Aprovado em 167° lugar no concurso da Receita Federal do Brasil para o cargo de Auditor Fiscal
Fiscal - Federal (RFB e AFT)“Eu pensei que não chegaria meu momento, mas chegou. Hoje, estou completamente realizado!”
Confira nossa entrevista com Yves Matheus Carneiro Gomes, aprovado em 167° lugar no concurso da Receita Federal do Brasil para o cargo de Auditor Fiscal:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Yves Matheus Carneiro Gomes: Meu nome é Yves Matheus, tenho 31 anos, sou de Fortaleza e sou formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Ceará, mas desde adolescente tive o sonho de me tornar Auditor Fiscal da Receita Federal (AFRFB).
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Yves: Sobre o início, com apenas 1 ano de formado, deixei de lado a profissão de engenheiro por falta de afinidade com a profissão, decidindo, portanto, retornar o antigo sonho de me tornar um AFRFB. Nesse contexto, iniciei meus estudos para concurso público em janeiro de 2018, já com foco nesse cargo. Ou seja, minha caminhada durou 5 anos e 2 meses.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Yves: Durante a minha trajetória, eu “apenas estudava”. Cheguei até a conciliar trabalho com estudo no início, mas apenas durante uns 6 meses. Em seguida, em uma decisão compartilhada com meus pais, decidi apenas estudar, afinal, eram eles que teriam que segurar a barra durante os próximos anos.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Yves: Ademais, possuo algumas experiências com provas da área fiscal e controle. Fui reprovado nas provas da SEFAZ-RS, ISS-Guarulhos, SEFAZ-DF, SEFAZ-AL, TCDF, SEFAZ-CE, SEFAZ-ES, ISS-Aracaju, SEFAZ-RR, TCE-RJ, CGU e TCU. Além desses, em outras áreas, também fui reprovado no TJ-CE, PRF, PF, PCDF, Senado e INSS. Perceba que a minha trajetória foi construída em cima de inúmeros fracassos, mas em todos eu consegui tirar algo de positivo, nem que fosse apenas para me tornar mais forte. Já acerca das aprovações, foram 3 no total, passei para Analista de Controle Interno da ALECE, Auditor Fiscal da RFB e Auditor Fiscal do ISS-Fortaleza.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Yves: Sobre a vida social durante a trajetória, obviamente diminuiu bastante, mas sempre procurei conciliar, não deixava de comparecer aos principais eventos. Contudo, em véspera de prova a vida social era pausada completamente, momento de concentração total. Talvez uma saidinha no máximo na semana nesse período. Além disso, também sempre mantive minha rotina de exercícios físicos (academia + futebol). Sempre dei atenção à saúde física, pois ajudava muito na mental.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Yves: Sobre o apoio, minha família sempre me apoiou. Meu pai e minha mãe são servidores (meu pai do INSS e minha mãe é professora). Além disso, a maior parte da minha família que reside aqui em Fortaleza é formada por servidores, por isso, sempre tive apoio incondicional da parte deles. Os amigos não eram diferentes, respeitavam minha decisão e também apoiavam.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Yves: Tratando do estudo focado para a RFB, eu estudei desde a autorização em junho/2022 até a prova em março/2023, o que resulta em um total de 9 meses. Inicialmente, eu estava empolgado, pois pensava que o edital sairia rápido e eu tinha que estudar as disciplinas específicas que só caiam nesse certame e em nenhum outro, como Legislação Aduaneira, Legislação Tributária Federal, Comércio Internacional e Direito Previdenciário. Todavia, após finalizar as específicas e quando eu percebi que a publicação do edital estava esfriando, dei uma caída no ritmo, até o momento em que saiu o edital em dezembro/2022.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Yves: Quanto aos materiais utilizados, material teórico eu utilizei APENAS O ESTRATÉGIA, na maioria das vezes apenas o PDF. Salvo a exceção da disciplina de Contabilidade que eu vi por um curso de videoaula do Professor Silvio Sandi, eu utilizava apenas materiais em PDF. A ferramenta videoaula, para mim, deve ser utilizada como forma complementar de aprofundamento ou para sanar alguma dúvida. Além do PDF, eu utilizei também um site de questões, na reta final, era aqui que eu passava a maioria do tempo, fazendo muitas e muitas questões.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Yves: Conheci o Estratégia pela internet. Busquei no google e no youtube “Concurso da Receita Federal” e o Estratégia já saltou os olhos.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Yves: Nunca utilizei outro material.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Yves: Eu gostei muito da assinatura do Estratégia, pois tinha tudo ali no espaço do aluno (aulas em PDF, videoaulas, simulados). Tratando apenas dos materiais em PDF, eu utilizei bastante as versões normal, simplificado e com marcação dos aprovados.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Yves: Sobre meu plano de estudos, eu sempre estudei por Ciclo de Estudos (sozinho ou com consultoria). Costumava fazer sessões de 1h a 1h30 em média, totalizando 30 horas líquidas semanais durante quase toda a minha trajetória. Mas para a RFB era diferente, era meu sonho, coloquei o pé no acelerador e fiz, no pré-edital, entre 38 e 45 horas líquidas semanais, já no pós-edital, fiz entre 48 e 61 horas líquidas semanais. Sobre as horas líquidas de estudo, em toda minha trajetória, contabilizei 7300 horas líquidas e, a partir da autorização até a prova da RFB, fiz 1500 horas líquidas (9 meses).
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Yves: Tratando das revisões, sempre busquei fazer uma revisão mais ativa através de questões e caderno de erros. Já sobre os simulados, fazia muito pouco, só uns 2 pro pós-edital, mais para testar meu tempo de resolução do que como prática de questões.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Yves: Sendo assim, grande parte do meu tempo de estudo era focado na resolução de exercícios, afinal, na hora da prova você vai fazer exercícios! Em toda a minha trajetória, resolvi aproximadamente 70 mil, eu contabilizava quase tudo no app Aprovado, por isso cito os números certinhos. Já para a RFB, realizei 15 mil questões nos 9 meses desde a autorização do certame.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Yves: Acerca das disciplinas que eu tive mais dificuldade, cito Economia e Fluência em Dados. Essa dificuldade eu atacava com o aumento da carga horária e a quantidade de questões. Caso não sanasse a dificuldade, eu procurava videoaulas e aqui elas eram bem úteis!
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Yves: Nas duas semanas finais antes da prova, eu fiz uma grande revisão teórica, passando por todo o conteúdo em meus materiais de revisão, além de refazer muitas questões que tive dificuldade durante a preparação. Já no dia pré-prova, eu passei pelos assuntos mais “decorebas”: fórmulas, alíquotas e outros pontos importantes. No dia da prova, ao abrir o caderno de provas, fiquei bem nervoso, pois me deparei com uma dificuldade absurda de resolver e assinalar alguma questão. Cheguei a passar por quase todas as disciplinas, mas sempre encontrava dificuldade de entendimento e pulava para a próxima. Até que, cerca de 20 min após o início, consegui resolver minha primeira questão na prova, na disciplina de Auditoria, peguei ritmo e embalei. Tive dificuldade em finalizar a prova da manhã, ela foi grande, cansativa, confusa, acho que cheguei a chutar umas 10 questões das 80 da prova de conhecimentos gerais (acertei apenas dois dos chutes). Sai abatido, mas vi que todos os outros candidatos também estavam, fui almoçar, reanimei e voltei para o turno da tarde, em que tive menos dificuldade. Fiz as 60 questões e 2 questões discursivas de forma mais rápida, chegou a sobrar uns 30 minutos, ficando, então, mais confiante quanto ao resultado final.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Yves: Sobre a preparação para a prova discursiva, eu fiz alguns cursos voltados para diversos tipos de textos discursivos. Como vim da área de exatas, historicamente, discursiva não era meu forte, mas eu tratei de encarar e melhorar ainda no início dos estudos para concursos, tanto que hoje me considero muito bom em discursivas. Para me manter bem, costumava praticar uma discursiva por semana no pós-edital, com correção de um professor ou de um amigo.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Yves: Foram vários os meus erros na trajetória, mas o principal foi focar nos certames apenas após a publicação dos editais. Embora eu já tivesse visto anteriormente quase todas as disciplinas que eram cobradas, muitas vezes eu estava meses sem revisar aquele conteúdo e, ao ter que fazer isso no pós-edital, eu acabava não focando tanto tempo nas dificuldades. Na preparação para a RFB, acabei corrigindo esse erro, fiz uma boa preparação pré-edital e no pós foquei em elevar meus percentuais de acertos nas questões e tapar as dificuldades encontradas. Já acerca dos meus acertos, considero que a constância em toda minha trajetória e a disciplina no cumprimento das metas estabelecidas no planejamento foram os principais.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Yves: Eu nunca cheguei a pensar em desistir, por isso nunca tive um plano B. Após cada reprovação, eu refletia sobre o tempo já gasto em toda a trajetória e se eu seria capaz de evoluir ainda mais a ponto de ser aprovado em um grande concurso. Mas essas dúvidas nunca duraram mais que uma semana. De cabeça fria, eu sempre tive a consciência que meu momento chegaria, então eu deveria ter pressa e, portanto, dar o meu máximo.
Várias coisas me mantiveram motivado durante essa trajetória, no início, na empolgação inicial, o foco era sair da engenharia, procurar estabilidade no serviço público. Após essa fase eu me motivava assistindo inúmeros depoimentos de aprovados, de onde eu sempre extraia dicas valiosas. Mas depois parei de ver os depoimentos, eu já estava de saco cheio da vida de concurseiro e o sentimento da reprovação, aquele sentido no momento que eu procurava meu nome na lista de aprovados e não achava, era o que mais de motivava. Por último, já na reta final, o certame da Receita Federal em si me motivava bastante, pois era o cargo que eu almejava desde a adolescência e ele estava ali, bem próximo, eu não podia deixar essa oportunidade passar.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Yves: Para quem está iniciando os estudos, eu aconselho observar meus erros e acertos citados anteriormente. Tenha constância, disciplina e foco no cargo ou área. Além do tripé: Bom material, site de questões e mentoria. Aos concurseiros experientes, lembro que só não passa quem desiste, então não desistam! Eu pensei que não chegaria meu momento, mas chegou. Hoje, estou completamente realizado!