Como fui aprovada para Analista do Banco Central
Olá!
Meu nome é Camila Barros, sou pernambucana, morando atualmente em Brasília e tenho 29 anos. Sou Analista do Banco Central desde 2010 e coach aqui no Estratégia Concursos.
Sou formada em Administração, pela Universidade de Pernambuco (FCAP-UPE) e tenho MBA em Gestão Empresarial, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Resolvi estudar para concurso quando estava finalizando a graduação em Administração. O final da graduação costuma ser uma fase de tomada de decisão sobre o nosso futuro, envolvendo aí o estilo de vida que queremos ter. Ao entrar para o curso de Administração sempre tive como objetivo ser executiva em uma multinacional, o caminho natural aí seria passar numa seleção para trainee. Participei de inúmeras seleções, me dediquei bastante e tive muitas frustrações nesse processo, até que, finalmente, fui aprovada para estágio em uma grande multinacional.
Estava bastante realizada, trabalhando na empresa que eu queria com o assunto que eu gostava. Até que chegou a crise de 2008 e inúmeras demissões. Pessoas extremamente dedicadas e competentes perdendo seus empregos sem grandes justificativas ou explicações.
Esse cenário me fez ver que aquilo, definitivamente, não era o que eu desejava para minha vida. Relutei bastante em pedir demissão e abrir mão do que, até aquele momento, era meu sonho. Mas, tomei coragem e saí.
Nesse momento, minha vida com os concursos começou.
A primeira decisão a ser tomada era: para qual concurso estudar. Levei muito a sério essa decisão, pois estava escolhendo um trabalho que acreditava ser “para o resto da minha vida” e além disso, meu salário e meu lugar de moradia.
Sempre quis trabalhar na minha área, com Administração. Tinha uma meta de um salário inicial de “5 dígitos”. E queria um concurso federal, com possibilidade de moradia em Recife. Sempre me preocupei muito também em trabalhar em um local reconhecido como um bom ambiente de trabalho e uma instituição ética. O Banco Central se encaixava em todos esses requisitos.
Decisão tomada, parti para a prática: análise do edital, planejamento dos estudos e definição do material.
Não conhecia absolutamente ninguém que estudava para concurso. Apenas pessoas que, assim como eu, estavam começando a entrar nesse “mundo”. Nesse momento, meu conhecimento de administração me ajudou muito a planejar e a estabelecer metas. Mas sem dúvidas, uma orientação, como um coaching, teria sido bastante valioso e me pouparia, além de tempo, muita “batida de cabeça”.
Ao longo desse processo, várias vezes, tive vontade de desistir, me senti insegura, achei que jamais aprenderia Direto Constitucional e que Economia era demais para mim. Tinha a certeza de que seriam necessários anos e anos de estudo e que eu jamais teria tanta persistência.
Mas, respirava fundo e estudava.
Logo, logo o edital saiu. Replanejei tudo. Abri mão de muita coisa: companhia dos amigos, confraternizações de fim de ano, férias na praia. E estudei. De domingo a domingo.
Apesar de toda insegurança (eu, de fato, não imaginava que teria chance de ser aprovada) fiquei muito nervosa na véspera da prova. Fazia acompanhamento psicológico na época (recomendo demais) e isso me ajudou muito.
Fiz a prova com muita dedicação. Prestando atenção em todos os detalhes e, fator essencial, administrando bem o tempo. Sabe aquele ditado que sorte é a combinação de preparação com oportunidade? Foi o que aconteceu comigo. Eu estava preparada e parecia que a prova tinha sido, praticamente, feita para mim.
E, a partir daí, foi só comemoração. A cada resultado publicado, uma vitória. E eu fui aprovada no concurso que eu queria.
Para mim, a aprovação em um concurso não depende apenas do conhecimento do candidato. Depende de um bom planejamento de estudo, do uso de boas técnicas de estudo, do acesso a bons materiais, de um bom planejamento para prova, de equilíbrio, de saber administrar bem o tempo e de tranquilidade.
Qualquer dúvida ou curiosidade é só perguntar! Terei prazer em responder.
Camila Barros
Analista do Banco Central do Brasil