Concursos municipais e estaduais: vale a pena se inscrever?
Entenda neste artigo por que é interessante investir em concursos municipais e estaduais, e o que deve ser considerado ao tomar essa decisão.
Olá, pessoal!
Neste artigo, trataremos de um questionamento bastante recorrente no mundo dos concursos, principalmente no caso de alunos que estão iniciando sua jornada de estudos: vale a pena se inscrever em concursos estaduais e municipais?
Esse é o tipo de pergunta para o qual não temos respostas absolutas, que se encaixam na realidade de qualquer pessoa. É preciso analisar questões como a área do concurso almejado, o tempo do qual se dispõe para esperar por uma oportunidade específica e a intenção de permanência no cargo, para citar apenas alguns aspectos mais relevantes.
Portanto, o que se pretende aqui é trazer luz a elementos que porventura não estejam sendo considerados, para que cada aluno possa fazer suas reflexões e tomar decisões adequadas a seu contexto de vida. Vamos lá!
Quando abrir mão do “concurso dos sonhos”?
A experiência própria e a de acompanhar outros alunos da área fiscal demonstram que, geralmente, a decisão de estudar para concursos vem acompanhada de um “concurso dos sonhos” – que, no caso da área fiscal, é o concurso para Auditor Fiscal da Receita Federal.
Via de regra, são os concursos federais que atraem os alunos iniciantes, devido aos bons salários, à grande quantidade de vagas ou simplesmente por serem mais conhecidos. No entanto, à medida que o tempo passa, diversos fatores podem desmotivar a continuidade dos estudos.
O primeiro deles é a falta de perspectiva de abertura de novos concursos. Nesses casos, o órgão responsável pelo certamente simplesmente fica silente, ou suscita rumores que não se confirmam, ensejando ansiedade e frustração naqueles que estão estudando e esperam por qualquer notícia para ter menos incertezas quanto à sua programação.
Há casos também em que o edital dos sonhos chega cedo demais, quando o aluno não está no ponto máximo de sua preparação. Perde-se a oportunidade e, com isso, é preciso ter muita resiliência emocional para manter o foco, esperando pelo próximo concurso, que pode demorar.
Diante dessas situações, por que não ampliar as perspectivas e expectativas? Durante o próprio processo de estudos, é importante conhecer melhor sua área de estudo, incluindo outras oportunidades além da inicialmente pretendida.
Isso não é desistir fácil, não é abrir mão do sonho. Ao longo do percurso, é comum que rotas sejam recalculadas e que pensamentos aparentemente imutáveis sejam ressignificados. Mudar de objetivo pode ser maravilhoso e levar a destinos muitas vezes até melhores do que o planejado.
Quais são os pontos positivos?
Uma grande vantagem de investir em concursos municipais e estaduais é a quantidade de oportunidades, caso seja do seu interesse verifique as vagas previstas para 2023. É notável que muitas delas referem-se a concursos de estados e municípios. Então por que não aproveitar o que está posto?
No caso dos municípios, a grande oferta de vagas prevista pode ser explicada pelo fato de 2023 ser o terceiro ano de mandato dos atuais prefeitos. É comum que, após a fase inicial de adaptação e de controle firme das contas, os governos decidam fazer contratações a partir do meio do segundo ano, para dar conta de acelerar a consecução dos seus objetivos.
Vale ressaltar que, ao decidir se inscrever em concursos municipais e estaduais, não é preciso desistir do cargo desejado na esfera federal. Se as atribuições do cargo são o que realmente importam, vale a pena pesquisar se há um “equivalente” do seu concurso dos sonhos.
É possível que existam concursos estaduais e municipais para o mesmo cargo e com salários e benefícios igualmente atrativos. Utilizando, novamente, a área fiscal como referência, os fiscos municipais e estaduais seguem em ritmo acelerado, dando sequência à tendência que voltou em 2018.
Quais os pontos negativos?
Um possível problema em concursos municipais e estaduais é a escolha das bancas. É mais comum que a administração pública dessas esferas opte por bancas totalmente desconhecidas, sem capacidade técnica e até mesmo logística.
Como consequência, nesses casos, as provas costumam conter questões mal formuladas, que não cobram conhecimento relevante e que, muitas vezes, mereceriam ser anuladas. Ou ainda, ocorrem problemas de organização, como troca de provas, abertura de pacotes errados etc.
Essa escolha acarreta ainda em desconfianças quanto à lisura do processo seletivo, já que, em tese, é mais provável que as bancas desconhecidas sucumbam a falcatruas. Essa possibilidade desencoraja muitos candidatos a investir nesse tipo de concurso.
No entanto, deve-se considerar também que há muitos concursos municipais e estaduais que optam sim pela contratação de bancas renomadas, inclusive as mesmas que organizam concursos federais.
Por hoje, finalizamos mais um artigo, pessoal! Continuem buscando sua oportunidade com muito empenho e dedicação!
Lara Dourado