Aprovado em 53° lugar no concurso da Receita Federal do Brasil para o cargo de Analista-Tributário
Fiscal - Federal (RFB e AFT)“Primeiramente, acho muito válido tirar um tempo pra aprender a estudar! Depois tem que ajustar os estudos com a rotina, claro que o estudo vai ser uma das prioridades, mas tem que encaixar ele dentro da sua rotina básica […]”
Confira nossa entrevista com Henrique de Mattos Patu, aprovado em 53° lugar no concurso da Receita Federal do Brasil para o cargo de Analista-Tributário:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Henrique De Mattos Patu: Me chamo Henrique Patu, natural de Brasília – DF, tenho 31 anos e sou engenheiro florestal.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Henrique: Escolhi o Estratégia após uma pesquisa de mercado, principalmente com base nos resultados dos alunos.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Henrique: Não, minha esposa continuou trabalhando e tivemos um apoio familiar, no caso o meu “trabalho” ficou mais por conta das minhas 2 filhas, as quais tinham 1 e 2 anos apenas.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Henrique: Fui aprovado em meu primeiro concurso para Analista Tributário da Receita Federal do Brasil, fiquei em 53º lugar.
Sim, pretendo continuar estudando, visando um cargo de Auditor (não necessariamente na Receita).
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Henrique: Minha vida social se resumiu nessa fase a encontrar a família nos finais de semana, visto que tenho 2 filhas, ainda assim muitas das vezes eu aproveitava a atenção e cuidado dos avós para estudar.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Henrique: Sim, principalmente a minha mãe, que sempre me sugeria o serviço público, e ficou bem feliz com a minha decisão. Contei apenas para os amigos mais próximos, que entendiam a minha situação de pai e tive algum apoio. Mas na realidade do dia a dia, o maior apoio era da minha esposa, sempre me dando o maior tempo dentro das possibilidades.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Henrique: 9 a 10 meses. Sempre focado em melhorar a situação da minha família. Minhas filhas foram a maior inspiração, sem dúvida.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Henrique: Iniciei sem procurar dicas de estudo pelas videoaulas, mas logo vi que não daria tempo de ver tudo, além do que era pouco conhecimento retido. Neste momento parei para estudar um pouco como estudar mais objetivamente e aí conheci a Trilha Estratégica. Foi uma ferramenta muito útil e interessante, pois me mostrou como ir estudando várias matérias concomitantemente além de ser um guia naquele início.
Já mais pra metade/final da preparação, eu continuei fazendo minha própria organização baseado em pontos que eram mais cobrados ou que eu não estava com bom desempenho. Sempre usando aulas em PDF, usei o Passo Estratégico na revisão, Sistema de Questões sempre e o aplicativo ANKI para revisar, foi meu principal método de revisão.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Henrique: Pesquisa de internet.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Henrique: É difícil medir minhas horas líquidas, porque sempre variou um pouco. No início tentei fazer de 6 a 8 horas, mas vi que era muito e depois minha meta era sempre 5 horas todos os dias. Nem sempre foi possível atingir essa meta.
Nos finais de semana procurei fazer os simulados. Fiz um ciclo de matérias em 2 grupos, estudando 1 cada dia. Depois dividia a aula em 2 ou 3 partes e estudava uma metade ou um terço e mudava para a próxima disciplina. Gostei de variar mais, porque renova um pouco a atenção quando da mudança.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Henrique: Fiz alguns resumos, mas acabei nem lendo muito, então parei. Usei mesmo o Anki flashcards, que é um aplicativo para revisão ativa. Colocando as perguntas mais essenciais de cada aula e depois tentando responder. Além, claro, do Sistema de Questões. A diferença, na minha opinião, é que as questões funcionam muito bem para matérias mais genéricas, porém em matérias mais específicas (ex: legislação tributária e aduaneira) não tem tantas questões disponíveis e nesse caso o Anki veio muito bem, além daqueles artigos “decorebas”.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Henrique: É absolutamente essencial, porque além de puxar da memória e exigir uma postura ativa, acabamos relembrando muita coisa ao analisar os itens, mesmo que falsos. Não tenho nem ideia do número de questões resolvidas.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Henrique: Tive uma dificuldade para me habituar com contabilidade, mas acabei tendo um bom resultado, agradeço ao Silvio Sande por fazer uma revisão de 6 horas na madrugada que salvou a vida. Administração também foi complicado, pois são muitas aulas e a matéria não é tão objetiva. Nesses casos recorria muito às questões das últimas provas semelhantes para tentar garantir alguns pontos. Direito Constitucional foi uma surpresa pelo tamanho do edital, visto que foi quase o triplo em relação aos últimos concursos, como a matéria é grande, não deu tempo de ver tudo.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Henrique: Revisava o máximo de aulas que podia, geralmente pelo material grifado ou Passo Estratégico e assistindo sempre às Horas da Verdade e à Revisão de Véspera.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Henrique: Além de estudar a parte teórica, fiz os exercícios propostos do curso do Estratégia, mas procurei escrever alguns textos ou apenas parágrafos sobre algum assunto importante com o qual me deparava. Na verdade, eu fiquei mais focado em estudar os conteúdos e sempre ficava sem tempo de escrever. É um ponto que eu faria diferente após a experiência da prova. Acredito que uma boa forma, é ir escrevendo parágrafos sobre algum assunto importante das matérias que caem na discursiva. Até pela estrutura da prova, que é dividida em 4 ou 5 perguntas, escrever parágrafos sobre um assunto, abordando sempre a Constituição, uma eventual lei e a jurisprudência, deixa o candidato mais à vontade com a escrita, e aí depois, claro, tem que treinar a integração desses 4 parágrafos.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Henrique: O primeiro erro foi o de ir marcando qualquer coisa nos materiais. Apesar de ser um erro clássico do estudante na primeira viagem, acredito que se o candidato tiver isso em mente, preserva um pouco as marcações até entender realmente o que é mais importante. Outro foi o das discursivas, comentado na pergunta anterior.
Quanto aos acertos, primeiro acho que foi o de estar com o psicológico bem focado, acreditando sempre que era possível e que eu tinha capacidade de ser aprovado, foi realmente essencial. Depois foi o interesse real que eu criei com as matérias (dando as vezes uma forçada). Acho que no dia da prova entrei com muita vontade de fazer, sem me preocupar se eventualmente não soubesse alguma questão.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Henrique: Na verdade, na situação que eu me encontrava, nem tive espaço para pensar em desistir.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Henrique: Primeiramente, acho muito válido tirar um tempo pra aprender a estudar! Depois tem que ajustar os estudos com a rotina, claro que o estudo vai ser uma das prioridades, mas tem que encaixar ele dentro da sua rotina básica e não encaixar a rotina dentro dos estudos. Acho que não precisa “se matar” de estudar, pensando sempre em qualidade, fracionar os períodos de estudo quando possível, manter uma boa alimentação e exercícios físicos é realmente essencial. Hoje acredito que uma rotina de 5h por dia, todos os dias, dá pra aprender qualquer coisa com qualidade, tirando alguns dias inteiros para simulados. Além disso, o psicológico tem que estar bem alinhado, sabendo o porquê de estar ali estudando, lembrando dos benefícios que virão e dos malefícios atuais que você quer deixar pra trás.