Aprovado em 1° lugar no concurso MP-AM para o cargo de Agente Técnico - Especialidade Comunicólogo
Concursos Públicos“Eu aconselho que a pessoa observe com atenção os ensinamentos dos professores mais experientes, pois tem muita informação não só de conteúdo, mas de estratégia (de memorização, por exemplo), formas de estudar […]”
Confira nossa entrevista com Felipe de Paula Wanderley, aprovado em 1° lugar no concurso MP-AM para o cargo de Agente Técnico – Especialidade Comunicólogo:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Felipe de Paula Wanderley: Sou jornalista, tenho 35 anos e sou de Manaus-AM.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Felipe: Estagnação profissional, área precarizada, falta de dinheiro e um filho (rs).
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Felipe: Sim. Mas felizmente trabalho até às 14h, então tinha mais tempo.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Felipe: Fui classificado fora das vagas no TRT 11, na posição 101. Essa prova eu fiz um mês antes da prova do MP, que passei em primeiro para o cargo de Comunicólogo. No cargo de assistente administrativo do MP, fiquei na posição 145.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Felipe: Bom, eu cheguei a sair algumas vezes. Mas depois “me empolguei” com os estudos e vi que cada hora era preciosa. Então deixei de sair, mas por um período de uns dois a três meses, que foi basicamente toda a minha preparação (no total, foram 3 meses e meio).
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Felipe: Sim, tanto a família quanto os amigos. Eu cheguei a receber convites para sair, mas explicava que estava estudando para concurso, e nisso fui apoiado e incentivado por eles.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Felipe: Curiosa essa pergunta, porque eu sempre tive problemas com a tal da disciplina. Mas a motivação foi quem manteve meu foco, e também o fato de que cada vez mais eu sabia que, se eu estudasse, poderia passar. À medida que avançava no conteúdo, via minha evolução e já começava a me imaginar fazendo uma excelente prova. Quanto mais eu estudava, mais essa imagem ia se tornando clara, e isso só aumentava minha motivação.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Felipe: Usei todas as possíveis. Fiz curso presencial, fiz simulado, fiz questão no celular. Acho que todas têm vantagens de acordo com seu estilo de aprendizado e seu nível naquela matéria. Videoaula eu gosto quando nunca vi o assunto, PDF quando já conheço melhor do tema, ou quando vejo que o material é excelente (nem todo professor e material é, e você de alguma maneira tem que tentar reconhecer isso, para completar com outra coisa, quando não for).
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Felipe: Falou de concurso, tem algumas marcas que são ‘top of mind’, né? (rsrs). Nos primeiros dias de estudo presencial em um cursinho de Manaus, já tinha gente falando do Estratégia.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Felipe: Estudei vários materiais. O que me incomoda é que muitos materiais são feitos “nas coxas”, cheio de erros ou mesmo com uma didática meio “travosa”. Tem muito material desatualizado também para uma área como a minha (comunicação), que é muito dinâmica.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Felipe: Sim, fiz. E sim, fui aprovado, mas sempre usei vários tipos de material.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Felipe: Achei que os materiais eram de boa qualidade, mesclando muito bem teoria e prática de questões, dando dicas valiosas e ressaltando aspectos fundamentais do conteúdo.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Felipe: Eu não sou das pessoas mais organizadas, mas tive que melhorar isso. Porém, eu tentava simplificar a organização e ajustá-la constantemente justamente para que ela ficasse “fácil” de cumprir. Estudava duas matérias por semana, três ou quatro dias de uma, três ou quatro de outra. Estudava umas quatro ou cinco horas por dia, mas cheguei a fazer bem mais na reta final.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Felipe: Revisão por resumos, por simulados, por questões, até mesmo revendo com leitura dinâmica questões que já havia feito. Quanto mais você olha e revisa um material, mas rápida a revisão vai ficando e mais entra na sua cabeça. Revisão ativa também foi importante. Às vezes eu largava o material e ficava “dando aula” pra mim mesmo, e quando travava em alguma parte, sabia que era aquilo que eu precisava rever.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Felipe: Comecei a estudar no dia 13 de novembro de 2023 para a prova do TRT 11; fiz a prova no dia 4 de fevereiro. E dei uma parada só depois da prova do MP-AM, no dia 3 de março. Nesse período, fiz mais de 3.400 questões, o que dá uma média até tranquila de umas 35 por dia.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Felipe: Eu nunca tinha estudado direito, então eu simplesmente não estudei Português durante boa parte da minha preparação. Não é legal negligenciar nenhuma matéria, mas isso acabou me deixando fera em direito, tanto que gabaritei as provas de direito do TRT 11 (Constitucional; Trabalhista; Administrativo). Mas a lição foi que eu deveria ter estudado mais Português e Redação, pois poderia ter gabaritado essas duas provas sem um esforço descomunal. Se tivesse feito isso, eu era o primeiro colocado da prova. Como não fiz, fiquei na posição 101, pois fui o 35º antes da redação, e como só fiz 7,75 na redação, caí para essa posição final (101 da ampla concorrência).
Portanto, superei minha dificuldade ficando “obcecado” por direito, e claro, também criando vários esquemas para memorizar, especial Constitucional e Administrativo.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Felipe: Eu continuei no mesmo ritmo. Só descansei na noite anterior à prova, porém não consegui dormir. Havia me preparado muito e estava nervoso. Isso me atrapalhou um pouco na redação, pois já estava cansado e com muita dor de cabeça.
Ainda sobre rotina de estudos, eu fiz uma coisa que me ajudou. Eu fazia uma pausa todos os dias, às 17h, para fazer yoga e/ou meditação, e relaxava um pouco na varanda. Nisso, eu ajustava um pouco minha cabeça e ficava “viajando” no ajuste da estratégia, no conteúdo em si de algumas coisas que estava estudando, enfim… Eu parava um pouco pra pensar estrategicamente, saindo um pouco do “operacional” para refletir sobre os ajustes na minha estratégia e até como seria minha vida depois de passar (o que me motivava). Isso me ajudou muito.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Felipe: No MP não teve discursiva. Mas no TRT sim. Eu já havia tirado nota máxima em redações antes, então eu achava que só deveria rever a estrutura de um texto dissertativo e pronto. Mas eu deveria ter treinado mais a escrita à mão, até porque nessa prova quase não teve espaço para fazer rascunho. Foi a redação que me tirou das primeiras posições do TRT.
Eu aconselho não negligenciar o que você já é bom, porque é lá que suas chances de gabaritar são maiores, ainda mais em se tratando de redação (cujo impacto na nota final eu subestimei por inexperiência).
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Felipe: Falei de alguns já. Mas vamos lá.
Acertos: ter um horário todos os dias para refletir sobre o resultado do que estou fazendo e ajustar estrategicamente o meu método; regularidade; fé (você precisava acreditar que pode passar, se não você se desmotiva); estudar questões da banca (fique fera no modo como a banca pensa, e você acertará questões que nem sabia direito).
Erros: Negligenciar o que você já é bom; Não praticar redação; Fazer a parte final da prova com desinteresse por achar que a prova não foi boa (esse é bem específico, mas se for o seu caso, não repita meu erro, pois você pode dar a sorte de chutar certo rss).
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Felipe: Confesso que não pensei em desistir. Porém, eu pensava que se não passasse, ia ser difícil não pensar nisso, porque você abre mão de muita coisa, e o resultado pode demorar mais que o esperado.
Minha motivação sempre foi dar maior estabilidade à minha vida e da minha família, tendo em vista que já tinha 35 anos e ainda “penava” com as contas.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Felipe: Eu aconselho que a pessoa observe com atenção os ensinamentos dos professores mais experientes, pois tem muita informação não só de conteúdo, mas de estratégia (de memorização, por exemplo), formas de estudar, e até dicas de como chutar uma questão, que podem te ajudar para além do conteúdo em si. Quando eu passei a escutar com atenção cada uma dessas dicas, eu tirei bastante vantagem disso. Mas siga seu coração também, sem acreditar naquele eu interior que diz que você não vai conseguir. Deixe essa parte de você falar sozinha, até que você a cale.