Aprovado em 2° lugar no concurso CGE SC para o cargo de Auditor do Estado - Administração
Controladorias/Gestão (CGU, CGE, STN, EPPGG).
“Não se deixe abalar por reprovações. E esqueça bobagens como quantidade de candidatos concorrentes. Para cada vaga, a quantidade de candidatos realmente competitivos não é muito grande. É contra esse pequeno número que você está disputando uma das vagas”
Confira nossa entrevista com Dimitri Salviato Rodrigues, aprovado em 2° lugar no concurso CGE SC para o cargo de Auditor do Estado – Administração:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Dimitri Salviato Rodrigues: Formado em Administração (UFES), com pós em Economia do Setor Público. Tenho 34 anos e sou de Vitória/ES.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Dimitri: Sou filho de burocratas, então sempre soube as vantagens da estabilidade e de um salário razoável garantido no final do mês. Ademais, por posição ideológica, nunca me apeteceu a ideia de trabalhar na iniciativa privada.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Dimitri: Estudei para concursos em diversos períodos: 2011-abr/14; 2018 (quando saiu o edital da Petro e só); e o mais importante, dez/21-jan/23 (full time estudando). Inicialmente, estudei enquanto estava na graduação. Comecei a trabalhar em set/12 e voltei a estudar após terminar o TCC (2013).
Sem querer me estender muito, nunca tive dificuldade para conciliar. Sem filhos, sem gastar tanto tempo indo e voltando do trampo (6h diárias, morando perto), sem problemas com autodisciplina.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Dimitri: Então… um monte (hehe). Vou destacar alguns: BANDES, 2014 (1o – Adm); Petrobras, 2018 (1o – Adm no pólo Vitória); CGU, 2022 (Auditor federal de Finanças e Controle); CGE-SC, 2023 (2o – Adm); Senado, 2022 (este apenas na lista de Analista Adm).
Não pretendo continuar estudando.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Dimitri: Durante o 1º período de estudos, a vida social era “normal”. O 2º foi muito curto, cerca de 45 dias (pós-edital), acho que foquei só nos estudos. Já no 3º, saía bem pouco. Mas mais por causa do contexto – coincidiu com minha separação e eu tava sem trampar. Foi um período difícil na questão social.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Dimitri: Família: Sempre entenderam e apoiaram. Na real, quando optei por cursar Administração, após abandonar outro curso na UFES (2008), já tinha deixado claro que se tratava de uma decisão pragmática – formação que me ofereceria muita oportunidade em concursos.
Minha ex-esposa foi certamente a mais afetada na minha caminhada. Sempre me entendeu e apoiou. Até após a separação, visto que pouco depois nos tornamos melhores amigos.
Amigos: nunca fez diferença nas minhas amizades.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Dimitri: Especificamente para o último concurso (CGE-SC), estudei 20 dias (a prova ocorreu exatas 3 semanas após a 1ª etapa da SEFAZ/MG). Contextualizando (para não parecer que sou uma espécie de gênio): no último período, sem trampar, tinha muito tempo disponível. Por isso optei por tentar muitos concursos, e não focar em apenas um. Assim, entre dez/21 e maio/22, estudei disciplinas da área de Controle. Após, estudei para Fiscos estaduais até a 1ª fase da SEFAZ/MG.
Obviamente não foram os 20 dias que me fizeram ser aprovado, mas
a) a experiência enorme em concursos (sobretudo para o cargo de Administrador),
b) já conhecer bem o estilo da banca (FGV), e
c) uma pitada de sorte no que se refere à ementa cobrada e ao formato do concurso – o fato de a redação ser livre (e não questões das matérias) foi positivo pra mim, creio.
O que me fez manter a disciplina foi simplesmente a necessidade de voltar a trampar. Foi pragmatismo mesmo: precisava voltar a trabalhar e não considerava a ideia de “arrumar um emprego”. Pela minha experiência e por resultados anteriores, quando ainda conciliava com graduação ou trabalho, sabia que, com dedicação exclusiva, era questão de tempo até a aprovação.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação? (Aulas presenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens?)
Dimitri: Cursos em PDF, resolução de questões com comentários e videoaulas. Do meu tempo, chutaria que 40% para o 1º e para o 2º, 20% o 3º. Acho que as vantagens são a objetividade e especificidade. As videoaulas, as usava para os assuntos mais importantes ou mais difíceis.
Ah, ouvia também o Cast ou vídeos baixados do YouTube durante algumas atividades, como tarefas de casa e exercícios físicos. Mas meu aproveitamento aqui era muito baixo. Não tenho facilidade de me concentrar se estou fazendo outra coisa simultaneamente.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Dimitri: Ixi… foi há 84 anos…
Posso dizer que vi o Estratégia nascer. O site começou fazendo parceria com EVP (Eu Vou Passar), que eu assinava. Então fui cliente desde o início, podemos dizer. Apesar do modelo caro da época (pagar por disciplina ou pacote de um concurso) em relação ao atual (assinatura anual), ainda era baratíssimo se comparado com o gigante da época (Ponto dos Concursos).
Foi só experimentar e aproveitar. Além de mais barato, os materiais eram melhores que os do concorrente – mais atualizados e muito mais bem formatados.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Dimitri: Como adiantei na pergunta anterior, usei muito pouco o Ponto, antes de o Estratégia nascer. Daí, sempre na Coruja. O EVP, sempre gostei dele, mas não era concorrente, era complementar (videoaulas na época em que a coruja era só PDF).
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Dimitri: Honestamente, nem lembro. No “1º ciclo”, passei em vários concursos de menor envergadura, que eram relativamente fáceis. Fui convocado para vários, mas o único que aceitei, na época, foi a Caixa, meu 1º emprego. Acho que usei EVP + Estratégia mesmo.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Dimitri: Bom, na época em que me tornei aluno, era apenas PDF, né. Adiantei o diferencial em relação ao concorrente: o material tinha melhor qualidade, melhor formatação, era mais atualizado e os profs respondiam perguntas que enviávamos.
No último ciclo, além dos PDFs, sem dúvidas a melhor ferramenta foi o sistema de questões comentadas. Muito bom.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos? (Estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Quantas horas líquidas estudava por dia?)
Dimitri: Para não me estender muito, vou responder considerando apenas o último ciclo: sempre estudei várias matérias por dia. Isso dependia fundamentalmente do tempo disponível que tinha. Funcionava +- assim: aulas teóricas de uma matéria, dedicava entre 50’ e 1h20, conforme minha disposição. Daí partia para resolução de questões, que geralmente me tomavam entre 30’ e 45’ por disciplina, ou videoaulas, em torno de 1h.
Então, num dia em que estudasse 8h líquidas, por exemplo, poderia estudar umas 4h de teoria (2 a 4 disciplinas diferentes), 3h de resolução de questões (várias matérias) e 1h de videoaulas.
Estudava entre 4 e 10h diárias. Como estudava todo dia, isso dava entre 40 e 60h semanais. Nunca fui muito neurótico com contar o tempo. Sabia que estava estudando corretamente, que o tempo estava sendo bem aproveitado.
Estratégia: Como fazia suas revisões? (Costumava fazer resumos, simulados ou algo mais?)
Dimitri: Fundamentalmente, resolução de questões. Em alguns casos, resumos e, quando havia, simulados.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Dimitri: Sempre foi essencial, sobretudo os comentados. Até porque ficar só na teoria é chato demais.
Não tenho ideia de quantas questões resolvi.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Dimitri: Nossa, contabilidade, especificamente para FGV. Não superei.
O resto era mais decoreba. Há muitos assuntos cujo custo/benefício é péssimo. Entre as disciplinas para Fisco, por exemplo, D. Civil, Penal e Empresarial geralmente têm peso pequeno, então alguns temas delas eu concluí que não compensava tentar superar e aceitava não dominar.
Tem que saber escolher suas batalhas.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Dimitri: Por padrão, dedicava mais tempo na resolução de questões e focando em temas que julgava mais provável cair na discursiva.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Dimitri: Aconselho treinar escrevendo sobre os temas que você julgar mais provável cair. Não há necessidade de pagar para alguém escrever questões para você, na minha opinião. Você mesmo pode definir temas prioritários e escrever sobre eles. O mais importante é treinar a escrita do assunto, facilita lembrar e desenvolver na hora H.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Dimitri: Acerto foi focar nas matérias que eu julgava mais importantes.
Erro, achar que sabia mais do que de fato sabia de legislação específica para Fiscos. Se voltasse no tempo, teria dedicado mais tempo a essa matéria.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Dimitri: Nunca. Não via alternativa para mim.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Dimitri: O famoso “estude até passar”. Não se deixe abalar por reprovações. E esqueça bobagens como quantidade de candidatos concorrentes. Para cada vaga, a quantidade de candidatos realmente competitivos não é muito grande. É contra esse pequeno número que você está disputando uma das vagas.