Educação

Concurso SEMED Maricá: sugestões de recurso – Docente II

As provas objetivas do concurso do concurso SEMED Maricá foram aplicadas na última quarta-feira (01/05) e aqui você poderá conferir as sugestões de recursos para o cargo de Docente II.

Os recursos foram elaborados pelos professores e especialistas do Estratégia Concursos com base neste caderno.

Lembre-se que o recurso é individual e a cópia pode resultar na anulação da sua interposição. Confira as sugestões na transcrição logo abaixo!

Concurso SEMED Maricá: recursos para Fundamentos da Educação

Confira abaixo os recursos elaborados pelo professor Romário Falci:

RECURSO QUESTÃO 11 DOCENTE II

Solicito recurso para anulação da questão 11 da prova de Docente para a Prefeitura de Maricá, pois não existe nenhuma alternativa correta na referida questão.

A questão 11 diz o seguinte:
11 Entre as opções abaixo, assinale a medida que está de acordo com as disposições do art. 3o, inciso IV, da Constituição Federal, que repudiam o preconceito e quaisquer formas de discriminação, e reconhecem a singularidade irredutível de todos os indivíduos, especialmente no contexto das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) étnico-raciais.

A reposta certa foi a letra A “(A) Inclusão de disciplinas sobre história e cultura afro-brasileira e indígena no currículo escolar.”

Porém a resposta está errada, pois história e cultura afrobrasileiras não são consideradas disciplinas e sim um conteúdo obrigatório, além do Parecer 03/2004 citado na questão não se referir a educação indígena.

Abaixo segue as citações das Diretrizes Curriculares Nacionais Étnico-Raciais e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação.

Parecer 03/2004 que afirma sobre a educação afrobrasileira e não cita a indígena.

“Art. 1° – A presente Resolução institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, a serem observadas pelas instituições de ensino de Educação Básica, nos níveis de Educação Infantil, Ensino Fundamental, Educação Média, Educação de Jovens e Adultos, bem como na Educação Superior, em especial no que se refere à formação inicial e continuada de professores, necessariamente quanto à Educação das Relações Étnico-Raciais; e por aquelas de Educação Básica, nos termos da Lei 9394/96, reformulada por forma da Lei 10639/2003, no que diz respeito ao ensino sistemático de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, em especial em conteúdos de Educação Artística, Literatura e História do Brasil.”

Além disso, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, no artigo 26 A, afirma que a educação afrobrasileira e índigena será obrigatória em todo currículo, mas em nenhum momento define que sejam dentro de uma disciplina específica. Afirmando a sua categoria de conteúdo e tema transversal.

“Lei 9.394/96, Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena.

§ 1o O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil.

§ 2o Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito detodo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras.”

Sendo assim, peço a anulação da questão.

RECURSO QUESTÃO 12 DOCENTE II

Solicito recurso para troca de gabarito da questão 12 da prova de Docente II da Prefeitura de Maricá. A refetida questão diz sobre:

12 As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica podem ser consideradas:
(A) diretrizes fixas que excluem a participação das famílias e dos estudantes.
(B) orientações obrigatórias que devem ser seguidas pelas escolas.
(C) recomendações opcionais para as escolas, sem impacto direto na elaboração dos currículos. (D) sugestões flexíveis que podem ou não ser adotadas pelas instituições de ensino.

(E) guias de planejamento pedagógico que devem ser desenvolvidos, exclusivamente, pelos gestores escolares.

A resposta do gabarito dabanca foi a Letra D, afirmando que as diretrizes curriculares nacionais são sugestões flexiveis que podem ser adotadas ou não pelos sistemas de ensino. Porém, essa resposta vai contrária a definição da própria resolução que se define como uma doutrina que deve orientar todas as escolas da educação básica.
Logo a resposta que melhor define a questão é a letra B.

Não deve-se confundir a flexibilidade de adaptar a resolução em cada estabelecimento escolar com a falta obrigatoriedade das Diretrizes serem seguidas.

Segue abaixo a citação que justifica os argumentos acima. Diretriz Curricular Nacional da Educação Básica, página 7

“O sentido adotado neste Parecer para diretrizes está formulado na Resolução CNE/CEB no 2/98, que as delimita como conjuntode definições doutrinárias sobre princípios, fundamen tos e procedimentos na Educação Básica (…) que orientarão as escolasbrasileiras dos sistemas de ensino, na organização, na articulação, no desenvolvimento e na avaliação de suas propostas pedagógicas.”

A RESOLUÇÃO CEB No 2, DE 7 DE ABRIL DE 1998 também afirma:

“Art. 1o A presente Resolução institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, a serem observadas na organização curricular das unidades escolares integrantes dos diversos sistemas de ensino.”

“Art. 2o Diretrizes Curriculares Nacionais são o conjunto de definições doutrinárias sobre princípios, fundamentos e procedimento da educação básica, expressas pela Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, que orientarão as escolas brasileiras dos sistemas de ensino na organização, articulação, desenvolvimento e avaliação de suas propostas pedagógicas.”

Sendo assim, peço que a banca reconsidere a troca de gabarito da letra D pela letra A.

RECURSO QUESTÃO 15 DOCENTE II

Solicito recurso para anulação da questão 15 da prova de Docente II da Prefeitura de Maricá por haverem mais de uma resposta como correta.

A referida questão diz o seguinte:

15 Em relação ao direito à liberdade, e de acordo com o capítulo II do Estatuto da Criança e do Adolescente, um dos direitos da criança e do adolescente configura-se pelo
(A) direito de ser protegido contra qualquer tratamento desumano.
(B) direito de receber educação de qualidade.

(C) direito de expressar opiniões e ideias livremente. (D) direito de receber assistência médica gratuita.
(E) direito de participar da vida política, conforme a lei.

O gabarito da banca é a letra C, porém a Letra E também está correta diante da letra da lei 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente). O artigo 16 afirma:

Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:
I – ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais; II – opinião e expressão;
III – crença e culto religioso;
IV – brincar, praticar esportes e divertir-se;
V – participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação;
VI – participar da vida política, na forma da lei;
VII – buscar refúgio, auxílio e orientação.
Diante do exposto acima, solicito a anulação da questão.

RECURSO DA QUESTÃO 16 DOCENTE II

Solicito recurso para anulação da questão 16 da prova de Docente II da Prefeitura de Maricá por não haver nenhuma resposta correta.

A referida questão afimra:

16 O ensino religioso nas escolas públicas de ensino fundamental, de acordo com o art. 210 da Constituição Federal, é: (A) proibido.
(B) facultativo e será ministrado fora do horário escolar.
(C) facultativo e constituirá disciplina dos horários normais das escolas.

(D) obrigatório apenas para escolas particulares de ensino fundamental.

(E) obrigatório durante os horários normais das escolas.

A resposta da Banca foi a letra C, porém a mesma encontra-se errada por gerar duplo sentido sobre a sua utilização.
O Ensino Religioso é de obrigatório oferecimento nas escolas públicas de ensino fundamental e é bloco constituinte da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Facultativo é a matrícula do aluno.

Segue a ítegra do artigo 210 da Constituição

A Base Nacional Comum Currícular do Ensino Fundamental, no Item 4.5 Ensino Religioso também afirma: “

Além disso, afirma com todas as palavras:

Sendo assim, peço a anulação da questão.

RECURSO QUESTÃO 40 DOCENTE II

Solicito recurso para anulação da questão 40 da prova de Docente II da Prefeitura de Maricá pois todas as respostas estão corretas e serem citadas no livro em questão.

A referida questão afirma:

40 No livro A Organização do Currículo por Projeto de Trabalho, Hernández e Ventura justificam que não consideram projeto como método de ensino porque:
(A) não há uma sequência única e geral para todos os projetos. Inclusive, quando duas professoras compartilham uma mesma pesquisa, o percurso pode ser diferente.

(B) o desenvolvimento de um projeto não é linear nem previsível.
(C) o professor também pesquisa e aprende.
(D) não pode ser repetido.
(E) choca-se com a ideia de que se deve ensinar do mais fácil ao difícil.

A resposta da banca foi a letra B, porém todas as outras estão corretas segundo o livro e a visão dos autores. Segue um trecho do livro, na página 13

– Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais.

§ 1o – O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental.

A Constituição Federal de 1988 (artigo 210) e a LDB no 9.394/1996 (artigo 33, alterado pela Lei no 9.475/1997) estabeleceram os princípios e os fundamentos que devem alicerçar epistemologias e pedagogias do Ensino Religioso, cuja função educacional, enquanto parte integrante da formação básica do cidadão, é assegurar o respeito à diversidade cultural religiosa, sem proselitismos. Mais tarde, a Resolução CNE/CEB no 04/2010 e a Resolução CNE/CEB no 07/2010 reconheceram o Ensino Religioso como uma das cinco áreas de conhecimento do Ensino Fundamental de 09 (nove) anos.”

Estabelecido como componente curricular de oferta obrigatória nas escolas públicas de Ensino Fundamental, com matrícula facultativa, em diferentes regiões do país, foram elaborados propostas curriculares, cursos de formação inicial e continuada e materiais didático-pedagógicos que contribuíram para a construção da área do Ensino Religioso, cujas natureza e finalidades pedagógicas são distintas da confessionalidade.

O termo “Métodos de Projetos” foi usado primeiramente em 1918 pelo pedagogo William Heard Kilpatrick, que dedicou suacarreira à educação. São os métodos que estabelecem o que e como as coisas irão funcionar em sala de aula, ou seja, o que os alunos irão aprender, a forma como irão aprender e como os professores irão lecionar.

Os métodos são considerados fórmulas, técnicas que, na qual com sua aplicação o professor não ficará sujeito a insegurança em relação ao planejamento das aulas.

Dessa forma, Hernández cita o porquê que os projetos não deveriam ser considerados um método:
a) não há uma sequência única e geral para todos os projetos. Inclusive quando duas professoras compartilham uma mesma pesquisa, o percurso pode ser diferente;
b) o desenvolvimento de um projeto não é linear nem previsível;
c) o professor também pesquisa e aprende;
d) não pode ser repetido
e) choca-se com a ideia de que se deve ensinar do mais fácil ao difícil;
f) questiona a ideia de que se deve começar pelo mais próximo (a moradia, o bairro, as festas, etc.) da mesma maneira que já não se ensinam primeiro as vogais, depois as consoantes, as sílabas, as palavras, a frase;
g) questiona a ideia de que se deva ir “pouco a pouco para não criar lacunas nos conteúdos”;
h) questiona a ideia de que se deva ensinar das partes ao todo, e que, com o tempo, “o aluno estabelecerá relações”.

Diante do exposto acima, peço a anulação da questão.

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Letícia Teixeira

Jornalista com experiência de mais de quatro anos no segmento de concursos públicos. Especializada em Narrativa Transmídia e Storytelling pela Universidade Católica de Brasília, com atuação nas áreas de SEO, conteúdo, Webwriting e Copywriting.

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