Aprovada em 16° lugar no concurso TJ-MG para Oficial Judiciário - Oficial de Justiça
Tribunais“Uma coisa é certa, após a aprovação, todas essas concessões que você fez, parecerão insignificantes. Vai ter valido muito a pena!”
Confira nossa entrevista com Virginia Campos Nery, aprovada em 16° lugar no concurso TJ-MG para Oficial Judiciário – Oficial de Justiça:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-la. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Virginia Campos Nery: Olá! Sou de Belo Horizonte/MG, tenho 27 anos e me formei em Direito no ano de 2019.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Virginia: Em 2020, eu estava trabalhando na iniciativa privada. Estava totalmente frustrada e insatisfeita com a minha profissão e, por isso, tinha a certeza que não poderia advogar por muito mais tempo. Além disso, meus pais são servidores públicos há muitos anos e sempre me incentivaram a fazer concurso público. Então, decidi que aquele era o momento ideal para começar a me dedicar aos estudos.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Virginia: Comecei a minha preparação, efetivamente, no início de 2021. Como já havia mencionado, decidi fazer concursos em 2020 e aproveitei o decorrer desse ano para me preparar financeiramente. Assim, em 2021 me dediquei exclusivamente aos estudos. Foi um ano difícil, de muitas abstenções e concessões. Eu me esforçava para estudar, pelo menos, 8 horas líquidas por dia, durante a semana.
Em 2022, fui aprovada e nomeada em um Processo Seletivo Simplificado da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais. A partir daí, comecei a conciliar trabalho e estudo. Com a minha nova rotina, tive que diminuir consideravelmente as horas de estudo e, atualmente, tento sempre fazer no mínimo 3 horas líquidas por dia.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovada? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Virginia: A minha primeira aprovação com uma boa colocação foi nessa prova do TJMG. Antes disso, fui aprovada, fora do número de vagas, em alguns concursos, como TRT-MG e CREA-MG. Em outros, ainda espero o resultado, como MP-MG e ALMG.
Além disso, fui aprovada em 13° lugar no Processo Seletivo Simplificado da SES-MG, órgão em que trabalho atualmente, exercendo o cargo de Especialista em Políticas e Gestão de Saúde – Especialidade Direito.
Pretendo sim continuar estudando, pois, embora seja um ótimo cargo em um ótimo órgão, ainda não é o meu trabalho dos sonhos.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Virginia: No início da minha preparação, tentei abdicar de todos os eventos sociais que não eram realmente importantes. Com o passar do tempo, percebi que foi um erro. Sou uma pessoa muito sociável e ficar em casa o tempo todo, ou estudando, ou pensando que deveria estar estudando, afetou muito o meu psicológico.
Percebi, então, que o melhor é fazer tudo o que gostamos, mas de forma equilibrada, especialmente porque o estudo para concurso, via de regra, exige um longo período de tempo e não é sustentável viver pura e exclusivamente estudando por todo esse tempo.
A partir daí, me permiti sair em finais de semana, desde que tivesse a disciplina necessária para cumprir as metas de estudo semanais.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseira? De que forma?
Virginia: Sim! Considero-me extremamente abençoada nesse ponto. Meus amigos e familiares sempre me apoiaram e me incentivaram a continuar estudando. Todas as vezes que estava decepcionada com alguma reprovação ou achando que não seria capaz de passar em determina prova, eles que me motivaram e me deram a coragem necessária para prosseguir. Obrigada, mãe, pai e amigos!
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Virginia: No ano de 2022 tiveram diversos concursos em Minas Gerais, então, durante todo o pós-edital do TJMG, eu estava me preparando para outras provas. Por isso, eu não estudei direcionada ao concurso do TJMG, exceto nos 7 dias que antecederam a prova, em que foquei em ler as leis específicas previstas no edital.
Acredito que os quase 2 anos de estudo, no geral, foram fundamentais para essa aprovação, já que muitas matérias eu havia estudado em algum momento.
Quanto à disciplina, estabeleci como meta estudar todos os dias. Quando o dia era produtivo, estudava todas as horas líquidas planejadas, quando não, eu estudava o máximo que conseguia, nem que fossem apenas 30 minutos. Assim, eu criei o hábito de estudar.
Admito que muitas vezes, por conta da rotina exaustiva, eu não cumpria todas as metas e estudava pouco, mas, para mim, o pouco é melhor do que nada. É como dizem: feito é melhor que perfeito!
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Virginia: Desde que comecei a estudar pelo Estratégia Concursos, optei pela utilização de cursos em PDF. Para mim, essa é a melhor escolha. Além de serem super completos, facilitam a produção de material de revisão: é só fazer grifos e anotações no próprio PDF. Também assistia videoaulas das matérias que eu tinha mais dificuldade. Nesse caso, a didática e explicação mais detalhada dos professores faziam a diferença.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Virginia: Antes mesmo de começar a estudar já escutava muitos comentários e elogios sobre o Estratégia Concursos. Quando decidi me dedicar aos estudos, fiz uma breve pesquisa sobre os cursinhos disponíveis do mercado e o Estratégia se destacou pela variedade de ferramentas de estudos que disponibiliza aos alunos e pela quantidade de alunos aprovados em diversos certames.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Virginia: Sim! Em 2018, antes mesmo de me formar, decidi me preparar para uma prova e estudei por outro curso. Certamente, o que mais me incomodou foi a ausência de material escrito. O curso disponibilizava apenas videoaulas. Acredito que o estudo exclusivamente por videoaulas é pouco produtivo.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Virginia: Sim! Fiz um concurso e não passei. A reprovação me desmotivou e eu voltei a estudar somente alguns anos depois.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Virginia: Senti uma grande diferença! Sem dúvidas, o maior diferencial do Estratégia Concursos é o material escrito. Os cursos em PDF são tão completos que não precisamos buscar outras fontes de estudo. Nem livros, nem videoaulas, nada!
Os eventos do Estratégia também ajudam muito os concurseiros. Sempre que sai um edital, procuro o webinário para saber mais. A Hora da Verdade e a Revisão de Véspera são ótimos para aquele momento de tensão que antecede a prova.
Enfim, o Estratégia prepara os alunos antes do edital ser publicado, durante os estudos e após a prova.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Virginia: Eu estudava 1 hora por disciplina. Então, nos dias em que estudava mais horas líquidas, estudava mais matérias; nos dias que estudava menos horas líquidas, menos matérias. Para mim, 1 hora é a quantidade de tempo ideal, com um tempo maior eu perdia a concentração.
Antes de iniciar os estudos para qualquer prova, eu analisava o edital para criar um ciclo de estudos. As disciplinas que eu tinha mais facilidade estudava menos vezes durante a semana para que fosse possível estudar mais as disciplinas de maior dificuldade.
Como no decorrer do último ano precisei conciliar trabalho e estudo, minha meta era fazer 3 horas líquidas por dia, todos os dias, inclusive aos finais de semana. Assim, eu conseguia estudar 3 matérias por dia.
O que eu estudava durante essas horas variava de acordo com a necessidade do momento, poderia ser: ler PDF, assistir videoaula, fazer revisão, exercícios, simulado.
Além disso, sempre que necessário, realizava adaptações no meu ciclo. Então, por exemplo, se eu finalizava uma disciplina, diminuía a sua carga horária semanal, pois, a partir daí, iria só revisá-la, e no novo tempo disponível, colocava uma matéria mais extensa ou de maior dificuldade.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Virginia: Revisão sempre foi o maior ponto dificuldade no planejamento dos meus estudos, principalmente no que se refere à periodicidade, ainda hoje não sei se encontrei um método que seja perfeito para mim.
De toda forma, eu fazia grifos nos PDF e anotações das videoaulas que assistia. Para revisar, eu lia esses grifos e anotações. Resolvia, também, muitas questões sobre os tópicos já estudados. Tentava fazer isso frequentemente para que o conteúdo estudado não fosse esquecido.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Virginia: Resolver exercícios é fundamental! Não sei ao certo quantas questões eu fiz, foram muitas. Sempre resolvia todos os exercícios de fixação presentes ao final de cada PDF, e, ainda, sempre que possível, ia para o site de questões para buscar enunciados de provas anteriores, de preferência da banca organizadora do concurso para o qual eu estava estudando.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Virginia: As disciplinas que eu senti mais dificuldade foram Português e Informática. Quando identifiquei que meu índice de acerto nas questões dessas matérias estava menor do que o desejado, aumentei a carga horária semanal delas no meu ciclo de estudos. Para superar não tem mistério! A receita é: maior dedicação à essas disciplinas, muito exercício, revisão e, se necessário, videoaulas em substituição ao PDF.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Virginia: Como mencionei anteriormente, com diversos editais publicados no meu estado, não estudei especificamente para a prova do TJMG. Então, na semana que antecedeu esse concurso, optei por me dedicar às leis específicas previstas no edital. Mantive o mesmo ritmo de estudos, 3 horas líquidas por dias, mas substitui as disciplinas que normalmente estudaria por leitura de lei seca.
Além disso, aproveitei o sábado para assistir toda a Revisão de Véspera. Sempre costumo assistir às revisões. Nesse caso, como não havia estudado especificamente para essa prova, achei especialmente importante acompanhar. Acredito que a revisão do professor Emerson Bruno foi crucial para minha aprovação.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Virginia: Acredito que o meu maior erro foi, no início da preparação, colocar uma urgência muito grande na minha aprovação. Isso fez com que eu tivesse dias exaustivos, com uma longa jornada de estudo, mas pouca retenção de conteúdo e, ainda, desencadeou uma série de crises de ansiedades. Precisei parar por um tempo para entender que não era sustentável prosseguir dessa maneira, pois passar em um concurso público é, na grande maioria das vezes, um projeto de médio ou longo prazo e exige, para tanto, que a nossa saúde mental esteja em perfeito estado.
Já meu acerto, certamente, foi ter bastante disciplina para estudar, ao menos um pouco, todos os dias, entendendo que esse pouco somado por várias vezes, nos leva à aprovação, ainda que demore mais tempo que o desejado.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Virginia: Já pensei em desistir incontáveis vezes. Estudar todos os dias, mesmo naqueles mais cansativos, após o trabalho, o deslocamento, os afazeres domésticos e demais obrigações do dia a dia, não é, nem de longe, uma tarefa fácil. Duas coisas me motivaram a seguir: a primeira delas é que eu não estava disposta a voltar para a iniciativa privada. Sendo assim, serviço público era, para mim, a única solução viável. A segunda é o apoio que eu sempre recebi dos meus familiares e amigos próximos, alguns deles na mesma situação que a minha. Criamos uma rede de apoio muito legal, em que um motivava o outro em momentos difíceis.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Virginia: Iniciar os estudos para concurso não é necessariamente difícil. Difícil é manter o foco e a disciplina durante todo o tempo necessário para que você esteja preparado(a) o suficiente para ser aprovado(a) no concurso dos seus sonhos. Por isso, é importante que não se esqueça quais foram os motivos determinantes para que tomasse a decisão de estudar, assim será mais provável que não desista no meio do caminho.
É indispensável, também, que tenha em vista desde o início que será preciso abdicar de momentos de que gosta para alcançar esse objetivo. Haverá dias de angústia, cansaço, estresse, ansiedade. Então, preze sempre pela sua saúde mental. Uma coisa é certa, após a aprovação, todas essas concessões que você fez, parecerão insignificantes. Vai ter valido muito a pena!
Por fim, um conselho que eu escutei muito durante a minha preparação e, hoje, repasso é: não tenha medo de fazer provas! Eu demorei mais de 1 ano para começar a fazer provas. Por diversas vezes, fiz a inscrição e não compareci, por medo da reprovação. Percebi depois de um tempo que esse medo sempre vai existir, nunca vamos nos sentir plenamente preparados para algum concurso. Então vá fazer a prova para a qual você estudou. Se a reprovação vier, use-a como fonte de aprendizado e siga em frente!