“Não desista! Saiba reconhecer que você não é uma máquina (para não se frustrar). Porém, como humano, você pode dar o seu melhor e isso será o suficiente para conquistar seus sonhos”
Confira nossa entrevista com Igor S., aprovado no concurso PCDF nos cargos de Agente e Escrivão:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Igor S.: Sou concursado desde os 18 anos na Marinha do Brasil. Me formei tecnólogo em segurança pública aos 21 anos, pois já tinha a intenção de ir para a área policial desde criança. Atualmente tenho 28 anos. Sou do Rio de Janeiro.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área Policial?
Igor: Sempre tive baixa confiança na minha capacidade de passar em um concurso de alto nível, mas em 2018 resolvi tomar as rédeas para ir atrás do meu sonho.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Igor: Na Marinha cheguei a trabalhar 70h por semana, pois lá é dedicação exclusiva, sem carga horária definida. Ainda assim perseverei parar conciliar os estudos em cada hora vaga do meu dia.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Igor: Fui aprovado no cargo de Agente da PF (2021) na reserva, em torno da classificação 920°. Estava conciliando, ao mesmo tempo, com um curso técnico obrigatório de automação industrial. Após esse desempenho, resolvi fazer requerimento ao comando parar sair desse curso técnico, apostando minha carreira na Marinha. Em troca, consegui me dedicar à reta final de 3 meses até a prova de Escrivão e Agente da PCDF, ficando em 239° em Escrivão e 216° em Agente (Objetiva e Discursiva)
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados na primeira fase do certame?
Igor: Estava confiante de que meu nome estaria lá, pois apostei que a preparação no Estratégia era realmente o diferencial para a aprovação.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Igor: Eu adotei uma postura radical, porém com recompensas de “saídas” finais de semana, caso tivesse cumprido as metas da semana.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Igor: Moro com minha companheira, ela me deu suporte, mas ainda assim houve muitas brigas por causa dos estudos durante esses três anos. Não é fácil pedir a compreensão dos familiares durante a vida de concurseiro.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Igor: Vale a pena, desde que seja utilizado como escada. Foi essa a minha intenção ao entrar em concurso “fácil”, como o da Marinha, para que eu tivesse estabilidade financeira para futuramente me dedicar mais aos estudos.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado?
Igor: Para a PF e PCDF estudei dois anos. Anteriormente estava estudando para a PRF, mas percebi que a polícia ostensiva não era meu perfil.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Igor: Sim. Com metas semanais de teorias e questões. Todo domingo eu planejava o que estudaria até o próximo domingo.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Igor: Utilizei os PDFs como material principal e as videoaulas como material de apoio em caso de dúvidas, principalmente para as dúvidas em estatística e contabilidade. Na reta final, as rodadas avançadas foram essenciais para que eu me tornasse “profissional” em todas as disciplinas. Assisti praticamente todas as rodadas avançadas
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Igor: Testei todos os grandes preparatórios até parar no Estratégia. Os PDFs foram o principal motivo para me prenderem (rs).
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Igor: Eu estudava no mínimo três matérias por dia, para que houvesse melhor estímulo ao meu cérebro – método comprovado pela neurociência. Como revisão utilizava apenas questões, não possuía nenhum caderno de anotações. No entanto, resolvi cerca de 40 mil questões nos três anos de estudo, utilizando o “caderno de questões que errei” como principal método para saber meus pontos fracos.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Igor: Em estatística e contabilidade. Eu coloquei na minha cabeça que elas deveriam na verdade serem meus pontos fortes, e essa mentalidade funcional para que eu tivesse um desempenho nelas melhor que nas matérias que eu já era bom.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Igor: Foram dezenas de horas de rodadas avançadas e centenas de questões nos últimos dias, inclusive no dia anterior à prova. Como eu já estava acostumado a resolver até 300 questões em um dia, não afetou meu desempenho na hora da prova.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Igor: A situação foi crítica no concurso de agente: 719 reprovados na redação no resultado preliminar. O nível aumentou e o diferencial é a capacidade de desenvolver assuntos atuais como se fosse um jornalista. A dica é ler notícias socialmente relevantes todos os dias nos jornais para que esse estilo de argumentação seja assimilado.
Estratégia: Como foi (ou está sendo) sua preparação para o TAF e para as demais etapas?
Igor: Tenho treinado diariamente. Faltam apenas alguns exercícios para o 10.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Igor: Eu acho que dei o meu melhor, não houve erros que não fossem aceitáveis para um ser humano (como a procrastinação em certos dias). Esse sentimento de ter dado o melhor é essencial para elevar o moral na hora da prova. E esse acho que é o maior acerto: aceitar que ninguém é uma máquina, só faça o seu humanamente melhor.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Igor: A rotina no trabalho com uma carga horária bem elevada foi o fator mais desmotivacional para os estudos, mas nunca pensei em desistir. A vontade de ir atrás do seu sonho é indestrutível.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Igor: Pensar como a polícia judiciária é essencial para a sociedade, especialmente no combate à corrupção, e ter como sonho poder contribuir para isso.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Igor: Não desista! Saiba reconhecer que você não é uma máquina (para não se frustrar). Porém, como humano, você pode dar o seu melhor e isso será o suficiente para conquistar seus sonhos.