“Defina seu objetivo e corra atrás! Ache sua maneira de estudar e siga em frente. Não perca muito tempo em redes sociais e não escute muitos “coaches de instagram”. Tenho certeza de que todos os aprovados tiveram rotinas de estudos imperfeitas. Não procure motivações diárias, pois elas são passageiras. Insira os estudos em sua rotina e siga o plano. Tenho certeza de que valerá a pena!”
Confira nossa entrevista com Romário Gomes, aprovado em 10° lugar no concurso SEFAZ RR para o cargo de Auditor Fiscal:
Estratégia Concursos: De onde você é? Qual é sua idade? E sua formação?
Romário Gomes: Sou de Arapiraca – AL. Tenho 29 anos. Sou formado em Administração de Empresas pela Universidade Federal de Alagoas.
Estratégia: Como foi a escolha pela área fiscal? O que pesou mais para você quando teve que definir esse foco de estudo?
Romário: Já era concursado de um bom cargo no Poder Judiciário e pouquíssimas carreiras eram atrativas para mim nesta etapa. A área fiscal, com certeza, era uma delas. O fato de ser uma carreira típica de Estado e de ter uma maior flexibilidade e segurança foram fundamentais para a escolha. As remunerações atrativas e as oportunidades que saíam todos os anos também pesaram muito em voltar a estudar e focar nos fiscos estaduais.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Romário: Durante a época que estudava para tribunais eu conciliava faculdade e estudos. Fazia faculdade à tarde e estudava durante à noite e de madrugada. Um pouco mais tarde tive que conciliar trabalho e estudos. Trabalhava geralmente até às 15h e o restante do dia era dedicado aos estudos.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Romário: Fui aprovado em 4 (quatro) tribunais, três foram na Justiça Eleitoral e um na Justiça do Trabalho, todos para o cargo de Analista Judiciário – Área Administrativa. Destes, o último que passei foi TRT-8ª Região, que abrangem os Estados de Pará e Amapá, com a segunda colocação, em 2016.
Mais tarde, depois de retornar os estudos alguns anos depois, consegui êxito na Secretaria da Fazenda do Estado de Roraima, em 2021.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Romário: Sim, a maior parte dos estudos foi sem edital publicado. Fiz pouquíssimos concursos durante meu tempo de estudo. Apenas começava a fazer prova quando achava que estava pronto. Gostava de utilizar o método de ciclos para ficar rodando as disciplinas e me mantinha focado com uma quantidade mínima de horas que deveria fazer por dia, que geralmente eram 4 horas.
Por tentar sempre cumprir esta meta, conseguia manter uma rotina de estudos de longo prazo. Lógico que nem sempre conseguia, mas foi a maneira que encontrei para continuar focado por tantos meses.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos? Qual o diferencial que encontrou em nosso material? Recomendaria para um amigo que está começando os estudos?
Romário: Conheço o Estratégia de longa data, desde quando foquei nos tribunais. Na época, dividia meus estudos em livros de alguns autores consagrados e pdfs do Estratégia. Com o passar do tempo o conteúdo e os professores do curso foram ficando melhores e não sentia mais a necessidade de comprar livros.
A economia de tempo com a objetividade dos pdfs para mim é o grande diferencial. Recomendo o Estratégia para qualquer pessoa que realmente se dedica para conseguir uma aprovação em um concurso público.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? O que funcionava melhor para você? Videoaulas, PDFs, livros?
Romário: Minha última preparação foi baseada apenas em pdfs e questões, pois já tinha uma boa base nas disciplinas. Durante o início, porém, também utilizei livros e lia regularmente a lei seca. Nunca fui muito produtivo assistindo videoaulas, com exceção de algumas matérias (ex: estatística e economia).
Estratégia: Quantas horas por dia costumava estudar?
Romário: Minha meta diária era entre 4-5 horas por dia.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos?
Romário: Estudava entre duas e três matérias por dia. No começo costumava fazer resumos, mas dificilmente os consultava e acabei deixando.
Também não costumava ler a teoria mais de uma vez, apenas em casos raros quando o assunto era um pouco mais complicado ou quando me deparava com muitas novidades nas questões recentes do assunto.
A base dos meus estudos era questões e muita lei seca.
Costumava revisar fazendo questões e utilizava o método de ciclos de disciplinas, com algumas agregações para poder diminuir o ciclo semana de matérias.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Romário: Estatísticas e Economia foram as maiores dificuldades. Essas eu tive que retornar a parte teórica algumas vezes. Acho que a repetição é a melhor forma de aprender. Focar nas questões de uma banca específica também te deixa mais consciente da maneira que a organizadora cobra determinada matéria e facilita muito para acertar questões.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Romário: Sou solteiro e moro sozinho durante a semana, indo para casa dos meus pais nos finais de semana. O fato de ter passado em um concurso muito novo me ajudou durante esta caminhada e tive mais tranquilidade para me preparar para área fiscal. Sempre tive o apoio da família que entendia as ausências em festas, almoços e outros encontros.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Romário: Em alguns momentos durante a preparação adotei algumas posturas radicais, principalmente em relação às redes sociais e saídas com amigos e familiares. Era uma coisa que me atrapalhava muito e tinha sérios impactos em meus estudos, então fui muito conservador em grande parte da minha trajetória de estudos.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Romário: Acho que não. Foco é um dos determinantes para conseguir ser aprovado nesses concursos muito cobiçados, especialmente da área fiscal. Talvez, se você estiver esperando apenas um ou outro concurso específico, e sem perspectiva de sair em médio prazo, pode ser uma boa realizar outras provas que possuem a mesma base de matérias da qual você estuda.
No geral, porém, acredito que a melhor estratégia é focar apenas na sua área e fazer uma boa preparação da base, pois faz muita diferença no pós-edital, que geralmente tem um foco maior nas matérias específicas.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso em que foi aprovado?
Romário: Especificamente para área fiscal comecei a estudar no começo de 2019, ao todo foram quase três anos para a prova da SEFAZ/RR.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados?
Romário: Felicidade e dever cumprido. Coisas boas acontecem para aqueles que trabalham duro!
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Romário: Tentei sempre manter a mesma rotina de estudos que tinha, estudando entre 4 e 5 horas por dia, inclusive na semana da prova até o dia da viagem. Na véspera da prova, porém, preferi descansar e tentar chegar na prova o mais tranquilo possível. Funcionou para mim quando estudava para tribunais e adotei nesta prova para auditor.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Romário: Meu maior erro talvez tenha sido ter demorado a realizar provas. Um pós-edital da sua área, apesar de não estar totalmente preparado, pode acelerar seus estudos e te deixar muito mais consciente de seu nível. É o melhor teste para avaliar seus estudos e fazer reajustes necessários.
A disciplina talvez tenha sido o maior acerto. Sabia o que queria e fazia o que tinha que fazer. Não me deixava muito me influenciar por opiniões externas. Valeu a pena!
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Romário: Nunca cheguei a pensar em desistir. A parte mais difícil é você abdicar de muitas coisas para conseguir manter uma rotina que te faça competir nesses concursos de alto nível. Muitas vezes precisamos estudar durante 2 ou 3 anos e, infelizmente, perdemos muitos momentos neste tempo. Cada escolha é uma renúncia e precisamos estar bem conscientes do que queremos. No final, todo esforço vale a pena.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação? ;
Romário: Melhorar de vida e ajudar minha família.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Romário: Defina seu objetivo e corra atrás! Ache sua maneira de estudar e siga em frente. Não perca muito tempo em redes sociais e não escute muitos “coaches de instagram”. Tenho certeza de que todos os aprovados tiveram rotinas de estudos imperfeitas. Não procure motivações diárias, pois elas são passageiras. Insira os estudos em sua rotina e siga o plano. Tenho certeza de que valerá a pena! Grande abraço!