“Pense muito bem antes de iniciar essa jornada! Com certeza o desânimo virá um dia, mas os motivos sólidos que te levaram a começar os estudos não te deixarão desistir. Nem sempre o máximo esforço bruto é o melhor: descanso faz parte. Priorize a qualidade e não tenha preguiça de entender a lógica por trás dos assuntos. Técnicas mirabolantes de estudos/revisão não são necessárias para passar: o essencial é encontrar o meio que mais se adeque ao seu estilo!”

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Confira nossa entrevista com Davi Schafaschek, aprovado no concurso SEFA PA no cargo de Auditor Fiscal de Receitas Estaduais:

Estratégia Concursos: De onde você é? Qual é sua idade? E sua formação?

Davi Schafaschek: Sou de Joinville/SC e tenho 23 anos. Estou aguardando a colação de grau do curso de Engenharia Elétrica da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) para final de maio/22.

Estratégia: Você chegou a trabalhar na sua profissão? O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?

Davi: Atuei na área da profissão apenas no período do estágio obrigatório da faculdade, pois desde o 4° ano do curso de Engenharia Elétrica já estava decidido em fazer o possível para ser aprovado, o quanto antes, em um concurso da área fiscal.

Estratégia: Como foi a escolha pela área fiscal? O que pesou mais para você quando teve que definir esse foco de estudo?

Davi: Nunca senti uma vocação para uma profissão específica: médico, policial, advogado, etc. Então já na adolescência observei as possibilidades e encontrei no mundo dos concursos a oportunidade de oferecer uma boa qualidade de vida a minha futura família. Nesse tempo, fui atraído para a área fiscal, por meio da RFB. Ver a importância do trabalho do Auditor Fiscal para a sociedade, a grande diversidade de atuação e adaptação dentro do fisco – além da boa remuneração – despertaram minha atenção. Entretanto, por diversas circunstâncias, acabei escolhendo o curso superior de engenharia elétrica. Ingressei no curso decidido a focar os 3 primeiros anos apenas na faculdade e , se a engenharia não me cativasse, iniciaria os estudos para concurso no 4º ano. O que pesou bastante nessa escolha foi a possibilidade de ficar um longo tempo desempregado, pois é impossível saber com muita antecedência quando a prova virá e, muito menos, se iria passar.

Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?

Davi: Iniciei os estudos para concursos no sétimo período da universidade. Considero “só” a faculdade como um trabalho, pois a engenharia por si só já sugava bastante. Já no décimo período, conciliei com um estágio de 40 horas semanais. Preenchido todos os requisitos para colar grau (dezembro/21), tive a oportunidade de estudar em período integral até a prova da SEFA PA (março/22).

Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?

Davi: Fiquei classificado em 94° lugar geral (cadastro reserva) para o cargo de Analista da Receita Estadual IV de SC.

Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?

Davi: Por indicação de conhecidos já concursados.

Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou em nosso material?

Davi: Acho os PDFs bem completos, raramente precisei fazer uma pesquisa mais aprofundada dos assuntos em outro local. Os resumos disponibilizados (e personalizados por mim) também foram bem úteis na última semana. Além disso, a Trilha Estratégica é um ótimo auxílio para quem tem dificuldade de se organizar e necessidade de uma meta para bater.

Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? O que funcionava melhor para você? Videoaulas, PDFs, livros?

Davi: O principal foi o PDF. Via de regra, as videoaulas foram para os assuntos que não entendia na primeira leitura ou os que tinha grande percentual de erro. Todavia, achei importante ter assistido o curso completo de LTE a fim de captar e consolidar a “lógica” dessa matéria de grande peso no certame.

Estratégia: Como montou seu plano de estudos? Estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Quantas horas líquidas estudava por dia?

Davi: Sempre utilizei como base para os meus estudos a Trilha Estratégica. Foi crucial para mim ter a questão das metas a serem vencidas, cadernos de questões prontos e outras dicas que o guia disponibiliza. Como a faculdade foi em período integral, tive de adaptar os horários de estudo de acordo com o as aulas e quantidade de trabalhos/provas. No primeiro ano de estudo, estudava cerca de 10 a 25 horas líquidas por semana, de acordo com a necessidade da universidade. No segundo ano de estudo, tive a oportunidade de contratar a Assinatura Platinum e a faculdade passou a exigir um pouco menos na questão de provas e trabalho. Também, consegui otimizar bem mais o meu tempo em virtude das aulas estarem totalmente online por conta da covid-19. Com isso, fazia cerca de 20 a 35 horas semanais. Com o fim da faculdade, tive cerca de 3 meses de “só” estudo para o Sefa/PA, mas o estudo semanal variou bastante devido a circunstâncias pessoais: 20 a 40 horas líquidas, dependendo da semana. Ao longo do trajeto, sempre busquei descansar, no mínimo, aos domingos.

Estratégia: Como fazia revisões? Costumava fazer resumos, simulados ou algo mais?

Davi: Não fiz outra revisão além das tarefas de reforço normais da Trilha Estratégica, mas sempre busquei realizar, como atividade extra, a impressão, leitura e marcação das leis mais importantes (CTN e CF/88) no pré-edital e das específicas no pós. Busquei fazer o resumo das aulas para facilitar a revisão normal e a de véspera da prova. Para poupar tempo, peguei os resumos das aulas disponibilizados pelos professores e fiz minhas próprias adaptações. No pós-edital, o meu coach, Leonardo Pazolini, indicou 1 simulado por semana de questões inéditas, para treinar o tempo de prova e, principalmente, as matérias específicas.

Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?

Davi: É fundamental a realização do máximo de questões. Entretanto, é preciso cuidar para não perder tempo com questões repetidas ou batidas apenas para alcançar um número X de resoluções. Os exercícios são bons indicativos de compreensão da matéria pós-teoria, além de servirem como revisão e aprofundamento. É crucial ir atrás das questões que errou ou acertou sem entender a “lógica”. Além de diferenciar se errou por falta de atenção (sabia responder) ou por falta de conhecimento. 

Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?

Davi: Tive bastante dificuldade no início com contabilidade. Com a segunda leitura dos PDFs e o uso das videoaulas para os assuntos mais tensos, passei a entender a lógica da matéria e a mente “se abriu” num belo dia para a matéria como um todo. Em relação a outras matérias, utilizei as videoaulas para assuntos que não entendia na primeira leitura do PDF ou nos quais estava errando muitas questões (apesar de achar que já entendia). Sempre busquei entender a lógica por trás de cada tópico e decorar o mínimo possível.

Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?

Davi: Sou solteiro e moro com meus pais, sempre tive apoio total emocional e financeiro deles desde o início da jornada. Eles entenderam a minha ausência e buscaram ajudar em tudo que podiam. Não tenho dúvidas que esse suporte foi decisivo, devo muito a eles!

Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?

Davi: Vida social nada movimentada. Entretanto, nos dias/períodos de descanso busquei estar com a família ou com amigos mais chegados. Também busquei participar ao máximo dos encontros da igreja. Além disso, me concedi alguns dias/semanas de férias dos estudos quando  ficava muito cansado e não estava mais rendendo bem, ou após uma prova.

Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso em que foi aprovado?  Qual foi o segredo de manter a disciplina durante todo o período?

Davi: Iniciei os estudos focado exclusivamente para a Sefa-PA 11 semanas antes da prova. Entretanto, já tinha uma boa bagagem nas matérias principais por conta da Sefaz/SC que acabara de fazer. Então foi um período de muita revisão, estudo das matérias que não tinha visto bem (economia e TI principalmente) e de aprender as especificidades da legislação do Pará. Nesse ponto a mentoria foi bem importante para direcionar o estudo aos principais pontos, pois não tinha tempo para passar por todos os tópicos do edital.

Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?

Davi: Além de realizar as tarefas e questões indicadas na Trilha, eu programei para rever os resumos de todas as matérias e aulas que eu tinha feito/personalizado. No dia anterior, reli de forma dinâmica as leis do PAT, Kandir, IPVA e ITCMD. Além disso, reforcei as principais decorebas (prazos, alíquotas etc.) e reescrevi as fórmulas de matemática financeira e estatística.

Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?

Davi: Meu maior acerto foi buscar entender a lógica dos assuntos. Quando errava ou acertava uma questão na sorte, buscava compreender o motivo. Dado a grande quantidade de conteúdo que precisamos absorver, achava mais difícil decorar algumas frases de memorização disponibilizadas do que simplesmente entender o assunto e deixar a mente menos sobrecarregada. Isso também é válido para algumas fórmulas de matemática e estatística as quais provêm de outras fórmulas básicas ou não são tão necessárias (o problema que pode ser resolvido por uma regra de 3 ou outra lógica, por exemplo).

Meu grande erro foi na hora da prova de analista da Sefaz/SC. Fui fazer a prova com uma tremenda obrigação/necessidade de passar, uma autocobrança absurda. Resultado: fiquei nervoso e faltou tempo para fazer as todas as questões com atenção, apesar de ter sobrado muito tempo nos simulados em casa. Já na prova da Sefa-PA fui realizá-la bem mais tranquilo: consegui passar por todas as questões.

Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?

Davi: Praticamente todos os dias pensava em desistir. Mas os porquês que me levaram a iniciar os estudos, a vontade de fazer valer a pena o esforço que meus pais tiveram comigo ao longo de toda minha vida e a consciência que o Senhor tem me guiado e suprido as necessidades não deixavam os pensamentos ruins se efetivarem em ações.

Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!

Davi: Pense muito bem antes de iniciar essa jornada! Com certeza o desânimo virá um dia, mas os motivos sólidos que te levaram a começar os estudos não te deixarão desistir. Nem sempre o máximo esforço bruto é o melhor: descanso faz parte. Priorize a qualidade e não tenha preguiça de entender a lógica por trás dos assuntos. Técnicas mirabolantes de estudos/revisão não são necessárias para passar: o essencial é encontrar o meio que mais se adeque ao seu estilo!