Aprovado no concurso SEFAZ MG para o cargo de Auditor Fiscal - Auditoria e Fiscalização
Fiscal - Estadual (ICMS)“Quem tem disciplina e paciência para se manter nessa constante evolução acaba ultrapassando os demais candidatos e acaba alcançando a vaga escolhida”
Confira nossa entrevista com Pablo Felipe Dos Santos, aprovado em 81° lugar no concurso SEFAZ MG para o cargo de Auditor Fiscal – Auditoria e Fiscalização:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Pablo Felipe Dos Santos: Meu nome é Pablo, sou formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Goiás e tenho 29 anos. Atualmente, moro em Goiânia-GO, mas nasci no Estado de Santa Catarina.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Pablo: Eu estava trabalhando em uma empresa multinacional quando um amigo começou a estudar para concursos públicos e me apresentou esse novo mundo. Conforme fui vendo as oportunidades que os concursos ofereciam, resolvi buscar uma vaga.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Pablo: No início eu estudava para concursos e ainda frequentava a faculdade, pois faltavam algumas matérias. Depois disso, tive o tempo livre para estudar.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Pablo: Eu já fui aprovado na Polícia Civil do Distrito Federal para os cargos de Escrivão e Agente, aproximadamente nas posições 15º e 130º, respectivamente (não lembro exatamente a posição). Agora, para minha felicidade, chegou essa aprovação na área fiscal, 81º para Auditor na SEFAZ MG.
E sobre continuar estudando, ainda não sei. O que eu sei é que nesse ano não vou mais estudar, pois o curso de formação da PCDF começa agora (Maio) e talvez a nomeação da SEFAZ MG também ocorra em 2023. Mas ano que vem, talvez eu estude novamente, caso apareçam concursos fiscais aqui perto de casa (Goiás ou Distrito Federal).
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Pablo: A minha vida social variou ao longo do tempo. Inicialmente (2019), eu comecei estudando para a SEFAZ DF, momento em que dediquei muito aos estudos e não tinha vida social (o que não recomendo). Como quase todo mundo, não consegui a aprovação no primeiro concurso, fiquei chateado e a solução naquele instante foi buscar uma vaga nas carreiras policiais. Durante a pandemia eu fiz a prova da PCDF e passei, entretanto nesse período eu já tirava os finais de semana para realizar atividades recreativas. Por fim, comecei a estudar para a SEFAZ MG no dia em que saiu o edital, eu sabia que já tinha grande parte da matéria na cabeça, o importante seria relembrar e melhorar. Sendo assim, mantive uma rotina de 6 horas líquidas diárias e ainda me divertia aos finais de semana, foi o período de estudos mais leve que já tive. Assim, percebi que momentos recreativos são importantes para recarregar a energia necessária para estudar novamente.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Pablo: Por sorte, sempre tive o apoio da minha família, o que ajuda muito. Na verdade, meus pais percebiam que eu estava estudando e me dedicando muito, sempre acordando cedo, lendo, fazendo questões ou simulados. Eles também acreditavam que esse esforço todo teria algum resultado no final.
Quanto aos amigos, sempre recebi apoio de duas pessoas, uma é aquele colega que me levou para o mundo dos concursos (hoje está no TCDF) e a outra é a minha namorada, que também virou concurseira durante esse tempo (hoje está no TCE GO e aguarda no CR da CGU).
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Pablo: Nesse último concurso eu estudei quando saiu o edital, ou seja, 6 meses. Mas é importante dizer que eu já possuía uma bagagem, pois em 2019 eu estudei um ano e meio para o SEFAZ DF e não passei. Depois disso, estudei para a PF e PCDF também.
E sobre manter a disciplina, não tem muito segredo, eu simplesmente criei a minha rotina de estudos e a seguia diariamente. Não tinha outra opção, era passar ou passar. Acredito que ter uma rotina determinada seja muito importante, pois você acorda e já faz, não fica parado pensando o que vai realizar no dia.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Pablo: O que eu mais usei em toda a minha trajetória, sem dúvidas, foram os PDFs Completos do Estratégia. E em segundo lugar foi resolver questões e, depois, revisões. Sobre as videoaulas, eu assistia somente quando não tinha entendido algo do PDF. Já os livros ou aula presenciais, nunca usei ou frequentei.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Pablo: Pela internet mesmo, em uma pesquisa rápida no Google.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Pablo: Eu comecei a estudar direto com o Estratégia, então quase tudo que aprendi foi com esses materiais. O que eu mais gosto são os PDFs Completos, pois nos concursos de alto nível sempre existem questões que fogem aos assuntos mais batidos, por isso é importante saber um pouco mais sobre cada matéria. Os PDFs Completos sempre trazem muitas informações, além de um vocabulário mais próximo ao que encontramos nas questões de alto nível.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Pablo: Quando eu tenho matérias para aprender, eu seleciono umas duas ou três e estudo de 1 a 1,5 hora cada, revezando entre elas. Quando finalizo uma, acrescento outra. Ao mesmo tempo, também faço revisão e questões das matérias que já finalizadas.
Sobre as horas líquidas por dia, como já disse anteriormente, variaram bastante. Na minha primeira preparação eu mantive uma carga de 8 a 10 horas líquidas por dia, já para a SEFAZ MG foram 6 por dia.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Pablo: As revisões eram feitas em um ciclo. Eu colocava todas as matérias em uma ordem (ex: A, B, C, D, E, F), depois revisava toda a matéria A, depois a B, C…, quando o ciclo chegava ao final, eu começava de novo. As matérias de direito eram revisadas por mapas mentais, as de legislação eram por leitura das marcações no PDF ou lei seca e as de exatas eram apenas decoreba de algumas formulas ou conceitos.
Além de revisar as matérias por leitura, eu também as revisava por um ciclo de questões. Colocava as matérias em uma ordem, assim como expliquei acima, e resolvia 30 questões de cada matéria. Dessa forma, eu sempre estava revisando e fazendo questões de todas as matérias, na ordem que eu estipulei, sem deixar nenhuma para trás. Quando existiam matérias mais importantes ou que eu precisava melhorar, eu colocava a matéria duas vezes no ciclo.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Pablo: Resolver exercícios é essencial, pois quem passa é quem acerta questões. Quando a gente resolve muitas questões, você já sabe o que o examinador vai cobrar antes mesmo de terminar a leitura do enunciado ou encontra a alternativa certa apenas por observar algumas palavras chave, sem precisar dar muita atenção as outras alternativas. A repetição intensa das questões faz com que você perceba que a criatividade do examinador tem limite, fica difícil ele buscar algo novo, que você ainda não tenha visto.
Sobre o número de questões, tenho registradas 36 mil resoluções em um site de questões. Mas, além dessas, também resolvi várias nos PDFs e Simulados que não foram registradas nesse número.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Pablo: Acho que uma das mais difíceis foi Tecnologia da Informação, que não caiu na SEFAZ MG, mas já estudei para outros concursos. Para aprender gastei um bom tempo lendo os PDFs, assistindo algumas videoaulas de pontos mais complicados, pesquisando pontos específicos na internet e resolvendo muitas questões. Veja bem, não tem segredo, é praticamente a mesma coisa que eu fiz com as outras matérias, porém tive que dedicar mais tempo.
O esforço, mesmo em uma disciplina difícil, traz resultados. O que não pode é acreditar que não dá para aprender e deixar a matéria de lado, pois seus melhores concorrentes não vão.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Pablo: Uma ou até duas semanas antes da prova eu intensifico as revisões e as decorebas. Eu leio todo o meu material de revisão de todas as matérias e resolvo todas as questões que deixei separadas como importantes. Além disso, leio alguns bilhetes que deixei grudados na parede do quarto, são anotações de coisas para decorar, informações que não consigo lembrar no longo prazo, mas lendo todo dia, acabo decorando no curto prazo.
Já no dia antes da prova, eu li apenas um arquivo do Word que preparei para esse momento, eram coisas que eu percebi que esquecia com frequência, mas se eu lesse um dia antes, não esqueceria. Vale lembrar que todos esses materiais que eu deveria ler ou questões para fazer nesse período anterior a prova, foi pensado e elaborado nos meses em que eu estudava, conforme eu avaliava a minha dificuldade.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Pablo: Como a prova discursiva aconteceu dois meses após a objetiva, foi possível treinar bastante. A melhor forma de melhorar na discursiva é escrever. Nesse período, eu fiz umas 70 redações sobre os temas disponibilizados pelo Estratégia e de alguns professores do Estratégia, vale dizer que escrevi mais de uma vez cada tema. Eu sempre lia a minha redação e pensava como podia melhorar. Quando a reescrevia, acrescentava os pontos de melhoria. Além disso, intensifiquei a revisão das matérias que poderiam cair na redação, pois é essencial ter conteúdo para jogar no papel, isso é o determinante.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Pablo: Como erros, lembro que no início da minha preparação eu imprimia os PDFs e usava um marca texto nas partes importantes. Logo percebi que não teria lugar para guardar todas a folhas e esse era um método muito arcaico, pouco flexível. Depois passei a ler no computador mesmo, fazendo anotações no próprio PDF, que poderiam ser alteradas com o tempo. Outro erro grande foi estudar e negligenciar 100% da vida social, é algo que não dá para manter no longo prazo (e concurso é uma meta de longo prazo).
Como acertos, acho que posso citar a resolução de muitas questões e o estabelecimento de uma rotina de estudos, pois fica mais fácil acordar e iniciar suas tarefas, sem dar tempo para o cérebro querer procrastinar. Outra coisa que eu fiz nos momentos mais importantes foi me afastar das redes sociais, só tomam tempo e trazem preocupações que a gente não precisa durante os estudos.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Pablo: Claro, muitas vezes isso acontecia, a vontade de desistir me acompanhava quase que toda semana. Mas quando eu parava para pensar se realmente desistiria, observava que minhas opções eram voltar para a indústria ou continuar me esforçando para conseguir algo melhor, então respirava, refletia e voltava a estudar no dia seguinte.
Eu digo que o que mantém a gente estudando não é a motivação, pois ela é fraca. Você vê um vídeo ou uma história de sucesso e se sente motivado, um dia depois já sente o peso da dificuldade que é estudar com dedicação. Por isso, o que funciona mesmo é a disciplina. Você simplesmente faz, não fica procurando uma razão para fazer.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Pablo: Se você está iniciando nos concursos agora, a primeira coisa é ter consciência de que isso será um projeto de médio a longo prazo. Sua prioridade será aprender as primeiras matérias, depois mantê-las em revisão até que você aprenda todas. Depois disso, você manterá uma constante revisão e resolução de todas as disciplinas e, nesse período, você compreenderá muito mais sobre cada uma delas. É nesse ponto que o seu conhecimento vai ser refinado e você se transformará em um candidato competitivo. Quem tem disciplina e paciência para se manter nessa constante evolução acaba ultrapassando os demais candidatos e acaba alcançando a vaga escolhida.
Eu comecei os estudos achando que seria aprovado em pouquíssimo tempo, não fui. Mas com o tempo acabei sendo aprovado na PCDF, em uma ótima posição, isso me rendeu um convite para conhecer o Estratégia Concursos e participar do Baile dos Primeiros em 2021. Conheci muita gente legal, acabei virando Coach no Estratégia e ainda fiquei muito motivado a continuar os estudos, o que me proporcionou outra aprovação.
Por isso, acredito que o estudo para concurso é uma escada, todo dia que você estuda, você sobe um degrau; se não estuda, esquece o conteúdo e desce um. Quem conseguir subir mais, passa.