Aprovado no concurso TRT SP
“Acho que a primeira coisa é ter certeza que deseja assumir a “profissão” de concurseiro e focar no(s) concurso(s) almejados. A seguir, é fazer um planejamento assertivo de estudos. Depois, é sentar na cadeira, estudar, estudar e estudar! Sangue nos olhos e não desistir jamais!”
Confira nossa entrevista com Gustavo de Rezende Gama Veiga, aprovado no concurso do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo nos cargos de Técnico Judiciário Área Administrativa (TJAA) e Analista Judiciário Área Administrativa (AJAA):
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Gustavo de Rezende Gama Veiga: Sou natural de Pouso Alegre, sul de Minas Gerais. Tenho 32 anos, sou graduado em Engenharia Química pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduado em Administração de Empresas pela FGV.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Gustavo: As oportunidades para os engenheiros não estão boas no nosso país. Além disso, eu não estava mais feliz com a vida profissional no segmento da engenharia.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Gustavo: Eu optei por abdicar da minha vida profissional para estudar integralmente para concurso.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Gustavo: Desde quando comecei a estudar, há 1 ano 2 meses, prestei concurso para 5 tribunais: TRE-PR, TRE-RJ, TRT-1, TRT-2 e TRT-15. O TRE-PR foi o primeiro concurso. Meu objetivo era não ser eliminado, fiquei na 511ª posição. O TRE-RJ foi o segundo e fiquei em 87º lugar. Nos dois concursos citados eu prestei para TJAA. No TRT-2 eu fui aprovado em 6º lugar para TJAA e 36º para AJAA. Os concursos para o TRT-1 e TRT-15 ainda não divulgaram o resultado final.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados?
Gustavo: Falando em especial sobre o TRT-2, foi, sem sombra de dúvidas, a melhor sensação possível. Um imenso alívio, muita emoção e o sentimento de dever cumprido.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Gustavo: É evidente que tive que abdicar de muita coisa, porém, não de tudo. A vida social e o esporte são essenciais para recarregar a bateria. Fazendo um bom planejamento, é possível equilibrar isso tudo. Sempre fiz exercícios físicos, 5 dias por semana, em média (era o que mais me relaxava). Costumava me organizar para bater um papo com alguns amigos 1 vez por semana; tirava o domingo à tarde para folgar. Enfim, reiterando o que falei acima: com planejamento, a gente consegue não só estudar, mas também curtir um pouquinho da vida nesse período de estudos.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Gustavo: Sou solteiro e sem filhos. Voltei a morar com meus pais no sul de MG para estudar. Meus pais são incríveis! Sempre me compreenderam e me apoiaram em tudo na minha vida. É um apoio de incentivo e de confiança.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Gustavo: Acho que é válido fazer quantos concursos forem necessários até a aprovação, porém creio que eles devem estar dentro do objetivo maior, como forma de preparação. O foco tem que ser permanentemente seguido.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado?
Gustavo: Bom, até a aprovação no TRT-2, todo o meu tempo de estudos foi 1 ano e 2 meses, incluído TRE’s e TRT’s. Posso falar que para os TRT-2, em específico, estudei 6 meses.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Gustavo: Sim, estudei sem edital por 3 meses. Confesso que a disciplina não foi exatamente igual, porém eu tinha meu cronograma e meu planejamento diários. É um pouco menos de pressão quando não tem o edital, mas eu precisava concluir minha programação.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Gustavo: Utilizei PDF’s e videoaulas. Creio que todo material tem sua importância. Você tem que sentir o que funciona melhor em cada etapa do seu estudo. A leitura do PDF é essencial para você começar a entender os assuntos. As videoaulas sedimentam a conhecimento presente na teoria. Logo, é necessário ter uma boa dosagem de tudo.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Gustavo: Por indicação de um primo, o qual é servidor público.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Gustavo: Bom, eu mesmo montei meu plano de estudos. No começo não deu muito certo. Depois, fui entendendo como deveria fazer. Meu cronograma tinha 4 matérias diárias, em que 3 eram de conhecimento específico e 1 era de conhecimento básico, de segunda-feira ao sábado. Nesses dias, eu estudava, em média, 8h líquidas. No domingo de manhã eu estudava alguns assuntos mais complicados, cujo conteúdo eu não tinha entendido direito durante a semana. Sendo assim, eu conseguia, por exemplo, estudar 3x por semana cada matéria de conhecimento específico. Eu fazia muitos, mas muitos exercícios da banca. Algumas questões de prova se repetem. Lia e relia lei seca (várias vezes). Estudar para concurso é um trabalho de repetição constante.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Gustavo: Sim, tem umas matérias mais complicadas para memorizar todo o conteúdo devido à imensa quantidade de informações, como por exemplo, informática. Aumentei o número de horas de estudo nessa matéria. Tive um pouco de dificuldade com a LRF em AFO também. Eu lia todos os dias algumas páginas da lei até memorizar todo o conteúdo necessário (confesso que muita coisa não entendi, mas não tinha outro caminho).
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Gustavo: Mantive a rotina. Eu me planejei para revisar todo conteúdo até a última semana. Na véspera eu assisti à revisão de véspera do Estratégia. São várias horas de revisão, as quais são suficientes para o dia antes da prova.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Gustavo: Eu me preparei bastante para a prova discursiva, já que a banca FCC aborda temas filosóficos, os quais não são tão simples. Só para contextualizar, a primeiro concurso que eu fiz, foi da FCC. Ao ler o comando da redação, não sabia nem por onde começar. Foi daí que entendi que precisava estudar pesado os temas abordados pela FCC. Li sobre os filósofos e sociólogos mais importantes da história e da atualidade e fiz algumas redações. Vale citar o excelente material do professor Raphel Reis, o qual me ajudou muito. Conteúdo completo e didático.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Gustavo: Creio que o resultado em cada concurso mostra o que estamos fazendo certo ou errado, ou qual matéria devemos intensificar os estudos. Foi assim comigo. Como citei na questão anterior, tive um péssimo desempenho na primeira redação da FCC. Percebi que precisava aprofundar e assim o fiz.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Gustavo: Criar e executar diariamente a disciplina nos estudos não é fácil. Estudar é realmente uma profissão, porém sem retorno financeiro. Então, a gente tem que encarar como um trabalho que terá seu retorno no momento certo. Eu nunca pensei em desistir, mas desanimei várias vezes. Tem dias que o estudo não rende. É muita gente se dedicando e estudando. A concorrência é enorme. Quando estava desanimado, eu parava de estudar e saía para esfriar a cabeça e só recomeçava no outro dia.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Gustavo: Foi o fato de eu não ter outra alternativa, até porque eu decidi largar a engenharia para estudar. Era isso ou isso!
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Gustavo: Olha, acho que a primeira coisa é ter certeza que deseja assumir a “profissão” de concurseiro e focar no(s) concurso(s) almejados. A seguir, é fazer um planejamento assertivo de estudos. Aqui vale a pena pedir uma orientação para um coach. Depois, é sentar na cadeira, estudar, estudar e estudar! Sangue nos olhos e não desistir jamais!
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