Aprovada em 1° lugar no concurso TJ-SC para o cargo de Analista Judiciário - Assistente Social (Criciúma)
Tribunais“Ter em mente que concurso deve ser um investimento de médio prazo. Começar do zero, pensar que estás em um ponto de largada igual aos seus concorrentes e que se você ajustar a rotina e tiver acesso a um bom material, o resto é com você e seu objetivo […]”
Confira nossa entrevista com Aline Fernandes Salles, aprovada em 1° lugar no concurso TJ-SC para o cargo de Analista Judiciário – Assistente Social (Criciúma):
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-la. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Aline Fernandes Salles: Sou carioca, graduada em Serviço Social pela UFRJ, tenho 44 anos.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Aline: Em 2018 decidi retomar os estudos para concursos, porque queria um cargo onde eu pudesse trabalhar em apenas um vínculo sem ter perda de renda. Já sou servidora da Prefeitura de Nova Iguaçu e funcionária pública da Fundação Saúde do Estado do Rio de Janeiro. Iniciei os estudos em 2018 para o TJRJ.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Aline: Sim. Trabalhava e estudava. Priorizava os estudos das 18h às 23h e finais de semana em tempo integral.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovada? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Aline: Sou Assistente Social na Prefeitura de Nova Iguaçu/RJ e Fundação Saúde do Estado do Rio de Janeiro. Sempre estudei pra concursos desde que me formei, em 2006. Já fui Assistente Social concursada na prefeitura de Magé/RJ, fui aprovada e convocada para a Prefeitura de Valença/RJ, mas apenas em 2018 decidi estudar de maneira mais aprofundada para um cargo com maior grau de complexidade. Foi então assinei o curso do Estratégia para o TJRJ, em 2019. Fui aprovada em 9o lugar, mas não fui convocada. A prova foi em Dezembro de 2021 e o concurso não foi prorrogado agora em Março de 2024.
Este ano, ao mesmo tempo que recebia a notícia da não prorrogação do concurso do TJRJ, vi a propaganda do concurso do TJSC, daí pensei: Tenho 3 meses! A base do Estratégia para o concurso do TJRJ foi fundamental. Mesmo eu estando há mais de 2 anos sem estudar, peguei todo material e em 3 meses estudei para o TJSC e tudo parecia apenas uma revisão. Estudava na velocidade de 1,75x… 2x… Ajustei o estudo para as exigências da banca, revisei o material, assisti muitas aulas ao vivo no YouTube e fiz a prova para o TJSC e para o TRF2, que ainda não saiu a classificação final mas estou entre os 5 primeiros aprovados para o ES.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Aline: Durante os primeiros meses em 2019 e 2020 estudava por 5h a 6h por dia, sem falhar. Na pandemia aproveitei o lockdown para uma imersão de 10h, 12h por dia. Alguns dias parava e ficava só com a família. Quando faltava 3 meses para a prova entrava em dedicação total, numa média de 12h de estudos de novo.
Minha família sabia e me apoiava bastante. A vida social foi um pouco sacrificada, porque nos momentos de descanso eu priorizava exatamente a família, mas sempre mentalizava que era por uma causa maior e que não seria para sempre e que depois poderia relaxar.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseira? De que forma?
Aline: Muito. O apoio da família é essencial, porque o ritmo de estudos acaba te afetando um pouco psicologicamente. Você passa a dormir, comer, viver pensando nos estudos. Até quando você não está estudando, você está de alguma forma estudando, prestando atenção nas falas das pessoas, corrigindo português mentalmente, assistindo ao noticiário linkando com alguma aula… E isso acaba te isolando um pouco do mundo e a família é exatamente seu elo com o mundo material.
Ter a família perto e me incentivando, foi fundamental para mim. Quanto aos amigos, você não consegue explicar essa rotina para todos então, sim, algumas amizades você acaba se distanciando inevitavelmente.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Aline: Eu estudei muito na pandemia para o TJRJ (contando com a suspensão do concurso por causa da pandemia), fiz a prova em dezembro de 2021 e não estudei mais, porque cometi o pior erro do concurseiro amador: parar de estudar após a aprovação e não apenas após a nomeação. Fiquei mais de 2 anos sem estudar e neste ano, em março, o prazo de 2 anos do concurso expirou e não foi prorrogado. Foi um baque, mas ao mesmo tempo me empurrou para voltar a estudar.
Na mesma época da notícia da não prorrogação saiu a notícia do concurso do TJSC e me joguei. Estudei 3 meses por umas 6h diárias e 12h nos finais de semana. A base do Estratégia para o TJRJ estava toda lá na minha cabeça. Tudo parecia uma grande revisão. Apenas português precisei direcionar melhor, porque a FGV é bastante diferenciada. A professora Adriana foi perfeita. Em 3 meses eu consegui porque tinha a base.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Aline: Pra mim, sempre funcionaram melhor as videoaulas e estudo da lei seca após as aulas. Não consigo focar muito nos PDFs, apesar de serem excelentes eu acabo dispersando. As videoaulas me prendem mais e as aulas ao vivo são as melhores, porque te conectam mais com o professor e com o concurso em específico. Eu estudo escrevendo e anotando tudo. Praticamente transcrevo as videoaulas e ficho todos os livros que leio.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Aline: Pela internet e redes sociais.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Aline: Nunca havia usado material de curso específico. A maior dificuldade, acho que sempre foi e será, a organização mental do edital e dos temas mais ou menos cobrados, que é uma pesquisa muito difícil de ser feita. Quando você estuda com um material específico, como do Estratégia, você não estuda apenas as matérias que precisa, mas estuda corretamente, com ênfase no que deve ser dada ênfase e uma acertada ordem de prioridades. Você confia no curso e pode se ocupar melhor em absorver os conteúdos, porque não precisa se preocupar no que vai estudar ou não estudar aleatoriamente.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Aline: Muita diferença. Os assuntos passaram a estar organizados de maneira mais clara na minha cabeça e isso facilita na memorização, na compreensão e no aprendizado. O curso te coloca no caminho certinho, te dá os atalhos quando possível e se aprofunda no que de fato é necessário. Acho o material do Estratégia excelente, porque é bastante completo e com profundidade. Te dá bases que ficam lá, parece que você não esquece mais. No início, em 2018, eu optei por fazer um curso completo, que é bem extenso. Mas depois dele percebi que posso estudar para diversos concursos, apenas ajustando os conteúdos pelo tipo de banca e algumas poucas inclusões de matérias.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Aline: Estudava 2 matérias por dia, mas com mais horas para as mais cobradas. Por exemplo, não estudava matérias específicas no mesmo dia que Português. Sempre mesclava Português e algum direito, ou matéria específica do Serviço Social com outra menos cobrada. Se tinha 6 horas de tempo líquido, estudava 4h de Português e 2h de Direito. Se tinha 12h, estudava 8h de específica e 4h de outra matéria…
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Aline: Fazia provas e questões anteriores no finalzinho do dia de estudo, com a matéria estudada. Não fiz simulados, porque achava que me deixariam mais ansiosa. Via minha evolução na medida que ia acertando mais questões a cada dia.
Todas as videoaulas eu anotava até o que o professor (a) respirava, os bordões, as piadas, as brincadeiras para memorizar. Na hora da prova lembrava das vozes deles na minha cabeça.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Aline: Centenas. Os exercícios te situam no teu nível de aprendizado e te fazem não esquecer. Ouso dizer que aqueles que você erra são os mais importantes. Cada questão que eu errava, eu ia saber o motivo do erro e aquilo nunca mais saía da minha cabeça.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Aline: Português. Decidi que ia aprender de qualquer jeito. Pensava: se alguém criou e outras tantas pessoas aprenderam e aprendem todos os dias, eu também sou capaz. Preciso de condições que me propiciem ter acesso e tempo mas, uma vez com essas condições, eu poderia chegar no nível que eu quisesse. Com acesso e tempo, o resto só dependia de mim. Falo isso porque entendo que nem todos tem condições de acesso a um material de qualidade ou tempo para estudo, mas uma vez com essas duas condições, qualquer um é capaz. O curso te dá as chaves do castelo.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Aline: A mesma dos últimos 3 meses antes da prova… Todo tempo livre era estudando, revisando, fazendo as questões. 6h por dia durante a semana e 12h nos finais de semana. Sem pular nenhum dia. Estudei até a véspera da prova. Não desperdiçava nenhum instante.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Aline: O principal erro foi parar de estudar em 2022, após o resultado do TJRJ. Fiquei em 9º e achei que estava certa minha nomeação.
O maior acerto foi ter estudado a partir de 2019 sem atalhos ou pressa, fazendo um curso completo… Comecei com o pensamento bastante humilde de que não sabia nada e precisava começar do zero, mesmo já tendo uma base mínima de concursos anteriores. Eu sabia que agora teria que ser diferente e estudar mais focada, com mais disciplina e profundidade. Comecei o curso bem do comecinho, no ensino de base que ele dá. Isso me deu a base essencial para conseguir a aprovação no último concurso, porque só tive 3 meses para estudar e quase tudo parecia apenas uma revisão.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Aline: Não cheguei a pensar em desistir, mas tive muitos dias e noites de choro e cansaço. Pensava que não ia aguentar mais ou conseguir aprender mais. Tiveram dias que achava que estava saturada de absorver conteúdo. Então parava e tentava me distrair. No dia seguinte estava zerada e pronta para mais uma.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Aline: Ter em mente que concurso deve ser um investimento de médio prazo. Começar do zero, pensar que estás em um ponto de largada igual aos seus concorrentes e que se você ajustar a rotina e tiver acesso a um bom material, o resto é com você e seu objetivo. Mirar no objetivo e seguir. E não parar de estudar até conquistar a nomeação.