Aprovada no concurso da Receita Federal do Brasil para o cargo de Analista-Tributário
Fiscal - Federal (RFB e AFT)“Acredito que a aprovação em concurso se baseia em três pilares: tempo, constância e estratégia […]”
Confira nossa entrevista com Maíra Silva Lima, aprovada no concurso da Receita Federal do Brasil para Analista-Tributário:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-la. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Maíra Silva Lima: Sou formada em Ciências Contábeis, tenho 24 anos e nasci em São Paulo (SP).
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Maíra: A chance de ter um bom emprego e a estabilidade, saber que não serei demitida sem mais nem menos.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Maíra: Só estudava.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovada? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Maíra: Para um cargo efetivo, foi minha primeira aprovação. Antes da Receita Federal só tinha sido aprovada num cargo de estagiária na SABESP (companhia de água de SP), em 4º lugar de 7 vagas.
Sim, continuarei estudando, porém agora para a área de controle e não mais fiscal.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Maíra: Sempre fui bastante caseira, minha vida social é bem parada (rsrs), então não fiz muitos ajustes nela para estudar. Continuei saindo de casa tão pouco quanto sempre.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseira? De que forma?
Maíra: Sim, meus pais me apoiaram muito, principalmente não cobrando de mim que trabalhasse, me deixando só estudar. Meus amigos também sempre me apoiaram, mesmo que nenhum deles tenha interesse pelo universo dos concursos (nos últimos meses até tentei fazer uma amiga minha prestar um concurso na prefeitura, na área de formação dela e falhei miseravelmente rsrs).
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionada ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Maíra: Estudei aproximadamente 7 meses e meio.
Nunca tive grandes problemas para manter a disciplina, estipulava que tinha que assistir tantos vídeos por dia para fechar o edital até a prova, e simplesmente assistia.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Maíra: Videoaulas, 99% das vezes. PDF só usei para fazer questões e quando não tinha videoaula de um assunto (o que eu achava péssimo, já que detesto PDF).
Gosto de ver o rosto e ouvir a voz do professor, isso me ajuda a fixar a matéria, e a voz do professor vem na minha cabeça na hora da prova; com as videoaulas também economizo tempo (assisto sempre na velocidade 2,5x ou 3x).
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Maíra: Quando fiz estágio na SABESP, um colega (também estagiário) era concurseiro, estudava pelo Estratégia e falava muito bem.
Estratégia: Depois que você se tornou aluna do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Maíra: Os professores Herbert Almeida e Nelma Fontana são um show à parte, conseguem transformar duas disciplinas imensas e difíceis em algo legal de aprender. Isso é o melhor do Estratégia: o alto nível dos professores.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Maíra: Comecei a estudar na autorização do concurso, e me organizei de forma que pudesse estudar uma disciplina por vez e passar por todas elas até sair o edital. No pós-edital foquei nos eventos do Estratégia (Imersão, Hora da Verdade e etc), simulados, resolução de questões no Sistema de Questões e cobrir os tópicos e disciplinas novos do edital (principalmente Direito Constitucional que de 2012 para 2023 o edital aumentou muito, e Fluência em Dados que eu nunca tinha estudado e veio com peso muito grande no concurso).
Estudava de madrugada (que é quando a casa está em silêncio, dá para me concentrar bem), começava por volta de 0h e ia até 4h20.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Maíra: Minhas revisões foram basicamente por questões e simulados. Como comecei a estudar meio em cima do concurso, tinha que estudar a teoria completa das disciplinas, não dava para ficar gastando tempo com revisão. Dessa forma acabei deixando de lado as revisões por meio de resumo/mapa mental/Passo Estratégico e revisei só por questões.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Maíra: As questões são extremamente importantes, principalmente quando sai a banca do concurso, pois as bancas sempre têm seus tópicos favoritos e muitas vezes fazem questões quase idênticas a questões de concursos passados.
Juntando pré e pós-edital, fiz algo entre 5 e 6 mil questões.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Maíra: As tributárias: Direito Tributário e Legislação Tributária, e não sei exatamente se consegui superar (rsrs). Sempre tive mais dificuldade com a parte de tributos, desde a faculdade, e para o concurso da RFB fui bastante prejudicada pela falta de tempo para focar nessas disciplinas que tenho dificuldade: ou eu focava nos pontos fracos delas, ou estudava T.I. que não sabia nada, Administração Pública que também nunca tinha estudado, e toda a parte do edital de Constitucional e de Administração Geral que caiu em 2023 e não caiu em 2012…
Então pelo tempo curto não pude me dedicar a melhorar essas disciplinas de tributos (e dada a dificuldade da prova de conhecimentos básicos, acertei no que fiz. Adms e T.I. me deram 15/42 questões que acertei, se não tivesse focado nelas, poderia ter sido eliminada por não conseguir os 35 acertos).
Pelo lado positivo, me surpreendi com Direito Previdenciário, que eu tive alguma dificuldade na faculdade, para a RFB estudei só no pré-edital, mas consegui acertar 75% na objetiva e gabaritar na discursiva.
De qualquer forma, o concurso da Receita me fez ver que tendo a me dar bem melhor com a área de controle do que com a área fiscal, e por isso migrei de área.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Maíra: Na semana que antecedeu a prova foquei em estudar inglês, porque seria mais fácil de guardar o vocabulário de textos da área fiscal para o dia da prova que já estava próximo (isso na teoria foi lindo, na prática deu tremendamente errado, já que a prova veio nível NASA, com palavras que até quem é fluente nunca viu rsrs).
Na véspera da prova vi uma boa parte da revisão de véspera do Estratégia e mais nada.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Maíra: Não me preparei especificamente para a prova discursiva, e acho que para quem sabe escrever português certinho e coerente, é desnecessária uma preparação para ela; quem domina a teoria de uma disciplina escreve bem sobre qualquer tópico dela. Assim sendo, apenas estudei os tópicos da objetiva e não fiz treino de discursiva antes do dia da prova.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Maíra: Acertos: adquirir o material do Estratégia que é o melhor do mercado, e fazer muitas questões da FGV (o que me fez “pegar o jeito, a forma de pensar” da banca).
Meu maior erro foi demorar a começar a preparação para o concurso, o que prejudicou meu tempo para revisões/aprofundamento nas disciplinas.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Maíra: Sim, cheguei. Acho que todo concurseiro tem seus momentos de dúvida/insegurança, mas nessas horas sempre peço o auxílio de Deus e entrego minha vida nas mãos Dele, eu sei que Ele cuidará de tudo.
Minha maior motivação para seguir foi a chance ter um bom emprego, que possibilitasse uma vida melhor para mim mesma e para os meus pais.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Maíra: Acredito que a aprovação em concurso se baseia em três pilares: tempo, constância e estratégia. Leva tempo, não tem jeito. Ninguém aprende tantas matérias e um conteúdo imenso em cada uma delas de um dia para o outro. Cada pessoa vai levar um tempo diferente, uns aprendem mais rápido, outros menos, mas durante o tempo que levar, o concurseiro tem que ser constante: mesmo que você estude pouco, se esforce para estudar todos os dias. É melhor ter só uma ou duas horas de estudo por dia do que nada.
E durante toda a preparação até o dia da prova tem que ter estratégia: para escolher a plataforma de estudo, para escolher o método de estudo que funciona melhor para você (PDF, videoaula, estudo reverso, etc, etc) e principalmente tem que ter estratégia no dia da prova: não adianta nada a pessoa fazer tudo certo durante a preparação, e no dia da prova se perder com o tempo, ficar desesperado com o nível de dificuldade da prova e etc. Se a prova vier super difícil (como veio a da Receita Federal em 2023), saiba que não está difícil só para você, mas para todos, e que se você fez uma preparação consistente, ainda terá totais chances de conseguir sua aprovação.
Por fim, para os cristãos o mais importante de tudo é se apegar a Deus. Toda graça que acontece na sua vida vem das mãos do Senhor: agradeça a Ele todos os dias pela oportunidade de fazer o concurso, pelo seu dia de estudo, e ao final de tudo, agradeça pela aprovação conquistada. E mesmo que você seja reprovado, agradeça pelo aprendizado que teve, aprendizado esse que te capacitou mais para conseguir a aprovação no futuro. “Consagre ao Senhor tudo o que você faz, e os seus planos serão bem-sucedidos” (Provérbios, 16:3)