Aprovado no concurso ISS de Guarulhos
“Resiliência e fé. Resiliência para se manter firme nos estudos até nas maiores adversidades, focar naquele objetivo e não abrir mão de atingi-lo. Fé para acreditar que um dia vai dar certo apesar de todas as incertezas e dificuldades na jornada. Gosto de uma frase repetida por um amigo: ‘Nenhum vencedor ganhou achando que iria perder'”
Confira nossa entrevista com Victor Tanaka, aprovado no concurso ISS Guarulhos:
Estratégia Concursos: Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Victor Tanaka: Eu sou formado em Engenharia de Produção pela POLI/USP. Tenho 28 anos e sou de São Paulo/SP.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Victor: Foi uma combinação de alguns fatores. Incentivo da minha família (meu pai era servidor da FINEP), da minha namorada (também estudava para concursos) e, finalmente, minha afinidade por política, economia, fato que me levou a pensar e analisar como poderia contribuir fazendo parte do Governo. Tudo isso me levou a estudar como funcionavam as carreiras de Estado, surgindo meu interesse pelo cargo de Auditor Fiscal.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Victor: “Entrei” no mundo dos concursos ainda trabalhando. Aquele início clássico que a maioria dos concurseiros tem: estudando errado. Porém, nem tudo foi ruim. Pelo menos serviu para me situar e entender como funcionava esse ‘mundo’. Na época, trabalhava em um banco de investimentos e acabava quase sem tempo para estudar.
Quando decidi que era realmente esse meu objetivo (ser aprovado para auditor fiscal), resolvi me planejar financeiramente e ficar “só” estudando. Assim que atingi o patamar financeiro planejado, com o apoio da minha família, larguei o emprego em junho/2017 e passei a me dedicar integralmente aos estudos. Desde então venho mantendo a rotina exclusiva de dedicação.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Victor: Fui aprovado na Sefaz/GO em 35º (ficando no CR). E agora, aprovado em 22º no ISS/GRU dentro das vagas.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados?
Victor: Fantástica! Sensação de que todo esforço foi recompensado. E sendo bem sincero, na hora “não caiu a ficha”. Fiquei encarando várias vezes o Diário Oficial para ver se era verdade. Acho que o maior desafio quando você estuda para concurso é justamente superar a insegurança. Será que todo aquele esforço e dedicação um dia surtirão efeito? Pode ter certeza de que nessa hora, olhando seu nome no Diário Oficial, aquilo tudo passa a fazer sentido.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Victor: Radical não. Mas, de fato, abdiquei bastante. Estudava diariamente de segunda à sexta, sem direito a saídas. Sábado estudava pela manhã e aproveitava o resto do dia para relaxar. Domingo estudava o dia todo com minha namorada. Aliás, parte dessa aprovação é em função dela. Sempre me apoiou, entendia quando precisávamos abdicar de sair, estudou ao meu lado (inclusive hoje ela é Agente de Fiscalização do TCE/SP!)
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Victor: Eu namoro faz 7 anos. Moro com minha mãe. O apoio da família foi fundamental. Minha namorada acreditou em mim e estudou junto comigo por todo esse caminho. Minha mãe me aguentou/aguenta aqui em casa, ajudando em todos os sentidos. Minha irmã também sempre me apoiou/incentivou nessa jornada. E meu pai, apesar de não estar mais aqui, com certeza me ajudou de todas as formas possíveis.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior? (Se esse ainda não é o concurso dos seus sonhos, se possível, citar qual é se pretende continuar se preparando para alcançar esse objetivo)
Victor: Acho importante focar em uma área específica. No meu caso, a área fiscal. A partir daí, é possível sim abrir o leque para concursos correlatos. Exemplo: comecei com a ideia clássica de Receita Federal, depois começaram a sair os concursos Estaduais (ICMS) e Municipais (ISS). A melhor decisão que tomei foi mudar o foco e estudar para ICMS e ISS. Se não tivesse feito isso, estaria até hoje estudando para uma Receita Federal que não abriu, e nem se tem ideia de quando abrirá. Acrescento que até mesmo fugir um pouco da área fiscal para área de controle não é nenhum absurdo. Exemplo: Minha namorada estudava para área fiscal, mas resolveu focar no TCE/SP no pós-edital e acabou sendo aprovada.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso em que foi aprovado?
Victor: Direcionado exclusivamente para Guarulhos foi só no pós-edital. Mas já vinha estudando matérias da área fiscal desde que tinha parado de trabalhar.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Victor: Sim! Sem edital na praça é um desafio maior. Sendo sincero, por experiência própria, não existe motivação constante. Se você depender disso para estudar, esqueça. A motivação dura um mês, às vezes um pouco mais, às vezes menos.
O que garante o estudo consistente e prolongado é a rotina. O “não pensar”. Você simplesmente acorda, toma café, senta na mesa e estuda. Disciplina. Ah, uma dica boa que muitos falam e funcionava comigo: utilização de metas de curto prazo e planejamento antecipado do que vai estudar na semana/dia. Cumprir determinada carga horária X ou avançar Y páginas naquela matéria no dia. Estudar Z horas líquidas naquela semana. Isso te ajuda a não pensar demais, simplesmente executar.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Victor: Não lembro exatamente, mas acredito que foi por indicação/divulgação. Vocês são a maior referência de cursinho para concursos, não dá para não conhecer.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Victor: 99% PDF e TEC (site de questões). Tive experiência de 1 mês com aula telepresencial, mas percebi que perde-se muito tempo para determinado assunto que no PDF você leria muito mais rápido. Claro, opinião pessoal. Videoaulas são ótimas para aparar arestas. Geralmente eu assistia mais no fim do dia quando a cabeça já estava cansada, e na velocidade acelerada.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo concursando é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Victor: Estudava uma média de 5 matérias por dia. Com uma carga horária de 1,5-2h/matéria. Carga durante a semana de 8-9h líquidas/dia. Sábado umas 3h líquidas. Domingo umas 5h líquidas.
Fazia anotações no Word em forma de itens com os principais pontos que eu errava nos exercícios, mas resumos não. No início da minha preparação até comecei com resumos, mas percebi que ‘perdia’ muito tempo. Meu estudo se baseava na leitura do PDF (aula) no tablet, destacando os principais pontos em amarelo, verde, vermelho (com uma lógica). Terminada uma aula, fazia os exercícios. Se tivesse um aproveitamento ruim (abaixo de 80%) voltava para a aula e estudava os pontos destacados, além de anotar no Word os pontos mais relevantes que errava nas questões.
Usava também o TEC concursos. Geralmente montava cadernos com os temas específicos da respectiva aula e banca do concurso. Para revisão, montava cadernos com todo o conteúdo da respectiva matéria. Exemplo: Para revisar Direito Tributário, montava um caderno incluindo a matéria toda, banca do concurso e questões mais recentes (caso houvesse muitas).
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Victor: Sim, TI e a dupla de direitos – Civil e Empresarial – eram as mais problemáticas. TI busquei ler e reler os PDFs (30% do tempo) e fazer muitos exercícios (70% do tempo). TI se tornou um diferencial (agora, até uma obrigação) entre as matérias da área fiscal, e aqui vale um destaque: o material do Estratégia dos professores Diego e Renato ficou excelente. Na minha opinião, o melhor do mercado hoje. Civil e Empresarial cheguei à conclusão de que a leitura da lei seca é o que mais me ajudou, combinada com exercícios para entender os artigos mais cobrados do Código Civil, lei 6404, etc.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Victor: Não mudou quase nada com relação ao ritmo de estudos. A diferença é que na semana que antecedeu a prova eu só ficava revisando, principalmente por exercícios (20% do tempo teoria e 80% exercícios). Ou melhor, nas 2 semanas que antecederam a prova dediquei somente para revisão.
Véspera da prova foi dia de estudos, mas um pouco mais tranquilo. Revisei aqueles pontos que imaginava que poderia esquecer ou que não poderia errar de jeito nenhum. Além disso, assisti a algumas partes do aulão do Estratégia.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Victor: ERROS: Ter feito resumos – Perdia muito tempo com isso no início. E no fim acabava nem utilizando. Ainda mais agora que o próprio Estratégia disponibiliza resumos no fim das aulas, não vejo muito sentido em fazê-los. Vale mais a pena anotar pontos que você mais erra nas questões e que não estarão em resumos. Fica aqui um elogio ao Estratégia: Ter resumos no final das aulas em PDF é ótimo e ajuda muito, principalmente no pós-edital; Aula telepresencial – Muito pessoal, mas na minha opinião não vale a pena; Estudar por livros – Comprei uns 5 livros, até hoje não abri, ou li apenas o início de alguns. Casos muito excepcionais vale a pena. Fora isso, melhor custo-benefício é PDF.
ACERTOS: Planejamento – Desde o momento que decidi parar de trabalhar até a montagem do ciclo de estudos. Quando fazemos um bom planejamento, fica mais fácil somente sentar e executar; Questões – Fazer muitas questões. Não tem segredo, massificar ajuda demais na absorção do conhecimento, entender como a banca cobra o assunto; Leitura da lei seca – Importantíssimo. Quando passei a ler mais a CF/88, CTN, CC percebi uma diferença clara no desempenho. Em Legislação Tributária é fundamental. Exemplo: Li cada uma das leis de LTM em Guarulhos cerca de 15x. De fato me ajudou a gabaritar a matéria (Obs: as leis não eram tão grandes, então foi possível essa quantidade. Ademais, não existe regra. Pode ser que uma pessoa que leia 5x ou 10x já consiga ter tudo bem consolidado. Ou alguns podem absorver melhor fazendo exercícios. No meu caso, a leitura repetitiva foi mais eficiente).
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Victor: Pensar em desistir não. Coloquei na cabeça que era um caminho sem volta. Abdicar de tanta coisa para desistir no meio do caminho nunca foi uma opção. Mas se em algum momento achei que poderia não dar certo? Óbvio que sim. E isso foi o mais difícil de superar. A incerteza. O que me manteve firme para seguir em frente foi a fé, o sentimento de que um dia todo aquele esforço seria recompensado. Coloquei na cabeça que não tinha outra opção.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Victor: Minha família e meu próprio orgulho. A possibilidade de frustrar a confiança que todos depositaram em mim sempre fez com que eu não desistisse. Além disso, meu orgulho de não aceitar uma derrota, de não desistir até passar. Quando alguns amigos perguntavam o que eu faria se não desse certo sempre respondia: “É um caminho sem volta, vai ter que dar certo”.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Victor: Resiliência e fé. Resiliência para se manter firme nos estudos até nas maiores adversidades, focar naquele objetivo e não abrir mão de atingi-lo. Fé para acreditar que um dia vai dar certo apesar de todas as incertezas e dificuldades na jornada. Gosto de uma frase repetida por um amigo: “Nenhum vencedor ganhou achando que iria perder”. Bom, espero de alguma forma ter contribuído, e me disponibilizo para tirar qualquer dúvida adicional pelo meu e-mail ([email protected]).
Perdi a conta de quantos depoimentos eu já li antes da aprovação, sei como é estar ali estudando, cercado de incertezas. Mas nunca deixe de acreditar, vai dar certo!
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Foi aprovado e deseja dividir com a gente e com outros concurseiros como foi sua trajetória até a aprovação?! Mande um e-mail para: [email protected]