
“O material PDF é muito bem direcionado, direto, completo e enxuto. Para mim foi o ponto mais forte, não gosto de enrolação, por isso assisto pouca vídeo aula. Os simulados muito mais pesados do que a prova também alavancam o caminho da aprovação.”
Confira nossa entrevista com Rodrigo Borges, aprovado em 25° lugar no concurso PC MS para o cargo de Agente:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Rodrigo Borges: Sou formado em biomedicina, possuo habilitação em estética e pós graduação em cardiologia, circulação extracorpórea e órgãos artificiais, tenho 35 anos e sou de Campo Grande (MS). Como biomédico ainda atuou na área da estética, aguardando o início do curso de formação para me dedicar à carreira policial com exclusividade.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área Policial?
Rodrigo: A necessidade e a vontade de seguir a carreira policial, gosto de ação e da certeza de que os dias não serão sempre iguais, além, claro, de poder contribuir com a segurança, fazer minha parte na sociedade através de uma profissão tão honrada e difícil como a de policial civil.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Rodrigo: A vantagem da área da estética é que meus atendimentos são agendados, hora pra iniciar e pra acabar, então conseguia manter o trabalho e o estudo de maneira muito satisfatória, além claro de treinar a parte física. Até 2018 eu pesava 140 KG, algo incompatível com a vida policial, hoje estou com 90Kg e trabalhando pra melhorar. Afinal, estou no aguardo do concurso de perito criminal da PF, na PCMS a biomedicina não teve vagas.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado?
Rodrigo: Esse foi meu segundo concurso, eu fiz PCDF, mas com as 16 anulações e novo jeito de distribuir a pontuação das questões anuladas acabei ficando fora, mas acertei 75 questões das 120. Para uma primeira tentativa, foi satisfatório esse resultado.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Rodrigo: Adotei a postura da minha dieta, nada radical, leva-se anos para se preparar bem e não é um sábado, uma partida de futebol, ou um cinema que vai tirar você da aprovação. Não tem aquela história de se fechar no quarto e estudar. Tem almoço pra fazer, casa pra arrumar, levar e buscar a filha na escola, esporte, inglês, etc. Se radicalizando, você surta e o estudo não rende. No entanto, quando sentava e tinha uma manhã/tarde toda livre para estudar, então, era só o que eu fazia, foco e bater a meta do período de vídeo aulas (1hs), leitura (2hs) e questões (300) ao longo do dia, além dos simulados. De noite treinar, atenção para a família ou uma saída com amigos/família.
Estratégia: Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Rodrigo: Todos em casa me apoiaram e ajudaram no dia a dia. Sou casado e tenho uma filha de 15 anos. Sempre que precisava, elas assumiam as tarefas da casa sem que eu precisasse ajudar efetivamente, mas o normal era e é todos fazerem tudo juntos.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado? Qual foi o segredo de manter a disciplina durante todo o período?
Rodrigo: A vantagem dos concursos de Polícia Civil é que os editais são muito parecidos, foco 100% para PCMS foi só quando saiu o edital mesmo, mas vinha estudando desde 2019 para PCDF, PF, PCMS, PCAM, mas como não teve perito biomédico parti para o cargo de agente e estou contente com essa posição.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Rodrigo: Não gosto de vídeo aula, mas usei esse método, li bastante e fiz milhares de questões de 2020 para 2021 (cerca de 25 mil) e as que errava anotava o erro e revisava . No final eu tinha uma bíblia de erros, os quais não errei mais. Mas cada um estuda de maneira particular, não gosto de fazer intervalos, estudo 4 horas direto, depois 2 ou 3 horas ao longo do resto do dia, pra mim deu certo, para outras pessoas não. A fórmula é o foco 100% do tempo que você separou para estudar. Os boletos e as responsabilidades ajudam muito com o foco.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Rodrigo: Uma prima estudou com o Estratégia e foi aprovada na Receita Federal, e quando tive dificuldade com contabilidade as revisões me salvaram.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Rodrigo: O material PDF é muito bem direcionado, direto, completo e enxuto. Para mim foi o ponto mais forte, não gosto de enrolação, por isso assisto pouca vídeo aula. Os simulados muito mais pesados do que a prova também alavancam o caminho da aprovação.
Estratégia: O concurseiro já se dedica tanto hoje para ser aprovado e investe bastante! Imagine chegar na prova e ver questões que abordam assuntos que o professor nem abordou nas videoaulas ou no material em PDF. Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Rodrigo: Não passei por isso, porque esse foi meu segundo concurso, mas tive divergência gramatical de regras na prova da PCDF que o cursinho me levou ao erro.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou em nosso material?
Rodrigo: Questões, simulados, PDFs e revisões. Esse foi 90% do meu estudo e como esses materiais do Estratégia são excelentes, sem dúvida eles foram minha aprovação.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos? Quantas horas líquidas estudava por dia?
Rodrigo: Cerca de 6 a 8 horas por dia. Começava com a matéria que mais deu trabalho, português, depois as matérias com mais número de questões na prova para garantir 75% a 80% dos pontos da prova. PCMS fiz 75% em papiloscopista (fiquei de fora) e agente na qual fui aprovado. O que mais importa pra mim é a qualidade, tenho colega que estuda o dia todo e não chegou nem perto das vagas. Essa meta foi posta por conta do concurso de 2017 que o último nas vagas acertou 62% se não me engano.
Estratégia: Como fazia revisões? Costumava fazer resumos, simulados ou algo mais?
Rodrigo: Questões e simulados. Se errava a questão, escrevia a resposta certa, revisava o que deixei passar para ter errado e seguia para a próxima. PCDF eu assisti muitas vídeo aulas de revisão e dancei, mudei a estratégia e fiz mais questões e li mais, foi o que deu certo para mim. Gosto de ler e treinar, foquei nisso para não errar o que eu sabia e ficar nos 75%-80% de acerto na prova.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Rodrigo: Pra mim é o ponto principal, devo ter feito de 2020 a 2021 cerca de 25 mil questões e simulados. Quanto mais fazia, mais sentia que faria a prova sem cansar, além de ser uma revisão e um treino mental.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma disciplina? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Rodrigo: Dificuldade era os dias que errava coisas elementares, bate um medo, mas aí parava e voltava no outro dia, não adianta forçar o dia que não funciona, não é como ir na academia sem vontade, o cérebro tem que estar atento. E é normal o dia ruim, só não pode ser desculpa para a preguiça.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Rodrigo: Os 10 dias foram os dias que eu menos estudei, fiz muitas questões para firmar a mão para a prova, mas procurei não cansar a cabeça demais, PCDF eu já cheguei cansado, por volta da questão 80 eu já queria ir embora. Procurei não repetir os erros, se não deu certo uma jogada, mude, murro na ponta da faca só machuca a mão, a faca fica firme e forte e a aprovação vai pelo ralo.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Rodrigo: PCMS não teve discursiva, mas fiz redações todo fim de semana para afiar a mão e ter uma concatenação eficiente. Dica é a mesma da prova objetiva: treinar. Metodologia jesuítica: repetição à exaustão leva à perfeição, quanto mais treina, melhor fica, fato.
Estratégia: Como foi sua preparação para o TAF e para as demais etapas?
Rodrigo: Academia de segunda a segunda, corpo treinado como a mente, TAF te tira do sonho, e não pode perder por preguiça. A parte física dá para treinar sem vontade, no meio do treino já anima e tudo funciona bem, como sempre repetição e foco no objetivo.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação, quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Rodrigo: Errei no exagero pra PCDF, se tivesse ido descansado mentalmente teria sido melhor. E o acerto com certeza foi aceitar que errei na pré prova e mudar para PCMS.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Rodrigo: Não, de modo algum. Motivação é a vontade de pertencer ao GARRAS da PCMS, se Deus quiser logo estarei nesse quadro.
E claro todos os boletos que tenho pra pagar, brincadeira a parte, não desistir foi um jeito de demonstrar para minha esposa e filha que a dedicação e o estudo te levam para a vaga que sonhamos, só depende de você ser aprovado.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Rodrigo: Não radicalize, não se desespere (o desesperado é o primeiro que morre). Ache o jeito que aprende melhor e foque nesse método, se é lendo, leia, se é assistindo aulas, assista. Questões e simulados constantes para mensurar a curva de aprendizado e encontrar os pontos fortes e fracos. Não desista. A concorrência, dificuldade e número de vagas são iguais para todos. Não se compare. Só se dedique que dá certo sim, pode acreditar.