Comentário da prova Português SEDUC MT
Olá, pessoal!
Vamos ao comentário da prova Português SEDUC MT, a qual ocorreu no dia 1º de outubro de 2017.
Baixe a prova aqui para acompanhar o comentário.
A prova ficou bem dentro do esperado para o cargo e da forma como já vínhamos treinando ao longo do curso.
A questão 1 abordou a ideia geral do texto. O autor partiu de algo específico, saber montar e desmontar um carro, isto é, antigamente havia domínio sobre a tecnologia, para depois ampliar para algo mais generalista, que é a era atual, em que não se pode mais dominar mais a gama de informações atuais, bem como não há mais previsibilidade dos rumos da sociedade em vários âmbitos.
Em relação ao entendimento global do texto, é correto afirmar que o autor:
a) considera os carros antigos melhores do que os modernos.
b) critica toda a sociedade por não possuir conhecimento de mecânica.
c) a partir de uma situação incomum, traça orientações de comportamento.
d) restringe sua análise apenas ao passado, à sua juventude em Pringles.
e) parte de uma crítica específica que se amplia ao final do texto.
Assim, a alternativa correta é a (E).
A questão 2 abordou o seu conhecimento de conectivos e veja que podemos substituir “desde que” por “desde quando”. Assim, há uma relação temporal e a alternativa (D) é a correta.
Em “desde que os carros vêm com circuitos eletrônicos, o famoso “até o último parafuso” perdeu vigência.” (2º§), a expressão destacada cumpre papel coesivo e introduz um valor semântico de:
a) causa.
b) condição.
c) consequência.
d) tempo.
e) concessão
A questão 3 abordou o tema colocação pronominal e sabemos que não se pode posicionar o pronome átono imediatamente após uma vírgula. Assim, a alternativa (E) é a errada.
Dentre as ocorrências do emprego do pronome oblíquo átono abaixo, destacadas do texto, assinale a alternativa incorreta de colocação considerando a Norma Culta.
a) “havia donos de automóveis que se gabavam” (1º§).
b) “até o último parafuso’ e depois montá-los” (1º§).
c) “os bricoleurs* de vila ou de bairro não se limitavam” (2º§).
d) “Ninguém se assusta por não saber o que acontece” (5º§).
e) “dando toda a volta, se tornou imprevisível.” (6º§).
A questão 4 aborda a semântica e o ponto de vista do autor. A expressão “damas de antigamente” não pode ser vista como “vanguardista”, “elogiosa”, “científica” ou “poética” no contexto. Assim, resta a alternativa (C), pois se deu de forma realmente generalizante no texto.
Considere o fragmento abaixo para responder às questões 4 e 5.
Hoje em dia usamos os artefatos tal como as damas de antigamente usavam os automóveis: como “caixas-pretas”,
com um Input (apertar um botão) e um Output (desliga-se o motor), na mais completa ignorância do que acontece entre esses dois polos. (3º§)
4) O trecho traz um posicionamento do autor em relação às “damas de antigamente”, ao sugerir ao leitor, uma visão que pode ser MELHOR entendida como:
a) vanguardista.
b) elogiosa.
c) generalizante.
d) científica.
e) poética.
A questão 5 trabalha a pontuação expressiva, especificamente o valor dos dois pontos no trecho:
Hoje em dia usamos os artefatos tal como as damas de antigamente usavam os automóveis: como “caixas-pretas”, com um Input (apertar um botão) e um Output (desliga-se o motor), na mais completa ignorância do que acontece entre esses dois polos. (3º§)
Note que não há uma enumeração após o sinal de dois pontos, mas sim uma explicação sobre a comparação feita anteriormente. Assim, a alternativa (B) realmente é a correta: explicar um comentário anterior.
5) Os dois pontos (:) foram empregados pelo autor com o objetivo de:
a) introduzir uma enumeração.
b) explicar um comentário anterior.
c) apresentar uma retificação.
d) mostrar a visão do leitor.
e) sinalizar a transcrição de uma fala.
A questão 6 trabalha o sinônimo de “gabavam”, que é o mesmo de “vangloriavam”, por isso a alternativa (A) é a correta.
Em “havia donos de automóveis que se gabavam” (1º§), considerando o contexto, a palavra em destaque pode ser entendida como sinônimo de:
a) vangloriavam.
b) sustentavam.
c) provocavam.
d) prejudicavam.
e) organizavam.
A questão 7 trabalha a concordância, pois pede o tipo de sujeito. Vimos em nosso curso que o verbo haver, no sentido de existir, não tem sujeito. Assim, a alternativa (B) é a correta:
Assinale a opção em que se indica corretamente o sujeito das orações abaixo.
a) “Quando era novo,” (1º§) – sujeito indeterminado.
b) “havia donos de automóveis” (1º§) – sujeito inexistente.
c) “como funcionavam as máquinas” (3º§) – sujeito composto.
d) “quando ainda se desmontavam carros e geladeiras” (4º§) – sujeito desinencial.
e) “Ninguém se assusta” (5º§) – sujeito indeterminado.
A questão 8 trabalha a acentuação gráfica e pediu a regra diferente entre as palavras.
As palavras “rádios”, “relógios”, “indício”, “contraditórias” são paroxítonas e são acentuadas por terminarem em ditongo oral. Já a palavra “ninguém” é uma oxítona. Assim, a alternativa a ser marcada é a (C).
Dentre as palavras abaixo, destacadas do texto, assinale aquela que é acentuada por razão DIFERENTE das demais.
a) “rádios”.
b) “relógios”.
c) “ninguém”.
d) “indício”.
e) “contraditórias”.
A questão 9 pede a figura de linguagem na frase:
“Hoje vivemos num mundo de caixas-pretas.”
Ora, o mundo literalmente não vive em uma caixa-preta, concorda? Assim, houve uma comparação ideológica: é como se tivéssemos vivendo em uma caixa-preta. Assim, a alternativa correta é a (D): metáfora.
A oração em questão tem sua expressividade estruturada por meio da seguinte figura de estilo:
a) ironia.
b) comparação.
c) eufemismo.
d) metáfora.
e) personificação.
A questão 10 pediu a sua observação sobre a flexão do verbo “vivemos”, o qual pode ser considerado como primeira pessoa do presente do indicativo: vivemos hoje muito bem. Mas também pode esta mesma forma ser do pretérito perfeito do indicativo: Ontem vivemos um dia conturbado. Assim, a alternativa (D) é a correta.
O verbo em destaque na oração acima está flexionado no presente do Indicativo. Todavia, sabe-se que ele apresenta essa mesma grafia quando flexionado na primeira pessoa do plural do:
a) Pretérito Imperfeito do Indicativo
b) Pretérito Imperfeito do Subjuntivo
c) Futuro do Pretérito do Indicativo
d) Pretérito Perfeito do Indicativo
e) Futuro do Presente do Indicativo
Bom, pessoal!
Esperamos que tenham realizado uma excelente prova!
Não vejo nenhuma possibilidade de recurso!
Um grande abraço a todos!
Décio Terror