Aprovado em 4° lugar no concurso do ISS-RJ para o cargo de Analista de Planejamento e Orçamento
Fiscal - Municipal (ISS)“Tenha disciplina e foco para estudar todo dia, mesmo que seja pouco.”
Confira nossa entrevista com Pedro Henrique Quental Rodrigues, aprovado em 4° lugar no concurso do ISS-RJ para o cargo de Analista de Planejamento e Orçamento:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Pedro Henrique Quental Rodrigues: Meu nome é Pedro Henrique Rodrigues, tenho 34 anos, sou da cidade do Rio de Janeiro e formado em Comércio Exterior.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Pedro Henrique: Do ponto de vista individual, a segurança de se ter um emprego público, que se mostra valiosa em crises como a de 2008 e a do pós-pandemia, além da remuneração que costuma ser superior à do setor privado. Do ponto de vista coletivo, o fato de poder exercer uma função que impacta positivamente na sociedade como um todo, e não apenas no resultado de uma empresa individualmente ou de um grupo pequeno de pessoas.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Pedro Henrique: Já estudei para concursos públicos trabalhando e me dedicando apenas ao estudo, em ocasiões diferentes. Para esse concurso do ISS-RJ, estava apenas estudando, pois decidi me dedicar aos estudos para tentar obter aprovação em um concurso para um cargo de nível mais elevado que os que eu havia exercido antes no serviço público.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Pedro Henrique: Já fui aprovado no Tribunal de Justiça de São Paulo, para o cargo de escrevente técnico judiciário, para o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (técnico judiciário – área administrativa) e para o Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (técnico judiciário – área administrativa), porém neste último não cheguei a tomar posse, por ter sido nomeado algumas semanas antes da prova do ISS-RJ. Após tomar posse no ISS-RJ, não pretendo fazer novos concursos em breve, mas vou continuar estudando, não para concursos, mas para exercer bem o cargo para o qual serei nomeado, se Deus permitir.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Pedro Henrique: Na preparação para o ISS-RJ, me dediquei exclusivamente ao concurso, estudando seis dias por semana e descansando um, sem muito tempo para lazer. Foi sacrificante, mas sabia que a recompensa em caso de aprovação faria tudo valer a pena.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Pedro Henrique: Sim, minha família entendeu e sempre me incentivou muito na minha caminhada, principalmente com apoio moral nos momentos mais difíceis.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Pedro Henrique: Para o ISS-RJ, estudei especificamente por cerca de 5 meses. Eu já tinha uma boa base nas matérias que são cobradas em quase todos os concursos públicos (português, direito administrativo, direito constitucional e matemática/raciocínio lógico), e algum conhecimento em algumas outras (contabilidade geral e direito financeiro). Assim, dediquei mais tempo às matérias nas quais não tinha experiência e a português, pois a banca FGV possui um estilo peculiar de cobrar essa disciplina que exige muito treino por parte do candidato.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Pedro Henrique: Usei principalmente os PDFs do Estratégia, que em geral são de excelente qualidade. Também consultei livros nas disciplinas de direito administrativo, contabilidade geral e avançada, economia e uma gramática para português. Videoaulas praticamente não utilizei, pois para o meu método de estudo acho a produtividade das videoaulas baixa, mas assisti algumas em tópicos pontuais.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Pedro Henrique: Conheci em 2016, quando comecei a estudar para concursos. Pesquisei na internet quais eram os cursos preparatórios melhor avaliados e acabei chegando no Estratégia.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Pedro Henrique: Na minha preparação, o principal diferencial do Estratégia foi a qualidade dos PDFs, que são bem completos em todas as disciplinas e com um número grande de exercícios de várias bancas, com foco na banca que vai realizar o concurso. Sobre as videoaulas, assisti bem poucas, e as que vi eram muito boas também.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Pedro Henrique: Estudava de domingo a sexta-feira, descansando apenas no sábado. Na maior parte da preparação, estudei duas matérias por dia, mas durante cerca de um mês e meio cheguei a estudar três (não recomendo, para mim duas por dia é o número ideal).
Além disso, no fim da tarde costumava fazer uma bateria de questões de uma ou duas matérias, diferentes das que eu havia estudado no dia, para manter a mente ativa em todas as disciplinas. Somando tudo, estudava cerca de 5 horas líquidas por dia.
Para alguns pode parecer pouco, mas se você mantiver alta concentração e foco, é mais que o suficiente, e pra ser sincero acho que poucas pessoas conseguem estudar em alto nível e retendo conteúdo por muito mais tempo do que isso.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Pedro Henrique: Eu fazia resumos anotando em caderno os tópicos mais importantes de cada aula em PDF, principalmente nas disciplinas que envolvem mais “decoreba”, como direito, administração financeira e orçamentária (afo) e contabilidade, e depois de terminar todos os PDFs de uma disciplina, quando eu ia revisar a mesma, olhava apenas os resumos.
As leis secas, eu imprimi todas e sublinhava as partes mais importantes, principalmente as que os examinadores adoram cobrar, como exceções. Simulado não fiz nenhum, pois acho que o melhor simulado que existe são as questões recentes da própria banca.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Pedro Henrique: Imensa, pois para ter êxito em um concurso não basta saber bem o conteúdo das disciplinas. Cada banca tem um estilo diferente de cobrança, às vezes você está craque em uma disciplina em determinada banca, vai fazer uma prova de outra e não acerta nem metade. Eu fiz muitas questões anteriores da FGV, e cada prova da FGV que era realizada durante a minha preparação, na semana seguinte eu pegava e fazia as questões das disciplinas que seriam cobradas no meu concurso.
Eu também fiz algumas questões da Vunesp e Cebraspe, pois são bancas cujas questões eu considero boas para fixar conteúdo. Por curiosidade, eu pesquisei no site de questões que utilizei e vi que durante a minha preparação resolvi 2638 questões.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Pedro Henrique: As que eu tive mais dificuldade foram contabilidade pública e economia. Para superar as dificuldades em uma disciplina, eu acredito que só existe um método, estudar muito, se possível em mais de uma fonte, e resolver questões de provas anteriores. No caso de economia, eu comprei um livro referência na área e no caso de contabilidade pública, como eu achei os PDFs excelentes, li todos por mais de uma vez, e também o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, que foi cobrado no meu concurso. Aliás, gostaria de parabenizar o professor Gilmar Possati pela qualidade do curso de contabilidade pública do Estratégia.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Pedro Henrique: Na semana da prova, foquei em reler com atenção a lei de responsabilidade fiscal e a lei 4320/64, que são a base das disciplinas relacionadas a orçamento público, cujo peso na nota final era de mais de um terço do total. Também li a parte constitucional sobre finanças públicas e revi alguns tópicos importantes de afo, pois como o peso de orçamento público na nota final era bem relevante, era importante estar com essa parte bem fresca na memória. Na véspera da prova, não fiz absolutamente nada, apenas fiquei descansando e esperando o dia seguinte, tentando manter a concentração e o foco.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Pedro Henrique: O meu principal acerto foi o plano de estudos, baseado na distribuição de pontos por matéria na prova e no nível de dificuldade da banca em cada disciplina, além da resolução de um número grande de exercícios. Como erro, na parte pré-edital ficava muito ansioso sobre se o concurso iria mesmo sair, se haveria muito poucas vagas etc., o que atrapalhou um pouco meu estudo nesse período.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Pedro Henrique: Nunca pensei em desistir, mas em alguns momentos bateu um certo desespero sobre se iria conseguir fechar o edital, sobre a dificuldade em aprender algumas disciplinas, esse tipo de coisa. Minha principal motivação foi a necessidade de aprovação e o que significaria na minha vida, em todos os aspectos, o quanto melhoraria o meu futuro, e que caso eu não fosse aprovado naquele concurso, com os conhecimentos adquiridos no estudo seria bem mais provável que eu passasse em algum outro no futuro.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Pedro Henrique: Para quem está começando, eu aconselho que a pessoa tenha consciência que o estudo para concursos é um processo de médio/longo prazo. Tenha disciplina e foco para estudar todo dia, mesmo que seja pouco. Dificilmente você vai passar em um bom concurso logo de cara, mas como a maioria das pessoas desiste relativamente rápido, aqueles que têm perseverança acabam conseguindo a aprovação.
Outra coisa, não se deixe abalar quando saírem notícias de ajuste fiscal, reforma administrativa etc. O Estado sempre precisará de gente para executar os serviços públicos, e aqueles que desistem por conta dessas notícias ficam pra trás, enquanto milhares de outros continuam sendo nomeados todo ano.