Aprovado nos concursos SEFAZ AL, SEFAZ CE, SEFAZ ES e ISS Aracaju
Fiscal - Estadual (ICMS)Fiscal - Municipal (ISS)“Meu principal acerto foi ter conseguido fazer bons planejamentos e executar bem esses planejamentos. Eu acho que todo concursando deve buscar bastante o autoconhecimento. E eu soube conhecer meus pontos fortes e fracos e dedicar atenção ao que eu mais precisava”
Confira nossa entrevista com Rogério Lima, aprovado nos concursos SEFAZ AL, SEFAZ CE, SEFAZ ES e ISS Aracaju:
Estratégia Concursos: De onde você é? Qual é sua idade e sua formação?
Rogério Lima: Olá! Eu me chamo Rogério Lima, tenho 28 anos e sou de Ituaçu – Bahia, uma cidade pequena que fica na região da Chapada Diamantina. Eu moro em Salvador desde 2007 e sou formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal da Bahia.
Estratégia: Você chegou a trabalhar na sua profissão? O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Rogério: Eu nunca trabalhei na área de Engenharia, fiz apenas alguns estágios. Apesar de ter gostado das matérias que estudei na faculdade, não tive uma afinidade tão grande pelo trabalho na área. Considerando isso e o fato de que o mercado de trabalho não estava muito atrativo, decidi começar a estudar para concursos.
Estratégia: Como foi a escolha pela área fiscal? O que pesou mais para você quando teve que definir esse foco de estudo?
Rogério: Eu me identifiquei com as atribuições do cargo de auditor fiscal. Antes de começar a estudar, pesquisei bastante sobre a área. Gostei também das matérias que eu teria que estudar para prestar os concursos. Também me motivava a possibilidade de contribuir dentro do serviço público, fazendo algo relevante para a sociedade. E não posso deixar de mencionar também a atratividade dos salários da área.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava?
Rogério: Em toda a minha preparação, eu me dediquei inteiramente aos estudos. Então eu sempre consegui priorizar meus estudos, mas sempre tentando não deixar de lado a prática de atividade física, o tempo dedicado à minha família, amigos e também ao descanso.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Rogério: Eu fui aprovado em 4 concursos da área fiscal que aconteceram em sequência no ano de 2021:
- SEFAZ CE – Auditor Fiscal da Receita Estadual – 37º lugar
- SEFAZ ES – Auditor Fiscal da Receita Estadual – 12º lugar
- ISS Aracaju – Auditor de Tributos Municipais – 2º lugar
- SEFAZ AL – Auditor Fiscal da Receita Estadual – 12º lugar
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Rogério: Em alguns longos períodos da minha preparação, eu tive que estudar sem ter edital na praça. É bem difícil conseguir manter o ritmo sem ter um edital publicado. Por isso, eu estabelecia como objetivo semanal uma carga horária semanal mais baixa. Muitas vezes, eu não conseguia atingir essa carga horária. Em muitas semanas, eu consegui estudar muito pouco, principalmente durante o período da pandemia, que foi muito estressante. Mas hoje eu percebo que era necessário que eu aceitasse esses meus momentos de baixa produtividade, sem deixar de ter em vista a constância dos estudos no médio/longo prazo. Algumas poucas semanas de baixo rendimento não implicam necessariamente na reprovação de alguém. E eu percebi que a publicação de um novo edital me dava uma enorme disposição para aumentar o ritmo e me dedicar até a data da prova.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Rogério: Quando comecei a procurar materiais para concursos, o Estratégia foi um dos primeiros nomes que surgiram. No início, cheguei a estudar por outro curso, mas o material não era tão completo como o do Estratégia.
Estratégia: Qual diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Rogério: Encontrei ótimos professores, com boa didática e prontos para ensinar alunos que, muitas vezes, não têm nenhuma base na disciplina. Como eu mencionei antes, o Estratégia realmente oferece cursos bem completos!
Estratégia: Recomendaria o Estratégia para um amigo que está começando os estudos?
Rogério: Com certeza! Não só recomendaria, como já recomendei.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? O que funcionava melhor para você? Videoaulas, PDFs, livros?
Rogério: Nas minhas primeiras semanas de estudo, eu estudei bastante por videoaulas. Mas não demorei muito para migrar para os PDFs. Eu percebi que nos PDFs o meu rendimento era muito maior. E eu tinha também neles um material para revisão, pelos meus grifos.
Estratégia: Quantas horas por dia costumava estudar?
Rogério: Em pré-edital, eu costumava estudar entre 5 e 6 horas líquidas por dia. Já em pós edital, eu tentava estudar 8 horas por dia de segunda a sexta e 6 horas aos sábados. Nunca estudei aos domingos, eram os meus dias de descanso.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso?
Rogério: Eu acho que um concursando iniciante deve ter em mente que, apesar de ser grande a quantidade de assuntos que ele deve aprender, ele não vai aprender tudo de uma vez! Isso realmente leva tempo. Inicialmente, eu tinha poucas matérias no meu ciclo de estudos (5 matérias). Conforme eu avançava nessas matérias iniciais, eu acrescentava matérias novas. Esse processo de avanço em assuntos inicialmente novos me fez perceber a minha capacidade de aprender coisas novas e ter menos medo das novidades que ainda estavam por vir.
Eu estudava, sim, várias matérias ao mesmo tempo. Já cheguei a estudar mais de 20 matérias ao mesmo tempo, no pós-edital da SEFAZ CE. Nesse momento, eu não tinha escolha: precisava estudar todas essas matérias para a prova, inclusive matérias completamente novas.
Sobre os resumos, eu acho que é mais produtivo fazê-los depois de um avanço maior na matéria. Eu fiz alguns resumos quando eu estava começando, mas acabei não os usando. Depois de mais avançado, comecei a fazer novos resumos que foram mais úteis para consultas rápidas a pontos específicos.
Depois de finalizar todas as matérias, a base dos meus estudos foi a resolução de questões. Acredito que não seja muito produtivo ficar apenas lendo e relendo a teoria. As questões é que devem indicar os pontos fracos e fortes e onde se deve voltar na teoria para preencher alguma lacuna. Os resumos são muito úteis aqui também. Quando eu errava questões sobre algum assunto, eu voltava na teoria e fazia resumo desse assunto. Em necessidades futuras de consulta, eu não voltava mais ao PDF, mas ao meu resumo.
Eu montava meu plano de estudos distribuindo a carga horária semanal que eu tinha disponível entre todas as matérias que eu pretendia estudar. Para determinar a carga horária semanal de cada matéria, eu levava em consideração o peso da matéria e o meu nível nela. Em pré-edital, eu aproveitava para dedicar mais tempo a matérias com pouco peso, mas que eu ainda precisava aumentar o meu rendimento (Direito Civil, por exemplo).
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais?
Rogério: As matérias que eu mais tive dificuldade foram Economia, TI, Informática e Estatística. Economia é uma matéria muito densa. Minha estratégia foi dedicar mais tempo de estudos a ela. TI e Informática são matérias muito grandes! Aqui, eu tentei aceitar mesmo que muita coisa eu ia ter que decorar. Tentei fazer muitas questões também. Estatística é uma matéria que eu já tinha tido algum contato na faculdade. Eu gosto de matérias de exatas, mas Estatística para concursos realmente demanda uma dedicação maior. É uma matéria bem difícil. Mais uma vez, eu fiz muitas questões! E sempre tinha que voltar na teoria, porque não conseguia pegar todos os detalhes da matéria de uma vez.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Rogério: Eu estou solteiro, não tenho filhos e moro com meus pais. Meus pais me deram todo o apoio possível durante a minha preparação! Eles sabiam que eu era capaz de conseguir a aprovação e me deram todo o suporte para isso, desde apoio emocional até o cuidado de que nossa casa fosse um ambiente adequado para que eu conseguisse me concentrar nos estudos.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos?
Rogério: Uma postura de abdicação total do convívio social não seria sustentável para mim. Então eu nunca abri mão completamente disso. Domingos eram dias que eu não estudava. Antes da pandemia, eu conseguia dedicar algum tempo à minha vida social nos domingos e também nas noites de sábado.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Rogério: Eu acho que isso depende muito de cada pessoa. Como eu disse, eu sempre tive o suporte financeiro e emocional da minha família para que eu pudesse me dedicar desde logo ao meu objetivo final, que era o cargo de auditor fiscal. Então eu pude estabelecer essa meta e estava preparado para passar quanto tempo fosse necessário até a minha aprovação (foram 3 anos). Entretanto, eu sei que nem todo mundo tem essa possibilidade. Para pessoas que precisam logo trabalhar, ter algo garantido, eu acho que pode ser uma boa opção fazer um concurso menor e continuar estudando para o concurso que deseja como objetivo final.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso em que foi aprovado?
Rogério: Eu comecei a estudar no final de 2018. Foram quase 3 anos de estudos até que as aprovações começaram a chegar.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados?
Rogério: Foi uma felicidade muito grande! E uma sensação de retirada de um peso das costas. Enquanto estamos estudando, não temos uma garantia concreta de que a aprovação chegará. Então temos que acreditar que isso vai acontecer e usar isso como incentivo. É bom demais ver esse objetivo finalmente se concretizando.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Rogério: Eu sempre achei difícil fazer um planejamento para as duas semanas que antecedem a prova. Nesse ponto, não há mais tempo de revisar todo o conteúdo, então a gente precisa escolher o que priorizar. Então eu sempre ficava me perguntando: “O que eu estudo agora?”; “Será que eu estou revisando os assuntos certos?”; “E se cair na prova um assunto que eu não revisei?”. Mas eu percebi que, pra mim, a bagagem que eu construí desde o início da minha preparação foi muito mais importante do que as duas semanas que antecedem a prova. Em resumo: não eram essas duas semanas anteriores que iriam determinar se eu seria aprovado ou reprovado. Mas eu entendo que esse é um período excelente para exercitar o que ficará na nossa memória de curto prazo.
Na prova da SEFAZ CE, eu consegui estudar bastante nas semanas antes da prova. E na prova da SEFAZ ES também. Nessa, na verdade, eu só tive duas semanas para me dedicar especificamente para ela. Foram apenas duas semanas entre as provas da SEFAZ CE e SEFAZ ES e, até a prova do CE, minha dedicação foi exclusiva para ela. E foram semanas de véspera de prova que eu consegui render bastante. Hoje, quando eu lembro, eu não sei bem como eu consegui me manter estudando 8 horas por dia depois de fazer uma prova tão exaustiva como foi a da SEFAZ CE. Acho que minha determinação foi maior que o cansaço e eu consegui me forçar por mais alguns dias.
Depois da SEFAZ ES, a prova do ISS Aracaju foi remarcada. Eu teria 5 semanas para estudar para o ISS Aracaju. Essa prova aconteceria em dezembro de 2020, mas foi remarcada. Eu já tinha finalizado todo o edital, então precisaria apenas revisar alguns assuntos e continuar fazendo questões. Eu já achava que 5 semanas não seriam suficientes. Eu estava muito cansado das duas provas anteriores e ainda tive uma surpresa: fiquei doente e passei duas semanas sem estudar. Pensei que não teria como passar nessa prova, mas me recuperei e voltei a estudar num ritmo mais leve, assistindo videoaulas de revisão, que, naquele ponto, foi a forma que eu mais conseguia render.
Voltei de Aracaju e tive mais duas semanas para me preparar para a SEFAZ AL. Eu estava exausto! Sabia que não ia conseguir estudar muito nessas duas semanas, então eu estudei apenas as duas matérias de maior peso (Legislação Tributária Estadual e Auditoria), alguns assuntos novos de TI e um assunto novo de Direito Administrativo (nova lei de licitações). O restante eu deixei de lado e confiei na minha bagagem. Funcionou!
Eu conto essa minha experiência para mostrar a importância dessa bagagem que nós construímos. Quando sai um edital com período de 3 meses até a prova, não são só esses 3 meses que vão nos preparar para a prova, mas todos os outros meses/anos que nos dedicamos desde o início da nossa preparação.
Ah, e sobre a véspera de prova, eu sempre assisti à Revisão de Véspera do Estratégia! A véspera é um dia que a ansiedade aumenta. Eu não consigo revisar pelo meu próprio material. Por isso, reviso pela seleção de assuntos escolhidos pelos professores do Estratégia. E essas revisões já me garantiram algumas questões na prova!
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Rogério: No começo dos meus estudos, eu tinha muito medo da prova discursiva. Mas esse medo foi passando depois de muita prática. No início, eu tinha dificuldade de formular minhas ideias. Às vezes eu sabia o que escrever, mas não sabia como passar minhas ideias para o papel. E o segredo é praticar! Depois de entender como formular um texto, eu passei a me preocupar mais em dominar a teoria. Dessa forma, eu focava em estar preparado para conhecer o assunto sobre o qual eu deveria escrever na discursiva. No pós-edital da SEFAZ CE, eu fiz uma discursiva por semana. Nas três provas seguintes (ES, AL e Aracaju), o tempo foi mais curto e eu não fiz nenhuma discursiva. Foquei só na teoria mesmo.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Rogério: Um dos meus erros foi ter feito resumos escritos e no início dos meus estudos. Eu acabei praticamente não usando mais esses resumos. Eu também errei ao negligenciar, em alguns momentos, a atividade física. Hoje eu vejo a importância da atividade física e percebo que ela não deveria ter sido deixada de lado. Além disso, em alguns momentos, eu deveria ter percebido que era melhor eu ter reduzido o ritmo. Eu cheguei a ficar muito estressado e ansioso com os estudos. Acredito que nossa saúde mental deve vir em primeiro lugar.
Meu principal acerto foi ter conseguido fazer bons planejamentos e executar bem esses planejamentos. Eu acho que todo concursando deve buscar bastante o autoconhecimento. E eu soube conhecer meus pontos fortes e fracos e dedicar atenção ao que eu mais precisava.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Rogério: Para mim, foi muito difícil ter que abdicar de momentos em família. Mas eu sabia que não seria assim para sempre! Eu escolhi passar por isso até a aprovação. Eu nunca pensei em desistir. Eu sempre soube que eu era capaz de ser aprovado. Mesmo nos concursos que eu fui reprovado, eu percebia o meu avanço e concluía que estava no caminho certo.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Rogério: Minha principal motivação foi ter em mente a qualidade de vida que eu teria após a aprovação. Eu sabia que o período de estudos seria uma fase que, mesmo que longa, não duraria para sempre.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Rogério: Como eu já falei, busquem se conhecer! É importante entender quando se forçar um pouco mais, se dedicar mais aos estudos, mas também é importante saber a hora de reduzir o ritmo e cuidar mais de você. Não deixem de lado a atividade física, pois ela é um remédio natural para o estresse. Tenham constância e persistência. Algumas semanas de rendimento baixo não significam que você não vai conseguir. Acredite na sua bagagem de estudos e, se a aprovação não vier em um concurso, tenha certeza que, no próximo, você estará em um nível melhor!
Siga firme!