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“[…] Fique com os olhos na linha de chegada e apenas curta o processo enquanto o percorre. Assim, vai ver o caminho que era gigante ficando pequeno e você crescendo diante dele. […]”
Confira nossa entrevista com Gervasio Fortunato Santana Junior, aprovado em 31° lugar (cotas) no concurso PMDF para Soldado:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Gervasio Furtunato Santana Junior: Meu nome é Gervasio Furtunato Santana Junior, mas os amigos e familiares me conhecem e chamam de Junior. Sou formado em Gestão Pública, tenho 28 anos, sou natural de Brasília-DF, mas atualmente estou morando no Estado do Espírito Santo.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área policial?
Junior: Desde criança tinha o desejo de me tornar policial e sempre falava que um dia seria policial. Cresci com esse desejo. Trata-se de uma vontade que não tem explicação, pois não possuía nenhum familiar que fosse policial ou até mesmo servidor público em outra área. Então, não foi por dinheiro, estabilidade ou qualquer outra vantagem que me fez escolher essa área. É algo além, que só quem é policial por vocação sente e entende. Digo que os verdadeiros policiais já são policiais antes mesmo de serem aprovados no concurso e serem nomeados.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Junior No início da minha trajetória, ali perto do final de 2017, eu parei de trabalhar e fiquei somente por conta dos estudos. Comecei sem material apropriado. Procurava vídeos no Youtube e lia a lei seca, mas consegui aprender bastante coisa já dessa forma.
Depois de alguns meses estudando dessa forma, cerca de uns seis meses, saiu o edital da PMDF 2018 e então comprei um material de cursinho preparatório voltado para a PMDF. Foi quando comecei a ter contato com os cursinhos preparatórios. Após esse material, conheci os materiais do Estratégia e passei a usá-los.
Estudava várias horas líquidas por dia, uma média de cinco a sete horas líquidas, pois era totalmente zerado em todas as matérias e desejava alcançar a aprovação o mais rápido possível. E graças a isso, consegui a primeira aprovação, após um ano, na Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG). Depois de mais três meses após a aprovação na PMMG 2018, obtive a aprovação no concurso da Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) 2019 para o cargo de Investigador de Polícia, cargo que ocupo atualmente desde 2021, e a partir daí comecei a conciliar o trabalho com os estudos, pensando em voltar para Brasília-DF.
Eu morava bem perto da delegacia a qual era lotado na época, então chegava uma hora antes de começar o meu expediente e fazia alguns minutos de estudo. Na minha hora de almoço engolia a comida o mais rápido possível para que minha uma hora de almoço se tornasse em hora de estudo. Por fim, no final do expediente, eu completava mais umas duas ou três horas liquidas, totalizando uma média de quatro a cinco horas líquidas por dia de estudo quando o edital estava aberto. Já quando não tinha edital aberto, eu mantinha meu tempo de estudo no horário de almoço e após o expediente, rendendo um total de duas a três horas líquidas por dia. Além disso, aos finais de semana eu sempre mantinha os estudos, uma média de 4 a 5 horas líquidas com edital aberto e 2 a 3 horas líquidas sem edital aberto. Não tirava dia de descanso.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Junior: Já fui aprovado seis vezes em concursos públicos, sendo: Polícia Militar de Minas Gerais 2018, para a carreira de Praça e na colocação de 19º para a região de Patos de Minas; Polícia Civil do Espírito Santo 2019, no cargo de Investigador de Polícia e na colocação de 74º; Polícia Penal do Distrito Federal 2022, no cargo de Policial Penal, a classificação não me recordo; Polícia Militar do Goiás 2022, para a carreira de Praça, a colocação não me recordo; Polícia Militar de Minas Gerais novamente em 2023; Polícia Militar do Distrito Federal, para a carreira de Praça e na colocação geral de 709º e 31º cotas (primeira turma do CFP).
Pretendo continuar estudando sim. E ao voltar para Brasília, pretendo iniciar o curso de direito.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Junior: O que é vida social?! concurseiro desconhece essa palavra. A maioria dos concurseiros no início da trajetória não tem dinheiro e consequentemente não tem vida social. No meu caso, além da falta de dinheiro, não entendia nada sobre as matérias de direito e era muito ruim em português, raciocínio lógico e matemática. Ou seja, era ruim em todas as matérias. Então, eu teria que começar do ponto zero a estudar para concursos. Por esses motivos, tive que sacrificar bastante minha vida social em prol de alcançar resultados mais rápidos.
No início minha rotina era estudar todos os dias, malhar quatro a cinco vezes na semana e treinar muay thai e jiu jitsu alguns dias da semana. Com edital aberto eu deixava até de malhar e treinar. Eu não saía com amigos ou familiares. Era raro eu sair ou participar de alguma coisa, até porque na época eu só estudava e não tinha recursos financeiros para fazer muita coisa. Eu queria acabar com aquele cenário de escassez o mais rápido possível e então decidi dedicar meu tempo aos estudos para concurso.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Junior: Não sou casado e não tenho filhos. Meus pais sempre foram meus grandes apoiadores, tanto psicologicamente quanto financeiramente, pois eles nunca me atrapalharam enquanto eu estudava por horas trancado no quarto. Eles não me interrompiam por nada, nunca exigiram que eu fosse aprovado logo. Eles aceitaram bem a ideia de eu ficar somente por conta de estudar. Desde o início pareciam entender a importância daquilo para mim. Chego a ficar impressionado com tamanha compreensão dos meus pais. Além disso, foram eles que me deram suporte financeiro nos materiais para o estudo, financiando meu material, que na época era um site de cursinho e um site de questões. Aos meus pais eu carrego profunda gratidão, pois eles têm grande participação na minha caminhada.
Já os amigos, a maioria não compreendeu a minha ausência cada vez mais constante e acabamos nos afastando.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Junior: Quando o concurso da PMDF foi lançado, em 2023, eu tinha voltado a estudar há pouco tempo, pois estava parado nos estudos desde o concurso da PPDF que aconteceu no meio do ano de 2022 – porém iniciei minha trajetória no mundo dos concursos no final de 2017. Voltei a estudar porque vi que o concurso da PMDF iria sair a qualquer momento e meu objetivo inicial nos estudos foi a PMDF. Comecei a me preparar uns dois meses antes do edital ser publicado. Fiz uma preparação especifica de aproximadamente cinco meses, sendo nos dois primeiros meses um ritmo relativamente fraco e nos três últimos meses um ritmo mais forte. Para manter a disciplina eu mantinha uma rotina rígida e evitava distrações que me ocupasse muito tempo.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Junior: Para a PMDF 2023 usei apenas os PDFs do Estratégia, que já possuo há algum tempo, com minhas marcações e também marcações dos aprovados. Não usei site de questões, apesar de ter assinatura. As questões que usei para treinar eram somente aquelas que estavam no PDF. Alguns PDFs possuíam uma bateria gigantesca de questões e separadas por tópicos. Ao notar isso, marquei parte do material que achava essencial para revisão e as questões que tinham informações que não estavam no corpo do material eu também marcava para revisar. Após tudo essencial marcado, eu voltava naquela aula somente para ver as partes que eu havia marcado, inclusive questões. A vantagem que eu vi em fazer dessa forma foi que pude ter maior afinidade com o material.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Junior: Por meio do YouTube. Ao iniciar nesse mundo dos concursos, comecei a ver muita coisa relacionada ao tema e logo começaram a me aparecer vídeos a respeito. Não demorou muito, foi possível ver comentários favoráveis acerca do Estratégia por parte de aprovados da época.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Junior: Sim. O que mais me incomodava era o fato de o material em PDF, e até as videoaulas, ser enxuto demais ao ponto de faltar conteúdo que estava sendo exigido no edital do concurso.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Junior: Sim, cheguei a fazer concurso e obtive aprovação. Porém, tive que correr atrás de materiais complementares para suprir outros tópicos que não estavam presentes no material do curso. Esses materiais complementares eu pegava em vídeos gratuitos do YouTube e também pesquisas no próprio Google.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Junior: Senti diferença sim. Depois que consumi os PDFs do Estratégia com aquela ferramenta “marcação dos aprovados” nunca mais quis outro material. Outro diferencial dos PDFs que eu senti foi que, além das marcações, os PDFs possuíam muitas questões, mais de 100, separadas na sequência por baterias de tópicos. Além disso, no final dos PDFs costumava ter um resumo muito bom da aula que dava para ser usado como revisão.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Junior: No início eu estudava apenas uma matéria por vez. Após ficar relativamente bom nela, eu incluía uma nova matéria e mantinha a revisão da outra. Ou seja, ia incluindo uma matéria por vez e mantendo a revisão das demais que havia adquirido o conhecimento.
Já na preparação atual, devido à bagagem que já possuía, mantive a revisão de várias matérias por dia, cerca de três a cinco. Acerca das horas líquidas nessa preparação para a PMDF, eu fazia em média de quatro a seis horas.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Junior: Já fiz de tudo. No início, lia a lei seca no site do planalto, via vídeos no YouTube, videoaula, fazia questões, fazia resumos e acabei construindo um material riquíssimo que carrego comigo até hoje.
Depois passei a usar esse material construído por mim nas minhas revisões para todos os concursos que prestei. Em conjunto também usava os PDFs que gostei do Estratégia, os quais não conhecia no início da minha trajetória, mas que passaram a fazer parte do meu material de revisões. Ainda quando no início, eu tirava uma parte do meu tempo todos os dias para rever os resumos que eu já havia criado e só após passar pela revisão é que eu avançava estudando algo novo.
Já agora na preparação para a PMDF 2023, eu basicamente só revisava as matérias, pois já tinha conhecimento prévio delas.
Na preparação para a PMDF 2023, eu revisava português pelos meus resumos já criados anos atrás, por alguns resumos que tinham ao final dos PDFs e pelas questões comentadas dos PDFs e marcadas por mim, as quais fiz repetidas vezes.
A mesma coisa fiz com a matéria de Raciocínio Lógico e Matemático (RLM). Porém, em RLM eu dei maior ênfase nas questões comentadas que eu havia marcado. Basicamente eu só revisava fazendo as questões que eu havia marcado. Nem procurava novas questões para treinar.
Nas matérias de Direito, eu revisava lendo a lei seca no site do planalto e em seguida via as marcações que eu havia feito nos PDFs e, por fim, refazia as questões que eu havia marcado para refazê-las.
Já a matéria de RIDE-DF, devido ao fato de já haver estudado no passado para concursos anteriores, eu revisava principalmente pelas questões comentadas marcadas no PDF. Mas também nos horários vagos, quando eu ia banhar ou comer, colocava um fone de ouvido com videoaula na velocidade mais rápida que tinha. Assim, revi os vídeos e refiz as mesmas questões diversas vezes até o dia da prova.
Na matéria de Direitos Humanos, eu revisava apenas pelos resumos que tinham ao final dos PDFs e pelas questões marcadas por mim.
Eu não costumava fazer simulados. Somente fazia quando o edital estava aberto. Fazia uns quatro ou cinco com o objetivo de administrar o tempo gasto entre fazer a prova objetiva e a discursiva. E nas duas últimas semanas eu não fazia simulado mais e também diminuía a quantidade de questões.
Nas duas últimas semanas eu focava em ler a lei seca, os resumos montados e os comentários das questões que eu havia marcado nos PDFs. Assim, eu usava a memória de curto prazo a meu favor, principalmente naqueles tópicos que são necessariamente “decoreba”, por exemplo, competências, fórmulas, transgressões disciplinares, etc.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Junior: É extremamente importante a resolução de questões. No entanto, é necessário ter em mente que não basta responder questões por responder, é necessário estudá-las. Para isso, é fundamental que essas questões tenham comentários ensinando o conteúdo.
Não me lembro de quantas questões já fiz, mas foram muitas. No entanto, o que pude aprender é que a quantidade não importa muito, o que importa é você identificar e colher aquelas questões que estão te fazendo ter erros sucessivos ou que possuam assunto específico não presente no corpo do PDF que precisam fazer parte do seu material de revisão.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Junior: Português e Raciocínio Lógico e Matemático. Mas sem sombra de dúvidas, português foi meu terror e meu calcanhar de Aquiles no início. Após começar os estudos para concurso é que percebi o quanto eu não aprendi nada de português na escola e nem na faculdade. Era uma deficiência bem gritante. Eu fui um péssimo aluno na escola e não dei a devida importância aos estudos na época. Então, na fase adulta tive que correr atrás do prejuízo e comecei a dedicar a maior parte do meu tempo para essa matéria. Estudava português todos os dias e ela era sempre a primeira matéria do dia. Se eu estudasse um total de 5 horas líquidas por dia, então 3 horas seriam dedicadas somente para português. No começo o estudo de português era todo voltado para vídeos de aulas gratuitas no YouTube e videoaulas do cursinho, pois era difícil compreender lendo os PDFs. A dificuldade de entender lendo os PDFs vinha justamente pela deficiência no tópico mais famoso do português: interpretação de texto. Mas, graças a Deus, depois de seis meses e de muito esforço comecei a colher os frutos compreendendo muito melhor a matéria que tanto me assustava.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Junior: Minha rotina foi só estudar o dia todo. Peguei férias de 15 dias antes da prova e fiquei só por conta de estudar. Não treinava, não saía para lugar algum e apenas estudava trancado. Minha rotina dentro do quarto era revisando lendo a lei seca, os resumos e os comentários das questões marcadas. Detalhe, eu não fazia mais as questões, eu apenas ia direto aos comentários que eu havia marcado e lia, revisando o tópico que eu achava necessário. Fiz muito isso em RIDE-DF e Direitos Humanos.
Além disso, na semana da prova eu aumentei ainda mais a carga horária de estudo. Chegando a fazer entre 6 a 8 horas líquidas. No último dia anterior à prova, devo ter feito umas 10 horas líquidas. Já no dia da prova, também sempre reviso ainda alguns detalhes, vejo aqueles pontos que precisam decorar, como competências, qualificadoras, majorantes, fórmulas, transgressões disciplinares, etc. Estudo até o último minuto antes de entrar na sala de prova e isso me ajuda e me dá maior confiança.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Junior: Eu fazia uma discursiva por semana, geralmente aos domingos. Eu pegava um tema de redação nos PDFs do Estratégia, estudava o tema e em seguida escrevia. Por fim, olhava o modelo exemplo que o Estratégia disponibilizava no PDF e comparava com o meu. Nos próximos temas eu ia tentando me aproximar cada vez mais dos modelos exemplos.
Eu aconselho a se preparar com antecedência e a não negligenciar a redação, porque isso pode te custar uma reprovação amarga, como me custou na PMDF 2018, meu primeiro concurso prestado.
Estratégia: Como foi (ou está sendo) sua preparação para o TAF e para as demais etapas?
Junior: Eu não treinava especificamente para o TAF, mas sempre tive uma vida ativa treinando musculação e artes marciais. Sempre deixei para treinar para o TAF após a aprovação na prova objetiva. No entanto, com a PMDF teve algo específico que foi a exigência de natação no TAF e eu não sabia nadar absolutamente nada. Pela primeira vez tive que começar a treinar especificamente para o TAF antes da prova. Foi então que comecei a frequentar um clube próximo da minha casa e a nadar por conta própria. No começo, eu nadava com a cabeça para fora da água e não conseguia bater o tempo. Era uma coisa feia. Além disso, sentia muito cansaço devido à falta de técnica. Então procurei alguns vídeos no YouTube acerca de técnicas para aprender a nadar e coloquei em prática. Um mês depois havia percebido uma melhora bem significativa e baixei meu tempo que antes era 50 metros em 1min15seg para 55seg.
Depois de uns três meses já estava batendo 50 metros em 43 segundos. No começo eu nadava de quatro a cinco vezes na semana. Depois de certa evolução, passei a nadar somente umas duas ou três vezes na semana.
Já a corrida eu corria duas vezes na semana e só fazia os 2400 metros no tempo próximo a 12 minutos. No dia do TAF bati a corrida em 10min30seg. E os demais testes, barra, abdominal, etc, eu nunca tive dificuldade.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Junior: Tive alguns erros e acertos na trajetória. Mas o que mais me marcou foi um erro em específico: a reprovação na discursiva da PMDF 2018. Comecei meus estudos ali para o final de 2017 e meu objetivo sempre foi entrar para a PMDF. Meu primeiro concurso já foi a PMDF em 2018, depois de mais ou menos uns dez meses de estudo. Durante a preparação eu foquei muito na objetiva e nada na discursiva. Deixei a discursiva para cima da hora e como consequência colhi uma aprovação na objetiva de 2018, atingindo uma pontuação de 46 acertos de um total de 60 (cuja nota de corte foi 42 acertos) e amarguei a reprovação na discursiva por causa de 0,3 ou 0,4 décimos. Carrego essa decepção até hoje. Fiquei esses anos pensando quando seria o próximo concurso da PMDF e somente depois de cinco anos é que tive outra oportunidade. Então essa aprovação tem um peso muito simbólico para mim, até porque hoje em dia já sou policial e já tenho certa tranquilidade financeira que eu procurava no início. Sentimento de revanche vencida.
Já o acerto que me marcou também foi o fato de eu não desistir e no próximo concurso que teve da PMDF, que foi esse de 2023, eu consegui a aprovação em todas as etapas e agora vou poder ombrear a tão esperada e gloriosa farda junto aos meus novos irmãos PMDF.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Junior: Pensamento para desistir e parar vinha nos momentos de exaustão, mas ao olhar para trás e ver a bagagem que eu já havia construído, o tempo que eu já havia depositado naquilo com tanta dedicação e o tanto de momentos que eu já havia deixado de vivenciar me faziam continuar.
A minha principal motivação era o desejo de ser policial. Quando comecei, não sabia como estudar, nem com o que estudar, não tinha ninguém e não tive ninguém durante todo a minha trajetória que me mostrasse o caminho, mas uma coisa eu tinha que era a certeza de onde eu queria chegar e de que eu faria acontecer.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Junior: Escolha uma área (administrativa, policial, tribunal, fiscal), não atire para todos os lados. Quem mira tudo, não acerta nada.
Por fim, caso você tenha escolhido essa trajetória, foque na chegada e não no caminho. O trajeto vai parecer muito longo e isso vai te desanimar. Fique com os olhos na linha de chegada e apenas curta o processo enquanto o percorre. Assim, vai ver o caminho que era gigante ficando pequeno e você crescendo diante dele. E ao chegar à linha de chegada vai olhar para trás com grande satisfação e ver que o caminho realmente ficou pequeno e buscará caminhos ainda maiores que antes eram inimagináveis.