Como fui aprovada no ICMS/SP – Minha trajetória
Olá futuros colegas servidores públicos!!!
Eu sou Silvana Diniz, auditora fiscal do Estado de São Paulo (Fiscal do ICMS) e coach do Estratégia Concursos.
Quando decidi escrever um artigo para me apresentar, vários assuntos me vieram à cabeça: contar sobre minha rotina de trabalho no Estado, falar sobre técnicas de estudo, confessar se estou satisfeita profissionalmente no “pós-concurso”, enfim… Mas percebi que a melhor forma de começar, seria contando minha trajetória desde quando decidi me aventurar no universo dos concursos públicos.
Como isso não faz muito tempo – passei no concurso de 2013 – lembro perfeitamente o quanto achava incrível ouvir as histórias das pessoas que já tinham conseguido a aprovação. Ouvi-las tornava “a coisa” mais real, mais tangível… Eu percebia que eram pessoas normais que estavam lá, na lista de aprovados!!!
Então, cá estou eu pra dividir um pouquinho da minha vida com vocês…
Eu tenho pai fiscal, mas – antes que todo mundo pense que já fui induzida e preparada ao serviço público desde o berço – isso causou um efeito avesso em mim. Considerava – e considero ainda, viu papito! ;) – meu pai uma pessoa muito inteligente e, por isso, sempre achei que concurso público não era pra mim (uma moça “normal”).
E assim, segui minha vida… Fiz Ciências Contábeis e comecei a trabalhar na iniciativa privada. Sou daquelas pessoas que vive o presente já pensando em como estarão as coisas daqui a 10 anos, sabe?! E comecei a perceber que não seria feliz naquela realidade em que me encontrava. A carga-horária era desumana, o salário medíocre, os colegas de trabalho insatisfeitos, cortes aconteciam do nada… Não dava!! Eu sofria todas as manhãs ao ouvir o despertador tocar! (Alguém aí passa ou passou por isso?! Imagino que sim!).
Até que um belo dia meu pai – que estava acompanhando meu sofrimento – disse: “Parece que este ano abrirá concurso pro ICMS SP!”. Era começo de 2009. Nossa! Aquilo soou como uma luz no fim do túnel pra mim. Cresci vendo meu pai trabalhar bastante, mas ele era motivado, o salário era bom, tinha estabilidade… ou seja, outro contexto, outra vida!!
Confesso que resisti por um tempo à ideia de começar a estudar… “E se não desse certo? E se eu saísse do trabalho e nunca passasse? E se…? E se…?”. Decidi então me matricular naqueles cursinhos “pacotão” e conciliar os estudos com o trabalho. Não deu certo! Mais faltava do que ia e não conseguia me dedicar aos estudos.
Fiz a prova em 2009 e – obviamente – não passei. Mas esse meu primeiro contato com o mundo dos concursos foi muito importante, pois percebi uma coisa: aquilo era possível!! Concurso público não era o monstro que pensei ser a vida toda. E então, com o apoio da minha família, decidi sair do meu trabalho e me dedicar integralmente aos estudos.
Foram 3 anos de estudo!! Desse tempo, tenho absoluta convicção de que, pelo menos, 1 ano e meio foi “perdido”. Era tudo novo pra mim, eu precisava aprender a ser concurseira! Levei tempo pra “pegar o jeito”… Pesquisar aulas, cursos, melhores professores, maneiras de estudar, montar o planejamento, calendário… Nesta época, não sei se já existia o serviço de coaching. É provável que sim, mas eu desconhecia e enfrentei essa fase de “conhecer o território” sozinha. Hoje vejo o quanto teria poupado tempo e energia se tivesse com um coach desde o início.
Bom, mesmo tendo sido do jeito mais difícil – através de tentativa e erro – uma hora peguei a manha!rs. Percebi que o estudo para passar em um concurso era muito diferente de um estudo qualquer. Mudei completamente minha maneira de estudar. Entendi que eu não precisaria ser “expert” em cada disciplina, tendo que me aprofundar na matéria somente até o ponto necessário cobrado pela banca. Percebi que havia “porquês” que, ao invés de ajudar, só atrapalhavam. (Tive um professor que falava: “isso que você esta perguntando não cai na prova, portanto, você não precisa saber!”).
Foquei! Seguia meu planejamento religiosamente, cronometrava o tempo de estudo, comia exercícios e mais exercícios, respirava o concurso!
Hoje falo que foram os piores e melhores anos da minha vida!
Piores anos…
Se vai doer? Você não tem ideia. Vai doer fisicamente – e essa é a melhor das dores, pois um analgésico qualquer dá jeito; mas vai doer mentalmente também, pois todos os dias, você terá que lutar contra uma parte da sua mente que quer te sabotar, que quer te convencer de que você não é bom o suficiente! Nosso maior inimigo é esse monstro que mora dentro da nossa cabeça.
Se vai dar vontade de desistir? Depende do quanto de atenção você dará ao seu monstro. O meu se manifestou algumas vezes durante minha preparação. A mais marcante foi um choro incontrolável, compulsivo e interminável que me dominou quando fui derrotada por um exercício de economia. Naquele momento, eu quis desistir! Naquele momento, eu não acreditei mais em mim! “Assim como aquela maldita questão, a prova também me derrotaria”, foi meu pensamento.
Respirei! Refleti! Respirei mais uma vez… Eu tinha 2 caminhos a escolher, certo?! O que eu fiz? Acertei 17 das 20 questões da prova de Economia e mostrei, tanto para o meu monstro interno, quanto para a prova, quem mandava ali!!!! ;)
Melhores anos…
Vocês não fazem ideia do tanto de coisa que abri mão… Carnavais, viagens, festas, formaturas, baladas… Ahhh, mas tem outra coisa que vocês não fazem ideia também: eu jamais me arrependi de ter perdido tudo isso! Sabe por quê?! Porque valeu – e vale – muito a pena!!!
Por mais árduo que tenha sido o caminho, não houve um dia sequer que eu tivesse me arrependido de ter pedido demissão e ter embarcado nessa “loucura” (sim, a maioria das pessoas nos vê como loucos!). Mesmo exausta, com o corpo doendo, olhos pesados, sonhando fórmulas – nós não desligamos nem na hora de dormir né –, eu sabia que era questão de tempo… Bastava disciplina, determinação, milhares de horas de estudo, estudar de maneira correta e pronto:
07/05/2013: meu nome estava publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo.
Paro por aqui…
Primeiro porque não existem palavras que consigam descrever a sensação que senti daquele momento!!
Segundo porque não há motivos para que eu descreva… O que eu quero é que vocês sintam, quero que vocês se embriaguem com aquela sensação, quero que vocês cheguem logo ao lado de cá!
E é por isso que fiquei encantada com a ideia de ser coach. Auxiliar guerreiros a usarem as melhores armas, andarem pelos melhores caminhos, acharem atalhos e vencerem a batalha, é muito mais que um trabalho… é uma missão!!
VAMOS JUNTOS?!
Bons Estudos e ARREBENTEM!!!
Abraços!!
Silvana Diniz
Agente Fiscal de Rendas do Estado de SP
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