Como a resiliência me ajudou a seguir firme rumo à aprovação depois de 3 anos e 7 meses de estudos e 7 reprovações.
Olá, pessoal.
Meu nome é Maria Helena Figueiredo.
Quero compartilhar com vocês a minha jornada como concurseira. A ideia aqui é incentivar outras pessoas que estão nessa jornada há muito tempo e já sofreram várias reprovações, assim como eu.
Minha trajetória no mundo dos concursos iniciou-se logo após a formatura, em 2014. Sou Engenheira Mecânica por formação e quando me formei o mercado de trabalho não estava nada favorável. Dessa forma, resolvi, inicialmente, estudar para concursos da minha área.
E, assim que iniciei os estudos, saiu o Edital da Petrobrás. Me joguei nele e estudei muito forte por 3 meses. O resultado vocês já devem imaginar. Reprovada! Apesar de ter ido muito bem na parte específica, que eu já tinha certo domínio por ter me formado há pouquíssimo tempo, não atingi o corte em Português. Ainda continuei os estudos para a minha área por uns 8 meses. Entretanto, por conta da operação Lava Jato, não veio mais nenhum concurso da Petrobrás, órgão que eu almejava.
Diante desse cenário, resolvi abrir o leque e comecei a ler mais sobre concursos públicos e as diversas áreas. Entre todas, me apaixonei pela área fiscal de cara e foi estudando para essa área que eu compreendi a necessidade da resiliência (capacidade de se recobrar facilmente ou se adaptar à má sorte ou às mudanças).
Logo que comecei o estudo, saiu o edital da SEFAZ-MA (Julho/16) e eu, como todo concurseiro iniciante, resolvi prestar. Comecei a estudar praticamente do ZERO e, em 3 meses, priorizando algumas disciplinas e conteúdos, consegui fazer 73% dos pontos possíveis. Não passei, obviamente. Mas, percebi que, se eu me dedicasse, seria possível.
Após essa prova, ficamos longos 2 anos sem nenhum grande concurso na área e, diante da escassez, entre Setembro/17 e Janeiro/18 resolvi me aventurar em alguns concursos da área de controle (TCE-PE, TCE-PB e CGM-JP). Apesar de serem áreas com muitas disciplinas em comum, a área de controle possui algumas disciplinas “próprias” e com conteúdos complexos. Dos 3 citados, me saí melhor no concurso da CGM-JP (16º, com grandes chances de nomeação esse ano).
Depois desses meses de aventura decidi voltar para o meu foco inicial. Tirei do meu ciclo as disciplinas que eram mais exploradas na área de controle e incluí outras da área fiscal que eu ainda não havia estudado. Eis que em Junho/18 o edital da SEFAZ-GO é publicado. Sem sombra de dúvidas, esse foi o pós edital em que mais estudei (quantidade de horas). Literalmente, esqueci o mundo exterior e mergulhei completamente nos estudos. Preciso, entretanto, citar algo que, na minha opinião, me tirou da briga por uma vaga em Goiás: Na semana que antecedeu a prova, ao invés de reduzir o ritmo de estudos para descansar a mente, eu o aumentei insanamente. Resultado? Cheguei na prova completamente fadigada e perdi muitas questões por conta disso.
Como havíamos ficado muito tempo sem concursos da área fiscal, esse edital, até então, era para mim uma oportunidade única e eu mergulhei tão forte e criei tantas expectativas que, após a reprovação, ter resiliência foi essencial. Do contrário, eu teria desistido ou migrado de área.
Dois meses após a prova da SEFAZ-GO, veio SEFAZ-SC e dessa vez eu mudei completamente a estratégia de última semana. Reduzi bastante a carga horária e cheguei na prova completamente tranquila. Fiz uma prova muito boa. Entretanto, o nível da área fiscal já estava demasiadamente alto e mesmo fazendo 79% da prova não consegui, sequer, ficar no Cadastro Reserva. Devo confessar que, após essa prova, mesmo percebendo o meu crescimento , bateu um certo desânimo e a dúvida era: “será que vou conseguir atingir esse nível elevado que a área fiscal está exigindo atualmente?” E, mais uma vez, a resiliência me ajudou a ser firme e me manter no caminho.
Apenas 15 dias após a aprova da SEFAZ-SC, veio a prova de Técnico Tributário da SEFAZ-RS e como eu tinha cometido a loucura de me inscrever, acabei indo fazer sem estudar nada entre as provas. Dessa vez o cansaço bateu forte, mas , como não costumo desistir das coisas que me proponho a fazer, fui fazer a prova. Como era de se esperar, não obtive aprovação.
Voltei de Porto Alegre e decidi parar por, ao menos, 1 semana e fazer uma auto análise de todas essas provas para, só então, voltar a estudar. E assim eu fiz. Analisei os percentuais em provas e os percentuais das questões já feitas e, após essa análise, montei novos ciclos com foco na SEFAZ-RS.
Aqui entra algo que, acredito fortemente, foi o grande diferencial do meu último ano de estudos. Faltando 15 dias para a prova da SEFAZ-RS surgiu a oportunidade de trabalhar no Estratégia. E, de cara, fui presenteada com preciosas dicas para essa reta final. Apesar de não ter obtido a aprovação, consegui ficar no Cadastro Reserva.
Após essa prova da SEFAZ-RS, precisei tirar alguns dias de férias para descansar a mente. Eis que no meu descanso, que abarcou o carnaval, saiu aquele que era o edital que eu mais esperava, por já ter morado em Salvador, a SEFAZ-BA. Esse foi um pós edital completamente diferente, já que tive um suporte muito grande de alguns coachs do Estratégia, por estar trabalhando direto com eles. Essa foi uma prova em que o meu emocional me venceu e me tirou a vaga. E, sem sombra de dúvidas, foi aqui onde a minha resiliência foi mais testada. Parei e pensei se realmente eu seria capaz. Fiquei praticamente um mês sem conseguir estudar. Mas, como toda pessoa resiliente, voltei! E voltei mais forte! Dessa vez o foco era a SEFAZ-AL. Mas, não apenas a prova em si. Precisei cuidar do meu emocional, para que ele não me derrubasse novamente.
Em Novembro/19 o edital foi publicado e eu, após ouvir vários coachs, novamente, montei meus ciclos. Dessa vez, sem insanidades ou ideias mirabolantes. Fiz o simples, que dá certo! 8h de estudo/dia e um dia da semana com uma carga horária menor para que eu pudesse descansar. Fiz incontáveis exercícios, foquei no que eu era mais fraca e segui assim até a prova. Confesso a vocês que não saí da prova objetiva esperançosa, pois a prova de Auditoria foi muito atípica e ela tinha peso 3. Mas, apesar disso, fui resiliente e fui firme no outro dia fazer a prova discursiva. E foi exatamente essa prova discursiva quem me colocou dentro das vagas. Se eu tivesse desanimado após a primeira prova, não teria obtido a aprovação.
Qualquer dúvida, estou à disposição
Maria Helena Figueiredo – Coach do Estratégia
@_mariahsf