Aprovado no Concurso PRF
“Não desista. Não existe segredo ou técnica mágica para passar em concursos, é pura dedicação e perseverança. Poucos passam no primeiro concurso e por mais frustrante que possa ser um resultado negativo, cada derrota é simplesmente mais um degrau para a sonhada aprovação. Com certeza não foi fácil, mas é justamente por isso que valeu a pena”
O Luiz Henrique Monteiro foi aprovado no concurso da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no primeiríssimo lugar geral do concurso, tirou a maior nota entre 130 mil candidatos. Confira a entrevista com o 01 da PRF:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Qual sua idade? De onde você é? Qual sua formação?
Luiz Henrique Monteiro: Sou formado em Administração. Tenho 27 anos. Nasci e cresci em Natal/RN.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que escolheu a Polícia Rodoviária Federal?
Luiz: Acredito que o principal motivo foi a dificuldade em encontrar empregos em níveis desejáveis no setor privado. Estudar para concursos foi a solução óbvia. A área policial e a Receita Federal eram as duas áreas que mais me interessavam.
Sou meio hiperativo e trabalhar o dia inteiro em uma mesa, não seria viável a longo prazo. Além disso, tenho grande admiração pelo trabalho da polícia, especialmente PF e PRF.
Escolher fazer parte da PRF foi uma opção que a cada dia me parece mais certa, especialmente após o curso de formação. O espírito de companheirismo entre alunos e instrutores era facilmente perceptível. É difícil demonstrar em palavras o quanto a instituição parece uma grande família, todos são muitos unidos em prol do objetivo comum de zelar pela vida e promover a segurança pública.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Luiz: Quando comecei a estudar para concursos (em 2018), decidi me dedicar exclusivamente aos estudos para garantir a aprovação em um concurso mais concorrido.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Na PRF ficou em qual colocação?
Luiz: Fui aprovado apenas no concurso da PRF, em que obtive a primeira colocação.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados?
Luiz: Embora eu já esperasse minha aprovação devido ao meu resultado na prova objetiva, a sensação de ver meu nome na lista de aprovados ainda é extremamente gratificante. Uma recompensa por todas as horas de esforço. Mesmo assim, receber a ligação da equipe do Estratégia me informando que eu tinha ficado em primeiro lugar foi uma grande surpresa.
Obviamente, a aprovação na prova escrita não garantia a minha vaga. Cada nova etapa era um momento de nova tensão, em que apoio mútuo entre os candidatos contou bastante para o sucesso. Chegar à formatura na academia foi ao mesmo tempo um momento de euforia e alívio, não só para mim, mas para os quase 1200 formandos.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Luiz: Minha vida social foi bem restrita durante os estudos. Eu saía mais para treinar e raramente para me divertir. Mas isso não me incomodou nenhum pouco. Eu sabia que todo sacrifício valeria a pena.
Contudo, acredito que momentos de descontração sejam fundamentais para um melhor rendimento nos estudos. Uma postura de abdicação completa pode acabar atrapalhando o concurseiro.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Luiz: Não sou casado, nem tenho filhos. Durante o período de estudos, eu morava apenas com minha mãe. Meu pai trabalhava em outra cidade, mas passava um tempo em casa sempre que podia, e fazia questão de sempre estar presente, mesmo que por telefone. O apoio dos dois foi fundamental para que eu chegasse até o fim do concurso.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Luiz: Acredito que o foco é um dos maiores fatores que contribuem para a aprovação. Se eu não tivesse estudado para o concurso da PF anteriormente, eu não teria obtido um resultado tão positivo na PRF. É difícil dar certeza se o impacto de realizar concursos de outras áreas será negativo ou não, mas ainda acho melhor manter-se em uma área.
Passar na PRF era o meu objetivo. Antes de entrar na academia, eu pensava que eventualmente faria outros concursos, mas hoje não tenho tanta certeza. Por mais que eu tivesse uma ótima visão da PRF, ainda consegui me surpreender positivamente com a instituição. Existe um ponto em que um aumento salarial pode não justificar uma mudança de carreira, e penso que encontrei esse ponto. Se farei ou não outros concursos, apenas o futuro dirá.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso em que foi aprovado?
Luiz: Comecei a estudar para o concurso da PRF, indiretamente, após o edital da PF, visto que muitas matérias eram idênticas. Mas o estudo realmente direcionado, começou em novembro, pouco antes da publicação do edital, o que deu em torno de seis meses.
Estratégia: Durante a fase pré-edital, como fazia para manter a disciplina nos estudos?
Luiz: Estudei pelas matérias da PF. Após a prova me concedi um tempo de descanso e comecei a estudar a parte de trânsito antes do edital da PRF. As demais matérias só comecei a estudar pós-edital.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens de cada um?
Luiz: Estudei exclusivamente pelos PDF’s do Estratégia. Prefiro ditar meu próprio ritmo de estudo.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Luiz: Quando decidi estudar para concursos, comecei a pesquisar quais cursinhos online tinham melhores índices de aprovação e materiais escritos. Então encontrei o Estratégia.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concurseiro é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Luiz: Eu criei um cronograma e intercalava algumas matérias por dia. Trocava de matéria quando terminava um PDF completo. Durante o concurso da PF, eu fazia resumos. Mas depois percebi que o tempo que eu gastava fazendo esses resumos não valia a pena (no meu caso). Então, na PRF, simplesmente li o material e respondi os exercícios e simulados.
Minha carga horária diária variava muito. Alguns dias girava em torno de 3 ou 4 horas líquidas, outros dias de 8 a 10.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Luiz: Sinceramente, nunca fui muito bom na parte técnica do português. Por isso, a abordagem e foco do Cespe em interpretação, com certeza me ajudou bastante.
Não tive dificuldades em estudar nenhuma matéria, mas foquei mais nas que não tinha estudado antes para a PF.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana anterior à prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Luiz: A última semana foi uma revisão geral. Deixei dois dias apenas para a parte de trânsito, (in)felizmente não caíram tantas resoluções do CONTRAN (rsrsrs). Na véspera não revisei muito. Passei a maior parte do dia relaxando.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Luiz: Confesso que fui negligente nos meus estudos para a discursiva. Li bastante, mas fiz apenas umas 3 redações. Eu deveria ter praticado mais. O conselho é justamente esse: praticar bastante!
Estratégia: Como foi sua preparação para o TAF? E como foi essa prova?
Luiz: Comecei a treinar para o TAF por conta própria, bem antes das provas, frequentava uma academia, corria na rua e usava uma barra daquelas de porta. Depois do meu resultado resolvi ingressar em um curso preparatório da minha cidade.
O maior acerto foi procurar ajuda profissional. O treino individual me trouxe o condicionamento físico necessário, mas a orientação do professor foi fundamental para o meu desenvolvimento. Evoluí muito mais rápido depois que iniciei o curso preparatório.
O TAF não é nenhum bicho de sete cabeças, mas, assim como para a prova escrita, é necessário se preparar. Tive o desprazer de presenciar pessoas reprovarem no dia da prova, mesmo após tanto esforço para chegar àquele ponto. Minha maior dificuldade foi o salto, sempre foi meu ponto fraco e foi um enorme alívio confirmar a marca após a prova. As demais ocorreram sem grandes surpresas, estava confiante no que havia treinado até o momento.
Estratégia: Como foi participar do curso de formação? Teve dificuldade em algo? Alterou sua classificação?
Luiz: O curso de formação foi incrível. A experiência foi desafiante, mas nada que quem chegou até esse ponto não pudesse enfrentar. Fiquei surpreso com o investimento que a PRF fez no curso, tanto financeiro quanto de pessoal. Era fácil notar quanto esforço foi dedicado para fornecer a melhor capacitação possível em um período de 14 semanas.
Quanto à classificação, não cheguei a verificar. Sei que me mantive em primeiro no estado da lotação, mas não busquei informações sobre a classificação nacional.
As horas foram longas, mas além da sensação de dever cumprido, o que restou foi a saudade, fiz muitos amigos que ficarão para a vida e espero encontrá-los novamente pelo Brasil. Um agradecimento especial à turma Bravo 7, que se manteve unida até o final e não deixou ninguém ficar no caminho.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Luiz: Provavelmente teria começado a treinar ainda mais cedo. Simular o TAF antes, também ajuda a ter uma ideia de o quanto é necessário treinar para a aprovação. Na parte escrita eu teria me dedicado mais na redação.
Acho que um ponto crítico para a aprovação é o autoconhecimento. Saber o que funciona melhor para você ajuda muito na otimização do seu tempo. No meu caso, deixar de fazer resumos se provou benéfico, mas cabe a cada um avaliar seus pontos característicos.
O apoio de uma equipe profissional ajuda imensamente na aprovação. Quando sua única preocupação é se preparar (seja para a prova escrita ou qualquer outra etapa) fica muito mais fácil manter o foco.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Luiz: Acredito que o mais difícil é manter o ritmo. Meu rendimento teve altos e baixos, mas desistir nunca passou pela minha cabeça. Eu tinha um objetivo e a convicção de que seria bem sucedido mais cedo ou tarde, se eu perseverasse.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Luiz: A maior motivação foi a vontade de ingressar em uma carreira que eu estava genuinamente interessado e a oportunidade de apoiar a minha família com a aprovação.
Estratégia: Como se sente hoje empossado no cargo para o qual se esforçou bastante para alcançá-lo?
Luiz: Estou a um passo de tomar posse, mas já posso sentir a sensação de conquista pelo que fiz e alegria pelo que virá. No momento final da aprovação foi como se um grande peso fosse retirado dos meus ombros, e simplesmente me senti leve.
Estratégia: O que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Luiz: Não desista. Não existe segredo ou técnica mágica para passar em concursos, é pura dedicação e perseverança. Poucos passam no primeiro concurso e por mais frustrante que possa ser um resultado negativo, cada derrota é simplesmente mais um degrau para a sonhada aprovação. Com certeza não foi fácil, mas é justamente por isso que valeu a pena.
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Foi aprovado e deseja dividir com a gente e com outros concurseiros como foi sua trajetória até a aprovação?! Mande um e-mail para: [email protected]