Aprovado em 02º lugar no concurso do Senado Federal para Analista Legislativo - Administração
Previdenciária (INSS, PREVIC)“Alguns dias vão ser mais fáceis, outros mais difíceis, mas faça o seu bem feito que o tempo irá recompensar seu esforço.”
Confira nossa entrevista com Guilherme Borba Dantas, aprovado em 02º lugar no concurso do Senado Federal para Analista Legislativo – Administração:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Guilherme Borba Dantas: Sou Guilherme, tenho 31 anos e sou de Recife. Sou Engenheiro de Produção pela UFPE, mas só exerci a profissão por 2 anos. Depois passei a me dedicar aos concursos e trabalhei na Anvisa e no TRF5.
Enquanto estive na Anvisa de 2018 a 2021, não estudei para concurso e aproveitei para fazer uma pós-graduação em Gestão Pública e Controle da Administração. No meio de 2021, já no TRF5, voltei a estudar para concursos, com foco na CGU e depois no Senado.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Guilherme: De princípio, acho que o mesmo que todo mundo: estabilidade e remuneração atrativa. Porém, com o tempo, fui me identificando com a atuação no serviço público e na ampla gama de áreas em que você pode trabalhar. Além disso, recebi bastante apoio na época dos meus familiares, o que ajudou a tomar uma decisão mais tranquila.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Guilherme: Sim, trabalhava e estudava. Tentava sempre trabalhar 12 às 19h, então focava nos estudos pela manhã e estudava algo mais tranquilo à noite (videoaula ou uma matéria mais fácil), após o expediente, porque já estava cansado do dia.
Um ponto que ajudou bastante foi estar em um regime de trabalho híbrido (parte presencial, parte remoto), então não perdia tanto tempo com deslocamentos e tinha maior flexibilidade para equilibrar trabalho e estudo.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Guilherme: Já fui aprovado em alguns Técnico da DPU, Telebrás, TJPE, TRF5, Alesp, Anvisa e agora Senado. Desses, fiquei dentro das vagas apenas na Anvisa e agora no Senado. No caso do TRF5 fui chamado alguns anos após a realização do concurso. Não pretendo continuar estudando.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Guilherme: Sim! Acho fundamental a pessoa não se isolar e manter um convívio com amigos/família, afinal somos seres humanos e o contato social é importante para manter uma rotina de estudos saudável e até ajudar a controlar a ansiedade nos momentos mais tensos.
Claro que quando estava mais próximo da prova eu abria mão de alguns encontros e, quando saía, fazia programas mais tranquilos que me permitissem estudar aos fins de semana.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Guilherme: Sim, com certeza. Minha família sempre acreditou na minha capacidade e me deram todo o apoio quando decidi estudar para concurso.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Guilherme: Direcionado para o Senado, por uns 4 meses, mas já vinha estudando num ritmo bom para a banca FGV há quase 1 ano por conta do concurso da CGU que fiz pouco antes. No total, minha preparação depois que voltei a estudar para concurso durou 1 ano e 7 meses.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Guilherme: Estudava basicamente por PDF’s, aulas de resoluções de questões e pelos meus resumos. Não fiz aulas presenciais, acho que você perde um pouco de tempo e termina não sendo algo focado nas suas dificuldades.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Guilherme: Recomendação de amigos.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Guilherme: Como sempre estudei pelo Estratégia, não tenho muito parâmetro para comparar com as outras empresas. Acredito que o diferencial do Estratégia sejam os PDFs, que são bem completos, ainda mais das matérias centrais para os concursos das áreas administrativas: Direito Administrativo, Constitucional, AFO, Administração (Geral e Pública).
Outro ponto positivo é a disponibilização de mapas mentais e resumos para algumas disciplinas, o que ajuda bastante nas revisões.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Guilherme: Montei o plano de estudos baseado no peso de cada matéria para a prova e o domínio que possuía de cada matéria. Tentava estudar 3 matérias por dias, mas nem sempre dava. Quando estudava uma matéria mais pesada, por exemplo, era comum só conseguir dar conta de 2 disciplinas por dia.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Guilherme: Fazia revisões principalmente por questões e resumos. Além disso, também tinha um caderno de erros onde anotava todas as questões que errei e no fim de semana revisava especificamente o que tinha errado e estava consolidado no caderno.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Guilherme: Pra mim, a resolução de questões da banca que irá realizar o concurso é o ponto mais importante na preparação do candidato. As questões vão te mostrar o que você está errando e te deixarão preparados para os assuntos mais cobrados pela banca, o que é essencial em uma reta final. Só pra esse concurso do Senado fiz mais de 5 mil questões, mas desde que voltei a estudar para concurso em 2021, tenho pouco mais de 10 mil questões resolvidas entre sistema de questões e PDFs.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Guilherme: No caso da FGV, com certeza português. Quem já fez questão dessa banca sabe como suis generis ela é. No começo eu tentava resolver o máximo de questões possíveis, mas não adiantou muito, o percentual de acertos se mantinha constante.
Quando vi que isso não estava funcionando, passei a assistir vídeos de professores resolvendo as questões e eu comecei a aprender a mentalidade da FGV. A professora Adriana Figueiredo possui toda uma série de vídeos só resolvendo questões da FGV, assisti o máximo possível dessas aulas.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Guilherme: O foco foi na revisão dos pontos mais sensíveis pelo caderno de erros e em memorizar algumas coisas mais chatinhas como os conteúdos dos Anexos da LDO, por exemplo.
Também reli bastante as jurisprudências mais recentes que ainda não haviam sido cobradas, pois sabia que a chance de serem cobradas na prova eram grandes.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Guilherme: Se você tem dificuldade para escrever, sugiro treinar até ter uma noção segura de quanto tempo você precisa para resolver a questão, assim você consegue fazer uma melhor gestão do tempo na hora da prova.
Também sugiro não “perder tempo” durante a prova escrevendo um rascunho completo para depois passar a limpo na folha de respostas, pode custar caro no final.
No caso específico do Senado, eu pegava alguns pontos importantes de cada matéria e organizava em tópicos qual seria minha resposta. Por exemplo, eu sabia que as hipóteses de alteração dos contratos era um tema recorrente nas questões da FGV de licitações e contratos, então estruturava como seria minha resposta para esse assunto em tópicos.
Os cursos do Estratégia também contam com uma parte de questões discursivas, então apliquei essa estratégia ao máximo de assuntos possíveis, o que me ajudou bastante na revisão.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Guilherme: Acho que meu principal erro foi cometido no concurso da CGU. Não fiz questões suficientes e não foquei muito em jurisprudência, o que terminou me custando a aprovação no concurso por apenas 1 questão.
Meu maior acerto foi saber utilizar a reprovação da CGU como lição para corrigir os rumos e me preparar melhor para o Senado. Comprei o curso específico de jurisprudência dos professores Herbert e Nelma, fiz mais questões e até comprei alguns livros para variar um pouco o material e incrementar minha preparação.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Guilherme: Não pensei em desistir porque já era concursado e conseguia manter uma rotina de estudos com relativa tranquilidade, então ainda tinha gás para estudar mais alguns anos.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Guilherme: Uma vez que você decidiu estudar para concurso (o que precisa ser feito com muita calma e responsabilidade), o primeiro passo é escolher uma área e identificar aquelas disciplinas centrais que você precisa estudar. Depois disso, é hora de se organizar e montar um cronograma factível dentro da sua realidade, focando nos assuntos mais importantes de cada matéria.
Para quem já está na jornada há mais tempo e já esgotou as matérias, sugiro mudar um pouco a rotina de estudos acrescentando outros materiais (livros, pdfs). No meu caso, senti que em alguns momentos estava muito “viciado” nos meus resumos e não dava a atenção necessária a alguns pontos da matéria porque estava com esse viés em um material que já tinha familiaridade.
Outra coisa muito importante é não se comparar com os outros e não se cobre muito. Alguns dias vão ser mais fáceis, outros mais difíceis, mas faça o seu bem feito que o tempo irá recompensar seu esforço.