Aprovado em 6° lugar no concurso TRT PI para Técnico Judiciário - Área Administrativa
Tribunais“Disciplina, constância e foco na caminhada. Quando a gente consegue, passa na prova, a sensação é muito boa, muito mesmo. Mas olhar para trás e lembrar de tudo que foi construído, isso sim é indescritível.”
Confira a nossa entrevista com Luís Henrique De Morais Alves, aprovado em 6° lugar no concurso TRT PI para Técnico Judiciário – Área Administrativa:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Luís Henrique De Morais Alves: Sou Engenheiro Mecânico, tenho 27 anos e sou natural de Inhuma, cidade do interior do Piauí.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Luís Henrique: Venho de uma família bem pobre, que usou praticamente todos os recursos na minha formação acadêmica. Durante os últimos períodos da graduação comecei a estudar para concursos, para tentar aliviar esse “peso” dos meus pais.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Luís Henrique: Sim, eu trabalhava e estudava. Já sou servidor do Instituto Federal do Piauí, e trabalho em uma cidade a 30km de distância. Como passava praticamente o dia todo no Instituto, eu acordava bem cedo, fazia um ciclo e ia para academia. No trabalho eu estudava antes dos meus colegas chegaram (já que chegava bem cedo) e na hora do almoço. À noite, assim que chegava em casa, eu descansava um pouco e tentava fazer mais alguns ciclos. Essa foi minha rotina durante toda a preparação.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Luís Henrique: Além do TRT, eu fui aprovado no IFPI-2019 (1º colocado), UFPI-2019 (28º colocado) e na prova escrita do último concurso da SEFAZ-BA, em 16º da lista de cotas.
No IFPI, inclusive, estudei unicamente pelo material gratuito do Estratégia, seguindo o Projeto para Desempregados, que na época era coordenado pelo Dudu.
Pretendo continuar estudando sim, é o que faço de melhor e sempre existem novos objetivos.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Luís Henrique: Eu nunca tive uma vida social muito ativa e durante os últimos meses reduzi mais ainda. Como estudava de domingo a domingo, minha única companhia era, às vezes, meus Pais e minha namorada.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Luís Henrique: Sim. Eu sempre digo que minha família é responsável por 50% da minha aprovação, minha parte era tão somente estudar. Minha Mãe me ajudava em toda e qualquer tarefa diária que tomasse muito meu tempo. Além disso, o apoio emocional que ela e minha namorada me deram foi essencial para continuar com a rotina desgastante.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Luís Henrique: Estudei somente por 02 meses, pois tinha acabado de sair do pós-edital da Sefaz-BA. Antes do Edital do TRT eu nunca tinha visto Direito do Trabalho na vida.
Acredito que tudo na vida seja conveniência e oportunidade. Eu queria muito melhorar minha condição e a oportunidade surgiu. Eu dormia e acordava pensando nisso. Faço isso com quase tudo na minha vida, desde um jogo eletrônico a uma prova de concurso.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação? (Aulas presenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens?)
Luís Henrique: Eu utilizei primordialmente os PDF’s. Para esse concurso, como as matérias eram bem fáceis, eu usei só os PDF’s.
Em outros concursos, com disciplinas mais complicadas ou que eu não pegue de primeira, eu gosto de revisar por videoaulas.
Considero os PDF’s essenciais para o primeiro contato e anotações, por ser um material mais direto e completo. Lá eu catalogo os tópicos, faço minhas anotações, ressalto erros, enfim, para mim é a melhor ferramenta.
As videoaulas são interessantes quando não consigo entender muito bem o assunto do PDF, vejo uma vez, como revisão, e já faço questões para fixar.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Luís Henrique: Conheci o Estratégia por conta do coach Dudu, eu via todos os vídeos dele no Youtube sobre técnicas de estudo (que inclusive uso até hoje).
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Luís Henrique: Para mim, a maior vantagem do Estratégia é que nos materiais eu encontro definitivamente tudo que preciso para entender um assunto. Os PDF’s são extremamente completos e os professores bastante didáticos.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos? (Estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Quantas horas líquidas estudava por dia?)
Luís Henrique: Meu plano de estudos varia de concurso para concurso. Eu gosto de fazer com base no peso da disciplina e o quanto eu já sei dela. No TRT, por exemplo, eu estudava Direito do Trabalho todos os dias e RLM só uma vez por semana.
Eu gosto de estudar 4 disciplinas por dia, de 1h00 a 1h30 cada. Durante a semana eu conseguia estudar 4h líquidas, por conta do trabalho. Aos fins de semana já consegui fazer 8h00 líquidas. Mas, geralmente, 06h00 líquidas é o que minha cabeça consegue fazer sem “pifar”.
Estratégia: Como fazia suas revisões? (Costumava fazer resumos, simulados ou algo mais?)
Luís Henrique: Eu fazia vários tipos de revisão, sempre tentava fazer algo diferente para não ficar entediado. Mas eu basicamente relia meus grifos, fazia questões, organizava a lei seca ou revia meus cadernos de erros.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Luís Henrique: Só para o TRT foram aproximadamente 7.000 questões (com base na minha planilha) mas antes disso eu já tinha feito muitas outras durante a preparação para o concurso da SEFAZ-BA.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Luís Henrique: Português sempre foi meu calcanhar de Aquiles. Para remediar, eu deixei a teoria um pouco de lado e foquei e resolver questões e entender o padrão da banca.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Luís Henrique: A semana da prova eu passei estudando normalmente. O dia anterior passei com minha namorada, que me tranquilizou bastante.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Luís Henrique: Acho que meu principal erro foi também o principal acerto: eu tentava, a todo custo, ser o mais disciplinado possível e não sair, de forma alguma, da rotina. Isso acabou me custando bem caro pois, no último ano, minha saúde foi bastante debilitada.
Ser disciplinado é bom e é essencial, mas os horários de descanso e tempo com família são tão importantes quanto.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Luís Henrique: Desistir nunca foi uma opção, eu simplesmente não podia. Mas sempre que me sentia desmotivado e angustiado eu pensava na minha Mãe, que é a melhor pessoa que existe e merece nada menos que o melhor que eu possa oferecer.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Luís Henrique: Estudar para concurso é uma atividade bem frustrante. Não dá para estipular prazo e a insegurança é enorme. Para trilhar esse caminho, eu acredito que constância e disciplina sejam as palavras-chave. No começo geralmente tem aquela motivação que rapidinho vai embora. E quando falta motivação só os disciplinados permanecem.
Minha dica é: pense no dia de hoje! Organize sua rotina, cuide da sua cabeça, da sua saúde e cumpra suas metas. Um dia de cada vez. O dia da prova geralmente é um dia bem estressante, então o que vai importar é o que você fez até lá.
Disciplina, constância e foco na caminhada. Quando a gente consegue, passa na prova, a sensação é muito boa, muito mesmo. Mas olhar para trás e lembrar de tudo que foi construído, isso sim é indescritível.