Aprovado em 2° lugar no concurso TCE-PR para o cargo de Auditor de Controle Externo - Área Jurídica
Tribunais de Contas (TCU, TCE, TCM)“Estudar com um bom material (e eu indico o Estratégia), revisar constantemente o que foi estudado e responder questões para aferir o nível de aprendizado […]”
Confira nossa entrevista com José Alberto de Souza, aprovado em 2° lugar no concurso TCE-PR para o cargo de Auditor de Controle Externo – Área Jurídica:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
José Alberto de Souza: Me chamo José Alberto, tenho 32 anos de idade, sou formado em Direito e resido na cidade de João Pessoa/PB.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
José: Concluí minha graduação em Direito em dezembro de 2015 e tinha a intenção de exercer a advocacia, mas, por questões familiares, precisei trabalhar no comércio do meu pai a partir de abril de 2016.
Foi lá que conheci um auditor fiscal da Sefaz/PB e por curiosidade fui buscar na internet mais informações sobre a carreira. Como minha mãe é funcionária pública, tinha uma noção acerca das vantagens e desvantagens do setor público e do setor privado.
Foi a partir daí que comecei a cogitar seguir o caminho dos concursos públicos.
Em março de 2017, com um material do Estratégia para a Receita Federal, iniciei meus estudos.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
José: Sim. Sou Técnico de Controle Interno na Controladoria-Geral do Município de João Pessoa/PB desde outubro de 2018.
Após a pandemia, o regime de trabalho passou a ser híbrido, com home office e idas presenciais semanalmente, o que ajudou no aumento da carga de estudos.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
José: Fui aprovado apenas no que eu estou em exercício atualmente (CGM/JP).
Já tinha alguns meses que havia iniciado os estudos (março/2017) e em outubro do mesmo ano saiu o edital da CGM/JP. Foi minha primeira experiência e graças a Deus fui aprovado para o cargo de Técnico de Controle Interno, em primeiro lugar.
Após essa aprovação, fiz mais 3 concursos na área de controladorias. Fui eliminado em todos, pois quem ficasse fora do quantitativo inicial de vagas era consequentemente eliminado (CGE-CE: 4 vagas para Auditor na área de controle social; CGU: 80 vagas para Auditor na área de correição; e CGE-SC: 40 vagas para Auditor na área de direito).
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
José: Não era como eu desejava, mas conciliava na medida do possível. Sair com amigos e familiares é uma questão inegociável para mim, mas a frequência era sempre reduzida no pós-edital.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
José: Sim, sempre me apoiaram, pois na escola e na universidade sempre fui um bom aluno, então eles sempre acreditaram que eu poderia alcançar algo significativo através dos estudos. Porém, às vezes não entendiam muito bem a necessidade de abdicar de certas coisas necessárias à vida de concurseiro.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
José: Comecei a estudar em fevereiro de 2024, logo após a banca Cespe/Cebraspe ser a escolhida para a realização do concurso. Então foram aproximadamente 06 meses. Mas obviamente a bagagem adquirida com as reprovações anteriores também foram fundamentais.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
José: PDFs, alguns resumos e sites de questões. Nunca assisti videoaulas ou frequentei aulas presenciais.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
José: Conheci através de pesquisa na internet, buscando informações a respeito dos materiais e de quem já tinha sido aprovado em concursos públicos.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
José: Comecei com ciclos de matérias. Depois abandonei essa estratégia e decidi ir estudando apenas uma matéria por vez. Eu sentia que isso funcionava melhor pra mim.
Nos períodos em que não havia edital publicado (ou ao menos autorização) eu não estudava.
Quando havia autorização do concurso, eu começava a estudar aos poucos, de 3 a 4 horas líquidas por dia.
Com o edital publicado, meu objetivo era, na medida do possível, sempre estudar não menos que 5h líquidas por dia.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
José: No início, cheguei a fazer alguns resumos, mas algum tempo depois passei a estudar apenas marcando os PDFs e fazendo as revisões por eles.
As revisões eram no dia seguinte à marcação, 7 dias após e 30 dias após. Para reforçar, fazia algumas questões. Nunca fiz simulado.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
José: Fundamental. É a parte mais importante do estudo, pois é o momento em que é possível verificar se o seu estudo está indo pelo caminho certo.
Além disso, é essencial para conhecer como a banca exige o conteúdo. Um mesmo assunto pode ser cobrado de modos completamente distintos por bancas diferentes.
Ao todo cheguei a fazer algo em torno de 12 mil questões.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
José: Administração Geral e Pública e Políticas Públicas, pois são matérias muito teóricas e as bancas exploram muitos autores distintos.
Para superar a deficiência nessas matérias, eu resolvia muitas questões, a fim de entender o que a banca mais cobrava.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
José: A mesma rotina de quando saiu o edital. Não faço nada de diferente em razão da proximidade com a prova.
A diferença é que, como a prova foi longe de onde moro, parei de estudar na quarta-feira (as provas foram sábado e domingo) para poder organizar minha viagem. Então, de quinta à sábado me desliguei completamente de qualquer material de estudo do concurso.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
José: Sim. Como a prova discursiva tinha uma estrutura específica (Parecer), eu adquiri um material específico sobre isso.
Quando compreendi o que a banca poderia exigir em termos estruturais, passei a focar nas matérias/assuntos que poderiam ser cobrados, reforçando-os. Mas não cheguei a treinar de próprio punho.
O que aconselho é ter domínio estrutural da peça escrita que será cobrada e conhecimento suficiente dos assuntos teóricos que possam ser abordados.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
José: Principais Erros (e Acertos):
- Estudar por ciclos de matérias (compreendi ao longo do processo que, para mim, estudar uma matéria inteira era mais produtivo);
- Imprimir os PDFs (estudar com tablet e editor de pdf é bem mais produtivo);
- Responder questões do PDF (creio ser mais útil estudar o assunto do pdf e resolver questões em site especializados, pois lá é possível filtrar de acordo com o perfil do cargo e da prova).
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
José: Não, nunca pensei em desistir. A principal motivação para seguir em frente foi a crença que eu tinha sobre ser capaz de conseguir. E a evolução em cada concurso que fui eliminado era o combustível que alimentava meu desejo de aprovação.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
José: Estudar com um bom material (e eu indico o Estratégia), revisar constantemente o que foi estudado e responder questões para aferir o nível de aprendizado. Se isso for feito de forma organizada e disciplinada, a aprovação chegará.