Estrategianos, tudo bem?
Como já é de conhecimento de todos, o edital do concurso do TRF da 5ª Região foi publicado. Há uma grande expectativa dos concurseiros, uma vez que a remuneração é atraente e esse tipo de concurso costuma convocar muitas pessoas além das vagas mencionadas em edital. Portanto, ao meu ver, é uma seleção que é decidida nos detalhes de uma excelente preparação.
Os candidatos astutos sabem que não dá para descuidar com essa importante etapa da seleção. Muitos deixam de ingressar na carreira pública exatamente porque não deram a devida importância à redação.
A pergunta que paira no ar é: afinal, como mandar bem na prova discursiva?
Particularmente, penso que são necessários três caminhos para mandar bem na redação da Fundação Carlos Chagas (FCC), que é a banca organizadora do concurso do TRF-5. São eles: conhecer o estilo da banca, saber exatamente o que a FCC pede no edital do concurso e se preparar com um excelente material, focado para leva-los à excelência de redigir um bom texto dissertativo.
Vamos lá!
O famoso Sun Tzu (544 a.C – 496 a.C), general e filósofo chinês, dizia que se uma pessoa conhece a si mesmo e ao seu inimigo, não precisaria temer os resultados das batalhas. Já o filósofo Plutarco (45 d.C – 120 d.C) nos deixou reflexões de como tirar proveito de nossos inimigos.
A Fundação Carlos Chagas (FCC) é uma instituição sem fins lucrativos, reconhecida como de utilidade pública nas esferas federal, estadual e municipal. Dedica à avaliação de competências cognitivas e profissionais e à pesquisa na área de educação.
Surgiu na década de 1960 a partir de um grupo de professores-pesquisadores universitários, que defendiam uma educação superior voltada ao domínio mais amplo de conhecimentos, opondo-se criticamente à especialização excessiva que caracteriza ainda hoje a formação superior no Brasil. Ou seja, a FCC preza uma formação humanista e interdisciplinar. Como toda entidade que realiza pesquisas sobre educação e sociedade, um de seus fundamentos é aquilo que está em praticamente todos os documentos educacionais: formar um indivíduo capaz de pensar criticamente e de forma autônoma – guarde isso! Além dessas características, suas provas discursivas buscam a partir de uma referência no pensamento abstrato, isto é, conceitual de alguma reflexão filosófica, sociológica e histórica, para relacioná-la e aplicá-la a uma questão social do presente, de nossa sociedade contemporânea.
Veja um exemplo que foi cobrado, em 2017, na prova discursiva do TRE-PR, cargo de Técnico Judiciário:
“Há, por trás do protocolo não escrito para o uso do espaço público, a acepção geral de que todos são iguais numa cidade e, logo, perante a lei. A divisão igualitária do espaço público é uma consequência prática da tal “Religião Civil” que Rousseau afirmou ser necessária para que o pacto social vingasse: a crença na ideia de que sairemos ganhando se cada um abrir mão de um pouco da sua liberdade em nome de um bem maior.”
(Adaptado de: PRATA, Antonio. Disponível em: www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2017/07)
Desenvolva um texto dissertativo-argumentativo a partir das ideias expostas acima”.
A FCC aplica provas de concursos considerados de alto rendimento, portanto, há uma exigência de que o candidato vá além do domínio da norma culta da língua portuguesa e do emprego do tipo textual dissertativo-argumentativo. Espera-se do candidato uma reflexão amadurecida, que mostre o seu repertório cultural, seu capital cultural.
É válido ressaltar que a FCC vem cobrando dois tipos textuais em suas redações: a dissertativa-argumentativa e o estudo de caso. O primeiro é o mais conhecido (introdução, desenvolvimento e conclusão), no qual o candidato precisará defender uma tese, um posicionamento a partir de argumentos coerentes, lógicos, bem fundamentados. O segundo visa à análise de uma situação-problema da realidade específica do conhecimento profissional do cargo almejado, isto é, o candidato precisará movimentar conhecimento técnico de uma área específica do saber para demonstrar como solucionaria determinada problemática.
Temas cobrados em 2016:
TRT 20ª Região, Técnico Judiciário: ciência
TRT 20ª Região, Analista Judiciário: direito à cidade
TRT 23ª Região, Enfermagem do Trabalho: o medo e a inveja em uma sociedade segmentada
TRT 23ª Região, Analista Judiciário: a importância dos museus
TRT 14ª Região, Analista Judiciário: trabalho
O que a FCC exige no edital do concurso do TRF-5?
Os cargos de Analista Judiciário (Área Judiciária, Avaliador Federal e Área Administrativa) e de Técnico Judiciário (Área Administrativa) irão exigir a redação.
Segundo o edital em seu capítulo décimo, a prova discursiva terá valor máximo de 100 (cem) pontos. Constituir-se-á de 1 (uma) redação de texto dissertativo, cujo tema será sobre assunto de interesse geral. Como bem conhecemos a banca organizadora do certame, Fundação Carlos Chagas (FCC), esse assunto de interesse geral está, geralmente, associado a temas da contemporaneidade, de caráter filosófico e sociológico.
Serão avaliados os seguintes critérios:
Conteúdo (40 pontos):
Obs.: A nota será prejudicada, proporcionalmente, caso ocorra abordagem tangencial, parcial ou diluída em meio a divagações e/ou colagem de textos e de questões apresentados na prova.
Estrutura (30 pontos):
Expressão (30 pontos):
Obs.: A avaliação da expressão não será feita de modo estanque ou mecânico, mas sim de acordo com sua estreita correlação com o conteúdo desenvolvido.
O Estratégia Concursos pensou em algo para quem vai fazer a prova do TRF-5?
Claro =) Como vocês puderam ver é preciso estar afiado com a parte técnica da redação e aplicar um bom conteúdo em suas argumentações. Pensando em oferecer o que há de melhor na preparação de provas discursivas, montamos um curso especial que une a parte técnica (microestrutura) com a parte de conteúdo (macroestrutura). Conheça a proposta do curso de Discursivas para o TRf-5:
DISCURSIVA ANALISTA JUDICIÁRIO
Confira os meus comentários sobre o tema do TRE-PR, o qual foi organizado pela FCC:
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Abraços,
Prof. Raphael Reis
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