Depoimento: João Alberto – Aprovado no concurso para Assistente Técnico do Ministério da Fazenda (1º Lugar da sua região)

Não é pela remuneração e status que se entra no Serviço Público, e sim pela satisfação de fazer parte de uma equipe que trabalha em prol do Brasil. É pelo orgulho de poder fazer a diferença, de dar o seu melhor, e ver os resultados ali, de todos e para todos. Se você é, assim como eu, BRASILEIRO COM ORGULHO, comece a estudar, dê a cara à tapa! O resultado chega! Suas escolhas têm resultados, cabe a você assumir a responsabilidade por elas”

Alguns concurseiros, talvez a minoria, têm a opção de não trabalhar e ter seu tempo disponível para se dedicar tão somente aos estudos. Falando assim, parece que a vida se torna bem mais fácil para quem deseja passar em um concurso. De fato, pode até ser, mas isso não significa quem se encontra nessa situação sinta-se em uma zona de conforto.O universitário João Alberto Bernal é um exemplo disso!

Com 20 anos de idade e estudando para o concurso de Auditor Fiscal da Receita Federal desde julho do ano passado, João decidiu mudar o foco dos seus estudos buscando uma aprovação mais rápida. O motivo? Começar a trabalhar e deixar de lado a culpa por fazer “só isso” e a dependência “absoluta” dos pais. A consequência de tal escolha foi perder o concurso da Receita de 2014 e ser aprovado em 1º lugar para a sua cidade no concurso para Assistente Técnico do Ministério da Fazenda (ATA). 

Confira o depoimento desse divertido paranaense e veja que, assim como para todos nós, a vida do concurseiro é feita de escolhas e todas elas têm suas consequências e como dizem “há males que também podem vir para o bem”.

Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nosso leitor possa te conhecer melhor. Você é formado em que área? Trabalhava e estudava, ou se dedicava inteiramente aos estudos? Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último?

João Aberto: Fala, galera!

Bom, primeiramente um agradecimento ao Estratégia Concursos, por poder participar do rol exemplificativo dos aprovados. Acredito eu que uma das melhores formas de se organizar e cortar erros na preparação para concursos é pela leitura de entrevistas e depoimentos. Afinal, os aprovados, no mínimo, fizeram algo certo, não é?!

 Chega de enrolação!

Eu me chamo João Alberto Bernal, sou de Cascavel – PR e tenho 20 anos de idade. Minha formação? Não sou formado, porém termino minha graduação ainda neste ano (já para alguns, AINDA pra mim!), em Ciências Contábeis.

Em quais concursos fui aprovado? Difícil apontar, pois não sou de fazer muitas provas (e vocês irão entender o porquê disso), mas atualmente exerço o cargo de Oficial Legislativo, no Poder Legislativo de minha cidade (Cascavel-PR). E, recentemente, fui aprovado no concurso de Assistente Técnico do Ministério da Fazenda, em 1º lugar para minha cidade também (olha que beleza!), tendo ficado dentre os 8 melhores na classificação geral (de todo o Brasil).

Trabalhar e estudar? Ou “só” estudar? Eu optei pelo último, ou melhor, tive a oportunidade de “só” estudar durante a preparação para o ATA-MF. Coloco o “só” entre aspas porque, apesar dos apesares, o “só estudar” vem com muitas outras coisas, como a saturação, a dependência absoluta dos pais, a culpa por fazer “só isso”, entre tantas outras. Eu sei que há pessoas que vão discordar de mim, mas, tive a oportunidade de fazer os dois (“trabalhar e estudar” e “só estudar”), e, pra mim, o mais difícil foi “só estudar”. Verão o porquê disso também.

Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social para passar no concurso o mais rápido possível?

João: Minha preparação para o ATA-MF foi bastante cansativa, pois me dediquei intensamente aos estudos. Vou mostrar como funcionava:

  • 6:00h às 7:00h: período em que eu faço academia. (A prática de esportes pra mim é fundamental, e não me vejo no cargo dos sonhos sem qualidade de vida!).
  • 8:00h às 17:30h: período em que eu estudava, o que dava, tirando a alimentação e a enrolação no meio do caminho (kkkk), em torno de 7h a 8h de estudos por dia.
  • Resto do dia: período de faculdade!

Já nos finais de semana, eu tentava fechar de 5h a 6h de estudo, o que nem sempre conseguia (maioria das vezes!). E, apesar de minha agenda ser “extremamente” lotada, eu conseguia ter um momento pra mim, pra praticar esportes e conversar com os amigos.

Estratégia: Ao longo de sua jornada, você tentou outros concursos, para treinar e se manter com uma alta motivação ou decidiu manter o foco apenas naquele concurso que era o seu sonho? Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?

João: Essa questão é muito pessoal e varia de pessoa pra pessoa. Muitas pessoas adoram fazer concursos, e outras nem tanto. Eu faço parte desse último grupo, principalmente quando “só” se estuda. Afinal, o estudante é, por natureza, “quebrado”, sem dinheiro, salvo algumas exceções. Gastar com viagens, estadias, alimentação e inscrições de prova não é fácil, ainda mais quando só se está fazendo um teste e vendo como se está nas matérias correlatas ao seu concurso-foco. O que eu digo é: invista em materiais de qualidade, invista em tempo de estudo. Caso tenha a necessidade de sentir a hora da prova, faça o teste em casa, simule as condições naturais da prova, tempo de duração, matérias, e outras coisas.

OBJETIVO:

Meu concurso-foco é AFRFB, e quero daqui um tempo poder estar na Ponte da Amizade, trabalhando como fiscal. Porém aqui são necessárias algumas explicações!

Sempre tive contato com o mundo dos concursos públicos, pois na minha família não se fala em outra coisa. Aqui a maioria trabalha no serviço público desde “sempre”, e nada mais natural que eu seguir o mesmo rumo.  Porém, apesar de ter contato já muito cedo, eu me considero, realmente, um estudante para concursos públicos desde a metade do ano passado, ou melhor, desde o dia 13 de julho de 2013, data que consta do meu plano inicial de estudos para AFRFB.

A minha preparação intensa e real começou, como disse, da metade do ano passado pra cá, conseguindo estudar em torno de 35h a 40h semanais. E, para os que se perguntam, EU NÃO FIZ A PROVA DE AFRFB 2014! Coisa da qual me arrependo bastante e vou mostrar o porquê.

Durante meus estudos, sempre tive em mente de dar o meu melhor, pra quando eu terminasse minha graduação, eu pudesse, logo de cara, sair aprovado na Receita Federal. Porém, conforme o tempo passa, e você “só” em casa, estudando, a consciência pesa, começam os sinais de saturação e “inutilidade”. Pra mim foi assim pelo menos. E você começa a se perguntar se deve ou não começar a trabalhar. E foi assim que eu resolvi sair do meu foco totalmente e começar a estudar para o ATA-MF.

No dia 28 de janeiro de 2014 saiu o edital para o concurso do ATA-MF, e eu percebi que das 5 vagas para minha cidade (Cascavel-PR) uma seria minha e resolvi encarar a prova com foco total. Porém sair do foco de AFRFB foi a decisão mais difícil que tive de tomar, pois, apesar de não me sentir preparado para a prova da Receita, eu vi uma evolução imensa desde o início dos meus estudos, e a confiança aumentava gradativamente.

Eu me preparei, reorganizei meu plano de estudos (e, consequentemente, o PLANO DE VIDA), e, em 1 semana depois, lá estava eu, estudando matérias totalmente diversas, e com foco totalmente diverso. Confesso: as primeiras semanas foram agonizantes!

O que eu não esperava, no entanto, é que a autorização e o edital de AFRFB saíssem logo depois (dia 07 de março). Estava feita a “burrada”, 7 meses estudando pra AFRFB, e no dia em que resolvo sair do foco, o edital que esperava há tempos acabava de sair!!!! 

Lá estava eu, “sem rumo”, decepcionado! Porém, não por muito tempo! Pois retomei as estribeiras, e voltei com mais força para o ATA-MF, resolvendo não fazer a prova de AFRFB. Não tinha outra saída!!!!

É aquele negócio: suas escolhas têm consequências! Porque, mesmo não fazendo a prova de AFRFB (a qual eu não poderia assumir, pois não tenho graduação ainda), vou poder trabalhar no lugar em que quero (RFB ou PGFN), e já estarei um passo mais perto dos meus objetivos! 

Estratégia: Você estudou por quanto tempo, contando toda a sua preparação? Durante este tempo de estudo, como você fazia para manter a disciplina?

João: Como dito, minha preparação durou em torno de 10 meses até agora (NÃO PRETENDO PARAR NÃO), porém, especificamente para o concurso do ATA, durou quase 3 meses. Da publicação do edital, até a prova.

Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?

João: Como já vinha estudando para AFRFB, tinha materiais que serviam de base para o concurso, como Administração Pública, Matemática e outros. Porém, várias matérias novas surgiram e eu precisava acompanhar o edital, foi aí que entrou, novamente, o Estratégia! Informática, Ética e Gestão de Pessoas só consegui pelas aulas do Estratégia. Informática, em especial, pois o professor Alexandre Lênin me ajudou muito, sem as explicações dele, não sei o que seria de mim! 

Estratégia: Você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e re-leitura da teoria?

Estudei todas as matérias, e consegui passar pelo edital umas 4, ou 5 vezes durante minha preparação, sempre com muitos exercícios. Em relação a resumos: ODEIO!! Acho muito cansativos e desnecessários! Opinião de cada um, né?!!!

Nas últimas duas semanas antes da prova, reorganizei meu plano, de modo que só faria exercícios da ESAF! O que me ajudou muito, porque já havia lido diversas vezes as leis constantes do edital, e também a teoria. O negócio foi partir para os exercícios, principalmente informática! 

Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?

João: Ah, isso é natural em todos! Dificuldade em umas e facilidade em outras. No meu caso, ou melhor, meu calo foi informática, principalmente a parte de algoritmos, banco de dados e outros mais. Pra superar, nada melhor que muitos exercícios e revisões! 

Estratégia: Na semana da prova, nós sempre observamos vários candidatos assumindo uma verdadeira maratona de estudos (estudando intensamente dia e noite). Por outro lado, também vemos concurseiros que preferem desalecerar um pouco, para chegar ao dia da prova com a mente mais descansada. O que você aconselha?

João: Minha última semana de estudos foi intensa, tanto que não fui à faculdade na semana inteira. Abdiquei de tudo, estudei bastante. Já no sábado, dia anterior à prova, bebi umas 4 cervejas pra relaxar! Fiquei tranquilo, e cheguei muito bem para fazer a prova. 

Estratégia: Pela sua experiência e contato com outros concurseiros, diga-nos quais são os maiores erros que as pessoas cometem quando decidem se preparar para concursos?

João: Os principais erros cometidos, na minha opinião, são dos seguintes grupos:

  • dos que “pulam de galho em galho”, ou melhor, não sabem qual concurso prestar e mudam de foco toda hora;
  • dos que pecam na hora da escolha do material, aqueles que não pesquisam, e acham que os materiais bons se encontram em bancas de jornais e em lojas de R$ 1,99; e
  • dos sem método de estudo.

Bom, eu tenho “orgulho” de dizer que já fiz parte de todos os grupos acima descritos! 

Se eu tivesse “garimpado” antes de iniciar meus estudos, gastaria menos dinheiro, gastaria menos tempo, e ganharia MAIS QUALIDADE!

Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação?

João: A parte mais difícil, acredito eu, ainda está por vir. Meu foco não muda e nem perde o brilho, só demora um pouco mais! Porém, pelo que disse, a parte mais difícil até agora foi ter abrido mão do concurso de AFRFB, ter deixado de lado meu tempo de estudo pra fazer outro com o objetivo de diminuir minha culpa!

Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!

João: Essa mensagem cabe não só aos leitores, mas a mim também.

Estudar para concurso é um meio muito cansativo e desgastante, porém GRATIFICANTE e RECOMPENSADOR. Passar por isso não é para todos, e sim para todos que desejam isso. Não é pela remuneração e status que se entra no Serviço Público, e sim pela satisfação de fazer parte de uma equipe que trabalha em prol do Brasil. É pelo orgulho de poder fazer a diferença, de dar o seu melhor, e ver os resultados ali, de todos e para todos.

Se você é, assim como eu, BRASILEIRO COM ORGULHO, comece a estudar, dê a cara à tapa! O resultado chega! Como eu disse: suas escolhas têm resultados, cabe a você assumir a responsabilidade por elas.

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Coordenação

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