“Se você estuda todos os dias, mais cedo ou mais tarde dará certo. Cada pessoa tem seu tempo, não adianta fazer comparações”
Confira nossa entrevista com Gabriela Barbosa Rocha, aprovada em 1° lugar no concurso do SEE DF para Gestor em Políticas Públicas e Gestão Educacional / Comunicação Social:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-la. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Gabriela Barbosa Rocha: Meu nome é Gabriela Barbosa Rocha, tenho 29 anos, sou de Montes Claros, Minas Gerais. Me formei em Comunicação Social com habilitação em Audiovisual e mestre em Culturas Midiáticas Audiovisuais.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Gabriela: Em 2021, depois que perdi minha mãe e minhas duas avós na pandemia, senti uma urgência muito grande de organizar a minha vida e buscar uma estabilidade financeira.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Gabriela: Sim. Sou professora, dou aula em uma faculdade particular de Brasília. Como professora tenho horários relativamente flexíveis. Todo dia eu chegava do trabalho tentava adiantar tudo relativo ao trabalho e depois ficava comprometida apenas com os estudos.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovada? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Gabriela: Essa foi a 6ª prova de concurso que eu fiz desde que comecei a estudar e nunca tinha passado em nenhuma, nem no cadastro reserva.
Pretendo continuar estudando, sim. Não parei, na verdade.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Gabriela: No início eu quis abrir mão da minha vida social, pensei que valeria a pena se isso fizesse com que eu passasse mais rápido. Porém minha saúde começou a declinar e eu percebi que abrir um espaço na agenda, uma vez por semana pelo menos, para ver amigos e família faria bem para mim e, consequentemente, para os estudos. Foi quando eu encontrei esse equilíbrio que o resultado chegou.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseira? De que forma?
Gabriela: Meus amigos foram bastante compreensivos, inclusive alguns começaram a estudar quando viram meu ritmo. Minha família se magoou algumas vezes, mas acabou entendendo. Meu namoro não resistiu e acabamos terminando.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Gabriela: Direcionado especificamente para ele, um mês. Mas antes eu estudei boa parte do conteúdo para outras provas que eu fiz. Faltando um mês para a prova da SEE DF eu estudei apenas aquele conteúdo que era inédito para mim.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Gabriela: Tentei usar tudo que eu tinha acesso: videoaulas, PDF, questões.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Gabriela: É um curso preparatório muito famoso, muitas pessoas me recomendaram. No início não tive como pagar, depois meu pai juntou dinheiro e me deu de presente.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Gabriela: Comprei apostilas impressas e achei que o conteúdo era sempre muito genérico, sentia falta de um direcionamento maior para o concurso em questão e banca examinadora. Teve um outro curso online que eu comprei, principalmente pelo preço. Alguns professores eram muito bons, mas o que mais me incomodava eram os recursos audiovisuais de baixa qualidade, o áudio, o quadro, a resolução, isso realmente me dispersava.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Gabriela: Fiz o concurso do Banco do Brasil, em setembro de 2021. Não passei.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Gabriela: Senti bastante diferença. Gostei muito dos professores, da qualidade dos vídeos, dos materiais em PDF e dos cadernos de questões. Acredito que é uma preparação de excelência.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Gabriela: Procurei criar um ciclo de estudos e estudava entre três e quatro matérias ao mesmo tempo. Utilizava o método pomodoro e estudava no mínimo quatro horas por dia, muitas vezes mais do que isso, por volta de oito horas.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Gabriela: Sempre fiz meus resumos e ao concluir uma matéria eu lia meus resumos e fazia as questões, com meus erros eu adicionava algumas observações. Depois de um tempo eu voltava nas questões que errei e resolvia novamente.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Gabriela: Não me lembro de quantas questões eu fiz, mas foi essencial, sem dúvidas. Era resolvendo as questões que eu percebia onde precisava melhorar, como o assunto costuma ser cobrado, qual o perfil da banca. E ia adicionando mais anotações aos meus resumos.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Gabriela: Matemática e Raciocínio Lógico. Consegui resolver escolhendo provas que esse assunto não era cobrado (rs).
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Gabriela: Estudei até o último minuto. Pra mim, particularmente, isso funciona. Leio os resumos e flash cards até o último minuto antes da prova.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Gabriela: Eu tinha facilidade com redação, então não fiz uma preparação específica para ela. Tirei 29,50 de 30.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Gabriela: Para cada prova que eu reprovei eu aprendia alguma coisa. Percebi que ler os resumos antes da prova funcionava pra mim; percebi que sempre existe uma chance de dar certo então não se pode ir derrotado; lanche, água e blusa de frio são essenciais, perder o foco por frio ou fome não pode acontecer; sempre ler o edital e entender como será a prova; não voltar a ler as questões que eu marquei com facilidade na primeira leitura; ler o tema da redação é a primeira coisa a se fazer e na metade do tempo da prova já começar a escrever o rascunho mesmo não tendo terminado a prova objetiva. Essas são algumas coisas.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Gabriela: Não pensei em desistir. Sentia que estava cada vez mais perto a cada prova que eu fazia. Quando eu passava muito perto e não dava certo, tentava ver pelo lado positivo.
Minha principal motivação era a minha independência financeira.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Gabriela: Se você estuda todos os dias, mais cedo ou mais tarde dará certo. Cada pessoa tem seu tempo, não adianta fazer comparações. É importante fazer o maior número de provas possível para entender como funciona o tempo, a concentração, a pressão, a tensão, mesmo que não seja o concurso dos seus sonhos. Fazer as provas mesmo sentindo que não está preparado, porque às vezes o que você já sabe é suficiente, não dá pra saber.
Mas acredito que a lição mais valiosa que eu aprendi é que não adianta ignorar os outros aspectos da sua vida durante a preparação, se você não estiver bem com a família, o(a) parceiro(a), amigos e trabalho, os estudos não rendem. Não dá para usar o concurso para fugir da sua realidade. Se fosse dar um conselho seria: manter um relacionamento saudável com as pessoas que você ama durante a preparação, encontrar um equilíbrio entre os estudos e o trabalho que você tenha, isso fez enorme diferença para mim. Só foi quando eu resolvi esses aspectos da minha vida que finalmente me senti mais leve para encarar a prova.