Aprovado em 3° lugar (CR) no concurso ISS-Cuiabá/MT para o cargo de Auditor Fiscal Tributário da Receita Municipal - Tecnologia da Informação
Concursos Públicos
“O meu principal conselho é: conheça as suas dificuldades, identifique os seus pontos fortes e estude a área em que deseja atuar. Com base nessa análise, construa um plano de longo prazo e siga com foco e disciplina […]”
Confira a nossa entrevista com Bruno da Silva Pires Lima, aprovado em 3° lugar (CR) no concurso ISS-Cuiabá/MT para o cargo de Auditor Fiscal Tributário da Receita Municipal – Tecnologia da Informação:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Bruno da Silva Pires Lima: O meu nome é Bruno Lima, sou natural de Magé, na Baixada Fluminense (RJ), tenho 31 anos e sou formado como Oficial Bombeiro Militar do Estado do Rio de Janeiro, curso de nível superior.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Bruno: A minha relação com concursos começou em 2013, quando abandonei a faculdade de Engenharia que cursava em uma Universidade Federal. Apesar de ser uma instituição pública, os custos para me manter estudando, eram muito altos. Com isso, decidi prestar concursos militares, o que culminou na minha aprovação para o Corpo de Bombeiros em 2016.
Já em 2019, quando era aspirante, comecei a conviver com colegas que também estudavam para concursos públicos. Entre eles, um foi aprovado e isso me fez pensar na ideia. Naquela época, eu ainda estava satisfeito com a minha carreira, mas percebi, com o tempo, que ela não proporcionaria a qualidade de vida que eu buscava, especialmente em relação à questão salarial. Assim, em dezembro de 2020, decidi iniciar a minha preparação voltada para a área de controle.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Bruno: Sim, eu trabalhava e estudava ao mesmo tempo. Sempre que possível, eu aproveitava os períodos de férias durante o pós-edital para intensificar a preparação. Apesar de contar com uma rotina de trabalho relativamente tranquila, conciliar exige sacrifícios e a capacidade de priorizar os estudos.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Bruno: Fui aprovado em:
120º lugar na CGU, onde atualmente ocupo o cargo;
52º lugar no ISS RJ;
3º lugar no ISS Cuiabá (área de TI).
Estou muito satisfeito com a minha posição atual na CGU, mas sempre existem novos desafios que podem despertar o interesse. Nunca descarto a possibilidade de continuar estudando para outros concursos.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Bruno: Sim, eu mantinha uma vida social, mas sem excessos. Não frequentava bares ou baladas regularmente. Preferia atividades mais tranquilas, como: correr, praticar esportes, treinar artes marciais, passear com a minha namorada e assistir a séries e filmes. Durante os períodos pós-edital, essas atividades diminuíram bastante, mas nunca foram completamente eliminadas.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Bruno: Sim, sempre tive o apoio da minha família e da minha namorada, que foi um pilar importante durante todo o processo. Esse suporte fez toda a diferença.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Bruno: A minha preparação para o último concurso durou 10 semanas, que foi o período do pós-edital. Para manter a disciplina, concentrei-me nas metas diárias e priorizei a constância nos estudos.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Bruno: Utilizei, exclusivamente, materiais em PDF e o Banco de Questões.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Bruno: Conheci o Estratégia por meio de colegas do quartel que também estudavam para concursos públicos.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Bruno: Sim, percebi uma diferença significativa. Os principais diferenciais foram os professores de referência, especialmente nas disciplinas da área fiscal e a Trilhas Estratégica, que me ajudou bastante no início, quando eu ainda não sabia estruturar os meus estudos para concursos desse nível.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Bruno: No começo, segui a Trilha Estratégica e me dediquei, em média, três horas líquidas de estudo por dia. Com o tempo, contratei uma consultoria que estruturou metas personalizadas para a minha preparação.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Bruno: A minha principal estratégia de revisão era resolver muitas questões, que considero o método mais eficiente. Não tinha o hábito de fazer resumos ou simulados com frequência.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Bruno: A resolução de exercícios é fundamental. Ao longo da minha preparação, fiz mais de 80 mil questões. Atualmente, considero indispensável que qualquer concurseiro resolva um volume significativo de questões da banca organizadora.
Estratégia: Quais disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Bruno: No início, eu tive bastante dificuldade com Contabilidade, e as videoaulas do professor Silvio Sande foram essenciais para superar essa barreira. Já no concurso de Cuiabá, enfrentei dificuldades com as matérias de TI, que eram um dos meus pontos fracos. Para superá-las, fiz uma imersão completa no conteúdo, utilizando principalmente os PDFs dos professores Felipe Mathias e Diego Carvalho, além de fazer muitas questões.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Bruno: Na semana que antecedeu a prova, concentrei-me em revisar questões que havia errado e em reforçar os temas mais recorrentes. Evitei estudar conteúdos novos e, na véspera, fiz apenas uma revisão leve para relaxar e manter a calma.
Estratégia: Quais foram seus principais erros e acertos nesta trajetória?
Bruno: O meu maior acerto, foi a persistência. Apesar de enfrentar momentos de baixa produtividade, eu nunca desisti. Também considero um acerto, a flexibilidade para me adaptar a diferentes tipos de concursos, como os da área de Controle, Fiscal Raiz e Fiscal TI, o que me deu mais oportunidades. Além disso, focar na resolução de questões específicas da banca foi fundamental.
O meu principal erro, foi não dar a devida atenção a temas recorrentes que eu costumava errar. Isso limitou o meu progresso em certas áreas e me impediu de ultrapassar a barreira dos 80% de acertos, que é um patamar necessário para concursos de alto nível. Aprendi que é crucial assumir responsabilidade pelos próprios erros, revisar com frequência e não negligenciar pontos fracos.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Qual foi sua principal motivação para seguir?
Bruno: Sim, em alguns momentos, mas de forma mais séria apenas durante o concurso para Cuiabá. Eu tive muita dificuldade com TI e cheguei a pensar que não conseguiria. A minha principal motivação, foi o desejo de superar essa disciplina, que é cada vez mais importante na área fiscal.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso?
Bruno: O meu principal conselho é: conheça as suas dificuldades, identifique seus pontos fortes e estude a área em que deseja atuar. Com base nessa análise, construa um plano de longo prazo e siga com foco e disciplina.
Se você enfrenta uma rotina muito difícil, considere começar por um concurso “escada”, ou seja, um menos concorrido. Isso pode trazer estabilidade e tranquilidade, permitindo que você se prepare com mais segurança para alcançar a área dos seus sonhos.
Além disso, quero destacar algo muito importante: eu sei exatamente como é duvidar de si mesmo por diversos fatores, desempenho ruim na escola ou faculdade, uma origem familiar mais simples ou de uma base escolar insuficiente. No entanto, pensar dessa forma não ajuda em nada. Esqueça tudo o que possa servir como desculpa, mesmo que seja uma realidade e concentre-se em atingir os seus objetivos. Lembre-se de que: a nossa mente tem uma capacidade incrível de adaptação — quanto mais você estuda, mais fácil o estudo se torna. Utilize os meios digitais a seu favor, confie no seu potencial e faça acontecer. Estudar para concursos é uma das formas mais democráticas de superar as dificuldades. Essa jornada mudou a minha vida de uma forma que eu nunca imaginei. O preço a se pagar pode parecer alto, mas os benefícios superam (e muito!) qualquer sacrifício. Por isso, acredite na sua capacidade, confie no processo e, acima de tudo, nunca desista!