Aprovado no concurso da PC-PR
“Quantas pessoas se formam e ficam anos e anos batalhando para, enfim, conseguir uma certa estabilidade financeira e, depois, ainda precisam lutar para se manter. Isso é muito comum. Vejo o concurso da mesma forma, pois pode ser em alguns casos demorados, mas se existir dedicação, motivação para não desistir, e disciplina, o sucesso é certo. Com a diferença que, após aprovado, estará fazendo algo que sente prazer, será bem remunerado e gozará da estabilidade do seu cargo”.
Confira nossa entrevista com Guilherme Hensel, aprovado em 30° lugar no concurso da PC-PR para o cargo de Escrivão:
Estratégia Concursos: Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Guilherme Hensel: Sou formado em Direito. Tenho 28 anos e sou de Marechal Cândido Rondon/PR.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área Policial?
Guilherme: Na realidade, já parei para pensar se houve um marco ou algum momento específico que me motivou a prestar concursos, mas não me vem nada a memória. Fato é que sempre admirei a atividade policial, pelo serviço prestado à comunidade, o poder de ajudar e também por ser uma carreira dinâmica, pois nesta profissão nenhum dia será igual ao outro. Até passei em um concurso para a área administrativa, mas eu não me sentia realizado.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Guilherme: Inicialmente eu trabalhava em um escritório durante o dia e à noite fazia um cursinho presencial. Após 6 meses, tive a certeza de que a vida dos concursos seria o meu destino. Assim, abandonei o escritório, continuei advogando em casa para me manter financeiramente, mas o foco, quase total, era voltado para os estudos.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Guilherme: Fui aprovado na PCMS para escrivão (posição 171º, mas desisti na fase de entrega de exames de saúde), na PCSC para agente (posição 571º), aprovado e classificado na PCRS para inspetor (posição 413º) e, por último, aprovado e classificado na PCPR para escrivão (posição 30º para o interior).
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados(as) na primeira fase do certame?
Guilherme: A sensação foi a melhor possível! Saber que todo o esforço e o estudo não foram em vão, que quando existe dedicação para alcançar algo, você consegue. Embora ainda não fosse a meta final, as aprovações que conquistamos ao longo do percurso são muito importantes para validar e mostrar que estamos no caminho certo.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Guilherme: Não considero que foi uma rotina radical, eu me permitia tirar alguns domingos de folga quando alcançava as minhas metas semanais, e saía com minha namorada nos finais de semana. Mas durante a semana era foco total e, aí sim, a única falta justificável para o estudo era quando possuía alguma audiência ou tinha que atender algum cliente, caso contrário, estudo, estudo e estudo.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Guilherme: Não sou casado e não tenho filhos. Possuo uma namorada que entende a minha rotina de estudos. Moro com meus pais e eles me dão apoio integral para os estudos. Claro que quem não passou pela vida de concurseiro, não sabe das dificuldades, mas do jeito deles, sempre procuraram me ajudar. Eu consigo custear meus estudos e materiais praticamente sozinho, mas algumas vezes já tive que solicitar a ajuda deles para custear alguns materiais ou os deslocamentos para a realização dos concursos. Ainda assim, como de costume, sempre há aquela tia que, vez ou outra, manda aquela perguntinha: “E como estão os concursos, já passou em algum?”.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Guilherme: Acho que fugir da sua carreira não vale a pena, ou seja, se quer carreira policial, foque apenas nisso. No entanto, se dentro da carreira obtiver a oportunidade de fazer algum concurso diferente daquele almejado, desde que as matérias sejam semelhantes, sempre é válido, foi o que aconteceu comigo. Sempre mantive o foco na PRF, no entanto, não deixei de aproveitar as oportunidades que surgiam, pois ter uma espécie de “seguro“ ajuda, dando uma tranquilidade maior. Como, infelizmente, não fui aprovado na PRF, e a previsão de um novo concurso é distante, alterei momentaneamente o meu foco para a carreira de delegado de polícia civil, pois o conteúdo é mais amplo e aproveito o que já aprendi.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso em que foi aprovado?
Guilherme: Quando fui aprovado para Escrivão da PCPR, eu já estava estudando há dois anos com foco para a PRF.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Guilherme: Com certeza! Comecei a estudar em 2017 com a promessa de que logo abriria edital para a PRF, o que apenas ocorreu ao final de 2018. Mas durante a maior parte desse tempo, estudei sem edital aberto. Acho que para manter a disciplina, o mais importante é manter a motivação em alta. Cada um se motiva de formas diferentes, mas independente da forma, o importante é que, quando acordar, a primeira coisa que deve vir à mente é a imagem da sua aprovação.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? O que funcionou melhor para você?
Guilherme: Inicialmente fiz curso presencial por 6 meses para me adaptar a cada uma das matérias. Assim que consegui, já comecei a estudar com PDF, assistia aulas apenas de algumas matérias, como RLM, matemática e português. Mas, sem sombra de dúvidas, foi o PDF que me permitiu alcançar o melhor rendimento. Claro, associado a realização de muitas questões e de revisões constantes.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Guilherme: Conheci o Estratégia através de outros colegas concurseiros. Aqui vai uma dica: sempre que possível, faça amizades e mantenha contato com outros estudantes que estão a mais tempo que você nos estudos. Só eles irão te passar dicas e macetes que sozinho levaria muito tempo para descobrir. Depois fui pesquisar mais sobre o Estratégia e me adaptei muito bem aos materiais. Sempre muito completos (alguns muito mesmo) e com toda a jurisprudência necessária.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo concursando é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Guilherme: Eu me adaptei muito bem com o ciclo de estudos. Fazia a leitura e releitura de cada matéria, ao menos uma vez na semana, durante o dia, enquanto que à noite, reservava para revisão e questões. Eu procurava manter minha carga horária diária entre 6 e 8 horas, mas não raras as vezes acabava passando um pouco. Nunca fui muito de fazer resumos. Quando assistia aula, eu fazia meu caderno, compilava uma síntese do que entendia e utilizava para dar uma revisada na última semana antes das provas.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Guilherme: Eu sempre tive dificuldade com as Exatas. Física e Matemática me perturbam. Contudo, quando você coloca na cabeça que mesmo não gostando, elas terão que te ajudar a passar no concurso, fica mais fácil insistir e insistir.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Guilherme: Como meu foco era a PRF que já estava quase pintando na área, não me dei ao luxo de alterar muito minha rotina para essa prova da PCPR. O que fiz foi manter o ciclo de estudos normalmente durante o dia, e durante a noite, focar em algumas matérias especificas da PCPR, além de fazer questões da banca. Na última semana, fiz somente questões e no dia anterior, assisti um aulão de véspera, mas sem muita preocupação, apenas para captar alguma dica de última hora. A noite do dia anterior à prova, apenas relaxei e jantei com meus familiares.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Guilherme: Novamente, como para a PRF é cobrado redação, eu já estava fazendo um cursinho de redação. Aconselho sempre treinar a redação, pois ainda que certas pessoas tenham mais afinidade, a periodicidade do treino sempre garante resultados mais eficazes.
Estratégia: Como foi sua preparação para o TAF?
Guilherme: Foi bastante desgastante, principalmente para este concurso, pois as etapas foram muito demoradas entre si. Como eu já frequentava academia e já vinha me preparando em decorrência de outro TAF, confesso que a demora me incomodou, pois eu já estava pronto e ainda assim precisava me manter sempre treinando em alto ritmo. Eu vejo que o ideal é sempre se manter fazendo corridas e mantendo o corpo preparado para quando sair a data do TAF, seja necessário apenas aumentar um pouco o ritmo para atingir as metas.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Guilherme: Acho que na preparação para a PCPR, embora tenha me classificado, não dei muita atenção a algumas matérias específicas do certame, vez que estava focado na PRF e isso poderia ter tornado minha nota melhor. Quanto aos acertos, acho que o maior deles foi o fato de me manter estudando há bastante tempo, mesmo que com foco em outro concurso, o que facilitou organizar uma estratégia e conciliar a maioria dos conteúdos.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Guilherme: Acho que a maior dificuldade é abdicar de coisas que até então traziam muita satisfação e prazer em prol do estudo. Acho que em algum momento sempre se pensa em desistir, mas como já havia dito, o segredo é manter sua motivação em alta e sempre se lembrar do porquê começou essa trajetória.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Guilherme: Minha maior motivação sempre foi a realização de um sonho. Sempre admirei as carreiras policiais, os serviços prestados, o poder de ajuda, o status social, a dinâmica do serviço, a estabilidade e, claro, o fato de poder ganhar dinheiro fazendo aquilo que gosto.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Guilherme: Na verdade, ainda almejo muito mais, sigo minha luta, buscando meu sonho maior. Mas, com toda a certeza, o conselho que eu deixo é que a aprovação em concurso muda vidas, sendo um investimento perfeitamente válido para alcançar um sonho. Quantas pessoas se formam e ficam anos e anos batalhando para, enfim, conseguir uma certa estabilidade financeira e, depois, ainda precisam lutar para se manter. Isso é muito comum. Vejo o concurso da mesma forma, pois pode ser em alguns casos demorados, mas se existir dedicação, motivação para não desistir, e disciplina, o sucesso é certo. Com a diferença que, após aprovado, estará fazendo algo que sente prazer, será bem remunerado e gozará da estabilidade do seu cargo.
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Foi aprovado e deseja dividir com a gente e com outros concurseiros como foi sua trajetória até a aprovação?! Mande um e-mail para: [email protected]