Artigo

Controle emocional aprova mais do que se imagina

Se há uma verdade incontestável no universo dos concursos públicos, esta é: “passa quem está mais bem preparado”. Mas cuidado, caro leitor, nem sempre preparação significa acúmulo isolado de conhecimento.

Isto porque “estar apto” em um ambiente de alta competitividade, como no caso dos concursos públicos, por exemplo, abrange 3 diferentes aspectos:

 

Então, por ora, caro leitor, vamos nos ater aos quesitos físicos e emocionais relacionados à aplicação de prova. Entenda o por quê:

Em um domingo ensolarado não faltarão vizinhos aos locais de prova fazendo churrasco, ao som de Wando acompanhado de fogos de artifício; fiscais de prova conversando na porta; alguns candidatos fazem um verdadeiro banquete em sala, enquanto outros descontrolam-se em pleno desespero, etc…

Fora aquele “colega” de trás com o pé na sua carteira, o ar condicionado pingando na sua mesa, ou o ventilador levando sua prova, ou ainda pior- aquele calor infernal…

Além dessas e de tantas outras adversidades (que dariam um livro) permanecer, de 4 a 5 horas, debruçado num chumaço de folhas de papel, cansa MUITO. Sobretudo se for numa cadeira bamba, com apoio de braço único que emite ruídos a cada movimento seu.

É nesse aspecto, que o fator físico (mental) ganha relevância, o que só se pode aprimorar na prática.

Portanto, uma prova no mundo real não se compara a um simulado online, ou uma bateria do Tec Concursos (apesar da suma importância dessas ferramentas no contexto intelectual).

Por isso, nobres concurseiros, recomendo que se inscrevam em alguns certames e divirtam-se com as adversidades que ocorrem Brasil afora, mesmo antes da prova dos seus sonhos.

Ao adquirir essa experiência, certamente terá maior habilidade para lidar com as variáveis no momento que você necessitar.

Julgo essa experiência tão importante, que faço questão de monitorar os concursos com inscrições abertas e indicar aos meus alunos do Coaching. No caso, levo em consideração aspectos como distância, formação e área – como uma espécie de “radar”. Mas é claro, sem perder o foco do objetivo final.

E o retorno de todos é sempre muito bom, com um nítido amadurecimento a cada prova, inclusive com aprovações inesperadas.

Como dica, deixo uma jogada emocional que aplicava muito quando estava do lado daí da vida concurseira:

“Quando o edital não está na praça, preciso de 100 motivos para querer o cargo, mas na véspera da prova, preciso de mil para não querê-lo!”

Sempre há um edital mais interessante à frente.

E por fim, o controle emocional equipara candidatos avançados (“muito nervosos”) com intermediários (“tranquilos”). E quando os argumentos não são suficientes para acalmar a mente?  Um exercício de respiração  vem a calhar muito bem.

Boa sorte, bons estudos e boas provas!

Rafael Moreno 

Coach Estratégia Concursos

Deixe seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Veja os comentários
  • Muito bacana o texto. Professor, por que não faz um novo texto (de preferência antes da SEFAZ-GO) sobre tipos de exercícios de respiração que podem ajudar na hora do desespero da prova. Inclusive, sobre o tema, já vi um excelente vídeo do Alexandre Meireles ,não especificamente sobre respiração, mas como retomar o foco " na hora que deu branco" . Mais técnicas sempre são bem vindas para saber o que realmente acredito que funciona. Att.
    Ronaldo em 22/08/18 às 15:37
    • Olha Ronaldo, recomendo que comece já a fazer uma meditação antes de dormir todas as noites, uns 3 min já são suficientes. Eu aprendi isso na época dos concursos, e viciei! Até hoje pratico, pois melhora muito o sono e você demanda menos horas de sono para acordar revigorado. Daí quando necessitar fazer mão dessa técnica na prova, você conseguirá disparar o gatilho do relaxamento com maior facilidade. Não tem mistério: sentado de pernas cruzadas+ silêncio + foco na respiração (lenta). No início os pensamentos são inquietos e perturbam o foco na respiração, mas com o tempo, se decantam naturalmente. Obrigado pela dica, pode ser que saia um artigo com esse enfoque em breve. abraços!
      Rafael Moreno em 22/08/18 às 16:48
  • Nossa, Rafael! Ótimo artigo! Tenho um exemplo semelhante. Quase não fui fazer o concurso de ATA do MF/2014 porque não me sentia preparada. Mas por insistência do meu marido fiz e fui aprovada. Atribuo o sucesso aos anos de estudo acumulado e principalmente à tranquilidade com que fiz a prova. Afinal fui completamente convicta de que não passaria mesmo e teria que continuar estudando no dia seguinte. Abraços!
    Elisangela em 22/08/18 às 09:49
  • Ah, Professor cadê o botão de curtir mil vezes?! Obrigada!
    Anna em 22/08/18 às 02:04
    • Fico feliz em saber que gostou, Anna. Aliás, nos 3 concursos da área fiscal em que fui aprovado estava sempre na expectativa de publicação do resultado de algum outro. No ICMS-CE, por exemplo, estava tão convicto de que estava aprovado no ISS-SP que quase não fui fazer a prova...rs (mas graças à insistência da minha esposa fui mesmo assim...ufa, pq fiquei na reserva do ISS-SP)
      Rafael Moreno Oliveira de Souza em 22/08/18 às 09:18
  • Olá Rafael, concordo contigo "Se você desenvolve os hábitos do sucesso, você fará do sucesso um hábito."(Michael E. Anglier)
    Ricardo em 22/08/18 às 01:53
    • Na mosca! Lembre-se da máxima do futebol: jogo é jogo, treino é treino! Abraços
      Rafael Moreno Oliveira de Souza em 22/08/18 às 09:20