Aprovado no concurso CGU para o cargo de Auditor Federal de Finanças e Controle - Auditoria e Fiscalização (DF)
Controladorias/Gestão (CGU, CGE, STN, EPPGG)“Assim como 2+2=4, você passará no seu concurso se continuar estudando com qualidade. Só não passa quem desiste! O oposto do sucesso não é o fracasso, mas sim a desistência! Fracasso faz parte da evolução”
Confira nossa entrevista com Carlos França, aprovado no concurso CGU para o cargo de Auditor Federal de Finanças e Controle – Auditoria e Fiscalização (DF):
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Carlos França: Sou Engenheiro Químico, tenho 27 anos e sou de Recife.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Carlos: Além do mercado de trabalho estar escasso para engenheiros, nas poucas seleções das quais participei, percebi que não tinha perfil para trabalhar ou pesquisar na área. Eu precisava ajudar minha mãe e me encontrar profissionalmente. Decidi olhar com mais carinho o serviço público e percebi que me enxergava como servidor.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Carlos: Eu sou servidor da UFPE (assistente administrativo) e trabalho 40 horas semanais. Para estudar, tracei a meta de 3 horas líquidas nos dias de semana e 6 horas nos finais de semana. Sempre preferi estudar com a “mente limpa”, portanto acordava às 4:15 e buscava estudar até 6:30. Após o expediente, ao chegar em casa, tentava estudar pelo menos mais uma hora.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Carlos: Com muito esforço e disciplina, consegui as seguintes aprovações: IBGE (Analista Censitário – 4º lugar); UFRPE, UFPE e UFRN (Assistente Administrativo – 7º, 4º e 2º lugar, respectivamente), IBAMA (Analista Administrativo do DF – 36º lugar) e agora na CGU (Auditor Federal de Finanças e Controle do DF – 56º lugar). Após a aprovação na CGU, resolvi “aposentar as canetas”. ALÔ, THAIS MENDES, CONSEGUI!
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Carlos: Eu sempre fui muito “caseiro”. Após começar a estudar para a área de controle, diminuí ainda mais a frequência de encontros sociais com família e amigos. Ainda assim, eu possuo uma banda (@gelobaiano no Insta! rsrs) e costumava ensaiar a cada duas semanas, assim como visitava minha namorada nas outras duas semanas do mês.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Carlos: Eu namoro e não possuo filhos. Minha família sempre me apoiou bastante com energias positivas e com muita compreensão acerca do meu “sumiço” social. Minha mãe fez absolutamente tudo que estava ao seu alcance para que eu me preocupasse apenas com o trabalho e estudos. Meus amigos também sempre torceram por mim e me animavam para que eu me sentisse confiante e motivado.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Carlos: Sempre achei essa pergunta difícil de ser respondida, afinal não comecei “do zero” para a CGU. Eu estudo desde 2018 e construí uma boa base ao longo dos anos, sendo, indiretamente, um certo “direcionamento” para a CGU (mesmo que na época eu não soubesse). Mas sendo mais prático, posso responder que estudei para a área de controle (foco no TCU) desde 2020, e para a CGU, em específico, por 7 meses.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação? (Aulas presenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens?)
Carlos: Usei principalmente o PDF. Videoaulas só quando estava cansado e tentava absorver algo. Usei bastante um aplicativo de flashcards para memorização de lei seca e preparação para as discursivas.
PDFs e flashcards têm a grande vantagem do estudo ativo, muito mais enriquecedor e rápido. A desvantagem dos flashcards é o tempo que leva para construir as cartas.
Videoaulas são mais cômodas, guiam um estudo passivo e são mais recomendadas para quem tem dificuldade em determinado assunto, por ser mais fácil de ser compreendida. A desvantagem é o tempo para ser “consumido” o conteúdo.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Carlos: Vai parecer até propaganda, mas foi exatamente assim: resolvi procurar na internet: “qual o melhor curso preparatório online para concursos?”. A maioria dos blogs e posts apontavam o Estratégia como o melhor. Resolvi assistir os vídeos no canal do curso e percebi a qualidade.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Carlos: Ao me tornar aluno, percebi que na prova eu tinha conhecimento de tudo que estava sendo cobrado lá, mesmo que um conhecimento mínimo. Isso demonstra a abrangência do conteúdo abordado pelo Estratégia. Além disso, a quantidade e qualidade das questões selecionadas para os PDFs ajudam o aluno a ter uma preparação de alto nível, o famoso “treinamento difícil, combate fácil”. Não é à toa que o Estratégia tem os números de aprovados tão altos.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos? (Estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Quantas horas líquidas estudava por dia?)
Carlos: Para a CGU, me adaptei melhor ao método 4.2. Consiste em separar 4 dias para teoria e 2 dias para revisão, separando as matérias em 2 grupos: A e B. No meu caso, adaptei o método e criei uma planilha para organizar tudo, estudando 9 disciplinas por ciclo, divididas em 3 grupos: A, B e C. Ou seja, 3 disciplinas por dia, com 1 hora para cada uma, totalizando 3 horas líquidas nos dias de semana. No sábado, a ideia era realizar “dois dias em um”, totalizando 6 horas líquidas. No domingo, a regra era treino de discursivas e simulados.
Estratégia: Como fazia suas revisões? (Costumava fazer resumos, simulados ou algo mais?)
Carlos: Revisava por leitura de grifos nos PDFs, flashcards, questões e alguns resumos à mão (esporadicamente, em assuntos puramente “decorebas”)
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Carlos: Resolver exercícios é fundamental para uma boa preparação, pois nossa tarefa final é encarar uma prova com várias questões! Na reta final foquei bastante em resoluções de questões abertas e fechadas, mas infelizmente não contabilizava a quantidade total.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Carlos: Para a CGU, tive dificuldades em Administração Pública e tópicos de Contabilidade Pública. Acabei comprando cursos extras (feitos por professores do Estratégia) dessas disciplinas, assisti algumas videoaulas e dei uma carga maior na revisão da teoria.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Carlos: Faltando um mês para a prova, tirei férias do trabalho e paguei uma sala de estudos, para estudar diariamente com uma alta carga líquida. Assim foi até a sexta-feira. No sábado (véspera de prova), assisti a transmissão do aulão de véspera do Estratégia e em seguida fui relaxar o resto do dia, fazendo coisas que gosto.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Carlos: A discursiva muda vidas. Muitas pessoas temem a discursiva, e é aí que o candidato preparado deve tirar vantagem contra a concorrência. Eu fiquei na nota de corte, e graças à discursiva, subi 119 posições, para chegar na 56ª posição (de 60 vagas).
Busquei fazer ao menos uma discursiva de 60 ou 90 linhas por semana. Comprei a mentoria do professor Possati, bem como um pacote de correções de discursivas. Ia recebendo os feedbacks e me aprimorando cada vez mais na parte estrutural. Quanto à parte teórica, mudei também a abordagem de estudo, usando especialmente flashcards para responder perguntas mais complexas e abertas.
Aconselho o concurseiro a perder o medo da discursiva, começando aos poucos, consultando o material durante os primeiros treinos de redação. Ganhe confiança, agilidade e conhecimento. A partir daí, faça discursivas sem consultar nada, e escreva ao menos uma por semana (no pós edital, duas por semana).
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Carlos: ACERTOS: Me preparar bem para discursivas, utilizar bastante flashcards, manter a disciplina e constância nos estudos, mesmo que o dia não fosse produtivo, e, acima de tudo, buscar o equilíbrio emocional durante os estudos/simulados/provas (no meu caso, através de terapia com psicóloga).
ERROS: Estudar pouco jurisprudência e fazer poucas questões de língua portuguesa.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Carlos: Nunca pensei em desistir. Eu queria muito passar na CGU, e todo dia tentava provar isso a mim mesmo. Minhas principais motivações foram dar uma vida digna à minha mãe e construir minha vida independente.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Carlos: Estude. Acredite (e muito). Deseje (e muito). Pense no seu cargo público “ideal”… O quanto você deseja passar nele? Prove a si mesmo o quanto você quer! Prove todo dia. Faça acontecer. Mas não se desespere, existem dias bons e dias ruins de estudos. Apenas continue. Equilibre as emoções, pense sempre positivo e foque nos seus erros. Aprimore seus estudos, seus conhecimentos.
Assim como 2+2=4, você passará no seu concurso se continuar estudando com qualidade. Só não passa quem desiste! O oposto do sucesso não é o fracasso, mas sim a desistência! Fracasso faz parte da evolução.
Por último, gostaria aqui de resgatar um trecho da minha entrevista por escrito em 2020:
Eu tenho orgulho de dizer a mim mesmo que consegui. Cheguei lá. Até jajá, Thais! : )