Aprovado em 3° lugar (cotas) no concurso ISS Fortaleza para o cargo de Auditor do Tesouro Municipal
Fiscal - Municipal (ISS)“Chega lá quem persiste, pois o esforço vence o talento.”
Confira nossa entrevista com Rodrigo Tainan Alves de Sousa – Aprovado em 3° lugar (cotas) no concurso da ISS-Fortaleza para o cargo de Auditor do Tesouro Municipal:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Rodrigo: Meu nome é Rodrigo Tainan, tenho 29 anos, nível superior tecnólogo em ciências jurídicas, nascido e criado em Brasília. Já tive a experiência de morar no RS, quando assumi a PMRS e também de morar no PA, quando tomei posse no concurso do MPU. Hoje, trabalho no MPDFT, na Secretaria de Orçamento e Finanças – SEFIN. Adoro dar dicas de estudos pelo Instagram e postar minha rotina no @profrodrigotainan e @rodrigotainanpessoal
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Rodrigo: Inicialmente eu trabalhei na iniciativa privada. Era um momento da minha vida que eu não tinha nenhuma qualidade de vida. O trabalho era de segunda a sábado, não via garantia de crescimento profissional e também me sentia suscetível a perder o emprego a qualquer momento. Decidi empreender e vi que, embora o retorno financeiro fosse melhor, as preocupações e responsabilidades se multiplicavam de forma desproporcional. Por fim, estagiei no STJ e pude conviver com a realidade do serviço público, sorriso no rosto das pessoas, bem-estar no trabalho, altos salários, segurança e ainda reconhecimento profissional. Assim decidi começar a estudar para concursos, notei que o custo/benefício da jornada era ótimo e que só dependia de mim para chegar lá.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Rodrigo: Trabalhava e estudava. Eu sempre prezei pela organização na minha vida, pois acredito que a organização é a chave da disciplina. Então anotei meus horários de trabalho e estudo, fracionei a grande quantidade de conteúdos em objetivos menores, depois fracionei em metas, por fim, em tarefas que tinha que cumprir diariamente. O segredo para conciliar é evitar a procrastinação e colocar as tarefas mais importantes logo no início do dia. Se livrar de distrações (notificações, redes sociais, celular por perto) e ter um método que motive o processo da aprendizagem também são fatores-chave.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Rodrigo: Já consegui aprovação em uma série de concursos, algumas aprovações fora das vagas, como: Técnico do TJDFT, Analista do Senado, Contador e Técnico do CFO e outros dentro das vagas, como: PMRS (colocação 950), PMDF (pendente de recálculo pelo TCDF), MPU (colocação 118 no DF), Polícia Penal do DF (não me lembro). Agora, após aprovação para Auditor do Tesouro Municipal de Fortaleza eu estou em dúvidas sobre continuar estudando, confesso que gosto minha terra natal (DF) e sonho com o cargo de Auditor do TCU, agora é esperar pra ver se o ISS-Fortaleza vai suprir minhas expectativas, espero que sim.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Rodrigo: No primeiro ano eu me fechei completamente para a vida social, buscando aprovação na Receita Federal, mas notei que não estava sendo saudável. Passar em um concurso é uma jornada de longo prazo, como uma maratona e não como uma corrida de 100 metros. Então decidi ajustar minha vida social com a vida de concursando. Hoje eu saio uma vez por semana, sábado normalmente. Parei de beber, pois influenciava negativamente o meu rendimento nos estudos, no sono e também na saúde. A prioridade tem sempre que ser os estudos. Eventos de família eu vou em todos, apenas me retiro mais cedo que o normal.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Rodrigo: Meus pais sempre apoiaram minha jornada de concurseiro, antes da primeira aprovação eu ganhava uma mesada de R$ 300 para pagar todas as minhas contas e me virar, era o que meu pai tinha para me ajudar. Eu agarrei os R$ 300 e sentei a bunda na cadeira dura da biblioteca pública. O apoio moral não era tão intenso, eu buscava motivação dentro de mim. Sempre soube que era capaz, embora eu saiba que não sou um gênio, sei que as pessoas estão acostumadas a se esforçar pouco e que com algum esforço conseguiria sair da média.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Rodrigo: Foram quase 2 anos estudando para a área Fiscal, especificamente para o ISS Fortaleza eu foquei cerca de 15 dias, para estudar legislação específica. Gosto de pegar a parte específica na reta final, para que as mudanças pontuais das legislações fiquem frescas na memória. Minha maior fonte de disciplina é a organização e o planejamento, isso era feito por uma planilha que criei no Excel. Eu também mantenho o desejo ardente de conquistar meu objetivo, acreditando veemente que sou capaz, também controlo o tempo das pausas, para evitar a procrastinação. Por fim, o que mais me ajudou foi, sem dúvidas, ser um grande curioso em como aprender melhor. Li vários livros sobre aprendizagem e sempre apliquei as técnicas sugeridas.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Rodrigo: 90% da minha preparação, durante o primeiro contato com a matéria, foi lendo os PDFs do Estratégia. Uso videoaulas para assimilar conteúdos que estou errando durante a resolução das questões. Utilizo como complemento o Banco de Questões do Estratégia e também o Passo Estratégico pra reta final, principalmente como ferramenta para mapear os assuntos que mais caem e focar o estudo neles. Ainda utilizo muitos flashcards no Anki, tenho quase 3 mil para revisar erros constantes e decorebas.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Rodrigo: Por recomendações de professores no Youtube e redes sociais.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Rodrigo: O que mais gostei foi a boa didática dos professores nos PDFs em linguagem simples e convidativa. A grande quantidade de questões comentadas ao final do PDF foram ótimas para a preparação, por quase 1 ano eu nunca tinha acessado um site de questões, apenas as dos PDFs. As ferramentas como Passo Estratégico também foram essenciais na minha preparação, pois ali eu via o assunto mais cobrado pela banca.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Rodrigo: Eu sou apaixonado por livros e quando comecei a estudar me aprofundei na ciência da aprendizagem. Após várias pesquisas por métodos científicos de aprendizagem, montei uma planilha capaz de controlar o meu estudo de teoria, de revisões e de flashcards. Minhas revisões são periódicas, ativas e intercaladas. Periódicas, pois revisito o conteúdo em intervalos regulares de tempo. Ativas, pois reviso apenas por questões, fortalecendo o esforço mental em detrimento da releitura. E intercaladas, pois alterno entre disciplinas durante os estudos, utilizando áreas descansadas a cada etapa dos estudos.
Sempre procurei estudar no máximo 5 teorias no “modo leitura”, ao finalizar a teoria pela primeira vez, a matéria ia para o “modo revisão” em que eu diminuía a carga horária e incluía outra matéria no modo leitura. Minha média diária de estudos no ano de 2022 foi de 6h líquidas. Em 2023, minha média diária está entre 4h e 5h, pois estou levando um estudo mais sustentável a longo prazo.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Rodrigo: Faço revisões 100% por questões, anoto meu erros no caderno de erros em forma de perguntas e respostas. Se eu continuar errando as perguntas que criei no caderno de erros, essa mesma pergunta vai pro Anki, para ser revisada pelo algoritmo em formato de flashcards. Utilizava o caderno de erros como um filtro, antes de jogar o erro no Anki. Nunca fiz resumos, considero uma perda de tempo, pois considerando os estudos científicos sobre aprendizagem, a releitura só é vantajosa para o aprendizado de curto prazo. Até “grifos” parei de fazer e procurava baixar os materiais grifados pelos próprios alunos na plataforma do Estratégia.
Simulado eu só considero relevante fazer para identificar possíveis lacunas quanto ao tempo de prova, não tem sentido revisar questões aleatórias, o foco é no que mais cai e também nos assuntos de maiores dificuldades.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Rodrigo: São nos exercícios que a gente aprende de verdade. Teoria dá uma base, mas os exercícios consolidam o conhecimento. Em 2022, eu resolvi mais de 30 mil questões, contando as que elaborei para flashcards e também as questões comentadas de concurso. Em 2023 eu já resolvi mais de 20 mil questões. Somando tudo, passa das 50 mil questões resolvidas em dois anos de preparação.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Rodrigo: Minha maior dificuldade são as matérias exatas, eu praticamente desisti de aprender a parte aprofundada das matérias de Estatística e RLM. Foquei nos conteúdos que mais caem, como por exemplo: probabilidade, matemática financeira e a parte de estatística descritiva. Nunca me desesperei quanto a isso, sabia que poderia compensar nas outras matérias e assim foi feito. Tenho uma máxima que ajuda a mudar a mentalidade diante de desafios: “Nós gostamos do que somos bons” e com o tempo, dedicação e revisões eu passei a gostar de quase todas as matérias. É um processo natural não gostar no início, pois gostamos daquilo que somos bons.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Rodrigo: Uma semana antes, meu foco era apenas em reler meu caderno de erros incessantemente e também finalizar a parte específica do concurso. Reli umas duas vezes esse caderno de erros antes da prova. No dia pré-prova, eu estava bem tranquilo, não estudei uma palavra. Foquei no descanso. O que eu aprendi até ali foi o que eu poderia aprender, fiz a prova tranquilo, sem pressão para passar ou para reprovar.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Rodrigo: Para a discursiva eu me preparei decorando as estruturas das redações, como se fosse um modelo em que nós encaixamos qualquer assunto, de forma que a transmissão do conhecimento fique coerente, com início, meio e fim. Eu já escrevia de forma coerente, mas depois que comecei a estudar português decorei todas as conjunções (o que me deu uma base enorme). Também mandava minhas redações para a @correcoesdagab corrigir, sempre me atentando aos erros para melhorar nas próximas.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Rodrigo: Erros: começar a estudar fazendo resumos, por achar que só aprendia dessa forma. Não medir meus percentuais de acertos e também tempo que levava para resolver cada questão, pois o que não é medido não pode ser controlado. Demorar muito tempo para me livrar do celular. Acertos: revisar por questões, flashcards e caderno de erros. Controlar o tempo líquido das pausas, para evitar me alongar nelas. Criar a planilha para organizar e planejar meus estudos.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Rodrigo: Eu pensei em desistir por várias vezes, mais no início do processo. Às vezes, nos deparamos com situações que nos fazem pensar duas vezes se é aquela jornada que você quer pra sua vida. Eu via amigos que se esforçaram menos que eu se dando bem em suas áreas, isso era de pensar se eu tinha escolhido a área certa. Também batia aquele sentimento de incapacidade, de achar que não era bom o suficiente, que concurso era um jogo de cartas marcadas, isso com o tempo foi passando, pois meu método de estudos mede a porcentagem de acertos, assim, eu conseguia notar a evolução REAL nas matérias, muito superior à mera sensação de aprendizagem (que é pequena durante o estudo ativo). O que mais me motiva a continuar, é lembrar dos motivos que me fizeram começar a estudar: busca por estabilidade, dar um bom futuro para a minha família, ter qualidade de vida no dia a dia e, basicamente, deixar o trabalho no trabalho e viver a vida pessoal sem preocupações desgastantes.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Rodrigo: Tenha disciplina, organização, planejamento e um desejo ardente na aprovação. Chega lá quem persiste, pois o esforço vence o talento. Não são só os gênios que estão no topo, são as pessoas normais como eu e você, mas com uma pitadinha a mais de dedicação e propósito.