“[…] estudem por bons materiais, revisem sempre os conteúdos e foquem em uma área específica, sejam fiéis aos seus objetivos!”
Confira nossa entrevista com Raphael Castro de Souza, aprovado em 14º lugar no concurso TRT MG para Agente da Polícia Judicial:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Raphael Castro de Souza: Sou Raphael Castro, paulistano da Zona Oeste, 32 anos, graduado em Comunicação Social e pós-graduado em Gestão de Segurança Pública. Atualmente exerço o cargo de Fotógrafo Técnico-Pericial na Polícia Civil de São Paulo.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Raphael: Assim que me formei na faculdade e fui procurar emprego na área, me deparei com um mercado de trabalho altamente concorrido e de difícil acesso. Depois de alguns meses de procura e muitas portas fechadas, decidi seguir um antigo conselho de um tio concursado: o de estudar para ser servidor público. Conselho esse que ele me deu no início da faculdade, mas como um jovem que sonhava com carreira de TV e cinema, não dei ouvidos à época. Hoje sou eu o tio insistente que dá esse conselho!
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Raphael: No início, tive a sorte de ser amparado por minha família para somente estudar. Isso me proporcionou uma vantagem para passar em meu primeiro concurso. Logo após, tentei conciliar o serviço de policial militar com os estudos, o que mostrou ser bastante desafiador, pois, a depender da escala de serviço, o cansaço se tornava maior do que a motivação para continuar estudando.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Raphael: Em minha trajetória, já cheguei a ser aprovado em diversos concursos, mas era aquela aprovação formal, que nunca resultava em nomeações. Isso se deu pois eu “atirava” para todo lado: fazia todas as provas que apareciam pela frente. Nesses concursos, fui aprovado no cadastro reserva do cargo de Fotógrafo Técnico-Pericial da PCSP em 2014 (que só fui ser nomeado em 2019!).
No entanto, o cenário começou a mudar quando aprendi que o melhor a se fazer era focar apenas em uma área específica de carreira; e foi assim que consegui ser aprovado em 3º lugar no concurso da Polícia Militar de Minas Gerais em 2016, para o cargo de Soldado de 1ª Classe. Já na PMMG, resolvi ser ainda mais específico e passei a focar somente no cargo de Técnico Judiciário especialidade Segurança e Transporte dos Tribunais Federais (atualmente Agente de Polícia Judicial), a partir de então, consegui as seguintes aprovações:
- 21ª colocação no TRT 9ª Região, 2016;
- 28ª colocação no TRT 1ª Região, 2018;
- 8ª colocação no TRF 4ª Região, 2019; e
- 14ª colocação no TRT 3ª Região, 2022.
Entre esses concursos ainda fiz TRF 2 e TST, porém classificado muito longe das vagas imediatas. O grande problema desse cargo, especificamente, é que são nomeados poucos candidatos e, em sua maioria, não há vagas imediatas, apenas cadastro de reserva. Por isso pretendo continuar estudando até ser aprovado entre os primeiros colocados e ser, finalmente, servidor do judiciário federal.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Raphael: A princípio eu fazia de tudo: saía com amigos, família, frequentava academia, etc. No entanto, quando percebi que as aprovações não chegavam, diminuí bastante o convívio social para me dedicar mais e com maior qualidade aos estudos.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Raphael: A maioria dos membros da minha família são servidores públicos, por isso, acredito ser um dos motivos para que tenham sempre me apoiado, tanto financeiramente quanto com conselhos e apoio moral.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Raphael: Minha preparação a longo prazo para esse cargo me proporcionou uma boa bagagem de conteúdo nesse concurso. Além disso, eu já me preparava para o TRF 3 de SP antes de o TRT 3 ser anunciado. Assim que tomei conhecimento, fiz uma boa planilha de revisões e de matérias que eventualmente não havia estudado.
Para manter a disciplina e a motivação, imprimi uma foto com agentes da polícia judicial ao fundo e o salário do cargo em vermelho em destaque; todos os dias quando acordava, já me deparava com a imagem do que eu buscava há tanto tempo.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Raphael: Para matérias que ainda não havia visto, assistia vídeoaulas e lia os PDFs; matérias que já havia estudado, mas que não me sentia muito confiante, relia os PDFs; e as matérias que já dominava, apenas via meus próprios resumos e fazia muitas questões.
A principal vantagem das videoaulas é a facilidade com que o professor explica a matéria para o aluno, de modo que, se ele ainda não a conhece, passa a ter uma boa visão e entendimento dela; já a desvantagem é que se perde muito tempo, principalmente se a matéria for muito extensa.
Os PDFs são excelentes para quem já tem certa afinidade com a matéria, pois funciona como reforço de conhecimento e força a mente a trabalhar um pouco mais, diferentemente da videoaula. Finalmente, os Simulados e o Passo Estratégico também foram excelentes auxiliares na minha preparação.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Raphael: Conheci o Estratégia por meio de uma pesquisa para encontrar um bom material para o cargo de Agente da Polícia Judicial (antigo Segurança e Transporte). À época, era um dos poucos cursinhos, senão o único, que tinha o melhor material e os melhores professores da área de segurança.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Raphael: Antes do Estratégia eu estudava por meio de materiais diversos encontrados na internet e no Youtube. Esse método de estudo é mais cansativo, pois o conteúdo está espalhado e nem sempre é completo e, principalmente, correto.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Raphael: A principal mudança em minha preparação foi o ótimo conteúdo altamente direcionado que os professores da área ministram. Tudo que está no edital está nos PDFs, e isso é imprescindível para quem quer ser aprovado em um concurso concorrido como o do TRT.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Raphael: Montei meu plano de estudos de acordo com o número de questões que cairiam na prova: quanto maior o número de questões, maior o tempo de estudo no plano. Para mim, o que melhor funciona na preparação é estudar 2 ou 3 matérias por dia, mas isso é muito pessoal. Minhas horas líquidas ficavam entre 4h a 6h por dia.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Raphael: Para revisão eu utilizava tanto os próprios PDFs (alguns professores disponibilizam PDF de revisão), quanto meus próprios resumos e mapas mentais. O Estratégia Cast também foi uma ótima ferramenta para refrescar os assuntos na memória!
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Raphael: Não sei o número exato, mas posso afirmar que fiz mais de 1.000 questões entre agosto e outubro, mês da prova. Sem contar as questões dos PDFs e do Passo Estratégico!
As questões são parte indissociável da preparação do concurseiro. Quando um atleta se prepara para uma corrida ele treina correndo! No concurso não é diferente: o que nos deparamos no dia da prova são questões de concurso, então a resolução de questões é essencial para uma boa preparação.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Raphael: As disciplinas que tive mais dificuldade eram as que exigiam o famoso “decoreba”, como legislação e, principalmente, os crimes do Código Penal que as bancas adoram cobrar o quantum da pena. É inacreditável que isso seja método de cobrança em provas hoje em dia, mas se cai na prova não tem jeito: tem que decorar pelo menos as principais!
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Raphael: A semana anterior à prova foi de muitos simulados e questões. É nessa hora que botamos à prova tudo o que foi estudado até então. O mais incrível é a fidelidade que os simulados têm com a realidade da prova. Em todos os simulados disponibilizados na plataforma de estudos, minha média de acertos era 50 de 60 questões. Na prova do concurso acertei 52 de 60! Fica aqui o conselho: façam simulados, muitos deles!
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Raphael: Não há outra maneira de se preparar para a prova discursiva senão praticando. Fiz inúmeras redações com vários temas disponibilizados nos PDFs das aulas de redação da plataforma. Além disso, escutei às aulas de redação do Estratégia Cast, em que o professor debate os principais temas atuais que poderiam ser cobrados. Desse modo consegui alcançar a pontuação máxima na prova da Fumarc: 50 pontos!
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Raphael: Meu principal erro foi não ter focado em uma área específica de concurso assim que comecei minha trajetória. Bati muito na trave antes de conseguir ser nomeado no primeiro concurso e, agora, alcançar a 14ª colocação em um concurso tão concorrido.
Já o principal acerto foi ter aprendido a importância das revisões periódicas, pois é melhor revisar e consolidar o conhecimento de uma matéria já estudada do que não lembrar nada de diversas delas vistas apenas uma única vez.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Raphael: Muitas vezes! Mas minha maior motivação foi conseguir me imaginar vestindo a farda da Polícia Judicial e, principalmente, recebendo o ótimo salário do poder judiciário (rs).
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Raphael: Hoje o que eu mais queria era poder voltar a 2008 e dar ouvidos ao meu tio Vadjô que me aconselhou a estudar para ter meu cargo público pois, tendo a estabilidade que o serviço público oferece, eu poderia me especializar em qualquer área com tranquilidade. Assim, meu conselho é que todos comecem seus estudos o quanto antes, pois a dificuldade e a concorrência aumentam a cada dia; estudem por bons materiais, revisem sempre os conteúdos e foquem em uma área específica, sejam fiéis aos seus objetivos!