Aprovada em 2° lugar no CNU (Bloco 5 - MGI) para o cargo de Analista Técnico de Políticas Sociais - ATPS
Concursos Públicos“[…] Não existe um jeito certo e infalível de estudo porque cada pessoa vai responder de forma diferente. O que funcionou para mim pode não funcionar para você. Mas, só tem um jeito de descobrir isso: estudando, testando e estudando […]”
Confira nossa entrevista com Juliana da Conceição Borges, aprovada em 2° lugar no CNU (Bloco 5 – MGI) para o cargo de Analista Técnico de Políticas Sociais – ATPS:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-la. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Juliana da Conceição Borges: Tenho 43 anos e sou da cidade de São Paulo.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Juliana: Sou servidora pública da Prefeitura de São Paulo há 23 anos e estava muito frustrada com as recentes mudanças da minha carreira e como minhas potencialidades estavam sendo desperdiçadas, ainda que tivesse reconhecimento profissional fora dali, junto à Sociedade Civil e na Universidade. E voltei a estudar por incentivo de alguns colegas de trabalho, como residentes, estagiários e Jovens Monitores, que é um pessoal mais novo e que já estavam no ritmo das provas.
Estratégia: Você trabalhava e estudava?
Juliana: Sim, trabalhava e trabalhava muito! Briguei muitas vezes para impor limites, senão era acionada 24h por dia. Mas estudava após o expediente, nas noites de segunda a sexta, e aos sábados estudava de manhã e à tarde.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovada?
Juliana: Fui aprovada na Prefeitura de São Paulo, mas isso foi há 23 anos. Concurso Público naquela época era outro ritmo. Apesar de ser disputado, não é a concorrência que se tem atualmente. Depois desse período, o CNU foi a primeira prova que fui aprovada.
Estratégia: Pretende continuar estudando?
Juliana: Com certeza! Eu não acreditava que poderia ter ido tão longe e que os resultados poderiam ser tão positivos.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos?
Juliana: Até que consegui conciliar minha vida social com os estudos! Fazia isso pensando na minha saúde mental mas procurava não exagerar. Reservava a noite de sábado para o lazer e domingo visitava minha mãe e meu pai e cuidava da casa e dos afazeres domésticos.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseira?
Juliana: Muita gente não me apoiou! Muitos me disseram que eu não tinha idade para retomar os estudos, que concurso é muito concorrido e estudar era tempo perdido. Então mesmo sabendo que meus pais e amigos próximos estavam torcendo por mim, decidi não falar que estava estudando. Foi um percurso solitário, mas caso não tivesse passado, não teria criado expectativas em mim e nas pessoas ao meu redor.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso?
Juliana: Foram sete meses de estudo, sendo os últimos quatro meses com dedicação total. Para manter a disciplina usava o método pomodoro na leitura dos PDF’s. Se o sono vinha, mesclava a leitura com outras ferramentas, como videoaulas. Estudava em um canto isolado e mantinha o celular e redes sociais bem distantes de mim.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Juliana: Eu amei o Estratégia Cast! Para mim foi o diferencial. Como tinha poucas horas diárias para o estudo, procurava compensar ouvindo os áudios pelo App do Estratégia no ônibus, metrô, lavando a louça, no almoço, não importava o lugar. A didática dos professores parecia que eles estavam “conversando” comigo.
Também gostei dos PDFs, que abordavam assuntos complexos em uma linguagem fácil, além da seleção de questões comentadas.
As videoaulas foram o meu Netflix no período. Os professores tinham didática e falavam com leveza, sem apelar para gracinhas e dancinhas.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Juliana: Através de colegas de trabalho, em especial à Janaína e a Nayara, que estudaram pelo Estratégia para ingressar no programa de residência jurídica.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos?
Juliana: Um pouco antes de assinar o Estratégia adquiri um pacote voltado para a Advocacia, e o que mais me incomodava era a linguagem rebuscada, difícil, com excesso de conteúdo e sem critério de filtro para medir a probabilidade do assunto cair na prova. E ultimamente as bancas vem exigindo mais interpretação do que decoreba, e o CNU foi prova disso.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material?
Juliana: Fiz duas provas e não fui aprovada, mas me senti motivada por obter uma boa pontuação, o que atribuo mais pelo meu mérito e por acessar outros materiais. Foi nesse período que iniciei o meu vínculo com o Estratégia.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação?
Juliana: Sim. O CNU foi o primeiro concurso sendo aluna do Estratégia e tive uma classificação incrível: para ATPS fiquei em 2º lugar na Ampla Concorrência e 1º lugar para as ações afirmativas, e para EPPGG estou na 8ª colocação das ações afirmativas. E foram mais de 750 mil inscritos para o bloco 5.
Talvez já tivesse muito conhecimento prático e acadêmico acumulado, mas não é isso que cai na prova. Então o material do Estratégia serviu para me ajudar a identificar esse conhecimento e indicar como a banca vai abordar o assunto.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Juliana: De segunda a sexta estudava à noite, das 19:30 às 23:30, e usava um app com o método pomodoro para manter o foco na leitura dos PDFs, estudando por 30mim e descansando 5mim. E sempre iniciava a noite de estudos revisando rapidamente o dia anterior.
Também li o conteúdo programático do edital, identifiquei conteúdos repetidos para não ter duplicidade de estudo sobre a mesma coisa, e ia grifando o que já tinha estudado. E ia “zerando disciplinas”, ficando 3 a 4 dias lendo a mesma matéria sem intercalar com outras.
Aos sábados estudava das 9h às 12h, almoçava, cochilava e retomava das 14h às 17h. E o plano de estudo variava entre questões e videoaulas para complementar a semana, além de fazer resumos já treinando a dissertativa. Ouvia muito o Estratégia Cast e respeitava muito meu corpo: não ficava mais de 4 horas estudando direto porque já não rendia mais nada.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Juliana: Foi tudo um pouco. Se era uma disciplina com peso alto na prova, fazia revisões mais aprofundadas e já aproveitava e treinava a prova dissertativa com o assunto estudado. Se era uma disciplina que já conhecia, revisava assistindo uma videoaula.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios?
Juliana: Ah, perdi a conta de quantas questões já resolvi! Os exercícios foram importantes pois ajudaram a equalizar o meu conhecimento e como ele poderia ser abordado pela banca. E para deixar mais divertido, procurava “gameficar” as questões do app, transformando em um jogo: se acertava 75% das questões, eu me dava de presente um doce, por exemplo.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Juliana: Pode parecer mentira, mas não tive uma disciplina que me deu trabalho. As dificuldades eram outras: sono, falta de tempo, stress, interrupções, redes sociais atrapalhando, ansiedade e falta de autoconfiança de que todo o estudo seria em vão.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Juliana: A semana da prova é loucura, pois se quer estudar tudo que faltou com minutos para tocar a sirene da prova. Para não pirar, evitei ao máximo as redes sociais e mantive a mesma rotina de estudos. Somente no sábado, véspera da prova, mudei a rotina e acompanhei o revisão de véspera do Estratégia.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Juliana: Não subestimem a prova discursiva. Ela foi a razão da minha aprovação. Me preparava aproveitando o momento da revisão e já treinava a dissertativa com a disciplina que estava revisando.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Juliana: O principal acerto foi não deixar minha saúde mental de lado, pois permitiu que fizesse a prova com confiança, na certeza que fiz o meu melhor dentro das minhas possibilidades.
O meu principal erro foi ter retomado os estudos tão tarde. Deveria ter assinado o Estratégia antes.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Juliana: Foi um período que fiquei tão sobrecarregada que sequer tive tempo de pensar em desistir. E quem é pobre e vem da periferia não tem muita essa opção de desistir não.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Juliana: Comece os estudos da forma que dá. Não existe um jeito certo e infalível de estudo porque cada pessoa vai responder de forma diferente. O que funcionou para mim pode não funcionar para você. Mas, só tem um jeito de descobrir isso: estudando, testando e estudando. É como numa academia de ginástica, onde o processo é longo e exige disciplina. Então não se compare com os colegas “fortões” e faça o seu corre. Cuide de ti.