Bolsonaro demite presidente dos Correios por ‘agir como sindicalista’
O Presidente Jair Bolsonaro oficializou a demissão do general Juarez Aparecido de Paula Cunha, presidente da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, os Correios. O anúncio foi feito durante café da manhã com jornalistas, nesta sexta- feira, 14 de junho, no Palácio do Planalto.
Como justificativa para o ato, o presidente Jair Bolsonaro alegou que o General “agiu como sindicalista”, após tirar fotos com parlamentares da bancada de esquerda. Além disso, ele justificou pelo militar ter criticado a privatização da estatal no último dia 5 de junho.
Bolsonaro ainda reforçou que está atitude é “inaceitável durante seu governo”. Para o lugar do ex-presidente dos Correios, foi cogitado o nome do general Santos Cruz .
Santos Cruz fazia parte do governo Bolsonaro, mas foi demitido na última quinta-feira, 13 de junho, da Secretária de Governo, órgão que cuida das verbas de publicidade. O General se envolveu em diversas crises com os filhos de Bolsonaro e também com o “guru” do governo Olavo de Carvalho.
Vale lembrar, que o General Juarez Aparecido de Paula Cunha assumiu os correios em 2017, ainda no governo Michel Temer. A estatal vinha de inúmeros resultados negativos, mas sob o comando do militar os correios registrou lucro de R$ 667 milhões em 2017. O balanço de 2018 ainda não foi divulgado.
Privatização dos Correios
O general Juarez Cunha assumiu a presidência dos Correios em novembro do ano passado, durante o governo do ex-presidente Michel Temer. Foi mantido no cargo após a posse de Bolsonaro. Cunha defende a manutenção dos Correios como empresa pública.
Durante o feriado de Páscoa, Juarez Cunha escreveu em uma rede social que tinha “argumentos para demonstrar porque é importante para o país manter a empresa pública [os Correios], inclusive apresentando casos malsucedidos de privatização de correios pelo mundo”.
INFORMAÇÕES – Concurso Correios