“Com a assinatura era possível estudar para qualquer Fisco do país, sem ficar restrito às matérias contidas em um pacote específico. Além disso, teve o Passo Estratégico, PDFs com marcação dos aprovados, Mapas Mentais, Estratégia Cast, Sistema de Questões com opção de comentários curtos ou aprofundados, Corujinha Social, etc… É muita coisa. O Estratégia levou os professores à porta da prova para encontrar os alunos (pode parecer uma coisa simples, mas para quem está todo dia lá estudando é significativo). Não posso deixar, também, de comentar sobre a competência dos professores e qualidade técnica das videoaulas.”
Confira nossa entrevista com Alexandre de Assis Gomes Filho, aprovado em 1º lugar no concurso ISS BH para Auditor Fiscal de Tributos Municipais:
Estratégia: De onde você é? Qual é sua idade? E sua formação?
Alexandre de Assis Gomes Filho: Sou de Curitiba, tenho 27 anos e sou formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal do Paraná.
Estratégia: Você chegou a trabalhar na sua profissão? O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Alexandre: Logo que me formei, já iniciei meus estudos para concursos. Essa decisão foi baseada em um conjunto de fatores, dentre os quais a atratividade da remuneração, a qualidade de vida e a simpatia pela função de auditor.
Estratégia: Como foi a escolha pela área fiscal? O que pesou mais para você quando teve que definir esse foco de estudo?
Alexandre: Numa primeira pesquisa, identifiquei três áreas que me interessavam: fiscal, controle e engenharia. O patamar remuneratório das duas primeiras, entretanto, era significativamente maior. Também havia mais vagas para esses concursos. Entre fiscal e controle, fiquei mais atraído pelo trabalho do primeiro, orientado ao contribuinte e às atividades privadas. Outro fator foi a presença de matérias de exatas nesses certames fazendários (havia, por outro lado, muitos temas jurídicos, que eu desconhecia completamente). O fato de a auditoria fiscal ser uma carreira típica de Estado – mais segura – também foi outro atrativo.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava?
Alexandre: Durante a preparação, me dediquei praticamente integralmente aos estudos. Percebo, entretanto, que muitos dos aprovados conciliaram estudo com jornadas de trabalho.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Alexandre: Até o momento, estou aprovado em dois concursos para auditor: ISS-BH (1º lugar) e ISS-AJU (17º lugar).
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Alexandre: Sempre estudei sem edital na praça. Não acredito que eu seria aprovado estudando apenas em pós-edital, pela razão de que não conseguiria absorver a quantidade massiva de conteúdo em tão pouco tempo. A disciplina no estudo, para mim, esteve ligada à vontade (e, também, em certa medida, à necessidade) de ser aprovado. Como se diz no Poker, eu dei “All in” quando optei por esse caminho. Não havia plano B. O plano B era a próxima prova. E a cada reprovação fui dobrando a aposta – isto é, esticando mais a corda nos estudos. Nesse tempo, apliquei algumas estratégias de motivação, como o Mapa dos Sonhos e o sistema de recompensa. Mas sem aquele compromisso interno não seria possível a manutenção dos estudos. Acho, no final, que a palavra é essa: compromisso de você com você mesmo. Foram mais de mil madrugadas de estudo, algumas delas no frio de 0º graus de Curitiba.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Alexandre: Conheci o Estratégia no último ano de graduação, pelas transmissões no YouTube. Depois naveguei pelo site do Estratégia. Com isso, já pude identificar que era uma empresa robusta e com material de qualidade. Foi amor à primeira vista (risos).
Estratégia: Qual diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Alexandre: Foram vários os diferenciais do Estratégia, que eu sintetizo como compromisso com a inovação. No início dos meus estudos, lá em 2018, o mercado vendia os materiais em pacotes. Isso encarecia o estudo. Depois de uma reprovação, era preciso comprar um novo pacote. Quando o Estratégia ofereceu o sistema de assinaturas, isso revolucionou o mundo dos concursos fiscais – eu ainda tive a oportunidade de adquirir a Assinatura Vitalícia, por um valor muito baixo. O sistema de assinatura deu tranquilidade financeira ao concurseiro, permitiu que o concurseiro estudasse mais e melhor. Com a assinatura era possível estudar para qualquer Fisco do país, sem ficar restrito às matérias contidas em um pacote específico. Além disso, teve o Passo Estratégico, PDFs com marcação dos aprovados, Mapas Mentais, Estratégia Cast, Sistema de Questões com opção de comentários curtos ou aprofundados, Corujinha Social, etc… É muita coisa. O Estratégia levou os professores à porta da prova para encontrar os alunos (pode parecer uma coisa simples, mas para quem está todo dia lá estudando é significativo). Não posso deixar, também, de comentar sobre a competência dos professores e qualidade técnica das videoaulas. Sou grato ao Estratégia pela parceria na caminhada.
Estratégia: Recomendaria o Estratégia para um amigo que está começando os estudos?
Alexandre: Sem dúvida. Com a “profissionalização” do concurseiro, considero o material do Estratégia fundamental para a aprovação.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? O que funcionava melhor para você? Videoaulas, PDFs, livros?
Alexandre: Meu material base foram os PDFs, que usei massivamente em praticamente todas as matérias. Também utilizei as videoaulas – inicialmente de forma exagerada (um erro meu), depois, de modo cirúrgico. Em Estatística, por exemplo, eu praticamente não li a teoria do PDF. Assistia às videoaulas aceleradas, pegava as fórmulas e ia para os exercícios. Mas, via de regra, meu fiel companheiro era o PDF, estudado de cabo a rabo. Também foquei em muita resolução de exercícios. Livro eu usei muito pouco.
Estratégia: Quantas horas por dia costumava estudar?
Alexandre: Como o período de estudo não foi curto (mais de 4 anos), essa resposta varia. No primeiro ano eu fazia cerca de 6 horas líquidas/dia durante a semana (praticamente não estudava os finais de semana). No segundo ano tentei aumentar a carga horária, mas descobri que meu limite físico para um dia era de 7 horas líquidas – mais do que isso não era sustentável para mim no longo prazo. Nos últimos anos, em pré-edital, fazia 7 horas líquidas/dia na semana e mais 3 horinhas totais nos finais de semana. Em pós-edital, subia a carga do final de semana.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso?
Alexandre: Estudava várias matérias ao mesmo tempo, começando com um ciclo de estudo básico e posteriormente incorporando outras matérias. Não sei precisar quantas ao mesmo tempo, mas no final da preparação estudava todas as matérias no ciclo. Fazia resumo em 3 formatos: digital (I), papel pequeno (II) e papel A4 (III). O primeiro eu utilizava com captura de tela, para juntar jurisprudências, esquemas dos professores, coisas do tipo. O segundo eram os esquemas que eu mesmo fazia, fazendo esquemas próprios, registrando fórmulas, etc. O terceiro eu quase nunca utilizada, apenas para esquemas maiores ou impressões. Também foquei muito em exercícios, após o estudo da teoria.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais?
Alexandre: Com certeza TI foi a matéria mais complicada para mim. O conteúdo é muito extenso e tem muito detalhe para memorizar. Em TI eu me apoiei muito nos exercícios.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Alexandre: Sou solteiro e não tenho filhos. Namoro e moro sozinho. Concurso é um projeto familiar, a aprovação se reverte para eles também. De modo geral, minha família entendeu e o caminho do concurso sempre foi incentivado. É claro, houve momentos de contestação. Estamos falando de um período de 4 anos. Muita água rolou embaixo da ponte, como a paralisação dos concursos por conta da pandemia. Mas, de maneira geral, não posso reclamar. Pelo contrário, tive o apoio financeiro e moral de que precisava. Mesmo quando há dificuldades, depois, quando a aprovação acontece, tudo se ajeita.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos?
Alexandre: Foi necessária uma renúncia significativa nos eventos sociais. Houve uma inegável restrição do meu círculo social – apenas família e amigos mais chegados permaneceram mesmo. Isso por causa da rotina: dormia muito cedo para conseguir acordar cedo. Mesmo aos finais de semana era difícil sair à noite porque isso bagunçava meu relógio biológico. Não foi uma postura radical, mas mais seletiva.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Alexandre: Acredito que o foco deva ser numa determinada área e não em um concurso específico. O concurseiro pode se dedicar à área fiscal e fazer qualquer concurso fazendário do país. Não acho que valha a pena, porém, a mudança de áreas conforme a publicação de editais. Mesmo entre áreas “primas”, como Fiscal e Controle, é uma transição arriscada. Acho essa variação válida somente se, no médio prazo, não existir perspectiva de concursos para sua área original. Os conteúdos são extensos e cada área tem suas particularidades.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso em que foi aprovado?
Alexandre: Direcionado ao ISS-BH e ISS-AJU apenas no pós-edital. Para a área fiscal, em geral, desde o início da preparação.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados?
Alexandre: Falando de Belo Horizonte, especificamente, sabíamos que o resultado sairia à meia-noite no Diário Oficinal, mas não tínhamos certeza do dia exato. Comecei a acordar toda noite de madrugada para checar. Além disso, também comecei a ter sonhos com o resultado. Então, numa dessas madrugadas, quando percebi que as notas haviam sido publicadas, precisei focar minha atenção no momento presente para me certificar de que aquilo era real e não estava sonhando. Foi um alívio, mas, de certa maneira, também uma surpresa. Na saída da prova, imaginava que estaria competitivo para brigar pela aprovação, mas não esperava a primeira colocação. É uma sensação de dever cumprido.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Alexandre: Na semana imediatamente anterior à prova, diminui meu ritmo de estudos e foquei nas matérias de maior peso. Na véspera fiquei deitado praticamente o dia inteiro. Queria me assegurar de que estaria descansado para a prova.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Alexandre: Acho que o principal conselho é escrever muito. Escrever para se certificar de que está apto a concatenar ideias. Na discursiva não basta saber, é precisa saber expor. É fundamental, também, dominar a terminologia. Obviamente, deve-se conhecer com profundidade toda a matéria, transcendendo à literalidade. As possibilidades de cobrança são muito amplas, logo é preciso praticar bastante. Também é importante controlar o tempo de resolução, com alguma margem de segurança.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Alexandre: O maior erro certamente foi ter abusado das videoaulas no início da preparação. Isso me tomou um certo tempo. Eu também tinha uma certa ilusão de que o conteúdo todo poderia ser decorado e exaurido – era uma ignorância em relação à extensão dos temas. O maior acerto foi ter continuado estudando forte durante a pandemia, quando não havia nenhuma previsão de concursos no médio prazo. Outro ponto positivo foi a maleabilidade que precisei adquirir quanto aos métodos de estudo, percebendo o que funcionava melhor para mim.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir?
Alexandre: A constância foi o mais difícil. O fator “um dia após o outro” vai pesando. É preciso saber se respeitar. Não havia margem para desistência, como eu disse anteriormente, eu apostei tudo.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Alexandre: Talvez essa tenha sido a pergunta mais difícil da entrevista. Com essa pergunta, passa um filme na minha cabeça, desde a infância até o presente. Acho que a grande motivação era um compromisso interno de que eu podia. Provar para mim mesmo que era possível.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Alexandre: A primeira coisa que é preciso ter em mente: concurso é um projeto de médio a longo prazo. Exceto se você for um gênio ou tiver um background de outros concursos, vai levar um tempo até alcançar o primeiro pelotão. Outra questão importante é que concurso também envolve o incontrolável. Nenhum concurseiro escolhe a data da prova ou o programa do edital. Além disso, a “arte de marcar X” é complexa: às vezes você erra uma questão que sabe e acerta uma que não sabe. Em concursos muito disputados, com pouquíssimas vagas, isso pode ser determinante. Por isso, é complicado estudar para um concurso específico – principalmente se há apenas 5, 10 ou 15 vagas. Porque a sua colocação final no concurso varia em torno de uma média. Assim, ninguém pode garantir que irá passar em um concurso específico. Porém, se o concurseiro de alto nível persistir nas tentativas, certamente terá êxito. É essencial entender que o estudo para concursos é um processo de metamorfose – de concurseiro para autoridade pública leva tempo. E dói. Esteja disposto a pagar o preço.