Aprovada em 9° lugar no concurso IPEA para o cargo de Comunicação Social e Divulgação Científica
Concursos Públicos“Alguns conselhos mais práticos são: resolva muitas questões (deu para ver que sou muito fã de questões, né?) e estude português o máximo que conseguir, se ainda não se sentir seguro(a) na disciplina […]”
Confira a nossa entrevista com Andressa Carvalho Vieira, aprovada em 9° lugar no concurso IPEA para o cargo de Comunicação Social e Divulgação Científica:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-la. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Andressa Carvalho Vieira: Meu nome é Andressa Carvalho, sou jornalista e bacharela em Direito, tenho 31 anos. Nasci em Fortaleza-CE, mas moro há mais de 15 anos em Natal-RN.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Andressa: Após passar pelo serviço público, como cargo comissionado, pelo serviço privado e também pela jornada de empreendedora (em que estou hoje), acabei identificando em mim a vontade de perseguir o bem comum, além de desejar me mudar de Natal e também fui estimulada pelo sinal vermelho da aposentadoria (um sonho cada vez mais distante, sobretudo, para os empreendedores). Esses anseios culminaram em uma solução que, para mim, no momento, parece ser a busca pelo serviço público. Pode ser que me descubra errada, mas no momento, desejo experimentar esse caminho, já que nunca me faltou coragem para mudar percursos e perseguir o novo.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Andressa: Sim, desde os 18 anos concilio trabalho e estudo e não foi diferente na jornada de estudos para o concurso público. Não é fácil para mim ter que conciliar, visto que meu trabalho não se dá apenas em “horário comercial”. No entanto, como sempre conciliei as duas rotinas, durante as duas graduações, não foi impossível fazê-lo agora. Eu utilizo planejamentos de conteúdos para me organizar e busco executar blocos de estudos durante a minha semana, seja no período noturno ou aos finais de semana.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovada? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Andressa: Já fui aprovada em seis concursos públicos. Elencar aqui os quatro mais recentes:
- Câmara Municipal de Belo Horizonte – 8º lugar (Jornalista)
- Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) – 4º lugar (Jornalista – Assessoria de Imprensa e Produção Multimídia)
- Instituto De Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA – 9º lugar (TÉCNICO DE PLANEJAMENTO E PESQUISA – Comunicação Social e Divulgação Científica)
- Defensoria Pública do Estado de São Paulo – 10º lugar (AGENTE DE DEFENSORIA PÚBLICA – COMUNICAÇÃO SOCIAL)
Sim, vou continuar estudando pois, apesar de ter passado em vários concursos no último ano, ainda não fui nomeada em nenhum. Após a nomeação, devo avaliar se estarei no órgão ou continuarei buscando outros caminhos. O IPEA é um concurso muito bom financeiramente falando, então, acredito que se continuar estudando, devo focar em alguns poucos concursos com remuneração tão boa ou melhor que ele.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Andressa: Sim, nunca deixei de sair com os meus familiares especialmente e de ter momentos de lazer. Acredito que não colocar tanta pressão no percurso possa ter sido, inclusive, um facilitador para as minhas aprovações, pois nunca fico ansiosa ou nervosa nas provas. No entanto, também nunca fez parte da minha rotina o excesso. As minhas saídas se limitam a almoços com a família e cinema uma ou duas vezes no mês. Não costumo sair à noite, beber, dormir mal e nada que prejudique a minha rotina diária.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseira? De que forma?
Andressa: Compartilho as etapas da minha caminhada unicamente com a minha família, que é muito apoiadora e incentivadora. A minha esposa me ajuda, inclusive, financeiramente para algumas provas e meus pais e irmã estão sempre demonstrando interesse em acompanhar o meu processo e evolução.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Andressa: No caso específico do IPEA, estudei cerca de 2 meses, mas não acho muito justo limitar o estudo apenas às aulas e questões que resolvemos focadas para o concurso em foco. Tudo é experiência para os concursos que fazemos, todos os estudos anteriores, os livros que lemos, as leituras de editais e até mesmo as provas anteriores nos prepararam e nos permitem chegar mais maduros ao objetivo corrente. O que mantém a minha disciplina é o meu foco claro: ser nomeada. Enquanto isso não acontecer, é seguro dizer que não diminuirei o ritmo.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Andressa: Faço uso, principalmente, de videoaulas e resolução de questões. As primeiras, pois é a minha forma de me familiarizar com assuntos que ainda não domino. Como tenho um problema de atenção, a videoaula é a ferramenta mais dinâmica para mim. Já a resolução de questões, é essencial para me familiarizar em como a banca cobra a disciplina em questão. Para mim, é a ferramenta prioritária para não chegar despreparada e fazer uma boa prova.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Andressa: Não me recordo exatamente, mas é praticamente impossível não conhecer o Estratégia desde o momento que se opta por fazer concursos. O Estratégia é líder de mercado e sempre aparece nas primeiras buscas digitais que fazemos na área de concursos.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Andressa: Uso materiais de diferentes plataformas e vejo vantagens em todos os que uso. No Estratégia, especificamente, gosto muito dos professores, que são muito qualificados e fazem uma seleção muito confiável dos conteúdos e abordagens.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Andressa: Sim, fui aprovada em todos os concursos que fiz.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Andressa: Monto meu plano de estudos de acordo com as matérias que caem no concurso (especialmente as que não tenho familiaridade) e o tempo que tenho para estudar. Tento criar um calendário (nem sempre seguido à risca haha) para contemplar tudo o que preciso estudar. Eu estudo, geralmente, mais de uma matéria por vez, pois costumo “enjoar” facilmente de um conteúdo. Então, para conseguir preservar uma produtividade diária, opto por conciliar. Costumo estudar entre 8h e 10h por semana.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Andressa: Costumo fazer simulados, assistir aulões de véspera de revisões e também responder muitas (muitas mesmo) questões da banca. Creio que já zerei os bancos de alguns conteúdos específicos (risos).
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Andressa: Para mim, é a primeira prioridade. Não me sinto segura de fazer um concurso sem resolver muitas questões daquela banca. É por esse meio que consigo me preparar para o tipo de cobrança que me espera, pois uma coisa é conhecer o conteúdo e outra coisa é conhecer como esse conteúdo será cobrado. Não consigo ter uma ideia da quantidade de questões que já resolvi, mas, com certeza, foram milhares.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Andressa: No geral, tenho mais dificuldade com Atualidades, pois não sou muito ligada em noticiários, apesar de ser jornalista e Raciocínio Lógico, que já estou tendo desempenhos melhores, após alguns estudos mais recentes. Para o IPEA especificamente, a minha maior dificuldade foi a disciplina de “ESTADO E POLÍTICAS PÚBLICAS”. Contornei assistindo o máximo possível de aulas sobre o assunto e buscando responder questões da banca de áreas similares.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Andressa: Muita resolução de questões e assisti inúmeras aulas de revisão, especialmente as do Estratégia, que foram o grande diferencial para mim na prova.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Andressa: Em geral, como costumo ter mais facilidade com a discursiva, a minha preparação é debulhando ao máximo o edital e todas as informações contidas nele sobre a expectativa para a discursiva e, se possível, vejo videoaulas específicas sobre a cobrança de discursivas da banca em questão. Os meus conselhos quanto a discursiva, que só são válidos para quem já tem uma boa noção de estrutura discursiva, são: 1) ter muita ciência do que a banca cobrará, o formato da avaliação e o que importará na avaliação (informações em geral contidas no edital) 2) ler e escrever o máximo possível, não apenas em treinos para o concurso, mas na vida. Quanto mais familiaridade se tem com a língua portuguesa e o ato de escrever em si, mais fluidez se tem para executar uma boa redação.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Andressa: Meu maior acerto, acredito, tem sido as discursivas, que sempre elevam a minha nota e também a preocupação em resolver questões. Isso é essencial para me preparar para cada banca. Algumas, consigo respostas “de graça” por já ter visto perguntas semelhantes em outros certames.
Os maiores erros, acredito que ainda é não ter uma grande disciplina na rotina para manter os estudos de forma diária e isso faz diferença nos detalhes e falta de atenção nas provas. Uma leitura rápida é suficiente para desperdiçar uma informação essencial que pode mudar o curso da sua resposta e, consequentemente, do concurso. Preciso trabalhar a minha atenção. Esse é o fator que mais me afasta dos primeiros colocados.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Andressa: Seguramente. Penso em desistir quase sempre, porque, para uma pessoa imediatista (que eu sou), não é fácil ficar perseguindo um objetivo sem certezas. Você estuda muito, investe tempo e grana, e não sabe se é aprovada. Se for aprovada, não sabe se é dentro das vagas imediatas. Se não é dentro das vagas imediatas, não tem a segurança se é chamada e é como se tudo recomeçasse do zero. Quando está esperando nomeações, não dá para marcar nada muito para a frente, fazer planos a médio ou longo prazo, pois a qualquer momento, o órgão pode chamar e sua vida vira do avesso. Esse, para mim, é o fator que mais motiva alguns pensamentos negativos sobre o processo. No entanto, como mencionei anteriormente, tenho um foco claro que é nomeação. Eu não gosto de investimentos perdidos. Se eu invisto muito em algo, tenho dificuldade também em abandonar o projeto, pois quero colher o resultado do investimento. É isso que me motiva a continuar: apesar das aprovações, ainda não colhi os resultados do meu esforço e do meu mérito. Só paro quando estiver com o termo de posse assinado. E, mesmo assim, talvez ainda haja caminhos a percorrer.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Andressa: Alguns conselhos mais práticos são: resolva muitas questões (deu para ver que sou muito fã de questões, né?) e estude português o máximo que conseguir, se ainda não se sentir seguro(a) na disciplina. É uma matéria que, de uma forma ou de outra, é cobrada em todo concurso e, se você se garante nela, já tem meio caminho andado.
Um conselho mais a nível de motivação é ser intencional com cada concurso. Eu faço poucos concursos e escolho a dedo cada um deles. É uma cidade que eu quero morar? O retorno financeiro será o suficiente para me fazer querer mudar de vida? A carga horária é proporcional e justa à remuneração para que eu não me sinta desmotivada após assumir? O plano de carreira me agrada? O órgão em si parece atraente, é algo que motivará o trabalho diário? Até mesmo as avaliações online de servidores eu leio para decidir se um concurso vale a pena. Isso me ajuda a estar super intencional em cada concurso e ter a certeza de que não quero apenas “ser aprovada”, mas viver aquele cargo, de fato. Além disso, estude bastante sobre o que é ser um servidor público e se os ônus e bônus disso cabem na expectativa que você tem para a sua vida. Creio que, se estou em posição de aconselhar alguém, é isso que eu gostaria de dizer.