Aprovado em 40° lugar no concurso Receita Federal para o cargo de Auditor Fiscal
Fiscal - Federal (RFB e AFT)“O estudo não é uma receita de bolo, mas a prática e a experiência contam muito. Então, confie nos ciclos propostos, nas estatísticas, nas questões. Isso já é um caminho.”
Confira nossa entrevista com Igor Arrais de Sá, aprovado em 40° lugar no concurso Receita Federal para o cargo de Auditor Fiscal:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Igor Arrais de Sá: Sou de Recife, tenho 33 anos. Tinha estudado para concurso em 2009, 2012 e 2014, mas desde a nomeação para Analista Tributário da Receita em 2014, cargo que ainda exerço, estava parado nos estudos. Sou formado em direito pela UFPE, sou casado e tenho 2 filhos
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Igor: Eu iniciei na área fiscal em 2009, quando prestei o concurso de Assistente Técnico Administrativo do MF, ficando lotado na Receita Federal em Recife. Concluí minha graduação em direito em 2012 e em 2012 fiz o concurso de Procurador da Fazenda Nacional – à época era meu sonho. Não passei, mas em 2012 teve concurso de Analista da RFB. Fiz e passei.
Nesse momento, tive a virada de chave que a RFB seria meu primeiro e último emprego. Assumi o concurso em 2014, em Brasília, e lá iniciei namoro com minha esposa, que também era Analista. Com isso, ambos decidimos trilhar essa vida de concurso / emprego juntos e estar no mesmo Órgão facilita muito!
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Igor: Trabalhei e estudei. Porém, sempre busquei acumular férias e outras licenças para poder tirar quando estivesse mais próximo da prova. Em 2022/2023 consegui fazer isso, o que ajudou muito.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Igor: Assistente Técnico Administrativo, do Ministério da Fazenda – 2009; Analista Tributário da RFB – 2012; Não pretendo continuar estudando. Foi o último concurso.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Igor: Estudos de segunda a sábado, no pré-edital. O domingo ficava com minha família (esposa e dois filhos). No pós-edital, saía apenas no domingo fim de tarde com eles, após fazer um simulado no domingo.
As festas dos meus filhos, eventos de Natal e de maior proporção continuei indo. Eventos menores e durante a semana, evitei.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Igor: Eles (família) são o início, o meio e o fim da minha preparação. Sem eles não teria conseguido. Minha esposa assumiu boa parte das atividades domésticas, principalmente no pós-edital.
Meus amigos, em geral, não sabiam. Como não é algo que faça parte do círculo deles e conheço poucas pessoas que estudam, principalmente no estágio de vida (casados, com filhos), preferi não contar. Eventualmente, poucos souberam.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Igor: 1 ano. Além da determinação, ter um planejamento sólido e ter alugado uma sala de estudo foram essenciais na jornada.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Igor: Cursos em PDF, videoaulas, site de questões.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Igor: É o curso mais consolidado desde quando tinha estudado pela última vez (2014). Hoje, é o curso mais robusto, com bons materiais e professores. Peguei algumas indicações, que sempre apontavam para o Estratégia.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Igor: O material é robusto, sempre tem atualizações. Em geral, as interações com os tutores são rápidas. Mas, considero o principal a completude do material, abrangendo todos os temas.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Igor: Ciclo de estudos. Vi várias lives, li guia para o concurso AFRFB e vi as estatísticas do Professor Bruno Bezerra, bem como as dicas do Professor Thomas.
Com isso, montei meu plano de estudos, com base em ciclos. Inicialmente pelas matérias de Direitos e Contabilidade. Já no 2º mês inseri algumas “especificas” AFRFB: auditoria e comércio internacional. Nessas matérias, consegui fazer fluxo de revisão mensal e semanal.
Também inseri desde o início Língua Portuguesa, mas o estudo foi somente por videoaulas da Professora Adriana e questões.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Igor: Lia resumos quando preparava e via questões (isso para todas as matérias). No pré-edital adotei o regime de revisão semanal e mensal.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Igor: Essencial. Pra mim foi a principal escolha. Fiz 30 mil questões.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Igor: Contabilidade: estudei muito, muito mesmo. No pré-edital representava uns 50% do meu horário. Foi meu erro, porque achei que seria igual a 2014 quando teve um alto peso na prova.
Português, da FGV, tive dificuldades, inclusive na prova. Tentei superá-las vendo a Professora Adriana e fazendo questões.
Estatística e Economia foram matérias que só vi no pós-edital e nunca tinha estudado. Então busquei a análise estatística das provas anteriores da área fiscal e de controle da FGV e os assuntos mais fáceis, segundo os professores.
As dicas da Revisão e da Hora da Verdade também foram importantes. Então nelas fui com base nisso para prova. Saberia que não iria tão bem, mas confiei na experiencia dos professores.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Igor: Continuei seguindo o Trilha Estrategica pós-edital e vi as revisões todas (normalmente via com delay, para ver em velocidade 1,5). Foi assim até na véspera. Também nessa semana li todos meus materiais de discursivas. Na sexta e no sábado deitei cedo na cama, ainda que não tenha dormido, mas para descansar o corpo.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Igor: Comprei um curso e fiz todas as questões propostas e na forma proposta. Além disso, busquei tópicos extras (dicas de professores, meu feeling do que poderia cair em uma discursiva de LA, LT, CI) e, nesses, não cheguei a escrever a discursiva toda, mas a estruturava. Na semana anterior eu li todo esse material.
Eu sabia que a discursiva representa boa parte da prova (30%), então livrando as notas da 1ª fase (objetiva), focando nas matérias específicas (que valiam para a objetiva e discursiva), eu teria boas chances, porque era provável que quem decidiria a posição seria a discursiva.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Igor: Acho que o principal acerto foi trabalhar com estatísticas, planejamento e ter alugado sala de estudos. E ter dado prioridade à discursiva, que valeu muitos pontos. Quando digo prioridade à discursiva é também as matérias específicas da objetiva.
Meu principal erro foi que no pré-edital deveria já ter assumido estudar 7 dias na semana e que, ainda que tenha adotado o ciclo de estudos, deveria ter incluído todas as matérias no pré-edital. Adiei muito algumas.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Igor: Eu pensei em desistir em 2 momentos. Minha avó, de quem era próximo, entrou numa fase terminal ao longo de 2022 e em vários momentos, essa carga emocional me fazia não cumprir as horas de estudos. Quando ela faleceu em setembro de 2022 foi um baque muito grande e não sabia se conseguiria voltar aos estudos.
Mas o principal motivo de pensar em desistir foi meu mais novo. Por ele pensei em desistir muito, mas também por ele, decidi seguir em frente. Ele tem uma condição genética rara, que demanda muito de nossa família. E a partir do momento que me afastei para estudar, isso pesava muito em minha esposa, o que também me afetava. Além disso, ele teve que fazer uma cirurgia cardíaca de porte em novembro de 2022 (mas lutamos por ela desde julho de 2022). Então, foram meses sofrendo. Graças a Deus, deu tudo certo com ele!!
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Igor: Acredite nas experiências. O estudo não é uma receita de bolo, mas a prática e a experiência contam muito. Então, confie nos ciclos propostos, nas estatísticas, nas questões. Isso já é um caminho. Crie seu lugar de estudos, longe de distrações. É o melhor que você faz!