Aprovado em 1° lugar no concurso ISS-Mossoró para o cargo de Auditor Fiscal de Tributos Municipais - Engenharia
Fiscal - Municipal (ISS)“[…] Acho que a empolgação passa, para mim passou bem rápido inclusive, virou uma espécie de compromisso comigo mesmo. Eu havia traçado o plano, esse plano era comigo e minha família […]”
Confira nossa entrevista com Pablo Antônio Rodrigues do Nascimento, aprovado em 1° lugar no concurso ISS-Mossoró/RN para o cargo de Auditor Fiscal de Tributos Municipais – Especialidade: Engenharia:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Pablo Antônio Rodrigues do Nascimento: Sou formado em engenharia civil, tenho 35 anos e nasci em João Pessoa/PB. Moro em Natal/RN desde muito novo, então também me considero natalense.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Pablo: Vou me alongar um pouco aqui para contextualizar. Passar em concurso público sempre foi um desejo, me formei em engenharia civil no ano de 2012 e naquela época tentei algumas provas, mas sem nenhuma preparação. Alguns amigos da faculdade passaram e eu fiquei com a impressão de que isso não era para mim.
Depois de formado precisei trabalhar imediatamente, era pobre, morava numa casa muito desconfortável e havia uma briga judicial e familiar pela posse. Minha mãe e uma tia moravam comigo, ambas idosas, precisava ganhar dinheiro o mais rapidamente possível, assim fui atrás de trabalho.
Era um bom profissional, no ano de 2013 havia demanda para serviços de engenharia e trabalhei muito. Tinha várias fontes de renda, trabalhava muito, consegui juntar dinheiro e dar uma entrada em um apartamento financiado para minha mãe.
Depois disso veio uma nova preocupação: pagar as parcelas do apartamento financiado em 30 anos. O medo do desemprego passou a pesar. O país enfrentava uma crise econômica que refletia na construção civil, fui demitido de um dos empregos, o escritório que prestava serviço fechou, me restou um trabalho que considerava de vínculo muito frágil, apenas com um contrato de prestação de serviços.
Tentei empreender, mas não tinha perfil, apesar de ter montado uma sociedade com um sócio muito bom, acabei saindo da sociedade. Não conseguia lidar com os clientes “difíceis” com a mesma desenvoltura que sabia projetar.
Fiquei numa situação desconfortável, minha primeira ideia foi me capacitar. Veio a pandemia em 2020 e fiz vários cursos de extensão, aprendi a usar vários softwares de engenharia, fazia diversas modalidades de projetos prediais, mas não havia retorno do tempo e dinheiro investido. Até pesquisei uma nova graduação, pensava em muita coisa, mas o país estava em crise, engenharia civil sofre bastante com os ciclos econômicos.
Nessa época, por acaso, finalmente reaparece a ideia de fazer concurso que havia largado completamente depois dos fracassos da fase recém-formado. Meio sem vontade, resolvi fazer de forma desorganizada perito de engenharia do ITEP/RN, com sorte, fiquei em 6º lugar na lista da prova objetiva e fui eliminado, porque deixei uma discursiva em branco, não organizei o tempo, grande defeito. Mas vi que seria uma saída possível para o dilema que enfrentava.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Pablo: Sim, antes de começar a estudar eu tinha uma jornada de trabalho de umas 10 horas diárias corridas, como “prestador de serviço” (presencial) chegava às 07h e saía às 13h. No período da tarde e noite eu trabalhava com a minha empresa como projetista mais umas 4h corridas. Substituí o meu tempo como projetista pelo estudo. Acabei renunciando dinheiro para focar no objetivo.
O mais difícil foi chegar à conclusão que era a escolha correta. Tentei estudar 2 horas a noite e não deixar os trabalhos, mas vi que precisava de tempo, os conteúdos para estudar eram enormes. Passei a recusar trabalho, perder antigos clientes.
Depois que decidi reduzir a jornada de trabalho, tentei estudar a mesma carga horária que trabalhava com projetos, mas não tinha costume, fui subindo gradativamente.
Continuei trabalhando presencialmente como prestador de serviço em uma empresa terceirizada do governo estado do RN, chegava em casa às 14h. Almoçava e começava a estudar às 15h.
Era muito difícil me concentrar, coisas decorrentes do trabalho como o cansaço mental, problemas para resolver, ligações fora do horário e prazos inexequíveis ficavam na minha cabeça me desconcentrando. As viagens para vistorias em obras também atrapalhavam muito, algumas viagens eu saía de madrugada e voltava a noite, perdia o dia da viagem e o dia seguinte estava muito cansado. Tentava usar o tempo em viagens para ouvir videoaulas para não ser um completo tempo perdido.
Para mim foi importante ser radical, o estudo era uma espécie de compromisso do mesmo nível de um emprego, eu tinha metas de horas para bater, metas de questões para resolver, aulas para terminar, era muito rígido comigo mesmo e queria passar rapidamente por essa fase.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Pablo: Na retomada aos estudos, fiz o concurso para perito do ITEP/RN. Comprei o material avulso do Estratégia, não sabia estudar e vi umas videoaulas, por muita sorte passei em 6º lugar na primeira fase. Porém eu não sabia fazer prova e controlar o tempo, deixei uma discursiva em branco o que acabou me eliminando na segunda fase.
Depois dessa prova fiz o concurso da Assembleia Legislativa do RN, para engenheiro civil, passei na primeira fase em 2º lugar e na correção da Discursiva caí para 5º na lista geral. É uma posição boa, mas só tinha 1 vaga disponível, esse tipo de concurso não chama cadastro de reserva.
Continuei indo razoavelmente bem, mas fora das vagas, fiquei em 7º lugar na Câmara de Natal (engenheiro civil).
Fui aprovado no CREA/RN, na vigésima primeira posição.
Passei também em um concurso para projetista da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, a prova tinha 3 etapas, consolidando as notas estava entre os 5 primeiros, mas a etapa de prova prática foi anulada e remarcada. Acabei faltando o dia da remarcação e fui eliminado por pura desorganização minha.
Nesse momento, por volta de 2023, eu já estava com desgosto de fazer concurso para engenheiro. Eu ia bem, ficava ali da 5ª colocação para baixo, mas não adiantava nada, sempre 1 vaga, nunca o cadastro de reserva era chamado.
Resolvi parar de fazer prova para engenheiro. No começo de 2023 comecei a estudar para área fiscal o que fez ampliar o repertório de matérias, isso ajudou, em dezembro de 2023 fiz o concurso para Analista Administrativo, área administrativa, para qualquer curso superior, passei em 18º lugar na ampla concorrência para o TRT 21 (TRT RN), também em cadastro de reserva, mas este concurso serviu de teste que eu poderia brigar fora da engenharia também.
Recentemente estou aprovado em 1º lugar para técnico em edificações na CAERN e 3º Lugar para engenheiro Polo 1 da CAERN, 11º lugar para engenheiro da prefeitura de ASSU/RN.
Passei também no concurso da ANA, na posição 32, fiquei bem na primeira fase e acabei perdendo várias colocações com a prova de títulos. Fui classificado em 1º lugar na lista de negros e pardos da ANA, porém a banca CEBRASPE não confirmou minha autodeclaração como pardo.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Pablo: Na fase de pré edital eu saía normalmente, como falei acima, eu apenas substituí o tempo dos meus trabalhos como projetista para estudar. Porém, no pós edital mudei bastante minha rotina.
Considero que estou em pós edital há quase um ano, desde a preparação para o concurso da Câmara dos Deputados. Tive que reduzir as saídas, restringindo as folgas ao sábado ou domingo (um dia na semana). Em mês de prova não saía nenhum dia. Sempre gostei de um barzinho ou churrasco na casa dos amigos, mas precisei usar o final de semana para conseguir ver todos os conteúdos, também precisei reduzir consumo de bebida alcoólica, precisava dormir cedo sextas-feiras para estudar muitas horas no sábado.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Pablo: Sim, minha esposa foi minha coach, ela não era concurseira, mas eu a explorava para desabafar, ajudava um pouco com a ansiedade e com os problemas do trabalho. Ela também era minha motorista em dia de prova, lia o edital e me lembrava de datas, ajudava na tomada de decisão, viajava comigo para as provas, era uma parceira de verdade.
A gente tinha uma divisão de tarefas bem definida, eu cozinhava e com o acúmulo de matérias e a demanda por mais horas de estudo me fizeram abandonar tudo da casa. Ela tomava conta sozinha e me deu todo suporte necessário.
Minha mãe também entendeu, apesar dela não saber exatamente como funcionava a dinâmica. Não a julgo, fui entender há pouco tempo também, uma vez ela falou por inocência: “coitado, fez tanta prova e não passou em nada”. Foi meio tragicômico ,porque ela estava certa.
Com amigos também foi tranquilo, eu tenho muita sorte por ter grandes amigos que torceram muito por mim e muitos também já foram concurseiros. Tentei manter o contato pelo menos por WhatsApp, já que me excluí das outras redes sociais.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Pablo: Aqui vou precisar contextualizar. Direcionado para Mossoró comecei tarde, no dia 6 de maio, no pós edital, após o adiamento do CNU que, até então, era minha prioridade.
Quando saiu o edital de Mossoró eu fiquei com um grande dilema, mas queria passar rapidamente e achava que eu não teria chances, CNU com muitas vagas seria a escolha mais razoável. Nunca fiquei em paz com essa decisão e quando soube que a prova seria remarcada, eu imediatamente mudei. Reorganizei o ciclo de estudos, na segunda-feira eu já estava alucinado correndo atrás do prejuízo.
Voltando ao começo, meus primeiros concursos foram para engenheiro civil, já havia visto e revisto os assuntos de engenharia para provas anteriores. Porém, nessa época eu estudava relativamente pouco, eram poucas matérias. Depois dos vários “quases” sem conseguir uma convocação para o cargo de engenheiro, um amigo me sugeriu migrar. Na área fiscal tinha mais vagas, a lista de reserva andava. Nessa fase eu nem contava que eu poderia passar nas vagas, eu só queria ficar no máximo de cadastros de reserva possíveis.
Algumas matérias eu já vinha em um nível bom, por causa dos concursos anteriores. AFO, constitucional, direito administrativo, língua portuguesa, informática, todas essas eu já tinha um % de acerto razoável. Havia feito recentemente os concursos da CGE PB (fui aprovado, mas muito longe das vagas) e da CAERN (aprovado dentro das vagas e CR para cargos diferentes), então estava com bom nível das disciplinas de engenharia.
O desafio foi relembrar contabilidade e direito tributário que havia estudado um ano atrás. Fiquei desesperado por pegar os PDFs grifados de antigamente, ler rapidamente as marcações e fazer questões. Fazia 2 aulas e voltava revisando os erros.
Na prática, minha preparação especificamente para Mossoró começou dia 06 de maio de 2024 e terminou dia 28 de julho de 2024, no dia da prova. Fui estudando até entrar na sala.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Pablo: Estudei basicamente por PDF e vídeo, de forma bem balanceada. Nas matérias de direito e auditoria preferia PDF. Exceto as de legislação específica, que eu gostava de ver a videoaula, acompanhando pela lei seca, e anotava as observações do professor na própria lei. Eu usava um aplicativo que colocava a lei como um bloco de notas, adicionava as observações, adicionava TAGs e fazia flashcards.
Matemática, contabilidade, estatística eu preferia vídeo.
PDFs eu conseguia avançar mais rapidamente, porém exigia mais esforço mental. Alguns dias eu chegava muito cansado do trabalho, era muito difícil me concentrar.
Por vídeo eu conseguia estudar mesmo cansado, mesmo o estudo sendo um pouco mais passivo, era melhor do que não render nada tentando ler.
Vale deixar destacada a importância das revisões de véspera e retas finais em vídeo. Fizeram muita diferença, perto da prova o assunto fica “embolado” na cabeça. As retas finais conseguiram ser assertivas e uma boa revisão de véspera me renderam alguns bons pontos nas provas.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Pablo: Conheci por amigos que já eram concurseiros. E por vídeos de revisão de véspera no Youtube.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Pablo: Não exatamente de outros cursos, mas pegava materiais gratuitos, desatualizados ou sem explicação (como tentar ler a lei direto do site do governo, sem nenhuma explicação).
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Pablo: Fiz vários logo após a minha formatura, por volta do ano de 2013. Nenhuma aprovação.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Pablo: Confesso que não usei muitas funções do site. Fiz o básico, li as aulas e parti para as questões. Aulas organizavam a matéria de forma mais compreensível, principalmente direito e contabilidade, já que sou formado em engenharia e não tinha contato prévio com essas disciplinas.
Em especial, gostava bastante do PDF grifado pelos aprovados. Eu usava para avançar rapidamente em alguns assuntos e partir para as questões.
Cito novamente a importância das revisões de véspera e retas finais das disciplinas especificamente voltadas para o concurso.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Pablo: Aqui as entrevistas do Estratégia fizeram muita diferença, eu assisti muitas e ia juntando ideias diferentes tentando criar um estilo que desse certo para mim.
O estudo para engenharia civil era bem diferente. Os concursos que fazia antes cobravam poucas disciplinas, além de engenharia, português, matemática e alguma legislação ou regimento do órgão e só. Apesar dos assuntos específicos de engenharia serem quase ilimitados, uma lida nos materiais do curso e resolução de questões restringia o assunto ao que era cobrado.
Quando resolvi migrar de área a coisa mudou, a quantidade do assunto e a profundidade que era cobrado era completamente diferente.
Dividia a carga horária semanal nas diversas disciplinas do edital, calculava a quantidade de horas ponderando pesos para as horas necessárias conforme o grau de dificuldade que eu sentia e o peso na prova.
Fora das retas finais, tentava estudar 20 horas semanais. Em pós editais me forçava a estudar de 1h a 1:30h por dia de cada matéria. Cerca de 4 a 5 matérias diferentes por dia, sempre intercalando, 6 h por dia, 6 dias por semana, tentando totalizar 36h semanais. Trocar de matéria era importante para não “enjoar” dos assuntos ou não negligenciar alguns tópicos mais chatos.
Deixo claro que não era uma máquina, longe disso. Não conseguia bater a meta sempre, o emocional, ansiedade, o trabalho, outros problemas atrapalhavam. Quando comecei a passar, até outros resultados de prova atrapalhavam os estudos.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Pablo: Caderno de erros, 100% feito com base nas questões que errava ou acertava sem segurança.
O material do Estratégia eu usava para o primeiro contato com os assuntos e como apoio às dúvidas, errava uma questão e tentava aprofundar na teoria do curso para evitar errar novamente.
As revisões eram basicamente por questões e releitura de caderno de erros, seguindo a organização das aulas, avançava 2 assuntos, e revisava, avançava mais 2, revisava os 4 anteriores, desta forma tentava passar várias vezes pelo assunto todo.
Não simulava, mas queria. Porém sempre tinha matéria nova para estudar, eu pulverizava demais as áreas dos concursos, o que dificultava muito a preparação. Não conseguia fazer simulados porque sempre estava atrasado em algum conteúdo.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Pablo: Atualmente no site de questões contabiliza 13.987 questões resolvidas. Esse quantitativo foi contabilizado de novembro de 2023 até hoje.
Com base nas questões que eu montava meu caderno de erros, que era basicamente todo meu material de revisão.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Pablo: Para mim, as mais difíceis eram contabilidade e Infraestrutura de transportes.
Em contabilidade, a matéria é muito extensa. A falta de foco e tempo para acumular bagagem na área fiscal também dificultou-me me manter bem na disciplina.
Transportes é uma área da engenharia civil que durante a graduação eu até estudei bem. Porém, depois de formado não tive mais contato, trabalhei apenas em projetos e obras prediais. Para estudar para concurso tive que aprender do zero, é uma matéria extensa, com muitas normas, legislação específica, cheio de detalhes e números para decorar.
Para superar a dificuldade tive que basicamente alocar mais tempo para a disciplina, voltar para teoria mais vezes, fazer o máximo de questões possíveis com o tempo que tinha disponível.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Pablo: Tentei programar os ciclos para na penúltima semana ter lido e revisado todo o assunto do edital.
Na última semana eu reli até a exaustão o caderno de erros que havia montado com base nas questões da banca. Deixei a legislação específica do município (lei orgânica e estatuto dos servidores) para ler no carro, indo para o hotel (sei que não é muito saudável ler em viagens, mas foi o desespero).
Na véspera da prova assisti a Reta Final do Estratégia no Youtube.
No dia da prova acordei cedo e ainda li algumas anotações. Estava me sentindo muito inseguro, queria aproveitar todo o tempo que tivesse. A prova ocorreu no período da tarde.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Pablo: Erros:
- Não bater o edital várias vezes, essa parte é polêmica, mas é minha experiência pessoal. Eu tenho muito “azar” em provas, conteúdo que eu não leio cai pesado, exemplo do CREA/RN. Li todos os pontos do edital e não reparei em 1 item, desse item veio uma questão discursiva e 5 objetivas, da mesma norma que deixei de ler;
- Fazer concurso sem estudar, confiando no conhecimento de mundo ou tentando economizar. É uma fase que dando certo muda a vida, não dá para economizar;
- Me perder no tempo de prova, não ia para prova com o tempo planejado, “x questões por hora” e não fazia simulados, nunca fiz;
- Tentar ler o conteúdo de uma vez todo achando que dá para lembrar. Descobri que só aprender é fácil, difícil é não esquecer;
- Não focar em 1 área. Fiquei fazendo várias provas diferentes, com assuntos muito diferentes, isso certamente me atrasou e me cansou mais.
Acertos
- Prioridade, escolher ganhar menos, recusar propostas de ganhos financeiros temporários;
- Metas exequíveis e difíceis de bater;
- Ficar “obcecado”;
- Tentar me conhecer e planejar a preparação, buscar conhecimento com aprovados.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Pablo: Já havia desistido uma vez. Quando recém-formado tentei fazer concurso, fiz tudo errado e não fui aprovado. Dessa vez eu estava pronto para a guerra.
A sequência de concursos que ficava próximo das primeiras colocações, mas não conseguia a convocação me deixou um pouco contrariado, pois o mais próximo de desistir que cheguei foi decidir mudar de área.
Eu tinha certeza de que ia passar, não achava que ia ser agora em Mossoró, mas ia chegar. Nem fazia questão de passar nas vagas, pensava em deixar meu nome no máximo de “cadastros de reservas” que fosse possível, eu iria ser chamado, nem que fosse pela teimosia.
Minha maior motivação era passar logo por essa fase, já havia tomado a decisão, agora precisava cumprir, e tinha pressa. A pressa também atrapalhava, mas fazia parte do processo usar ela a meu favor. Não queria virar um “concurseiro permanente”, isso para mim é uma fase, tem que ser curta, fazer o que precisa ser feito para passar. Queria viajar, queria melhorar as finanças, ter filhos, queria muita coisa que só seria viável depois de aprovado.
A reprovação também motivava, na hora doía, claro, mas eu sabia que ajustando o que deu errado na próxima eu iria melhor. Eu estava totalmente consciente que eu iria apanhar muito até conseguir pontuar bem.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Pablo: Insistência. Tem que ser “teimoso” e para isso tem que realmente saber o que quer e entender o processo.
Acho que a empolgação passa, para mim passou bem rápido inclusive, virou uma espécie de compromisso comigo mesmo. Eu havia traçado o plano, esse plano era comigo e minha família. Eu ia errar e corrigir repetidamente até dar certo.