Olá, queridas e queridos! Tudo bem com vocês? O artigo de hoje dará dicas de como grifar e comentar o Código Civil. Evidenciaremos como ele pode ser otimizado em duas situações: paralelamente a um curso de Direito Civil ou após tê-lo completado. Vamos lá!
O Código Civil consolida praticamente todo o conteúdo referente à matéria de Direito Civil, possuindo um total de 2.046 artigos. A importância do Código Civil, no estudo de Direito Civil, não reside somente no fato de ser a fonte de conteúdo da disciplina. Além disso, a maneira como se dá a construção das questões revela a importância desse código.
Estamos falando de uma cobrança quase completamente literal: baseia-se em cópias e adaptações dos dispositivos do código. Sabemos que sua extensão é bastante considerável e que, num primeiro momento, é difícil entender como grifar e comentar o Código Civil. Traremos dicas gerais, que serão utilizadas em ambos casos, e duas situações globais em que o estudo se realizará.
Código Civil na íntegra: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm
Grifar corretamente é algo essencial no aprendizado de como grifar e comentar o Código Civil. É comum que os candidatos saibam que os grifos devem ser utilizados em pontos importantes da matéria. O problema nasce da noção do que é importante. Além disso, também é necessário ter em mente a quantidade de conceitos que são importantes.
Num primeiro contato com uma disciplina, é comum que o candidato acredite que tudo é importante. Por essa característica, é interessante se guiar por um material de qualidade, que evidencie onde o aluno necessita focar. Mesmo com tal evidenciação, muitos costumam sair grifando quase tudo o que veem pela frente. O PDF ou livro ficam todos coloridos e o aluno costuma pensar “olha como eu fiz um bom trabalho”. O pensamento, infelizmente, não é tão verdadeiro.
Grifar possui dois benefícios principais: ajudar na manutenção do foco e atenção enquanto se estuda e servir como referência visual posterior. Entendemos que, provavelmente, os alunos que grifem “tudo e mais um pouco” estejam bastante focados na primeira beneficie. Por outro lado, isso acaba destruindo a segunda.
A referência visual acontece com a evidenciação de pontos específicos e importantes em meio a muitas informações. Dessa forma, o cérebro reconhece uma folha quase toda em branco e preto e que possui alguns trechos coloridos. Tais trechos despertam uma maior atenção das funções cognitivas e trazem um alerta para que possuam maior enfoque quando comparado ao resto das informações.
Esse é o grande poder dos grifos, quando bem feitos: levar nossa atenção máxima a pontos específicos e significativos. O que acontece quando há muitos grifos? Ao invés de haver uma canalização de atenção em pontos específicos, o cérebro “pensa” que todos os termos grifados são realmente importantes, o que não é verdade. Isso causa confusão e atrapalha a absorção das informações.
Além de saber quais informações grifar, também é necessário saber como elas serão grifadas para obter o progresso em como grifar e comentar o Código Civil. Para grifar com técnica é imprescindível agir com cautela. Veremos, no tópico a seguir, técnicas de como descobrir quais artigos e dispositivos merecem atenção, o que é essencial para a técnica.
A partir do momento em que o aluno sabe quais artigos são os mais importantes, há a necessidade de realçá-los de maneira correta. Como são dispositivos importantes não devo grifá-los por completo? Não! Cada dispositivo possui núcleos: palavras que são as mais importantes e norteiam o conceito existente ali. A ideia é grifar somente essas palavras, já que, quando captadas pelo cérebro, acabarão trazendo todo o conceito ali exposto.
Sim, tal leitura não vai acontecer num primeiro momento, mas essa é a ideia de utilizar os grifados para ler mais em menos tempo. Além dos núcleos, também é interessante que sejam marcadas palavras que possam ser trocadas ou omitidas pelo examinador. Isso diferencia tais adaptações do que está disposto no código e, consequentemente, torna-as assertivas falsas. Nunca, sempre, e, ou, exceto, salvo, sem, com e não são alguns exemplos desse estilo de palavra.
Entender qual é a consequência jurídica de um certo dispositivo ajuda, e muito, a memorizar sua literalidade. Sabemos que não é uma tarefa fácil de ser realizada em um primeiro momento. Leva-se tempo para raciocinar e consolidar esse entendimento. Porém, já que houve tal compreensão e investiu-se tempo para isso ocorrer, o ideal é materializar essa assimilação.
Essa materialização pode ser realizada por meio de um comentário no dispositivo, de preferência curto e objetivo. A ideia não é que seja uma explicação extensa e detalhada. Muito pelo contrário, é que seja um comentário prático que faça com que o aluno lembre o que aquele artigo significa ou implica. O objetivo é que o comentário retome o aluno ao pensamento resultante de momentos de concentração, quando conseguiu compreendê-lo.
Tal técnica é importantíssima para economizar tempo, muito tempo. Se houve dúvidas numa primeira lida do artigo, a chance de ocorrerem novamente, no próximo momento em que retornar a ele, é muito grande. Sem a existência do comentário, seria novamente despendido tempo para entender o que está descrito no artigo.
O comentário ajuda a retomar o entendimento que já fora realizado. Dessa forma, é importante que faça sentido para o próprio aluno, não necessitando de muitas formalidades. Lembrando: é sempre interessante fazer o comentário mais curto e objetivo possível. Pode ser mais difícil no início, porém, é necessário manter essas características em mente. Exemplos de alguma situação geral que é citada no dispositivo também ajudam na fixação.
As dicas e técnicas explicadas acima irão ser utilizadas nas duas situações evidenciadas a seguir. Aqui, falaremos das peculiaridades de como grifar e comentar o Código Civil, dependendo do momento em que isso acontecerá.
Tendo em vista que a cobrança de Direito Civil é extremamente literal, consideramos que o contato com o Código Civil deve ser iniciado o quanto antes. Não estamos pedindo para que o aluno comece a lê-lo de cabo a rabo e ao zero. Por meio de um bom curso de Direito Civil, há a evidenciação dos principais e mais importantes dispositivos do código. Além disso, existem baterias de exercícios para fixar os conceitos e demonstrar, também, os artigos mais cobrados.
A ideia é seguir o andamento do curso já fazendo as devidas marcações e comentários no Código Civil. Por exemplo: a aula 0 refere-se aos artigos 1º ao 39, então o candidato já deixa o código aberto nessa parte enquanto estuda a aula. Não estamos falando para ficar parando, a todo tempo, para olhar o código. O objetivo é acessá-lo para os conceitos extremamente importantes.
Tais conceitos serão os que o professor do curso evidenciar como muito importantes no decorrer da aula teórica, assim como aqueles artigos muito pedidos nas questões. Sobre as questões: não é por que um artigo foi cobrado em uma única questão, numa bateria de 30/40, que ele deve ser destacado. Lembre-se da primeira dica: grife com cautela. Um artigo que aparece em 8, 10, 12 questões em uma bateria de 30/40, todas referentes a um mesmo assunto, é um bom dispositivo a ser grifado.
Nessa situação, o aluno já possui uma base e proximidade com os tópicos da disciplina. Por outro lado, é muito comum que não tenha entrado em contato com o código até então. Sem problemas, ainda é tempo de ficar craque em como grifar e comentar o Código Civil. Aqui, a estratégia é diferente do primeiro caso: as questões mostrarão os dispositivos extremamente significativos.
Para facilitar tal evidenciação, o aluno deve realizar baterias de questões relacionadas a assuntos específicos. A divisão dos assuntos pode seguir a mesma segmentação utilizada nas aulas do curso. O aluno deve resolver uma quantidade significativa de questões sobre aquele assunto, cerca de 40/50 são suficientes. Além de, claramente, tentar acertá-las, deve estar muito atento a quais literalidades e conceitos estão sendo repetidamente cobrados.
Caso haja dificuldade em perceber essa repetição no decorrer das questões, o aluno pode realizar um grupo menor delas, por exemplo, 10 questões, e, após a resolução, voltar para verificar quais dispositivos e conceitos se repetem. É imprescindível, para o sucesso da técnica, que o aluno mantenha relativamente poucos dispositivos do código demarcados. A mesma métrica do exemplo acima também é válida. Um artigo que aparece em 8, 10, 12 questões em uma bateria de 30/40 é um bom dispositivo a ser destacado.
Esperamos que tenham gostado das dicas de como grifar e comentar o Código Civil. Tentamos evidenciar pontos mais amplos e também situações práticas próximas à realidade do candidato. O domínio de como grifar e comentar o Código Civil, com certeza, resultará em ótimos resultados nas provas de Direito Civil.
Desejo ótimos estudos a todos e um grande abraço.
Caio Castilho.
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muito bom o artigo, mas um dúvida cruel:devo realizar os exercícios somente após a conclusão do estudo integral de uma aula em pdf sobre um assunto de direito ( por exemplo, direito das coisas do direito civil) ou pode ser antes mesmo da conclusão? Aguardo resposta
Olá, Tadeu! Não vejo problema algum em realizar questões antes da finalização de uma aula completa. Alguns temas possuem aulas muito extensas, como é o caso de direitos reais sobre a coisa alheia. Dessa forma, ir realizando exercícios, antes do término do aula, pode auxiliar na fixação daqueles subtópicos que já foram estudados. Abraços e bons estudos!