Aprovado em 2° lugar no concurso CGU para o cargo de Auditor Federal de Finanças e Controle - Auditoria e Fiscalização (DF)
Controladorias/Gestão (CGU, CGE, STN, EPPGG)“Como maior acerto, acredito que tenha sido a disciplina. Eu não pulei etapas, fiz uma base sólida com muita paciência, fui evoluindo devagar e com firmeza em cada matéria”
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Confira nossa entrevista com Bruno Tajra Aguiar, aprovado em 2° lugar (resultado provisória da discursiva) no concurso CGU para o cargo de Auditor Federal de Finanças e Controle – Auditoria e Fiscalização (DF):
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Bruno Tajra Aguiar: Sou de Teresina-PI, tenho 26 anos e sou formado em Engenharia Civil.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área de Controle?
Bruno: Antes mesmo de terminar minha graduação já sabia que não queria trabalhar na área e, após conversar com meus pais e amigos, iniciei minha jornada nos concursos. A área de controle sempre me interessou muito, pela boa remuneração e pelas atribuições do cargo. Durante a preparação, tentei migrar algumas vezes para área fiscal, mas sempre acabava voltando a focar na área de controle.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Bruno: No início da preparação eu somente estudava, foi quando fiz minha base em todas as matérias principais. Após o início da pandemia eu conciliava um turno de trabalho (geralmente pela manhã) e dois de estudo.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Bruno: Já fiquei bem classificado nos concursos do Sefaz-AL, para área de controle do órgão (acho que 48ª colocação); e no do TCE-SC, para cargo de Auditor de Controle Externo (49ª colocação, salvo engano).
No momento não tenho pretensão de continuar estudando, a CGU é um dos órgãos que eu sempre quis, a lotação em Brasília também me agrada bastante.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Bruno: No início dos meus estudos eu não sabia conciliar muito bem, estudava muito e quase não conseguia aproveitar meus momentos de lazer. Depois de não passar no concurso da Sefaz-AL, quando retomei meus estudos, eu mantive bem o equilíbrio, sempre tendo momentos de descanso e de lazer, sem ser tão rigoroso comigo mesmo.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Bruno: Sou solteiro e não tenho filhos. Minha família sempre me apoiou muito na minha jornada, principalmente meus pais, que me deram condições de sempre colocar o estudo em primeiro lugar durante a preparação e me ajudaram a manter a motivação nos momentos de desânimo (que foram frequentes durante a caminhada).
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Bruno: Especificamente para a CGU, eu estudei do início de janeiro até o dia da prova, em março. Eu tentava pensar que era um esforço temporário, uma abdicação necessária e que, caso não conseguisse, o estudo já serviria para outros futuros concursos.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação? (Aulas presenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens?)
Bruno: Eu gosto muito dos cursos em PDF, pois com eles eu consigo ir exatamente na minha velocidade, voltando e relendo as partes mais complicadas e avançando rapidamente nas partes mais fáceis. Em assuntos mais cheios de detalhes, por outro lado, a forma didática das videoaulas é interessante para melhor compreensão e fixação.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Bruno: Quando decidi estudar, busquei com amigos e na internet referências para cursos para concursos, a recomendação do Estratégia foi quase unânime.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Bruno: Além dos cursos em PDF e das videoaulas das matérias, um curso específico de discursivas com muitas questões, embasamento teórico e modelo de resposta e os simulados foram ferramentas essenciais na minha preparação.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos? (Estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Quantas horas líquidas estudava por dia?)
Bruno: Estudava até 4 matérias por dia, sendo duas com mais peso e outras duas com menos peso. Nunca me apeguei muito ao número de horas líquidas de estudo e nem do tempo de estudo para cada matéria. Muitas vezes eu acabava estudando muito alguma matéria específica, porque sentia certa deficiência em um ou outro assunto, e no decorrer da semana compensava as demais matérias.
Estratégia: Como fazia suas revisões? (Costumava fazer resumos, simulados ou algo mais?)
Bruno: Eu sempre fiz resumos. No início eram escritos, mas tomava muito tempo e as vezes ficavam desatualizados. Então eu criei resumos no computador mesmo e colocava questões, macetes, esquemas e explicações que eu achava interessante. Eu não fazia muitos simulados ao longo da preparação, acabei fazendo todos nos últimos dias antes da prova e, para mim, foi uma excelente forma de me manter calmo e revisar tudo.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Bruno: Fiz muitas questões, sei lá… mais de cinquenta mil se for contar desde o começo. Em cada assunto eu sempre resolvia primeiro as questões do PDF da aula, antes de ir para site de questões. Para mim, as questões são a melhor forma de estudar, claro que sempre acompanhadas de uma boa explicação e uma revisão rápida do assunto cobrado.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Bruno: No início eu tinha muita dificuldade com contabilidade, principalmente a pública, aí recorri às videoaulas várias vezes e colocava algum assunto da matéria para estudar praticamente todos os dias, até que o estudo começou a fluir bem.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Bruno: Na semana antes da prova, aliás… nos dez dias antes, eu fiz todos os simulados das Rodadas Avançadas para o cargo. Passava o dia inteiro fazendo o simulado, porque a cada matéria eu parava e revisava minuciosamente todo material que eu tinha dos assuntos que foram cobrados.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Bruno: A discursiva valia 70 pontos dos 180 totais, então era uma etapa determinante. Eu resolvi as questões do curso de discursivas da CGU e também as dos simulados. Nos primeiros dois meses eu resolvia as questões como se fosse respondendo na prova.
Nas últimas semanas eu apenas enumerava em tópicos tudo que eu sabia sobre o assunto e conferia com a resposta, para ganhar mais tempo.
Acho que a discursiva deve ser treinada de forma “completa” até que você tenha atingido um bom tempo e consiga escrever um texto bem coeso com consistência. Depois disso, acredito que (se faltar tempo) é válido treinar respondendo apenas por tópicos.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Bruno: Acho que um dos principais erros que eu cometi no começo foi a falta de equilíbrio, eu fiquei muito nervoso quando fui fazer o meu primeiro concurso e acabei não indo tão bem quanto poderia ter ido. Depois que comecei a equilibrar melhor minha vida social, meu lazer, meu descanso e os estudos, eu comecei a conseguir manter mais a calma durante os estudos, os simulados e, principalmente, as provas.
Como maior acerto, acredito que tenha sido a disciplina. Eu não pulei etapas, fiz uma base sólida com muita paciência, fui evoluindo devagar e com firmeza em cada matéria.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Bruno: Várias vezes, após o primeiro concurso, após ter passado muito tempo sem estudar durante a pandemia, várias mudanças na rotina e na vida pessoal me fizeram pensar em desistir.
Acho que minha maior motivação era terminar o que eu tinha começado. Eu sabia que já tinha feito uma boa base e que seria questão de tempo até conseguir a aprovação, então continuei tentando até conseguir voltar à rotina de estudos.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Bruno: Eu acho que disciplina, paciência e perseverança são fundamentais para essa vida de concursos. Não tente pular etapas, começar em ritmo de reta final, abrir mão de tudo sem prazo e deixar de viver. A jornada já é dura por si só, não precisamos torná-la ainda mais difícil sendo cruéis com nós mesmos. Não desista, se levante e continue quantas vezes forem necessárias… se for seu sonho, vai valer a pena!