“[…] Escolha muito bem o seu material, pois um material de excelência é apenas o básico, mas um material ruim, te deixa fora do jogo […]”

Confira a nossa entrevista com Fernando de Lima Fernandes, aprovado em 3° lugar no CNU (Bloco 2 – MGI) para o cargo de Analista em Tecnologia da Informação (ATI) – Tecnologia da Informação:

Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?

Fernando de Lima Fernandes: Tenho 36 anos e sou natural do Rio de Janeiro/RJ. Sou graduado em TI, em Administração e possuo MBA em Big Data. Tenho uma carreira consolidada na iniciativa privada, atuando com análise de dados.

Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?

Fernando: Sempre tive vontade de ser concursado. O meu pai era servidor público e sempre me incentivou a ser também, mas com a ascensão da carreira de TI, acabei adiando esse sonho. Porém, após passar por muita coisa e ver inúmeras injustiças no ambiente corporativo, resolvi retomar o estudo para concursos em busca de segurança. 

Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava? 

Fernando: Sim, na minha carreira, o mais difícil era conseguir previsibilidade de horários, por isso, eu distribuí o meu estudo ao longo do dia. Acordava mais cedo e estudava de 1h a 2h e, no almoço, sempre que possível, eu estudava mais uns 30 min. Após o expediente, mais 1h ou 2h.

Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?

Fernando: Fui aprovado em 3º lugar para ATI. A carreira de ATI tem tudo para ser um concurso final. Porém, mesmo entregando muito resultado, ainda carece de prestígio no governo e está com o salário defasado em comparação com legislativo, judiciário e até iniciativa privada. Caso não haja valorização, eu pretendo continuar sim estudando para outros concursos da área de TI.

Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?

Fernando: Como trabalhava bastante durante a semana, o sábado era o principal dia de estudo: tentava sempre bater a meta de 8h líquidas antes das 18h. Já no domingo, eu usava a mesma carga horária da semana – entre 3h e 4h de estudos. Assim, mantive a vida social.

Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma? 

Fernando: A minha família apoiou não me acionando nos horários definidos para estudo e diminuindo as minhas atividades dentro de casa. Sem esse apoio, eu não teria conseguido.

Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?

Fernando: Como o CNU foi um concurso atípico, comecei os estudos apenas com a saída do edital. Foram 7 meses de estudo focado em fazer o meu melhor todos os dias, sem renunciar à minha vida social e isso foi fundamental para manter a disciplina. Vale frisar que os meus conhecimentos anteriores foram de suma importância, pois já havia tido contato com parte da matéria.

Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação? 

Fernando: Eu aprendo melhor lendo, por isso, o meu principal material foi o PDF. Aulas presenciais e videoaulas demandam mais tempo e acho válido para alguns casos, mas para mim, não era a melhor opção.

Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos? 

Fernando: Desde o início dos estudos, eu conheço o Estratégia como referência em concursos. Mantive a minha assinatura mesmo sem usar por alguns anos antes de voltar ao foco.

Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?

Fernando: Estudei com outros concorrentes e o que mais me incomodava, era a falta de qualidade do material ou o foco em videoaulas. Ter um PDF bem elaborado e de qualidade, é primordial para mim.

Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado? 

Fernando: Certa vez estudei MUITO para o concurso da AgeRio em um famoso cursinho presencial do RJ. Aprendi quase tudo que era passado em aula, mas literalmente NADA que ensinaram foi cobrado em prova. Ninguém desse curso foi aprovado. Essa foi uma das minhas maiores decepções no mundo dos concursos, devido ao investimento e ao comprometimento que apliquei nessa prova.

Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia? 

Fernando: A marcação dos aprovados e o PDF resumido foram importantes na minha preparação, principalmente em matérias que eu já possuía certo conhecimento.

Estratégia: Como montou seu plano de estudos?

Fernando: O meu plano de estudos, contava com 2 a 3 matérias por dia e uma meta de 30h/semanais de estudo com flexibilidade para lidar com imprevistos.

Estratégia: Como fazia suas revisões? 

Fernando: Não acredito em resumos, foquei em simulados e montei esquemas para assuntos mais difíceis.

Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?

Fernando: Essencial! Resolvi mais de 2.000 questões enquanto me preparava. 

Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?

Fernando: As disciplinas de Políticas Públicas foram as mais difíceis para mim, por isso, foquei em ter um “overview” de tudo para aprofundar em assuntos que eu teria mais chance de acerto.

Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?

Fernando: O estudo foi intensificado na semana da prova, porém, houve descanso total no dia anterior.

Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?

Fernando: Atualmente, a gente escreve muito pouco. Então, eu treinei muito a escrita para ter condições físicas de escrever um texto. No início, eu não conseguia manter a letra legível com 10 linhas de texto, mas com o treino, isso melhorou muito.

Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?

Fernando: O principal erro foi não ter iniciado antes – creio que todo aprovado pense que poderia ter ido melhor se tivesse começado antes.  

Quanto aos acertos, posso considerar a minha resiliência, planejamento flexível e não ter deixado de viver. Consegui criar uma rotina sustentável e, isso foi essencial para me manter focado, até o dia da prova.

Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?

Fernando: Fui demitido no meio da preparação e isso impactou demais as minhas condições psicológicas – até porque não era esperado. Eu precisei conciliar os estudos com a busca por emprego, pois não tinha como ficar sem renda. Esse foi, sem dúvidas, o pior momento, mas eu sabia que precisava seguir em frente para não precisar passar por isso novamente.

Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!

Fernando: Comece aprendendo como se estuda – conhecer as técnicas e achar a que melhor se aplica a você, é fundamental. Escolha bem o concurso que vai focar. Não perca tempo fazendo vários ao mesmo tempo! Escolha muito bem o seu material, pois um material de excelência é apenas o básico, mas um material ruim, te deixa fora do jogo. Seja resiliente e não se compare.