Aprovada no concurso da Receita Federal do Brasil para Analista-Tributário
Fiscal - Federal (RFB e AFT)“Leve o estudo a sério, mas com leveza! Ele é o catalisador para o atingimento de objetivos maiores. Acredite! Tenha uma atitude positiva e dedique-se porque os resultados chegam. Bons estudos!”
Confira nossa entrevista com Danielle Da Costa Monteiro Trindade, aprovada em 368° lugar no concurso da Receita Federal do Brasil para o cargo de Analista-Tributário:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-la. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Danielle Da Costa Monteiro Trindade: Olá! Sou administradora de empresas formada pela UERJ, casada e moro no Rio de Janeiro, onde nasci. Completei 47 anos no dia que fui recomendada para o curso de formação da Receita Federal. Um presente!
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Danielle: Decidi começar a estudar especificamente para o concurso da Petrobras, porque enxergava uma ótima oportunidade profissional.
Fui administradora da BR Distribuidora por muitos anos e, por experiência própria, sabia que os benefícios e as oportunidades de desenvolvimento profissional no Sistema Petrobras eram muito bons.
Errei na estratégia de prova aplicada pelo CEBRASPE e fui eliminada. Mas, continuei a estudar, atenta a outras oportunidades.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Danielle: Quando decidi estudar, em janeiro/22, já tinha me desligado da BR Distribuidora havia dois anos. Aderi a um programa de demissão voluntária e tinha planos para um ano sabático e para empreender. Mas, a pandemia e questões familiares me fizeram replanejar. Portanto, tive a oportunidade de me dedicar exclusivamente aos estudos.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovada? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Danielle: O primeiro concurso que fui aprovada foi para o cargo de Administrador da BR Distribuidora, em 1998. Foram 50 vagas para cadastro de reserva e, se a memória não me enganar, consegui a 21ª posição.
Mais recentemente, no 1º semestre de 2022, fui aprovada para o cargo de Administrador da Eletronuclear, na 35ª posição.
Na prova para o cargo de Técnico de Controle Interno da CGM-RJ, em abril/23, fui aprovada na 44ª posição.
Em maio/23, fiz a prova para o cargo de Analista de Desenvolvimento – Gestão, Administração e Planejamento da AGERIO – Agência Estadual de Fomento do Estado do Rio de Janeiro S.A e obtive a 7ª colocação.
Pretendo continuar estudando, especialmente para as oportunidades da área fiscal.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Danielle: Apesar de adorar confraternizar, eu optei por sair poucas vezes com amigos e família durante os períodos pré-edital. Nos pós-edital, preferi o foco total.
A quantidade e a diversidade de disciplinas exigidas nos editais, conjugadas com a alta competitividade dos candidatos, requerem uma preparação consistente. Com isso, o tempo torna-se um recurso ainda mais valioso. É preciso, então, estabelecer prioridades, restringir a vida social temporariamente, para se dedicar e aproveitar cada minuto.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseira? De que forma?
Danielle: Minha família e meus amigos são meus grandes incentivadores. Eles me ajudam das mais variadas formas, principalmente sendo muito compreensivos com minhas negativas. Meu marido, Charles, é um super parceiro. Ele resolve pendências domésticas, faz questão de me levar e buscar nos dias de prova, me ajuda em tudo.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Danielle: Para o concurso da Receita Federal, comecei a estudar em agosto/22. Entretanto, como o edital ainda não tinha sido publicado, no meio do caminho, resolvi fazer a prova do Senado Federal porque a banca também era FGV. Fiz para treinar situação real de prova e ganhar mais intimidade com a banca. Investi nas matérias comuns: Português, Direito Constitucional, Direito Administrativo e AFO. Acabei deixando as matérias específicas da área fiscal em segundo plano até novembro.
Para o ISS RJ, aproveitei boa parte da preparação para a Receita Federal e, depois desta prova, em março/23, redirecionei os estudos para o cargo de Fiscal de Rendas.
Assim, para a Receita Federal estudei por 5 meses. Para o ISS RJ, além do aproveitamento da base fiscal que já tinha obtido, estudei por mais 5 meses.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Danielle: Priorizei os materiais em PDF porque conferem maior agilidade ao estudo. Pontualmente, assisti videoaulas para as matérias que tinha mais dificuldade, como as exatas, pois absorvia melhor as explicações dos professores. Também ouvi podcasts enquanto estava no trânsito ou fazendo atividade física. Tentei equilibrar bem o uso das ferramentas disponíveis, para aproveitar o melhor de cada uma delas. E fiz muitas questões de todas as disciplinas.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Danielle: Pesquisei na internet e percebi que o Estratégia se destacava dos demais por conta de sua estrutura e dos resultados de seus alunos.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Danielle: O conteúdo e as ferramentas disponibilizadas pelo Estratégia fizeram a diferença na minha preparação.
Gostei muito das Trilhas Estratégicas para direcionamento e organização dos estudos. Para revisões no pós-edital, aproveitei bem o material dos Bizus e do Passo Estratégico. A didática dos professores, de maneira geral, é excelente, o que facilita muito o processo de aprendizagem.
Mas, meu highlight vai para o Estudo Acompanhado. Participei da turma para o ISS-RJ de abril a agosto/23. Aproveitei demais a experiência de estudar em grupo com a facilitação da querida Jéssica Barcelos, que foi exemplar, muito profissional e dedicada na condução do grupo e das nossas revisões.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Danielle: Dividi o tempo em blocos de no máximo 1:30h por disciplina, com pequenos intervalos. Não me preocupei em registrar o tempo com muita rigidez, mas sim a conclusão das atividades que planejava para o dia, com base no edital e no meu conhecimento prévio de cada conteúdo.
Percebo que é mais produtivo variar as matérias ao longo do tempo de estudo. A mudança de estímulo provocada pela alternância de disciplinas ajuda muito na dinâmica de aprendizagem. Estudei de 5 a 6 matérias por dia.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Danielle: Basicamente, fiz as revisões por meio da resolução de questões e pela leitura de resumos. Fiz vários simulados e penso que são essenciais na preparação. Mas, acredito que sejam mais efetivos para treinar tempo e estratégia de prova, além da concentração. Exames em dois turnos são muito cansativos e demandam bom controle de tempo.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Danielle: A resolução de questões é fundamental para o treinamento. É a chance de saber como os assuntos são cobrados, as pegadinhas, as peculiaridades de cada banca. Em algumas disciplinas, como Tecnologia da Informação, o estudo reverso foi uma excelente estratégia de aprendizado. Além disso, possibilita a medição de desempenho, que permite o direcionamento dos estudos para aqueles assuntos cujos resultados ainda estejam abaixo do pretendido.
Não consigo precisar quantas questões fiz desde que comecei, em janeiro/22, pois não tinha um controle muito justo. Mas, no período de abril/23 até agosto/23, com foco no ISS RJ, fiz mais de 12.000 questões.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Danielle: Minhas maiores dificuldades foram as exatas, especialmente Estatística e Matemática. Para essas disciplinas, recorri às videoaulas dos professores Brunno Lima e Jhoni Zini, que são super didáticos. Busquei melhorar a base teórica e treinar por meio da resolução de questões. À medida que os erros são entendidos e as fórmulas são fixadas, o desempenho melhora.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Danielle: Nas duas últimas semanas antes da prova, distribuí o tempo para fazer revisões de todas as disciplinas. Para algumas, como Contabilidade e Estatística, refiz questões específicas para ativar o passo a passo da resolução. Para outras, como Direito Tributário e Legislação, fiz a leitura de resumos e da lei seca. Acompanhei também a programação do “Hora da Verdade”. As dicas finais dos professores, com foco na banca, são imperdíveis.
No dia pré-prova, gosto de acompanhar a revisão de véspera. Várias apostas dos professores são certeiras e, também, me faz bem ouvir as mensagens de incentivo, que funcionam como uma injeção de ânimo para mim. As da Professora Nelma, particularmente, sempre me afetam de um jeito especial. No fim do dia, organizo tudo para o dia seguinte: canetas, documentos, lanches e roupas.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Danielle: Reservei um horário na semana para treinar a resolução de discursivas e utilizei como base o material disponível no pacote de preparação específico para a Receita Federal. Os professores apresentaram temas com propostas de resolução que ampliaram minha base de argumentação.
Além disso, em 2022, fiz o curso de redação da Professora Adriana Figueiredo, que foi muito importante para o aperfeiçoamento das técnicas de escrita.
Conhecer as técnicas para a composição de uma estrutura de texto adequada viabiliza a valorização do conhecimento sobre o conteúdo desenvolvido.
O estudo para a prova objetiva contribui para o enriquecimento da base teórica sobre os conteúdos. Porém, a discursiva demanda um treino específico, de escrita, de estratégia de argumentação, de objetividade, de agilidade.
Na prova da Receita Federal, obtive 25 dos 30 pontos da questão discursiva, o que melhorou minha colocação em muitas posições. Por outro lado, na prova da EPE – Empresa de Pesquisa Energética, consegui o 4º lugar na objetiva, mas fui eliminada na discursiva por conta de alguns pontinhos. As discursivas costumam ser decisivas para a classificação final.
Um conselho?! Não negligencie a preparação para a discursiva. Pratique rotineiramente.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Danielle: Fiz muitos resumos bonitos e que não eram bons. Eram extensos, improdutivos para uma revisão ágil e de qualidade. Tudo parecia importante. Com a leitura, exercícios e revisões, percebi o que de fato é um resumo campeão, bem enxuto.
Demorei para definir uma área de interesse específica. Comecei por concursos da área de administração, ensaiei um foco na área fiscal, que foi interrompido por uma aventura na área legislativa, quando fiz a prova para o Senado Federal. Mas, entendi que precisava canalizar esforços para uma área específica para ser mais competitiva e obter melhores resultados. Escolhi a área fiscal.
Acho que meu principal acerto foi adotar uma rotina diária, com horários bem definidos. Seguir o que havia planejado, mesmo que com eventuais ajustes, contribuiu muito para o meu controle emocional, reduzindo a ansiedade e aumentando a confiança.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Danielle: Estudar em alto nível, profissionalmente, exige muito esforço e muitas renúncias. Eu gosto de estudar, mas o estudo para concursos é muito peculiar e cansativo. Tive meus momentos de dúvida, de reflexão sobre minhas escolhas. Mas, não pensei em desistir.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Danielle: Diante de um mundo de conhecimentos a absorver, o início pode ser assustador e desanimador. Definir pequenas metas diárias ajuda na percepção de avanço e de concretização, bem como no estabelecimento da rotina. Mais que motivação, hábito e disciplina nos ajudam a fazer o que precisa ser feito: estudar. Principalmente, quando não sentimos vontade de fazê-lo.
É importante começar, mas é crucial ter constância nos estudos. Estabelecer metas justas, ou seja, desafiadoras e factíveis, dentro da realidade e das condições de cada um, que são muito particulares.
Valorizar erros e fracassos é a riqueza do processo de aprendizagem. Um erro aprendido ou um fracasso compreendido são inesquecíveis e, possivelmente, superados em oportunidades futuras.
Normalmente, a preparação é um caminho longo, de resistência, que exige comprometimento e resiliência para adaptações.
Então, trace seu objetivo com clareza, aceite que haverá altos e baixos, comemore suas pequenas vitórias cotidianas e se recompense por atingi-las.
Leve o estudo a sério, mas com leveza! Ele é o catalisador para o atingimento de objetivos maiores. Acredite! Tenha uma atitude positiva e dedique-se porque os resultados chegam. Bons estudos!