insiste sempre consegue […]”

Confira nossa entrevista com Anilton Martins Sales Júnior, aprovado em 11° lugar no concurso TCE-GO para o cargo de Analista de Controle Externo – Controle Externo:

Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?

Anilton Martins Sales Júnior: Sou formado em engenharia civil, tenho 29 anos e sou natural de Teresina-PI.

Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?

Anilton: Logo após me formar, tentei abrir um escritório de engenharia civil com alguns amigos da faculdade. Isso durou um ano; tínhamos alguns trabalhos, mas percebi que não iríamos evoluir muito nessa linha de trabalho. Foi então que decidi estudar para concursos. Inicialmente, comecei estudando para concursos específicos de engenharia civil, mas depois mudei para a área de controle devido ao maior número de vagas ofertadas, que era bem superior ao de engenharia civil

Estratégia: Você trabalhava e estudava?

Anilton: Eu só estudava.

Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado?

Anilton: Esse foi o primeiro que eu fiquei dentro das vagas e pretendo continuar estudando sim. Já estou inscrito no TCE-PI, mas pretendo fazer CGM-SP também.

Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos?

Anilton: No começo dos estudos, eu ficava muito em casa e sentia um peso na consciência por sair e pensar que meus concorrentes estavam estudando. Mas, com o tempo, percebi que essa não era a melhor forma de me preparar. Ter muito conhecimento e acabar perdendo a saúde mental não era saudável; eu já estava ficando doente, e as terapias me ajudaram muito. Assim, de uns dois anos para cá, não me isolei tanto, mas, na maioria das vezes, reservei meu lazer apenas para o fim de semana.

Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro?

Anilton: Desde sempre recebi o apoio da minha família, até porque todos eram servidores públicos. Eu era mais um que quis seguir a mesma jornada. Em todas as minhas derrotas, que foram muitas, eles sempre me apoiaram pra continuar.

Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso?

Anilton: Eu estudo especificamente para área de controle há 4 anos e especificamente pro TCE-GO comecei estudando 1 mês antes de sair o edital. Pra manter essa disciplina eu tenho certeza que foi porque eu gosto dessa área, gosto das matérias que eu estudo, e sempre tive muita curiosidade para estudar. Mas além de tudo, o que me fazia acordar todo dia pra estudar a mesma coisa repetidamente, era o meu objetivo de passar, tentava enxergar o máximo possível o dia a dia no trabalho e como aquilo iria mudar a minha vida. 

Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação? 

Anilton: Eu usei principalmente materiais em PDF e, às vezes, assistia a alguma videoaula, quase sempre de contabilidade geral. Os grifos nos meus PDFs fizeram toda a diferença.

Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos? 

Anilton: Eu conheci pesquisando no Google mesmo, digitando ‘como estudar para concurso?’. Sempre apareciam depoimentos de aprovados que estudaram com o material de vocês, e como vi que a maioria utilizava o material do Estratégia, eu também quis seguir o mesmo caminho.

Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação?

Anilton: Com certeza, há um diferencial. Acho os materiais mais completos, e quanto mais informação eu puder ter para acertar uma questão, melhor. Os mapas mentais também foram importantes para mim, porque, apesar de sempre revisar os grifos nos meus PDFs, em algumas aulas eu preferia utilizar o mapa para ser um pouco mais ágil. Principalmente na última semana antes da prova, eu tentava revisar todo o conteúdo, e os mapas eram perfeitos para isso.

Estratégia: Como montou seu plano de estudos?

Anilton: Estudava várias matérias no dia, de 3 a 4 matérias. Sempre fazendo muitas questões e naquela matéria que eu sentia que precisava de mais atenção, eu revisava depois.

Estratégia: Como fazia suas revisões? 

Anilton: Minhas revisões na maioria das vezes eram com os meus grifos nos pdf, também fazia algumas anotações importantes que aprendia com uma questão ou outra, abria um balão de anotação, no pdf mesmo, e escrevia uma novidade que caia em prova.

Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?

Anilton: Muito importante, acredito que no final, de tanto você responder à questão, acaba pegando o “feeling” da banca e de como responder, e às vezes antes de terminar de ler a questão já dava pra saber mais ou menos o que ela queria. Não me lembro exatamente quantas questões eu respondi, mas foram muitas, talvez 80 por dia, mas tinha dias que respondia menos.

Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?

Anilton: A disciplina que tenho mais dificuldade é contabilidade geral, na maioria das vezes tinha que recorrer as vídeo aulas. E pra superar tive que fazer muitas questões, até algumas coisas ficarem automáticas, mas sempre que vinha no edital eu tinha que revisar ela com mais frequência do que as outras.

Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?

Anilton: Eu tentei diminuir um pouco o ritmo, pra não me dar ansiedade e atrapalhar na hora da prova. Assisti a revisão de véspera para pegar alguma dica final dos professores, e fiquei com a minha família pra me distrair um pouco também e não pensar na prova 24 horas por dia na prova.

Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?

Anilton: Fiz muitas questões em casa, para tentar me cercar de todas as possibilidades de tema, mas acredito que a experiência fazendo outros concursos com discursivas foi muito importante. Porque às vezes você não consegue estudar 100% para aquele tema, e saber se virar pra escrever o pouco que você sabe é importante. E foi assim comigo nessa discursiva do TCE GO, eu não era especialista no tema, mas já tinha estudado, só que não o suficiente pra me dar muita confiança, porém mesmo assim eu escrevi o que eu sabia e deu super certo no final.

Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?

Anilton: Acho que errei muitas vezes antes de encontrar o meu jeito pra estudar, errei no começo o jeito de fazer revisão, tentei insistir em ficar fazendo resumos muito grandes, que no final eu passava mais tempo fazendo os resumos do que revisando. Mas eu precisei errar fazendo isso, pra aprender a fazer os grifos da maneira que mais era eficiente pra mim.

Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?

Anilton: Acho que eu nunca pensei em desistir, eu sempre pensava que eu estava mais perto do que longe de passar. Mas é claro que naquela semana você confere o gabarito e percebe que não vai dar certo daquela vez, desmotiva qualquer um. Nessas horas eu parava de estudar uns 2 dias, pra não ficar me culpando, achando que dava pra ter feito diferente, que dava pra ter estudado mais, e ficava pensando que esse meu resultado, apesar de não ter dado pra ficar dentro das vagas, ainda sim, tinha sido melhor que o anterior, pensava o quanto eu já tinha evoluído. E nessas horas minha família foi essencial pra mim, principalmente minha namorada, que passou toda jornada comigo, do começo ao fim. Eles nunca deixaram de acreditar que eu iria conseguir.

Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!

Anilton: Acho que o melhor conselho é não parar de estudar, que por mais que você ache que demore um pouco pra conseguir, no final aquele que insiste sempre consegue, vão ter muitas derrotas durante todo o processo, mas a gente só vai precisar de uma vitória pra mudar tudo.