“O único caminho é sentar na cadeira e fazer o que tem que ser feito, não há atalhos. Por mais difícil que possa parecer, você só perde quando desiste.”

Confira nossa entrevista com João Eduardo Martinelli Krein, aprovado em 02º no concurso INSS para Técnico do Seguro Social – Novo Hamburgo (RS):

Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?

João Eduardo Martinelli Krein: Me chamo João Eduardo, tenho 19 anos e nasci em Nova Petrópolis, na Serra Gaúcha. Atualmente, estou cursando Ciências Contábeis pela Unisinos.

Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?

João: Comecei a estudar principalmente por influência da minha irmã, que almeja se tornar juíza. Na época estava em dúvida sobre qual faculdade e carreira seguir, mas ela me aconselhou sobre o mundo dos concursos. Após refletir um pouco, percebi que seria uma excelente opção para garantir uma maior segurança para minha família no futuro com um trabalho digno.

Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?

João: Durante o tempo em que estudei, tive condições para não precisar trabalhar. Nesse sentido, conciliei os estudos apenas com a faculdade. Ter mais tempo à disposição foi fundamental para garantir uma rotina de estudos mais eficiente.

Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?

João: Comecei a estudar para concursos em abril de 2022, durante o período de pós-edital do concurso para auxiliar do Ministério Público de Santa Catarina realizado pela FGV. Nesse período, fiz também um concurso menor de uma cidade próxima para o cargo de Fiscal Municipal, a fim de obter maior experiência de prova. Fui aprovado em ambos, porém em 51º para o Ministério Público e em 4º para Fiscal. Uma semana após a prova da FGV, passei a focar nos detalhes do concurso do INSS, que ainda não possuía banca definida. Pretendo seguir estudando para o cargo de Auditor de Controle Externo.

Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?

João: Durante o período em que me preparei, se saía com amigos uma vez por mês, era muito. Como é de se esperar, esse isolamento me levou a um maior afastamento dos meus amigos. No entanto, sempre fui um tanto quanto caseiro, então isso não me afetou muito. Saía raramente com a minha família.

Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?

João: Muitos amigos sequer sabiam que estava estudando. Nesse sentido, preferi trabalhar em silêncio para evitar questionamentos e outros comentários. Os poucos que tinham conhecimento sempre me apoiaram, apesar da minha ausência recorrente. Minha família sempre me apoiou, respeitando meus horários de estudo e se constituindo como um pilar para a minha aprovação.

Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?

João: Estudei por cerca de 6 meses para o INSS. A motivação para estudar pode ser um auxílio no começo, porém depois ela te abandona. A disciplina é algo que se constrói por meio da repetição diária até que algum fazer se torne hábito e não passe mais a ser visto como um sacrifício. Algo que me ajudou a manter o foco nos estudos foi colocar o celular para cronometrar o tempo e trancá-lo na gaveta no silencioso.

Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?

João: Minha preparação foi dividida basicamente em duas etapas. Como sempre preferi videoaulas, estudei praticamente tudo que estava disponível na plataforma com esse tipo de material. Quando sentia que precisava de um maior aprofundamento ou consolidação dos conteúdos, recorria aos PDFs e realizava em torno de 30 questões. A segunda etapa, faltando em torno de 1 mês e meio para a prova, foi focada na revisão por meio de questões, que penso ter sido um grande acerto.

Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?

João: Conheci o Estratégia pelas redes sociais, por meio dos anúncios no YouTube.

Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?

João: Foi uma mudança completa. Lembro que na minha primeira semana, saindo completamente do zero, vi alguns vídeos no YouTube sobre algum assunto, mas de uma forma um tanto quanto desordenada e sem o foco no que a banca exige na prova. O ponto positivo de se possuir um curso focado em seu objetivo é o fato de que você é guiado pelos materiais e tem a certeza de que não está desperdiçando tempo na preparação.

Estratégia: Como montou seu plano de estudos?

João: Minha preparação foi bastante simples. Fixei matérias para cada dia da semana e realizei os ajustes necessários com a publicação do edital. Na maioria dos dias, possuía uma única matéria. Na fase de pré-edital estudava 4 horas, com uma pausa de 10 minutos na metade do tempo. Descansava somente aos domingos. Após a publicação do edital, meu tempo de estudo aumentou, ficando entre 6 e 7 horas diárias sem descansos aos finais de semana.

Estratégia: Como fazia suas revisões?

João: Minha revisão foi quase que em sua plenitude baseada em questões e marcações no caderno. Também fiz alguns mapas mentais, principalmente com as regras de Direito Previdenciário, as quais lia diariamente, antes do início e após o término dos estudos. De vez em quando, realizava simulados aos finais de semana e, quando necessário, decorava as regras com base na força bruta. Dessa forma, lia a lista no caderno algumas vezes, fechava os olhos e repetia mentalmente até acertar. É um método exaustivo, mas que para alguns conteúdos é a única forma de memorização.

Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?

João: Após o edital, tentava realizar entre 150 e 200 questões por dia. Quando errava, consultava meu caderno com anotações das videoaulas para entender melhor o assunto. Penso que seja a forma mais eficiente de revisar, visto que possibilita entender o perfil de cobrança da banca, encontrar falhas de aprendizagem e propicia um estudo mais ativo.

Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?

João: Como já possuía uma base razoável em Português, Raciocínio Lógico e nas principais matérias de Direito por causa do concurso anterior, pude focar em Previdenciário. Sem dúvidas, é a matéria com a maior quantidade de regras para decorar e que mais precisei me dedicar para aprender. Meu método de estudo foi o mesmo das outras matérias, apenas aloquei uma maior quantidade de tempo para ela, dado sua predominância na prova.

Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?

João: Foi a semana em que mais estudei. Possuía a sensação de que não sabia muita coisa, e o nervosismo crescia. Nesse período, estudava cerca de 8 horas diárias, porém estava motivado com a iminência da prova. O dia anterior a ela foi de descanso para garantir que estaria mentalmente bem no dia seguinte.

Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?

João: Atualmente, teria estudado as matérias com menos espaçamento, optando por uma maior frequência semanal, bem como não deixaria para revisar tudo no final. Senti que tive mais facilidade para memorizar os conteúdos que havia revisado em conjunto com a aprendizagem dos novos. Penso que acertei a proporção de tempo semanal entre as matérias e a escolha da carga horária diária. A atividade física me ajudou muito, sem dúvidas era uma excelente forma de aliviar o cansaço mental e manter uma boa saúde e qualidade de sono, essenciais para a eficiência dos estudos. Dependendo do tempo disponível de cada pessoa, uma caminhada de pelo menos meia hora aos finais de semana e algo em torno de 7 horas de sono são indispensáveis.

Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?

João: Nos piores dias, pensava por quê estava fazendo isso. No entanto, fazia uma pausa para tomar um café e possuía uma aba aberta no navegador com as vantagens do cargo. Acho que essa motivação momentânea, bem como me lembrar do porquê comecei, me ajudava a completar os dias mais difíceis de estudo.

Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!

João: Penso que cada pessoa parte de uma realidade diferente, para alguns o processo é mais difícil, para outros, mais fácil. Possuí tempo à disposição para estudar, mas o tempo livre por si só não gera absolutamente nada. O único caminho é sentar na cadeira e fazer o que tem que ser feito, não há atalhos. Por mais difícil que possa parecer, você só perde quando desiste.