Aprovada em 7° lugar para Auditor do Tesouro Municipal no ISS Fortaleza
Fiscal - Municipal (ISS)“Não tenha medo de fazer provas, pois só ganha na loteria quem joga. Eu passei por muitas provas e elas me fizeram chegar à aprovação.”
Confira nossa entrevista com Fernanda Carla Gois de Oliveira Lima, aprovada em 7° lugar no concurso da ISS Fortaleza para o cargo de Auditor do Tesouro Municipal:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-la. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Fernanda Carla Gois de Oliveira Lima: Tenho 37 anos, sou de Apodi e moro em Mossoró, ambas no interior do Rio Grande do Norte. Sou graduada em Administração e em Direito, tenho especialização em Direito Previdenciário e em Gestão Pública. Atualmente, faço Mestrado em Economia, na UERN.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Fernanda: Meu primeiro trabalho foi em um banco, como bolsista, ainda no Ensino Médio. Lá, percebi que para ingressar seria preciso fazer o concurso público. Mas realmente tomei a decisão de estudar para concurso quando percebi que a cidade onde morava, no interior do RN, não proporcionava muitas opções de trabalho, senão aqueles oriundos de cargos públicos.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Fernanda: Como comecei a trabalhar aos 13 anos, sempre tive que dividir meu tempo entre trabalho e estudos. No caso dos concursos, no início tive que conciliar meu tempo com a jornada de trabalho. Estudava à noite e nos finais de semana. Quando comecei a estudar especificamente para a área fiscal, em razão da quantidade de disciplinas que os editais trazem, tive que incluir as madrugadas na minha rotina: acordava bem cedo para estudar antes de ir trabalhar e quando voltava do trabalho estudava um pouco mais.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovada? Em qual cargo e em que colocação?
Fernanda: O primeiro concurso público que consegui aprovação foi para a Polícia Civil do RN, mas obtive outras aprovações como Correios, Caixa Econômica Federal e UERN. Hoje, atuo como Técnica de Nível Superior da UERN. Na área de controle, estou aprovada para Auditor de Controle Interno da CGE-RN.
Na área fiscal, consegui algumas aprovações, porém fora das vagas no ISS CGR, ISS BH, SEFAZ-MG e, agora, aprovação nas vagas para Auditor do Tesouro Municipal do ISS Fortaleza. Mas, como a maioria dos concurseiros, também coleciono reprovações na área fiscal, como SEFAZ GO, SEFAZ RS, SEFAZ AL, SEFAZ CE, ISS AJU…
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Fernanda: Quando eu decidir estudar para a área fiscal tive que abrir mão das saídas nos finais de semana, pois precisava compensar o tempo que eu não tinha durante a semana. Gosto bastante de viajar e minhas viagens nesses últimos anos estavam limitadas às viagens para fazer prova de concurso! Mas, quando eu percebia que estava me isolando muito, tentava sair um pouco, para o cinema ou encontrar amigos.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseira?
Fernanda: Minha família sempre foi minha maior rede de apoio! Mesmo não sabendo para qual concurso eu estava estudando, sempre recebi apoio incondicional.
Meu marido foi meu pilar de sustentação. Ele quem me apoiou e me motivou até mesmo quando não acreditava que daria certo. Ele sempre acreditou que eu conseguiria.
Como a caminhada para concurso é longa e, às vezes um pouco solitária, tomei a decisão de não divulgar para muitos amigos que estava estudando. Infelizmente, isso fez com que alguns amigos não entendessem quando eu não poderia ir para esse ou aquele evento, pois estava estudando ou até mesmo viajando para fazer alguma prova. Cheguei a perder aniversários e casamento de amigos em razão de provas, mas acredito que eles entenderão.
Assim, busquei amigos concurseiros, que passam e/ou passaram por esta estrada de pedras e neles consegui o suporte para continuar. Íamos um motivando o outro e assim conseguimos continuar, pois sabemos que tem alguém que acredita no nosso potencial. Para mim, foi fundamental poder partilhar minhas dúvidas com alguém que está passando pelas mesmas coisas que a gente.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso?
Fernanda: Para este último concurso, estudei aproximadamente 1 mês focada nele, pois estava vindo do concurso da SEFAZ-MT e foquei naquelas disciplinas que destoavam das provas fiscais que vinha fazendo, como Administração Geral, AFO e LTM.
Mas é importante reforçar que eu venho estudando para concursos da área fiscal desde 2018/2019. Então, eu não consigo dizer que estudei direcionada para este concurso. Eu digo que estudei durando 6 anos para chegar até conseguir essa aprovação.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Fernanda: Acredito que nesse tempo utilizei de todas as ferramentas disponíveis para estudo. No início, como não tinha acesso ao Estratégia, construí a minha base por meio de livros. Com a assinatura vitalícia, pude focar e me aprofundar de forma mais centralizada nos principais temas dos concursos e utilizei muito os PDFs simplificados e as videoaulas para as disciplinas mais complexas. Desde o ano passado, estou somente com os resumos estratégicos e fazendo muitas questões. A vantagem desta metodologia é que posso realizar passagens mais rápidas pelos assuntos e conseguir rodar o ciclo de disciplinas em menor tempo. A desvantagem é que, no meu caso, se eu não tiver conhecimento ou tiver dificuldade em determinada disciplina, estudar somente por questões não dava efeito, eu precisava entender que teria que voltar para a base deste assunto.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Fernanda: O Estratégia Concursos eu conheci pela internet. Quando adentrei nos estudos para a área fiscal, os cursos direcionados eram muito caros e eu não conseguia comprá-los, mas o Estratégia já oferecia alguns cursos pelo Youtube. Eu sempre tentava acompanhá-los pra tentar reforçar a base que os livros me davam, mas percebia que eram apresentadas informações que os livros não conseguiam estar sempre atualizados sobre, como jurisprudências e tendências de cobranças nas provas, por exemplo.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos?
Fernanda: Estudei para o concurso da SEFAZ-MA pelo material do CERS. Como não conhecia a fundo muitos materiais e do que um material para concurso precisava, não sentia que faltava algo.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Fernanda: Fiz o concurso para Auditor da SEFAZ-MA em 2016, mas não fui aprovada.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação?
Fernanda: Quando me tornei aluna da assinatura vitalícia, senti que um leque de conhecimento estava ao meu alcance, só precisaria me organizar e estudar. Os pacotes do Estratégia sempre foram muito completos e com a Trilha Estratégica pude me disciplinar e ter controle do avanço do meu estudo, pois a segurança de um professor preparando o cronograma de estudos da semana, eu focava mais em elevar o nível de acertos na disciplina e com o passar das trilhas, é possível ver o avanço nas matérias. Para mim, o maior diferencial que o Estratégia me proporcionou foram as trilhas estratégicas.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Fernanda: Meu plano de estudo era baseado no acompanhamento da Trilha Estratégica. Eu seguia a sequência recomendada pelo professor daquela trilha e tentava cumprir a estabelecida semanalmente. Como na maioria das vezes estive em pós-editais, minha quantidade de horas líquidas girava em torno de 4 a 6 horas por dia. Quanto às disciplinas, eu tentava diversificar para não ficar na mesma matéria sempre, então estudava umas 4 disciplinas por dia, alternando entre as que tinha alguma facilidade com aquelas que tenho uma certa dificuldade ou que teria que ler do zero. Claro, houve pós-editais que as horas ficavam em torno de 7-8 horas, mas não foi um plano que se sustentava a longo prazo, pois o cansaço era muito forte e ainda tinha que conciliar este tempo com trabalho, saúde, família…
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Fernanda: No início, eu fazia meus próprios resumos, por acreditar que escrevendo os pontos que considerava importante, mas isso demandava muito do meu tempo. Com o passar do tempo, percebi que os resumos disponíveis abrangiam o conteúdo de forma satisfatória, então comecei a fazer anotações apenas de pontos que eu persistia nos erros, como um caderno de questões. No último ano, minhas revisões davam-se praticamente por meio de questões, pois conseguia ver a matéria ao mesmo tempo que já via a forma que as bancas costumam cobrar sobre este tema.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Fernanda: Digo que a resolução de exercícios foi responsável por um salto na consolidação dos estudos. Com o tempo, fui percebendo que as bancas repetem questões ou possuem um determinado tipo de cobrança para alguns assuntos. Para o ISS Fortaleza fiquei quase que integralmente nas questões, revisando a base e buscando entender o ritmo da banca. Isso ajuda bastante a chegar na prova conhecendo o estilo de prova e a entender que é possível respondê-la.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Fernanda: A disciplina que tive mais dificuldade foi Tecnologia da Informação. Para tentar superar esta dificuldade, foquei muito nas videoaulas, de todos os professores que o Estratégia oferecia, até conseguir encontrar um professor que falasse uma linguagem que eu entendesse! E, quando conseguia entender algo, partia para as questões.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Fernanda: Minha rotina para o ISS Fortaleza teve que ser um pouco puxada, precisava tentar alcançar o ritmo de quem estava no pós para este concurso, pois estava vindo de mais uma decepção (reprovada no SEFAZ-MT) e ainda tinha que dar conta das provas do Mestrado em Economia, que estava fazendo (pois é, o mundo não para por causa dos concursos rsrs). Então, tentei estabelecer a todo custo que minhas madrugadas seriam dedicadas unicamente para o ISS Fortaleza, pois precisava estudar disciplinas que não eram muito comuns da área fiscal, como administração geral, AFO e informática. Foquei em resumos e questões e consegui ter um bom percentual de acertos nos estudos, o que me passou um pouco de segurança para a prova.
Meus dias pré-provas, sempre foram de muita ansiedade, pois eu ficava focada nas revisões de véspera que o Estratégia disponibiliza no Youtube, como se fosse uma última tentativa de tentar assimilar mais assunto para a prova do dia seguinte. Porém, no ISS Fortaleza, uma amiga (também concurseira) conseguiu me convencer a encontrar ela para almoçar (algo completamente incomum nos meus rituais pré-prova, pois eu nunca saía do hotel para nada), então, pude relaxar um pouco, esquecer um pouco a prova e entender que eu já tinha feito minha parte, que talvez desacelerar ajudasse a conter a ansiedade. E deu certo.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Fernanda: Houve prova discursiva. Minha preparação para a discursiva sempre foi muito voltada aos resumos. Como o tempo era um pouco escasso no meu caso e que a discursiva seria voltada para um dos temas cobrados nos conhecimentos específicos, para o ISS Fortaleza optei em focar nos resumos disponíveis sobre as disciplinas alvo desse bloco para conseguir conhecimento para a prova. Como tenho uma certa facilidade para elaborar textos, foquei em aprofundar o conhecimento específico.
Meu conselho para quem vai fazer a discursiva é que, se puder, ao menos uma vez durante a preparação, treine o desenvolvimento para a prova discursiva dentro do horário estabelecido para a prova. Muitas vezes temos tantas informações sobre o que é pedido na questão e almejamos fazer a melhor prova possível, que esquecemos de responde-la dentro do limite de linhas e de tempo que teremos disponível na hora da prova.
Os simulados me auxiliaram bastante nesse sentido, pois eu tinha uma noção de quanto tempo deveria dedicar à prova objetiva, sem descuidar da discursiva, pois, muitas vezes ela faz toda a diferença na pontuação final!
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Fernanda: Meu principal erro acredito que foi deixar a ansiedade tomar de conta da prova. Sei que é difícil tentar manter o equilíbrio quando a pressão externa, familiar e interna (principalmente) nos diz o contrário. Mas é preciso compreender que estamos no caminho certo. Você dará o seu melhor, ninguém enfrenta esse caminho para não lutar até o fim. E isso inclui não deixar a prova dominar você, você tem que ter o controle sobre a prova, ainda que as questões sejam difíceis, procure as fáceis, uma prova não só tem questão difícil.
Meu maior acerto foi entender (ainda que recentemente) a importância da resolução de questões como ferramenta para entender como cada banca funciona. As bancas têm um padrão e precisamos entender onde estamos pisando para conseguirmos competir e adaptar tudo o que estudamos à realidade da prova que se está fazendo. Não é uma receita de bolo ou algo simples, mas é um direcionamento que nos tranquiliza na hora da prova.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir?
Fernanda: E quem nessa estrada nunca pensou? Rsrs. Cada reprovação, cada eliminação por 1 questão ou 2, cada Cadastro Reserva que eu ficava, me perguntava se isso era pra mim, se eu estava no caminho certo. Eu ficava triste, me questionava e pensava em parar, afinal, já sou concursada, às vezes este seria o meu limite. Mas, minha motivação estava no dia seguinte, quando eu olhava meus resumos, minhas anotações, meus quadros com fórmulas e meu aplicativo de questões. Toda vez que eu pensava em desistir, eu tentava lembrar o quanto eu já tinha avançado e o porquê de ter começado: minha família e meu sonho em ser auditora. Quando você entende que você está avançando, você não quer mais parar até chegar lá, não importa o tempo que demore.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Fernanda: Faça questões. Faça muitas questões. Mas não esqueça a importância de criar uma base de conhecimento que proporcione o mínimo do que se está sendo estudado, pois de nada adianta responder questões só por responder e ter que contar apenas com a possibilidade da banca repetir uma questão. É importante formar uma base para que seja aprofundada.
Conheça o seu ritmo, se consegue aprender rápido por PDF, leia. Se aprende melhor com alguém explicando, assista videoaulas. Mas não ache que não pode ou não consegue aprender algo. Vai ver você está adotando a ferramenta errada. Estudar para concurso não é uma fórmula pronta. Cada pessoa tem o seu tempo e o seu jeito de aprender. Encontre o seu.
Meu conselho final é: não desista! A área fiscal é bastante concorrida e exige dedicação, tempo e paciência. Não tenha medo de fazer provas, pois só ganha na loteria quem joga. Eu passei por muitas provas e elas me fizeram chegar à aprovação.
E quando se chega lá, você entende a frase que todos os aprovados repetem e que vou repetir também: cada reprovação, cada noite em claro, cada saída recusada para estudar, valeu a pena. E vale muito a pena.